Matriz Energética

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matriz energética
Matriz Energética.

Matriz Energética, com o avanço da tecnologia, é quase impossível imaginar nossa vida sem eletricidade, afinal ela é responsável por muitas tarefas do nosso dia a dia. Para que chegue em nossas residências e empresas com qualidade e segurança, temos que contar com a ajuda da matriz elétrica.

Ao longo dos anos, a eletricidade tornou-se tão importante que, de acordo com o relatório World Energy Outlook 2018, a população global sem acesso a ela caiu para menos de um bilhão.

O que é uma matriz elétrica?

A matriz elétrica mundial é composta por um conjunto de fontes disponíveis para a geração de energia elétrica dentro de um estado ou país e podemos nos beneficiar dela ouvindo música no rádio, assistindo TV, tomando banho quente, acendendo a luz e assim por diante .

A produção mundial de eletricidade, na maioria dos casos, é baseada em combustíveis fósseis, como gás natural (23%) e carvão (38%). Apenas 7,3% referem-se à energia solar, eólica, geotérmica, etc., enquanto o petróleo e derivados ficam com 2,9%.

A geração de eletricidade por meio de combustíveis fósseis ainda está presente em muitos países ao redor do mundo, apesar dos muitos esforços para a descarbonização dessas economias. Uma das principais razões para isso são as fontes de energia de carvão, que oferecem menor custo.

Apesar de ser uma alternativa mais barata quando comparada a fontes renováveis como hidrelétricas, possui grande emissão de gases poluentes. Esta é a fonte mais presente na China, representando mais de 60% de sua capacidade energética instalada no país.

Matriz elétrica brasileira

Diferentemente do cenário mundial, a matriz elétrica brasileira é 83% formada por fontes renováveis de energia. Esse número foi levantado por uma pesquisa realizada pela Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia do Brasil em janeiro de 2020.

Segundo a ANEEL/ABSOLAR, a matriz energética brasileira está dividida da seguinte forma:
hidroeléctrica (61,3%), eólica (8,8%), biomassa (8,5%), fontes de energia a gás natural (8,4%), petróleo e outros fósseis (5,2%), carvão (0, 2%) e importações (4,6%).

Apesar de mais de 60% da eletricidade ser proveniente de hidrelétricas, a ascensão de outras fontes continua sendo muito positiva e necessária. Isso porque a água é um recurso natural finito, ao contrário do sol e do vento, que são recursos inesgotáveis e renováveis.

Esse caminho está sendo traçado pela união dos mais diversos setores e fortes estratégias que atuam na conquista de um mundo mais sustentável. Segundo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA) de 2018, em 2040, a matriz elétrica do Brasil será 96% constituída por energia de baixo carbono.

Recursos renováveis e não renováveis

Agora que sabemos o que é uma matriz elétrica, precisamos entender que os recursos que a compõem podem ser renováveis ou não. A primeira opção diz respeito àqueles recursos que podem ser regenerados em um curto período de tempo, como ocorre nas energias eólica, solar, biomassa, geotérmica e hidrelétrica.

Já os recursos não renováveis são aqueles que utilizam recursos naturais finitos, ou seja, elementos que não se regeneram em um curto espaço de tempo. Entre os principais exemplos dessa opção estão: gás natural, fontes de energia petrolífera, energia nuclear e carvão.

Qual a diferença entre uma matriz elétrica e uma matriz energética?

A matriz energética é composta por um conjunto de fontes renováveis ou não renováveis, responsáveis por gerar energia para atender demandas como residência, transporte, comércio, etc.

De acordo com o Balanço Energético Nacional do Brasil de 2019, mais da metade da energia produzida no Brasil (54,7%) vem de recursos não renováveis. Além disso, os setores de transporte (cargas e passageiros) e indústria correspondem a (64%) da energia do consumo de eletricidade do país.

É interessante que a matriz energética do país seja mais renovável que a do mundo. Isso é muito importante para a preservação do meio ambiente, visto que os recursos não renováveis são os principais responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa. Assim, a população usufrui dos benefícios da eletricidade sem deixar de cuidar da natureza, já que tem baixo impacto ambiental.

A matriz elétrica é uma parte energética, mas, neste caso, são consideradas apenas as fontes utilizadas na geração de energia. Como mencionamos anteriormente, ele abrange diferentes possibilidades.

A evolução da matriz energética brasileira

Embora a matriz hidráulica seja há anos a fonte mais utilizada no Brasil para a geração de eletricidade e o petróleo seja a fonte preponderante na matriz energética, nos últimos 20 anos o país começou a investir efetivamente em novas fontes para aumentar a diversificação.

De acordo com o Relatório Síntese do Balanço Energético Nacional 2021 da EPE, as fontes renováveis presentes na matriz energética brasileira são atualmente: biomassa da cana (19,1%), hidráulica (12,6%), lenha e carvão vegetal (8,9%) e outras renováveis (7,7%) . As não renováveis são petróleo e derivados (33,1%), gás natural (11,8%), carvão mineral (4,9%), urânio (1,3%) e outros (0,6%). Ou seja, esses dados mostram como a matriz energética brasileira vem se diversificando, porém ainda é preciso investir mais, para que a maioria das fontes sejam renováveis e limpas.

O futuro da geração de energia

Para o futuro, a grande expectativa é descarbonizar o setor de transporte e mobilidade. Esta área é uma das mais poluentes e difíceis de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE).

No Brasil, alguns projetos e programas estão sendo lançados para reduzir o uso de fontes fósseis. A Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) é uma política pública que incentiva o desenvolvimento dos biocombustíveis na matriz energética nacional, criando um novo mercado que está em desenvolvimento.

Além disso, o Brasil lançou em 2021 o programa Combustível do Futuro, que também visa reduzir a participação de combustíveis fósseis na matriz. No mesmo ano, o Programa Nacional de Hidrogênio foi lançado para promover o desenvolvimento do hidrogênio verde. E, recentemente, foram anunciados o mercado de carbono e o programa metano zero.

No relatório do PDE 2031, também há uma previsão de diminuição da dependência das hidrelétricas. A expectativa é que até essa data menos de 50% da energia seja gerada por hidrelétricas, mostrando o avanço de outras fontes e outros modelos, como a geração distribuída. A autoprodução de energia e a geração distribuída devem passar de uma participação de 8% para 17% na matriz em dez anos.

Tanto a biomassa quanto o biogás também têm espaço para crescer. Atualmente, a presença do gás na oferta doméstica de energia é modesta (0,1%), mas vem apresentando crescimento acelerado, de 27% a.a. nos últimos cinco anos, segundo dados da EPE. Assim, o potencial de biogás chega a 7,1 bilhões de Nm³ em 2031, representando 3,9 bilhões de Nm³ de biometano.
No Brasil, o maior potencial de biogás encontra-se nos setores agrícola e sucroenergético. Há também uma quantidade considerável de biogás que pode ser obtida a partir de resíduos sólidos urbanos e esgoto.

Referências:

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