Tipagem Sanguínea: Aprenda como se faz!!

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Você sabe o seu tipo de sangue? Se não sabe é altamente recomendável saber o seu tipo. Sendo assim, ao saber seu tipo e tiver com fácil visualização do mesmo, ajudará em diversos procedimentos. Desse modo para saber o seu tipo realiza-se um exame bastante simples, a tipagem sanguínea. Portanto, vem saber nesse maravilhoso artigo como realiza-se esse exame super importante.

Responsável pela hematologia clínica

Acerca do conhecimento da hematologia, necessita-se de bastante conhecimento sobre o seu assunto. Para tanto, sabe-se que o sangue, líquido de maior preciosidade para o corpo humano, visto que o mesmo transporta água e diversos nutrientes. Sendo assim, a ciência hematológica, requer profissional devidamente capacitado, tanto na teoria quanto na prática. Desse modo, podemos dividir a hematologia em algumas sub áreas do conhecimento. Portanto, veremos essas divisões e quem é o responsável por cada uma delas.

Hematologia na clínica médica: No entendimento da clínica médica, uma especialidade exclusivamente médica. Desse modo, o único responsável por essa área é o médico hematologista. Sendo assim, têm todas as habilidades acerca da hematologia clínica. No entanto, detêm a responsabilidade de averiguar doenças hematológicas e autorizar tratamentos específicos. Portanto, o tratamento mais específico e conhecido é a transfusão de sangue. Logo mais em nosso blog, você verá mais sobre a transfusão sanguínea.

Hematologia clínica laboratorial: É o conhecimento acerca do conhecimento da hematologia aplicado na rotina laboratorial. Sendo assim, o responsável por essa área laboratorial, será o biomédico ou farmacêutico especialista em hematologia. Desse modo, através da sua responsabilidade o mesmo emitirá laudos acerca das mais variadas patologias hematológicas. Entretanto, o mesmo não autoriza a transfusão de sangue, pois o mesmo é ato privativo do médico hematologista. Portanto, os principais exames realizados são: hemograma, coagulograma, plaquetograma e exames complementares na hematologia.

Amostra biológica para a tipagem sanguínea

O roteiro de coleta deve ser seguido à risca, desse modo vamos obter o melhor material. Assim, posso citar os passos realizados para a excelente amostra.

Primeira etapa na coleta do sangue

A primeira coisa a se fazer, é saber a diferença entre artéria e veia, aprendemos isso na anatomia humana. Pode parecer uma coisa óbvia, mas muitos profissionais quando estão aprendendo a técnica se assustam por não estarem sentindo a pulsação da veia. Certamente, que nunca vamos sentir a pulsação na veia, pois não existe pressão sanguínea neste vaso. Logo, a pressão somente esta presente nas artérias, por isso a denominação de pressão arterial, aprendemos isso na fisiologia.

Segunda etapa na coleta do sangue

A segundo passo é realizar o garroteamento da vascularização do membro superior. A ferramenta utilizada pode ser: simples borracha ou fita com finalidade de realizar o processo de estase sanguínea, conhecido popularmente como garrote ou torniquete. Estase, é o processo no qual ocorre a parada do sangue em um determinado lugar. Cinco minutos, é o tempo máximo que recomenda-se, passar garroteado pois o prolongamento dessa técnica causará gangrenas nas extremidades. Agora pedir ao paciente que feche a mão afim de que o sangue pare de circular na dobra do cotovelo.

Terceira etapa na coleta do sangue

Dando continuidade ao processo de obtenção da amostra, o flebotomista deve apalpar a veia e senti-la afim de obter a sua localização. Com segurança na sua localidade, realiza-se a assepsia do local de forma circular com algodão e álcool 70%.

Armazenamento do sangue

A seringa com agulha usa-se com propósito de realizar a aspiração sanguínea. A agulha deverá ser introduzida em uma inclinação de trinta a quarenta e cinco graus em relação a veia. Após aspirar o volume desejado, desgarrotear e retirar a agulha com o algodão em cima da veia em razão de evitar o extravasamento sanguíneo. O sangue armazena-se em local próprio para coleta pois pode coagular na seringa.

Logo após a coleta do sangue, o mesmo deve ser acondicionado em recipiente próprio para posterior análise. Sendo assim na hematologia, temos os mais variados recipientes, conhecidos como tubo de coleta sanguínea. Desse modo, cada tubo tem a sua finalidade. Logo, deverá ser usado estritamente para cada exame requisitado. Portanto, veremos esses tubos e suas aplicações.

Tubo com EDTA

O EDTA, é um anticoagulante que impede a coagulação sanguínea. Seu mecanismo de ação é a remoção do cálcio do sangue por meio de complexação quelante. Por padronização, a sua tampa é da cor roxa para adultos e roxa com branco para crianças. Portanto, utiliza-se para hemograma.

