Você sabe os tipos e como funcionam as vacinas contra a Monkeypox (varíola do macaco)? Me acompanhe nesse artigo e entenda tudo!
Antes de chegarmos lá, vamos dar uma resumida sobre a doença
Monkeypox
A varíola dos macacos é uma doença zoonótica viral transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus da família Poxviridae. Atualmente, a maioria dos animais suscetíveis a este tipo de varíola são roedores, como cães-da-pradaria e ratos.
O nome monkeypox foi dado pelos cientistas dinamarqueses, que descobriram o vírus em macacos em um laboratório da Dinamarca em 1958.
No entanto, a doença só foi documentada em humanos pela primeira vez no continente Africano na década de 1970, mais precisamente em uma criança na República Democrática do Congo.
Novos casos de varíola símia começaram a emergir na década de 1980 e início dos anos 2000, até que um surto generalizado ocorreu em 2022, resultando na Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) pela OMS.
Embora seja clinicamente menos grave, a varíola dos macacos apresenta sintomas muito parecidos aos observados em pacientes com a varíola humana. A sintomatologia inclui febre, fraqueza, calafrio, erupção cutânea ou lesões de pele, pústulas (bolhas), dores no corpo e cabeça.
Geralmente, transmissão ocorre por contato físico próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados.
A maneira mais segura de prevenir a infecção da varíola dos macacos é evitar contato com pessoas ou materiais contaminados. Contudo, com o avançar dos casos no mundo, tornou-se necessário o uso de vacinas, e é sobre isso que vamos falar mais detalhadamente.
Vacinas contra Monkeypox
Até o momento, existem três vacinas disponíveis contra a varíola dos macacos: ACAM2000, LC16 e MVA-BN, essa última também conhecida como Jynneos (EUA), Imvamune (Canadá) ou Imvanex (Europa).
Embora essas vacinas foram originalmente desenvolvidas para proteger contra a varíola humana, a proteção cruzada oferecida por elas também protege contra outro vírus da família orthopoxvirus, incluindo o monkeypox.
Dentre essas vacinas, só a Jynneos (produzida pelo laboratório Bavarian Nordic) está sendo aplicada. O motivo é que ela causa menos efeitos secundários do que as outras vacinas convencionais, além de induzir uma resposta imune potente (eficácia de 85%).
Isso ocorre porque a Jynneos apresenta tecnologia de terceira geração. Ela contém uma forma atenuada não replicante do vírus Vaccínia Ankara modificado (MKA) que está relacionado com o vírus da varíola. Ou seja, o vírus é incapaz de se replicar no corpo humano e causar a doença em quem recebe o imunizante.
A ACAM2000 por exemplo, por ser uma vacina de segunda geração feita com vírus replicante, é capaz de causar eventos adversos graves, como pericardite, miocardite e inchaço do cérebro ou da medula espinhal.
Por sua vez, a LC16 é um imunizante minimamente replicante desenvolvido pela KM Biologics (japão), feita com baixa capacidade de replicação.
Profilaxia pós-exposição
Além da profilaxia convencional, quando aplicada antes da exposição do patógeno, a vacina contra Monkeypox também oferece após a exposição quando aplicada em até quatro dias após a exposição. Isso significa que a vacina também é capaz de interromper a doença.
Quando a aplicação ocorre entre cinco e 14 dias, é possível minimizar a gravidade do quadro. Isso ocorre devido ao longo período de incubação do vírus monkeypox, que geralmente dura de seis a 13 dias, podendo variar de cinco a 21 dias.
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