A hemodinâmica definida como uma área de atuação tem como propósito diagnosticar princípios patológicos da cardiologia e endovascular. As técnicas da hemodinâmica consistem na utilização de cateteres para averiguar os vasos sanguíneos e a sua integridade. Portanto, vem adquirir conhecimento sobre esse magnífico campo de atuação na área da saúde.
O que é e como funciona a hemodinâmica?
A hemodinâmica é o conjunto de componentes físicos e biológicos que visam averiguar o bom funcionamento do sistema cardiovascular. Desse modo, a hemodinâmica estuda o bom funcionamento da circulação sanguínea e em salvo, algum distúrbio que possa acontecer. Portanto, os principais acometimentos sobre a hemodinâmica são a hemorragia, embolia, infarto e choque.
Responsável pela hemodinâmica
O profissional responsável pela hemodinâmica é cardiologista intervencionista. Desse modo, o cardiologista tem que ser especializado na cardiologia clínica e fazer a residência médica por dois anos em cardiologia intensiva. Portanto, são seis anos de estudo na medicina, dois anos de residência em clínica médica, dois anos na cardiologia clínica e três anos na intensivista.
Primeiro estudo na hemodinâmica
Conceito de hemorragia na hemodinâmica
É o extravasamento de sangue dos vasos para o espaço extravascular. Desse modo, Há tendência maior para hemorragia (em geral com lesões insignificantes) em uma variedade de desordens hemorrágicas. Sendo assim, a ruptura de uma veia ou artéria de grande calibre resulta em hemorragia grave. Portanto, sendo quase sempre secundária à lesão vascular, incluindo trauma, arteriosclerose ou erosão inflamatória ou neoplásica da parede vascular.
Tipos de hemorragia na hemodinâmica
Acerca do conhecimento hemorrágico, esse tipo de distúrbio hemodinâmico, pode acarretar em diversas complicações. Portanto, veremos a seguir, quais são os principais tipos e como identifica-los perante a lesão.
Hemorragia Externa
É qualquer acúmulo de sangue, chamado de hematoma. Sendo assim, os hematomas podem ser relativamente insignificantes (pequena contusão). Desse modo, pode envolver um sangramento de grande proporcionalidade que pode levar à morte (hematoma abdominal decorrente de ruptura de baço).
Diminuta (1 a 2 mm)
Sua ocorrência geralemente, na pele, mucosas ou superfícies serosas, denominadas PETÉQUIAS. Sendo assim, estão associadas a aumentos localizados de pressão intravascular, reduzido número de plaquetas (Trombocitopenia), função plaquetária defeituosa ou deficiência de fatores de coagulação.
Hemorragia um pouco maiores ( 3 a 5 mm)
São chamadas de PÚRPURA, podendo estar associadas a várias desordens que causam as petéquias. Além disso, a púrpura também pode ocorrer com trauma, inflamação vascular (vasculite) ou maior fragilidade vascular.
Hematomas Subcutâneos ( 1 a 2 cm)
Esses são denominados EQUIMOSES. Sendo assim, nessas hemorragias localizadas os eritrócitos são fagocitados e degradados pelos macrófagos. Desse modo, a hemoglobina (de coloração vermelho-azulada) é enzimaticamente convertida em bilirrubina (de coloração azul-esverdeada) e depois em hemossiderina (marrom-dourado). Portanto, responsável pela mudança de cor característica dos hematomas.
Grandes coleções em cavidades
Podem ser chamados de hemotórax, hemopericárdio, hemoperitôneo ou Hemartrose (articulações), dependendo de sua localização. Contudo, alguns pacientes com hemorragia extensa desenvolvem icterícia devido à extensa degradação de eritrócitos e ao aumento sistêmico de bilirrubina.
Fatores agravantes na hemorragia
Volume e velocidade
A perda rápida de até vinte por cento do volume sanguíneo. Sendo assim, a perda lenta de quantidades maiores pode apresentar pouco impacto nos indivíduos saudáveis. No entanto, perda maior pode causar choque hemorrágico (hipovolêmico).
Local da hemorragia
Um sangramento que seria trivial no tecido subcutâneo pode levar à morte se ocorrer no cérebro.
Perda crônica
A úlcera péptica ou menstruação causa uma perda de ferro que frequentemente leva à anemia ferropriva. Contudo, quando os eritrócitos são retidos (hemorragia nas cavidades corporais ou teciduais) o ferro pode ser reutilizado na síntese de hemoglobina.
Segundo estudo na hemodinâmica
Conceito de infarto na hemodinâmica
Caracterizada como uma área de necrose isquêmica causada pela oclusão do suprimento arterial ou da drenagem venosa de um determinado tecido. Sendo assim, quase 99% dos infartos resultam de eventos trombóticos ou embólicos, e quase todos se devem à oclusão arterial. Contudo, apesar de trombos venosos poderem causar infartos, eles induzem, com mais frequência, obstrução venosa e congestão.
Tipos de infarto na hemodinâmica
Acerca do conhecimento do infarto, veremos a seguir, mais detalhes, sobre os tipos existentes.
Infarto vermelho ou hemorrágico
Caracterizado pela permanência do sangue no local no momento da obstrução arterial. Desse modo, pode ainda ocorrer oclusão de veias, ocasionando também a permanência de sangue no local. Portanto, esse tipo é comum em tecidos frouxos (por exemplo, o pulmão), onde o extravasamento sanguíneo é facilitado.
Brancos ou isquêmicos
Ocorre tumefação e palidez local. Portanto, o infarto isquêmico é comum no tecido cardíaco (por exemplo, infarto do miocárdio).
Sépticos
Sua presença, ocorre quando vegetações bacterianas de uma válvula cardíaca embolizam ou quando micro-organismos colonizam uma área de tecido necrótico.
