Matriz energética Mundial

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Matriz energética

Matriz energética Mundial. As empresas multinacionais, grandes organizações financeiras, bem como empresas estatais e órgãos reguladores. Esses são agentes com forte presença na dinâmica do mercado internacional do petróleo e do gás natural. Assim, seu papel não é só econômico, mas geopolítico. Se o petróleo e o gás natural trazem a possibilidade de geração de riqueza, trazem também toda uma série de disputas comerciais, financeiras e diplomáticas, bem como guerras e conflitos violentos entre Estados.

Em geral, a competitividade da indústria petroquímica está fortemente associada a fatores como grau de verticalização empresarial. Assim grandes economias de escala, disponibilidade e garantia de fornecimento de matériaprima, altos investimentos em tecnologia e logística de distribuição de produtos. Dassa maneira, tais fatores fazem com que o segmento petroquímico seja composto apenas por empresas de grande porte, com elevado grau de internacionalização das atividades.

O petróleo é um elemento de influência nas relações geopolíticas contemporâneas. Desde quando se tornou a matriz energética básica da sociedade industrial e o elemento fundamental para o funcionamento da economia moderna.

Neste contexto, cabe uma reflexão sobre os efeitos geopolíticos de uma futura mudança da matriz energética global, já que o esgotamento do petróleo vai obrigar a economia global a convocar outras fontes de energia. Nesse sentido as bioenergias, a nuclear ou as células de hidrogênio, o que trará, decerto, transformações referentes à competitividade dos empreendimentos do setor.

Energia do mundo contemporâneo e a Matriz energética Mundial

Primeiramente, a energia é essencial para o desenvolvimento, que é uma das aspirações fundamentais dos povos de todos os países. Assim, o mundo atual depende, para seu funcionamento, do abastecimento de vetores energéticos modernos que são o carvão, o petróleo, o gás natural, a energia nuclear e a hidroeletricidade. Dessa forma, os quatro primeiros são as principais fontes energéticas primárias, porém não são renováveis e dispõem de reservas limitadas. O quinto, que é renovável, se encontra em quantidade limitada e se concentra sobremodo em alguns países.

Assim, as fontes de energia renováveis já demonstraram poder sustentar a economia mundial de várias maneiras. No entanto, é fato que os combustíveis fósseis e a eletricidade se constituem hoje a base para operar o atual modelo tecnológico e manter o estilo de vida rural e urbano contemporâneo.

Consumo mundial de energia

Segundo a IEA, a oferta mundial de energia em 2004 foi de cerca de 11 bilhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep). Enquanto o consumo final mundial de energia foi de cerca de 7,6 bilhões de tep’s. Estima-se que esse valor cresça cerca de 2% ao ano. Essa taxa de crescimento poderá ser alterada se houver uma crise de oferta, em que preços elevados de combustíveis diminuiriam a demanda por energia.

A oferta mundial de energia (energia primária) está distribuída por fonte energética do seguinte modo:

  • petróleo (34,3%),
  • carvão mineral (25,1%),
  • gás natural (20,9%),
  • energias renováveis (10,6%),
  • nuclear (6,5%),
  • hidráulica (2,2%) e
  • outras (0,4%).

O consumo final mundial de energia é distribuído pelas seguintes fontes:

  • derivados do petróleo (42,3%),
  • eletricidade (16,2%),
  • gás natural (16,0%),
  • energias renováveis (13,7%),
  • carvão mineral (8,4%) e
  • outras (3,5%).

O combustível que mais vem aumentando sua participação na matriz energética mundial é o gás natural. A participação do carvão, que vinha diminuindo historicamente, em 2004 cresceu 1,6%. O petróleo, por sua vez, deverá permanecer como a principal fonte de energia mundial até que haja restrição de oferta.

Quanto à energia elétrica, que corresponde a 16,2% do consumo mundial final de energia, contribuem para sua geração várias fontes de energias primárias. Sendo essas na seguinte proporção:

  • 39,8% de carvão mineral;
  • 19,6% de gás natural;
  • 16,1% de energia hidráulica;
  • 15,7% de energia nuclear;
  • 6,7% de petróleo e
  • 2,1% de outras fontes energéticas.

Conservação de Energia

Face ao acelerado crescimento do consumo mundial de energia associado às incertezas quanto ao suprimento das necessidades futuras. Assim, essas pesquisas por novas fontes energéticas são complementadas por outras que objetivam o seu melhor aproveitamento através de diferentes tecnologias. O que pode adiar no tempo a previsão de crises energéticas, pelo menos nas próximas décadas.

A economia no uso de energia pode acontecer através:

  • de aumentos tarifários,
  • campanhas educativas,
  • adequações em equipamentos e processos com melhoria no desempenho de equipamentos e
  • redução das perdas.

