COP 28: A conferência das mudanças climáticas

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A COP 28, que marca a 28ª Conferência de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU). Assim, está programada para ocorrer no final deste ano, com início em 30 de novembro. Dessa maneira, este evento se estenderá até o dia 12 de dezembro, tendo como local Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Conforme destacado pelo Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Por isso, há uma expectativa palpável de que mais ações concretas sejam implementadas em comparação com a COP 27, quando muitas negociações acabaram apenas no papel.

Dessa maneira, os Emirados Árabes, que serão os anfitriões da COP 28, estão oficialmente posicionados para colher os benefícios da transição energética. Além disso, o ponto central da COP 28, acredita-se, será a discussão em torno do Acordo de Paris. Assim, como as nações têm efetivamente implementado as ações delineadas por este acordo. Assim, o objetivo principal do Acordo de Paris é limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C até 2050.

Além disso, o presidente da COP 28, Sultan Al Jaber, está empenhado em alcançar a meta de US$ 100 bilhões no fundo para a transição climática durante o encontro. Nesse sentido, estabeleceu-se tal meta, durante a COP15, e o fundo tem como prioridade auxiliar as nações menos favorecidas na sua transição para uma economia mais sustentável em termos climáticos.

Perspectivas da COP 28 após o “fracasso” da COP 27

A COP 27, realizada no Egito no ano passado, apresentou uma agenda global focada na adaptação, com metas consideradas “urgentes” a serem alcançadas até 2030. O objetivo era reduzir os impactos das mudanças climáticas, com um foco especial nas nações mais vulneráveis, uma vez que nem todos os países estão avançando no mesmo ritmo no que diz respeito à mitigação das emissões de gases de efeito estufa.

No entanto, apesar dos esforços, muitos participantes da COP 27 saíram do evento com a sensação de que ele teve um impacto limitado. Isso aumenta as expectativas para a COP 28, onde se espera que as discussões e ações sejam ainda mais eficazes e abrangentes.

Mudanças Climáticas

Assim, o Relatório Síntese do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado em março de 2023, lançou um alerta global sobre as potenciais tragédias relacionadas ao clima e a crescente imprevisibilidade se nenhuma ação for tomada. Dessa maneira, é extremamente urgente a necessidade de ação por parte dos governos, empresas e da sociedade como um todo.

Além disso, o relatório sublinha a urgência de os países intensificarem suas ações. Apesar dos avanços no sentido de reduzir os riscos, estamos inadequadamente preparados para enfrentar as ameaças climáticas. Por fim, nossa capacidade de adaptação já está esgotada, e nossos esforços não são mais suficientes, especialmente considerando que a previsão para a primeira metade da década de 2030 é de um aumento de temperatura em cerca de 1,5°C.

Acordo de Paris

O Acordo de Paris, também conhecido como Acordo do Clima, firmado em dezembro de 2015, durante a COP 21 teve como objetivo principal foi limitar o aumento da temperatura global a 1,5 graus Celsius até 2020, com um limite máximo de 2 graus até 2050. Este tema também foi objeto de discussão durante a COP26.

Para compreender os desdobramentos das ações tomadas (ou não) após a assinatura que uniu todos os países no combate às mudanças climáticas e na redução das emissões de gases de efeito estufa, causadores do aquecimento global, é fundamental observar alguns pontos cruciais do Acordo de Paris:

  1. Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs): Cada país deve estabelecer metas claras para a redução das emissões de gases de efeito estufa e torná-las públicas.
  2. Revisão das NDCs: As Contribuições Nacionalmente Determinadas devem ser revistas a cada cinco anos. A expectativa é que, a cada revisão, os países intensifiquem efetivamente suas ações para reduzir as emissões.
  3. Transparência: Cada nação deve fornecer informações detalhadas sobre suas emissões de gases de efeito estufa e aumentar seus esforços de mitigação. A transparência é fundamental para monitorar o progresso.
  4. Financiamento climático: Países desenvolvidos assumiram o compromisso de apoiar países em desenvolvimento por meio do financiamento de projetos destinados à mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
  5. Tecnologia: Todos os países devem colaborar na pesquisa e no desenvolvimento de tecnologias que promovam a transição para fontes de energia mais limpas e sustentáveis.

O Acordo de Paris representa um marco importante na luta contra as mudanças climáticas, buscando a cooperação global para enfrentar esse desafio urgente. O acompanhamento e a implementação eficaz das metas e compromissos estabelecidos são fundamentais para alcançar os objetivos delineados no acordo.

Prioridades na COP 28

As prioridades da Presidência para a COP 28 são as seguintes:

  1. Criar uma conferência mais inclusiva e acessível: Promover um ambiente em que todas as partes interessadas, independentemente de sua origem ou recursos, possam participar plenamente e contribuir para as discussões sobre as mudanças climáticas.
  2. Pressionar soluções de mitigação para aumentar a ambição: Trabalhar para aumentar a ambição das metas de mitigação das emissões de gases de efeito estufa. Incentivar os países a adotar ações mais robustas e eficazes para combater as mudanças climáticas.
  3. Concentrar-se nas condições para o Objetivo Global de Adaptação e no progresso no financiamento da adaptação: Colocar ênfase na adaptação às mudanças climáticas, identificando as condições necessárias para alcançar o Objetivo Global de Adaptação. Garantir que os financiamentos adequados estejam disponíveis para apoiar as medidas de adaptação em países vulneráveis.
  4. Avançar na operacionalização do fundo de perdas e danos criado na COP 27: Trabalhar no desenvolvimento e implementação efetiva do fundo de perdas e danos. Além de ajudar os países a lidar com os impactos adversos das mudanças climáticas que estão além de sua capacidade de adaptação.
  5. Garantir um acesso mais equitativo ao financiamento climático: Buscar formas de tornar o financiamento climático mais acessível e equitativo, garantindo que os países em desenvolvimento tenham a capacidade de implementar ações de mitigação e adaptação de maneira justa e eficaz.

Essas prioridades refletem a importância de abordar tanto a mitigação quanto a adaptação às mudanças climáticas, bem como garantir que os países mais vulneráveis tenham o apoio necessário para enfrentar os desafios climáticos. Além disso, a busca por inclusão e equidade é um elemento fundamental para o sucesso da COP 28.

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