Hoje veremos sobre os Desafios da Indústria de papel e celulose no Brasil tem grande eficiência de mercado e sua alta competitividade é explicada, principalmente, pelas condições edafoclimáticas favoráveis, investimento em florestas plantadas e em pesquisas ao longo desses anos.
Assim, segundo dados da Ibá – , em 2019, o país manteve como segundo maior produtor de celulose, atingindo 19,7 milhões de toneladas fabricadas, seguindo como referência mundial na produção. Dessa forma, a indústria de papel e celulose vem aumentando sua relevância, e seu consumo energético passou de 5% do consumo final industrial em 1970 para 16% em 2020, com um crescimento médio do consumo de 5,4% a.a. (1970 a 2020).
Assim, o setor pode ser segmentado em plantas de celulose, plantas de papel e plantas integradas, que produzem celulose e papel – evitando a demanda energética para secagem da celulose. A produção de celulose, caracterizada por plantas de grande porte, com capacidade produtiva de cerca de 1 a 2 milhões de toneladas por ano, intensivas em tecnologia.
Nesse ínterim, o processo produtivo inclui o cozimento da madeira para extração de celulose, gerando um líquido rico em compostos de sódio e matéria orgânica, a lixívia ou licor preto. A lixívia queimada em caldeiras de recuperação de reagentes químicos, produção de vapor e de eletricidade. Algumas plantas já realizam o bio refino, produzindo hidrogênio verde e metanol consumidos nas próprias plantas, e outros produtos como lignina. As unidades também realizam cogeração a partir de caldeiras de biomassa, tornando essa indústria com taxas de “renovabilidade” acima de 85% e elevada autoprodução.
O setor e os Desafios da Indústria de papel e celulose
O setor de papel e celulose é complexo porque ele utiliza um produto florestal, mas consegue impactar positivamente o meio ambiente. Assim, os impactos positivos acontecem porque a indústria da celulose matém grandes áreas com matas nativas preservadas.
Primeiramente, o setor cria fazendas com árvores plantadas especificamente para a fabricação da celulose e utiliza as sobras das plantas como adubo. Dessa forma, as fazendas realizam o plantio de árvores várias vezes e as sobras das plantas podem ser descartadas em outras regiões.
Assim a utilização das sobras como adubo é uma interessante estratégia que pode trazer grandes benefícios para o meio ambiente. O descarte de adubo não pode ser realizado de forma aleatória, mas ele poderá auxiliar no plantio de novas árvores.
Nesse sentido, a indústria de papel e celulose também poderá utilizar as sobras de plantas para trazer vida para um solo desmatado. Dessa maneira, o setor de papel e celulose é responsável por diversos benefícios essenciais para o meio ambiente, além de bons impactos na economia. Sendo assim, o setor possui uma forte presença no mercado nacional e internacional e está sempre atento aos avanços que pode oferecer com a utilização de novas tecnologias.
A fabricação de celulose e outras pastas para fabricação de papel
O processo de produção de papel é distinto, com consumo específico menor e sem coprodutos para realizar cogeração. Há consumo de energia elétrica em basicamente todas as etapas, como prensagem e refino, e demanda por vapor para secagem. O setor de papel e celulose é responsável por 2,9 milhões de hectares de área florestal preservada.
A preocupação da indústria da celulose com a preservação do meio ambiente é essencial para garantir o seu sucesso. Garantir a saúde do meio ambiente é importante porque ele é parte fundamental no setor da celulose. Eucalipto e pinus, as principais madeiras na fabricação da celulose.
O processo de fabricação da celulose começa com o plantio das árvores que serão utilizadas, elas são cultivadas especificamente para isto. Quando as árvores atingem o tamanho ideal é realizada a colheita e o corte da madeira que será descascada. A indústria de papel e celulose não desperdiça nada, porque o meio ambiente é um aliado do setor.
Todas as partes das árvores que sobram após o processo de descascar a madeira são reaproveitados, eles permanecem no local e são utilizados como adubo orgânico. Os pedaços descascados de madeira recebem o nome de cavacos, eles são cortados e lavados para irem para o digestor.
