Tratando a Hipertensão
Primeiramente, é importante saber que a hipertensão é uma doença muito comum, principalmente devido seu silêncio. Isso porque, normalmente, não manifesta nenhum sintoma, sendo encontrada apenas durante as consultas de rotina. A manifestação clínica da hipertensão apresenta quando existe alguma lesão de órgão alvo.
Desse modo, o objetivo do tratamento da HAS é visado em evitar sua progressão e prevenir a ocorrência de complicações. Se não for controlada, poderá causar problemas, como infarto agudo do miocárdio (IAM) e acidente vascular cerebral (AVC).
O que são os anti-hipertensivos?
Bem, primeiramente, antes de entender os anti-hipertensivos, devemos saber que a pressão arterial (PA) pode elevar-se silenciosamente e só produzir sintomas quando em níveis muito elevados. No entanto, se permanecer alta, poderá causar sérios danos ao organismo.
Desse modo, ao ocorrer o aumento da pressão arterial, também aumenta a resistência vascular periférica devido ao débito cardíaco aumentado. Logo, os medicamentos anti-hipertensivos atuam em um desses dois fatores, isso quando não nos dois!
Assim sendo, o mecanismo de ação dos anti-hipertensivos varia conforme suas classes. Existem então, cinco classes de anti-hipertensivos:
- os diuréticos;
- β-bloqueadores adrenérgicos;
- bloqueadores do canal de cálcio;
- vasodilatadores e
- inibidores da enzima conversora da angiotensina.
Classes dos Anti-hipertensivos
Concomitantemente, de modo geral, existem sete classes de anti-hipertensivos que são usados na prática clínica
- diuréticos (DIU)
- antagonistas adrenérgicos
- vasodilatadores diretos
- bloqueadores de canal de cálcio (BCC)
- inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA)
- bloqueadores do receptor de angiotensina (BRA)
- inibidores diretos da renina.
Ainda mais, existem três classes do grupo dos antagonistas adrenérgicos:
- agonistas α-2 centrais
- bloqueadores β-adrenérgicos (BB)
- bloqueadores α-1 adrenérgicos
Classes dos Anti-hipertensivos: Mecanismos de ação
Em suma, os anti-hipertensores atuam apenas nos níveis elevados da PA. Então, seu mecanismo e potência de ação dependem da classe que pertencem:
Diuréticos: elevam o volume do fluxo da urina, sendo os mais usados no tratamento da hipertensão, sozinhos ou em associação com outros medicamentos Um dos principais efeitos é o maior débito de sódio, causando maior débito de água e, aumentando o volume de líquidos extracelulares no organismo. Existem dois tipos de medicamentos diuréticos: alça e tiazídicos.
β-bloqueadores adrenérgicos: antagonizam os receptores da noradrenalina, interferindo na transmissão simpática. Então, seus efeitos são: diminuição do débito cardíaco, efeitos inibidores centrais, readaptação dos barorreceptores, diminuição da liberação de renina e inibição simpática periférica. Além disso, possuem efeitos antiarrítmicos e antianginosos.
Bloqueadores do canal de cálcio: atuam na redução da excitabilidade e a frequência cardíacas, promovendo o relaxamento da musculatura lisa arterial e reduzindo a resistência vascular periférica. Sua atuação se dá pela entrada de cálcio nas células, resultando na dilatação generalizada das artérias e arteríolas para diminuir suas resistência, como a pressão arterial.
Vasodilatadores: promovem a vasodilatação, diminuindo a resistência periférica. Sua atuação é voltada para a musculatura da parede vascular, causando o relaxamento muscular, mas promovendo a retenção hídrica e taquicardia reflexa.
Inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECAs): bloqueia a conversão da angiotensina I em angiotensina II, sendo usado por via oral ou sublingual para o tratamento de crises hipertensivas, mas contraindicados para gravidez e em estenose bilateral de artérias renais.