É fato que os alimentos que consumimos podem fazer enorme diferença em nossa saúde e bem estar cotidiano. Entretanto, por mais que sabemos que uma boa alimentação pode nos ajudar em diversos aspectos da nossa vida, seja no próprio bem estar ou mesmo em nossa saúde como um todo, por vezes, acabamos cedendo a comidas ultraprocessadas e aos males alimentares presentes no século XXI. Além disso, vale destacar que há inúmeros alimentos ricos em vitaminas específicas e/ou outros nutrientes que podem potencializar suas ações mentais e a saúde do cérebro humano.
Nesse sentido, nós da MeuGuru trazemos para você, neste artigo um guia rápido e prático sobre os melhores alimentos para sua saúde mental. Com efeito, ter uma dieta equilibrada a base desses alimentos fará com que você sinta diversas melhoras em seu cotidiano e, particularmente, em seus estudos. Ademais, ainda exploraremos nesse artigo a questão da existência ou não dos conhecidos alimentos tóxicos, os quais, investigaremos alguns mitos e verdades que circundam tais conceitos.
Como os alimentos podem nos ajudar ?
Evidentemente, vamos iniciar nosso texto buscando explicitar como, que de fato os alimentos certos podem nos ajudar. Decerto, nossa alimentação é algo essencial para a boa qualidade de vida, perpassando etapas fundamentais do nosso desenvolvimento até a manutenção cotidiana da vida adulta. Em particular, são os alimentos que são os fornecedores de recursos e nutrientes que garantem a manutenção das células do corpo, em consequência disso, os mesmos estão diretamente ligados a boa qualidade de neurotransmissores e afins.
Ademais, podemos citar como principais funções as seguintes:
- Fornecimento de nutrientes essenciais: Uma dieta equilibrada e nutritiva fornece os nutrientes necessários para o funcionamento adequado do cérebro. Vitaminas, minerais e antioxidantes presentes em frutas, legumes, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis são essenciais para a saúde mental.
- Regulação dos neurotransmissores: Certos alimentos podem ajudar a regular a produção e atividade dos neurotransmissores, que são substâncias químicas responsáveis pela comunicação entre as células nervosas.
- Redução da inflamação: Uma alimentação saudável, com ênfase em frutas, vegetais, grãos integrais e gorduras saudáveis, possui propriedades anti-inflamatórias que podem ajudar a reduzir a inflamação e promover a saúde mental.
- Apoio à saúde do microbioma intestinal: O microbioma intestinal desempenha um papel crucial na saúde mental. Alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais e grãos integrais, ajudam a alimentar as bactérias benéficas no intestino, promovendo um microbioma saudável.
- Energia e estabilidade de açúcar no sangue: Optar por alimentos de baixo índice glicêmico, como grãos integrais, legumes e proteínas magras, pode ajudar a manter níveis estáveis de açúcar no sangue e fornecer energia sustentada ao longo do dia.
Alimentação e desatenção nos estudos
Anteriormente, percorrermos o caminho de entender como alguns alimentos saudáveis podem ser úteis para nossa saúde. Agora, exploraremos uma relação muito interessante entre alimentação e estudos que, por vezes, pode ocasionar casos de desatenção e procrastinação crônica. Com efeito, além da necessidade de lazer nos estudos temos também uma enorme necessidade de uma alimentação adequada para o correto funcionamento das atividades cerebrais.
Em suma, alguns alimentos podem se associar diretamente a funções cerebrais, consequentemente, a sua saúde mental ao passo que os mesmos carregam nutrientes capazes de melhorar significativamente sua atenção ao agirem em neurônios, especialmente no revestimento da bainha de mielina (parte dos neurônios que associa-se ao transporte de sinapses).
Fontes alimentares para sua saúde cerebral
Ademais, tais questões são extremamente relevantes, inclusive, há alguns estudos que apontam que determinados alimentos como aqueles ricos em glúten, por exemplo, podem, em determinados casos, intensificar sintomas de desatenção a té mesmo intensificar casos de TDAH. Nesse sentido, especificamente em contraponto a isso, vemos que há alguns alimentos que, após diversos estudos tem se mostrado eficientes em ações que associam-se a saúde cerebral, sendo algum desses .
- Ômega-3: Ácidos graxos ômega-3, encontrados em peixes gordurosos (como salmão, sardinha e atum), sementes de linhaça e nozes, podem ter benefícios para a saúde cerebral.