O digestor é o responsável pelo cozimento dos cavacos. Ele atinge altas temperaturas e ocorre o processo de separação da lignina. Após a separação, ocorre o processo de branqueamento no qual a celulose ganha o seu famoso aspecto. O último estágio do processo de fabricação de pastas de celulose é a secagem que permitirá que ela chegue ao mercado com qualidade.
Empresas brasileiras e os Desafios da Indústria de papel e celulose
O setor de papel e celulose desempenha um papel importante na economia nacional e também para o cenário mundial. Isto é devido à essa receita e aos elevados investimentos, ao impacto que esse setor tem sobre os outros diversos setores econômicos, tanto para os que se encontram antes quanto depois de sua cadeia produtiva, assim como sua influência na geração e consumo de energia e ao impacto social e ambiental positivos.
1. Suzano
Após a fusão da Suzano Papel e Celulose com a Fibria, movimento que cria a Suzano S/A, a torna como a maior produtora mundial de celulose. Abaixo vamos destacar suas principais unidades distribuídas pelo Brasil.
A Suzano, unidade em Suzano, fábrica adquirida em 1956 por Leon Feffer da Indústria de Papel Euclides Damiani. Onde, instalada uma planta piloto para a produção de celulose de eucalipto. Atualmente tem capacidade de produção de 600.000 ton./ano de celulose e 560.000 ton./ano de papéis de imprimir e escrever, couché e cartão.
A unidade localizada em Limeira, SP tem capacidade de produção de celulose de 400.000 ton./ano, e também produz papéis de imprimir e escrever, com capacidade de 390.000 ton./ano. Já a unidade de Mucuri, BA, a fábrica tem capacidade de produção de 1.800.000 ton./ano de celulose e 250.000 ton./ano de papel de imprimir e escrever.
Recentemente inaugurou uma máquina de produção de papel tissue, com capacidade de 60.000 ton./ano.
3. Eldorado
A Eldorado Brasil destaca-se por ter uma das maiores e mais modernas fábrica de celulose do mundo, competitiva por seu novo modelo de negócios: da base florestal altamente produtiva à logística inovadora. É uma empresa brasileira, com atuação global, que leva a celulose nacional de alta qualidade para todo o mundo. Seu complexo industrial e áreas de plantio estão localizados no Mato Grosso do Sul e está operando em ritmo de 1,7 milhão de toneladas de celulose por ano.
4. Klabin
Fábrica da Klabin Monte Alegre, localizada na cidade de Telêmaco Borba, PR, inaugurada em 1946, maior produtora de papéis de fibra virgem para embalagens da América Latina e uma das dez maiores produtoras de papel cartão de fibra virgem do mundo. A quarta maior do mundo em produção de papel cartão para líquidos (LPB) e a única no Brasil a oferecer esse produto.
Produz kraftliner e papel cartão para embalagens e comercializa toras de eucalipto e pinus. Capacidade de produção de mais de 1 milhão de toneladas de papéis por ano. A unidade de Correia Pinto está localizada na cidade catarinense de mesmo nome. Inaugurada em junho de 1969.
É a maior fábrica de papel para sacos industriais (sackraft) da América Latina. Em 2012, recebeu uma nova máquina de papel, com capacidade de 80 mil ton./ano. A unidade localizada na cidade de Otacílio Costa, SC, adquirida pela Klabin em outubro de 2000. É a maior fábrica de papel kraftliner da América do Sul e segunda maior unidade da Klabin. Produz papéis para embalagens, com capacidade de 350 mil ton./ano.
5. Cenibra
A Cenibra fundada no dia 13 de setembro de 1973, localizada no leste de Minas Gerais, a Companhia Vale do Rio Doce – CVRD e da Japan Brazil Paper and Pulp Resources Development Co. Ltda. – JBP, apostaram na construção uma grande empresa de base florestal, a partir da transferência de tecnologia do Japão para o Brasil.
Em 2001, a Japan Brazil Paper and Pulp Resources Development Co. Ltda. – JBP adquiriu a participação da Cia. Vale do Rio Doce – CVRD, atual Vale, assumindo o controle acionário da CENIBRA.
Em 2019, a produção de celulose totalizou 1.222.888 toneladas, valor acima da produção orçada, estabelecendo novo recorde de produção anual.