Efeito Estufa

O efeito estufa, fenômeno identificado pelo francês Jean Fournier, no século XIX, é o acréscimo constante da temperatura média da terra, em consequência do aumento da concentração atmosférica de alguns gases, tais como:

  • Dióxido de Carbono (CO2, Metano (CH4),
  • Óxido nitroso (N2O),
  • Hidrofluorcarbonos (HFCs),
  • Perfluorcarbonos (PFCs) e
  • Hexafluoreto de Enxofre (SF6).

Estes gases, hoje predominantemente emitidos pelo setor de transporte, pela indústria e por queimadas de florestas e pastagens, absorvem parte da radiação infravermelha devolvida pela terra ao espaço e provocam o aumento da temperatura atmosférica e as conseqüentes mudanças climáticas.

Apesar da mudança climática poder ser uma força se movendo lentamente os preços dos ativos mudarão acentuadamente, quando novas evidências chegarem ao mercado ou políticas forem mudadas.

Fontes alternativas de energia

A partir da queda na produção de petróleo, a disponibilidade de outras fontes de energia será decisiva para a economia global. Um fator de importância ao avaliar as alternativas energéticas ao petróleo é o fato de que as fontes de energia alternativas possuem custos de produção mais elevados e requerem uma quantidade de energia maior para serem produzidas do que a simples extração de petróleo. Desse modo, a energia gerada por esses combustíveis tem de ser maior do que a consumida na sua produção (taxa de conversão), ou eles não serão de fato um substituto para o petróleo como fonte de energia.

Pico de Hubbert e produção de Petróleo

O mundo segue um curso novo desde os choques petrolíferos produzidos nos inícios das décadas de 1970 e 1980. Numa época então de prosperidade econômica, Marion King Hubbert previu, em 1956, que a capacidade de produção de petróleo nos EUA, com exceção do Alasca, atingiria um valor máximo, um pico, por volta de 1970, para depois declinar inexoravelmente.

Hubbert foi muito contestado, mas a sua previsão veio a verificar-se verdadeira. A produção dos EUA, antes o maior produtor e exportador, está hoje reduzida a 40% desse máximo, sendo dependente em 70% do petróleo importado. Os últimos anos, em que o crescimento da procura se confronta constrangida por limitada capacidade de produção, marcados também por subida de preço dos barris de petróleo e por déficit de adequação da capacidade de refinação, assinalam já uma transição em curso para um novo período de dificuldades.

É frequente a utilização da relação reservas/produção quando se discute o futuro do petróleo. As estimativas mais comuns são de que as reservas comprovadas atingem cerca de um trilhão de barris, o que, considerandose a produção atual de cerca de 25 bilhões de barris/ano, garantiria o atendimento da demanda por 40 anos.

A ampla divulgação dessa relação e sua utilização sem ressalvas, além de contribuir de forma decisiva para a falta de preocupação da opinião pública com o suprimento de petróleo a médio e longo prazo, pressupõem que a evolução da produção segue um dos seguintes perfis: aumento até um certo patamar, que se mantém por vários anos, seguido de rápido declínio; aumento constante até um pico, seguido de declínio muito rápido.

Energia Alternativa: Bioenergia e a matriz energética mundial

Primeiramente, a história econômica mundial mostra que fontes de forte e contínua instabilidade elevam os riscos dos investimentos e impõem à sociedade a busca de soluções alternativas. Segundo esta linha analítica, as perspectivas da participação do petróleo na matriz energética mundial tende a diminuir mais rapidamente do que as atuais estimativas possam estar a indicar.

Por consumir cerca de 57% dos derivados do petróleo no mundo, o setor de transportes, onde 90% da energia consumida têm origem no petróleo, será diretamente impactado por esta tendência. Neste contexto, a bioenergia está sendo avaliada como uma alternativa viável e promissora, no curto e médio prazos, para ocupar um maior espaço na matriz energética mundial, principalmente para atender parte das necessidades do setor de transportes.

O efeito estufa, as guerras e o desenvolvimento do setor primário fazem com que o investimento na pesquisa, produção, utilização e divulgação dos combustíveis de origem vegetal (biocombustíveis), principalmente o etanol e o biodiesel, se propague por todo o mundo.

Assim a política de combustíveis vegetais alternativos deve ser pensada estrategicamente, avaliando-se as potencialidades da produção agrícola de cada região, o desempenho energético e ambiental de cada cultura. Entretanto, para atender, ainda, o suprimento do petróleo como fonte energética para a sociedade, as empresas se dedicam à exploração como um primeiro passo para manter o ciclo de geração de jazidas.

Dessa maneira, trata-se de uma atividade estratégica da cadeia produtiva do petróleo composta por uma seqüência complexa de etapas e de processos decisórios, envolvendo investimentos e riscos bastante elevados e de longa maturação na expectativa de descobertas de volumes de petróleo crescentes. Assim, em breve se observará um período de transição, em que, ao mesmo tempo, remanescerão os investimentos em petróleo e, gradativamente, aumentará a produção de bioenergia.

Referências sobre matriz energética mundial:

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