- Ferro: A deficiência de ferro pode estar associada a problemas de atenção e concentração. Alimentos ricos em ferro incluem carnes vermelhas magras, aves, peixes, leguminosas (como feijão e lentilha) e vegetais folhosos verde-escuros.
- Proteína: A proteína é importante para a produção de neurotransmissores, que desempenham um papel na função cerebral. Incluir fontes de proteína magra, como carne, aves, peixes, ovos, laticínios, leguminosas e nozes, em cada refeição pode ajudar a manter níveis estáveis de energia e melhorar a concentração.
- Carboidratos complexos: Optar por carboidratos complexos em vez de carboidratos refinados pode ajudar a manter níveis estáveis de açúcar no sangue e fornecer energia sustentada ao longo do dia. Alimentos como grãos integrais, legumes, frutas e vegetais são boas fontes de carboidratos complexos.
- Vitaminas B e C: As vitaminas B, como a vitamina B6 e a vitamina B12, estão envolvidas na produção de neurotransmissores e podem ter um papel na função cerebral.
Uma ressalva importante a ser feita é que a vitamina B12 consagra-se como um dos elementos que deve ser constantemente monitorados em pacientes com TDAH. Uma vez que, ela é alicerce para um bom rendimento de habilidades cognitivas e afins.
Alimentos inflamatórios existem ?
Agora, está na hora de explorarmos um pouco sobre os famosos alimentos inflamatórios. Decerto, vemos uma crescente onda acerca de alguns alimentos como o leite, por exemplo, que seriam alimentos inflamatórios tendo assim a capacidade de ocasionar inflamações internas em orgãos os quais levam, por conseguinte, ao surgimento de dietas anti-inflamatórias.
Dietas anti-inflamatórias
Todavia, aqui devemos poderar muito bem esse assunto e buscarmos a luz de especialistas adequados que sejam referência e autoridade no assunto. Com efeito, citamos, a nutricionista Aline Silva de Aguiar, professora do Departamento de Nutrição e Dietética da Universidade Federal Fluminense (UFF). A qual, em entrevista para site DrauzioVarella afirma que: “É muito difícil afirmar que existe uma dieta anti-inflamatória, porque o indivíduo vive em contextos de estímulos diversos, e não dá para falar ‘olha, essa dieta vai mexer com a inflamação’. No entanto, há, sim, alimentos que melhoram o perfil inflamatório”,
Entretanto, é importante destacarmos que o processo de infalamação ocasiona-se pela invasao de um patógeno (vírus, bactéria, fungo, etc.) ou por algum trauma físico. Assim, a inflamação surgiria como uma resposta imunulógica do corpo associada a secreção de substâncias como citocinas para proteger e/ou recuperar o local do trauma. Portanto, a inflamação é algo necessário e logo não haveria motivo para adotar alguma dieta anti-inflamatória.
Assim, no entanto, vemos que o termo inflamatório que é usualmente empregado nesse contexto associa-se com certos alimentos. Em particular, com alimentos que contribuem para o surgimento do processo de inflamação crônica sendo esses carboidratos refinados, carnes processadas, alimentos ultra processos como fast-foods e comidas prontas/pré-prontas.
Um aviso importante sobre quais são os melhores alimentos
Em suma, caracterizar tais alimentos como inflamatórios ou não é algo que passa por certa especulação e até determinada confusão do sentido da palavra inflamação. Porém, devemos aqui deixar o alerta de que alimentos como os citados anteriormente devem ser evitados ao passo que contribuem para uma dieta nada saudável. Ademais, sobre quaisquer que seja a dieta iniciada deve ser ponderado qe ela deva ser iniciada com auxílio a um profissional da saúde adequado e com acompanhamento constante.
Referências
- HORTA, Nina. Comida de Verdade: Uma Volta Ao Mundo Em 100 Receitas. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
- POLLAN, Michael. The Omnivore’s Dilemma: A Natural History of Four Meals. New York: Penguin Press, 2006.
- American Society for Nutrition. How to Boost Mental Health Through Better Nutrition. Disponível em: https://nutrition.org/how-to-boost-mental-health-through-better-nutrition/. Acesso em: 22 abr. 2024.
- Piedmont.org. Good-mood foods: What to eat for mental health. Disponível em: https://www.piedmont.org/living-real-change/good-mood-foods-what-to-eat-for-mental-health. Acesso em: 22 abr. 2024.