Fatores que influenciam no surgimento do infarto
Natureza do suprimento vascular
A disponibilidade de um suprimento alternativo de sangue é o principal fator a determinar se a oclusão de um vaso causará danos ou não.
Velocidade de desenvolvimento da oclusão
O desenvolvimento do infarto é menos provável quando oclusões evoluem com lentidão, pois há oportunidade para o desenvolvimento de uma perfusão alternativa.
Vulnerabilidade a hipóxia
A suscetibilidade de um tecido à hipóxia influencia no desenvolvimento do infarto. Neurônios (3 a 4 minutos), células miocárdicas (20 a 30 minutos).
Conceito de Choque na hemodinâmica
É a via final comum de diversos eventos clínicos potencialmente fatais. Desse modo, inclui hemorragias graves, trauma ou queimaduras extensas, infarto do miocárdio extenso, embolia pulmonar maciça e septicemia bacteriana. Sendo assim, independentemente da patologia, o choque causa hipoperfusão sistêmica e hipóxia celular. Portanto, pode ser causada pela redução do débito cardíaco ou pela redução do volume de sangue circulante efetivo.
Tipos de Choque presentes na hemodinâmica
Choque cardiogênico
Resulta da falência da bomba cardíaca. Desse modo, pode ocorrer devido a dano do miocárdio (infarto), arritmias ventriculares, compressão extrínseca (Tamponamento cardíaco) ou obstrução do trato de saída dos ventrículos (embolia pulmonar).
Choque Hipovolêmico
Causado pela perda de sangue ou plasma. Portanto, ele pode ser decorrente de hemorragia, perda de líquido por causa de queimaduras graves ou trauma.
Choque Séptico
Originado por infecções microbianas.
Choque Anafilático
Resulta de uma reação de hipersensibilidade envolvendo a imunoglobulina E.
Terceiro estudo na hemodinâmica
Conceito de Embolia na hemodinâmica
O êmbolo, definido como uma massa intravascular livre sólida, líquida ou gasosa. Desse modo, carregada pelo sangue até um local distante de seu ponto de origem.
Sendo assim, virtualmente noventa e nove por cento de todos os êmbolos representam uma parte deslocada de um trombo. Portanto, sendo essa a origem do termo tromboembolia.
Formas raras de trombos incluem gotas de gordura, bolhas de ar ou nitrogênio, restos ateroscleróticos (êmbolos de colesterol). Sendo assim, outros fragmentos de tumores, pedaços da medula óssea ou corpos estranhos, como balas de revólver, considerados como êmbolo.
Tipos de embolia presentes na hemodinâmica
Acerca dos diversos tipos de elementos que podem causar a embolia, existe uma vasta gama de classificações. Portanto veremos a partir de agora, quais os tipos existentes.
Tromboembolia pulmonar
Em mais de noventa e cinco por cento dos casos os êmbolos venosos se originam de trombose venosa profunda acima do joelho. Sendo assim, eles são carregados através de vasos progressivamente mais calibrosos e passam pelo lado direito do coração antes de entrarem na circulação pulmonar. No entanto, dependendo do seu tamanho, o êmbolo pode ocluir a artéria pulmonar, se alojar na sua bifurcação ou passar para arteríolas de menor calibre. Portanto, eles podem ser silenciosos sob o aspecto clínico, levar a morte súbita, insuficiência cardíaca direita, colapso cardiovascular, hemorragia pulmonar, infarto pulmonar.
Tromboembolia sistêmica
Refere-se a êmbolos na circulação arterial. Sendo assim, a maioria tem origem em trombos murais intracardíacos. Desse modo, os êmbolos arteriais podem se deslocar para diversos locais, causando embolização principalmente dos membros inferiores e o cérebro, os rins e o baço afetados com menos frequência. As consequências da embolia em um tecido dependem da sua vulnerabilidade à isquemia, calibre do vaso ocluído e do fluxo sanguíneo colateral. Portanto, em geral a embolia arterial causa infarto dos tecidos afetados.
Embolia Gordurosa
Glóbulos microscópicos de gordura podem ser encontrados na circulação após fraturas dos ossos longos (que contém uma medula gordurosa) ou após trauma dos tecidos moles. Sendo assim, caracterizada por insuficiência pulmonar, sintomas neurológicos, anemia e trombocitopenia podendo ser fatal em cerca de 10% dos casos. Desse modo, os microêmbolos de gordura ocluem a microvasculatura pulmonar e cerebral, a oclusão é agravada pela agregação local de plaquetas e eritrócitos. Portanto, a patologia exacerbada pela liberação de ácidos graxos livres dos glóbulos de gordura, causando lesão tóxica local do endotélio.
Embolia Gasosa
Bolhas de ar na circulação podem obstruir o fluxo de sangue e causar lesão isquêmica distal quase tão rapidamente quanto as massas trombóticas. Sendo assim, o ar pode entrar na circulação durante procedimentos obstétricos ou em consequência de lesão de parede torácica. Desse modo, em geral, mais de cem ml de ar são necessários para produzir efeitos clínicos; as bolhas podem se agregar para formar massas espumosas grandes o suficiente para ocluir grandes vasos. Portanto, uma forma especial de embolia gasosa é a denominada “Doença da Descompressão”, que ocorre em indivíduos expostos a mudanças bruscas na pressão atmosférica.
Embolia de líquido amniótico
Uma complicação grave mas rara do trabalho de parto e pós-parto imediato. Desse modo, a causa primária é a entrada de líquido amniótico na circulação materna através de uma abertura na placenta e ruptura das veias uterinas. Sendo assim, o quadro clássico é composto de edema pulmonar acentuado e dano alveolar difuso, com células escamosas da pele, lanugem e cabelo do feto, gordura e mucina na microcirculação pulmonar.