Tubo com EDTA usado na tipagem sanguínea.
Tubo com EDTA usado na tipagem sanguínea. Fonte.

Introdução a tipagem sanguínea

Foi no século XX que a transfusão de sangue, adquiriu bases mais científicas. Sendo assim, em 1900 foram descritos os grupos sanguíneos A, B e O por Landsteiner. E em 1902 o grupo AB por De Costello e Starli. A descrição do sistema Rh foi posterior (1940), por Landsteiner e Wiener.

Os grupos sanguíneos constituem-se por serem antígenos que são a expressão de genes herdados da geração anterior. Desse modo, quando um antígeno está presente, isto significa que o indivíduo herdou o gene de um ou de ambos os pais. Portanto este gene poderá transmitir-se para a próxima geração.

Há vários grupos sanguíneos herdados independentemente entre si. São conhecidos diversos sistemas de grupo sanguíneos. Entre eles podemos citar os sistemas ABO, Rh, MNS, Kell, Lewis, etc. O sistema ABO é o de maior importância na prática transfusional por ser o mais antigênico, ou seja, por ter maior capacidade de provocar a produção de anticorpos, seguido pelo sistema Rh.

Os genes ABO não codificam diretamente seus antígenos específicos, mas enzimas que tem a função de transportar açúcares específicos, para uma substância precursora produzindo os antígenos ABO.

No caso do grupo O herda-se do pai e da mãe o mesmo gene O. O gene O é amorfo, isto é, não produz antígeno perceptível. As células de grupo O reconhecem-se pela ausência de antígeno A ou B. Quando o gene O é herdado ao lado de A, apenas o gene A se manifesta; e se é herdado ao lado do gene B apenas o gene B se manifesta. O indivíduo do grupo AB é possuidor de um gene A e de um gene B, tendo sido um herdado da mãe e o outro do pai. Ele possui nos seus glóbulos vermelhos os antígenos A e B, seu genótipo é AB.

Prova do D.U

É a determinação confirmatória de tipagens sanguíneas Rh negativas. A tipagem do fator Du (ou “Rh fraco”) era justificam-se quando os reagentes para a tipagem do fator Rh permitiam a expressão de resultados suspeitos em pacientes. No entanto algumas expressões Rh eventualmente não reagiam in vitro com alguns reagentes do mercado. Nas últimas décadas, com o uso de reagentes mais purificados e específicos (geralmente monoclonais), a maioria dos autores e também as recomendações oficiais de trabalho recomendam o seu abandono, embora possa servir como um confirmador em casos Rh negativo.

Metodologia da Tipagem Sanguínea

A CLASSIFICAÇÃO SANGUÍNEA

A determinação do grupo sanguíneo deste sistema, é feito usando dois tipos de teste.

1o – Através da identificação da presença de antígenos nos eritrócitos, usando reativos compostos de anticorpos conhecidos (anti-A, anti-B, anti-AB). Esta é a chamada classificação ou tipagem direta .

2o – Através da identificação da presença de anticorpos no soro/plasma usando reativos compostos de antígenos conhecidos (hemácias A e hemácias B). Esta é a classificação ou tipagem reversa.

Interpretação imunológica na tipagem sanguínea.
Interpretação imunológica na tipagem sanguínea. Fonte: Próprio autor.

Tipagem Sanguínea: Materiais necessários para o ABO:

  • Sangue
  • EDTA
  • Kit de reagentes para ABO
  • Tubos de ensaio
  • Salina
  • Centrifuga
  • Pipetas de Pasteur

Separar as hemácias do plasma, logo em seguida fazer a diluição a 5%(1 gota de hemácia + 19 gotas de salina). Homogeneizar e após colocar 1 gota em tubos identificados com A, B e O, e colocar 1 gota do reagente(Anti-A, Anti-B e Anti-D) em cada tubo. Depois, homogeneizar e levar a centrifuga por 1 minuto, logo após verificar se ocorreu ou não a formação de grumos. Portanto, caso na amostra deu o Rh negativo(Anti-D),fazer a prova do D.U.

Materiais necessários para o D.U.

  • Preparado de sangue(diluição 5%) com o Anti-D
  • Banho Maria
  • Centrifuga
  • Salina
  • Anti-Imunoglobulina humana

Levar o tubo de ensaio,contendo o preparado para o banho maria por 15 minutos. Logo após centrifugar por 1 minuto,lavar a amostra com salina 3 vezes,colocar 2 gotas de Anti-imunoglobulina humana,centrifugar por 1 minuto e observar.

Se o Rh for negativo e o D.U for negativo,o resultado(Rh) é negativo. Se o Rh for negativo e o D.U for positivo, o resultado(Rh) é positivo.

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