Vacinas contra Ebola: prevenindo surtos

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Vacinas contra Ebola

Desde 2018, o vírus ebola está causando surtos no continente Africano. Saiba mais sobre as vacinas contra Ebola.

Doença por vírus Ebola

O Ebola é uma doença grave com um alto índice de mortalidade, com média de 50%. É provocado por espécies do vírus da família Filoviridae e gênero Ebolavirus.

De acordo com a CDC (Centers for Disease Control and Prevention), Já se tem conhecimento de cinco espécies do vírus do Ebola.

Destas, quatro são capazes de provocar doenças nos humanos, sendo elas: vírus do Ebola (Zaire ebolavirus), vírus do Sudão (Sudan ebolavirus), vírus da floresta Tai (Tai forest ebolavirus) e vírus Bundibugyo (Bundibugyo ebolavirus).

O pior surto de Ebola registrado até o momento ocorreu nos países do oeste africano entre 2014 e 2016, atingindo cerca de 30 mil infectados e 11 mil mortos.

Desde 2018, existem surtos ativos no continente, onde já matou mais de 2 mil pessoas somente na República Democrática do Congo. Atualmente, Uganda é o epicentro do vírus.

Portanto, é necessário a utilização de vacinas para controlar e evitar novos surtos.

Vacinas contra Ebola

Até o momento, só existe uma vacina aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) indicada para a prevenção da doença do vírus do ebola.

A vacina rVSV-ZEBOV (Ervebo®), é do tipo recombinante de vetor viral, utilizando o vírus atenuado da estomatite vesicular (VSV).

Ela é de dose única e a monovalente, pois atua somente nas doenças causadas pela espécie Zaire ebolavirus, apresentando 97,5% de eficácia.

Contudo, existe uma vacina mais recente no mercado que protege contra mais cepas do vírus ebola.

Trata-se da vacina da Johnson & Johnson (J&J) Janssen, que consiste na combinação de dois componentes: o Zabdeno® (Ad26.ZEBOV) e Mvabea® (MVA-BN-Filo).

  • A Ad26.ZEBOV é baseada em um vetor de adenovírus tipo 26 ( Ad26 ) que expressa a glicoproteína da cepa Zaire do vírus Ebola.
  • A MVA-BN-Filo é baseada em um vetor de Vaccínia Ankara modificado (MKA) multivalente, que expressa a glicoproteína da cepa Zaire, Sudan e vírus Marsburg, além do nucleocapsídeo da cepa Tai Forest do vírus ebola.

Além disso, o MVA-BN-Filo também é utilizado como vetor na vacina da varíola dos macacos (Monkeypox).

O protocolo de imunização da Ad26.ZEBOV/MVA-BN-Filo inclui duas doses, a primeira com o componente Ad26.ZEBOV, e a segunda com a MVA-BN-Filo. É necessário um intervalo de oito semanas entre as duas.

A vacina da Ad26.ZEBOV/MVA-BN-Filo já apresenta Autorização de Introdução no Mercado pela Comissão Europeia (CE), e o International Coordinating Group (ICG) on Vaccine Provision estabeleceu um estoque global de vacinas contra o Ebola para o uso durante o surto atual.

Vacina de vetor viral não replicante

De forma mais clara, esse tipo de vacina consiste na utilização de um vírus inofensivo geneticamente modificado, para, além de não replicar, codificar a glicoproteína do vírus Ebola.

Ou seja, esse tipo de vacina utiliza um vírus enfraquecido como uma espécie de “condutor”, incapaz de nos infectar.

A sua função é apenas dar instruções para produzir a glicoproteína do Ebola, por meio da nossa maquinaria celular, e gerar uma resposta imunoprotedora duradoura.

Quando o indivíduo for realmente exposto ao vírus, nossas defesas irão detectar esse componente viral (glicoproteína) e eliminá-lo, evitando assim de contrair a doença.

As vacinas não replicantes também são empregado em outras doenças, como é o caso da Oxford/AstraZeneca para COVID-19 e Jynneos/Imvamune/Imvanex contra a varíola dos macacos.

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