Cientistas rejuvenescem camundongos e apontam perspectivas para os humanos. Continue a leitura para saber mais.
Pesquisadores da Harvard Medical School concluíram que o envelhecimento é um processo que pode ser revertido ou acelerado. Os resultados estão disponíveis na Revista Cell.
Os cientistas conseguiram rejuvenescer camundongos idosos e cegos. Além disso, recuperaram as sua visões, tiveram cérebros mais aguçados e desenvolveram tecidos renais e musculares melhores.
Por outro lado, também conseguiram envelhecer de forma prematura camundongos jovens, com efeitos prejudiciais em praticamente todos os tecidos de seus corpos.
De acordo com David Sinclair, especialista em antienvelhecimento e professor de genética, nossos corpos carregam uma cópia “backup” de nossa juventude que pode ser ativada para rejuvenescer.
A equipe de pesquisa estudou camundongos com 124 semanas de idade. Comparados com humanos, representa cerca de 77 anos. Placebo foi injetado na metade dos ratos, enquanto um vírus modificado (que carregava material genético extra) tratou os demais.
Os ratos expostos aos vírus viveram 18,5 semanas a mais, mantiveram melhor função cardíaca e hepática e permaneceram saudáveis por mais tempo. Apenas 8,9 semanas a mais sobreviveram os que receberam o placebo.
Nova Teoria do Envelhecimento?
Os novos resultados lançam dúvidas sobre a teoria de que as mutações genéticas prejudicam nosso DNA à medida que envelhecemos, o que posteriormente resulta em um amontoado de tecido celular danificado que pode causar deterioração, doenças e morte.
Os pesquisadores afirmam que a perda de informação das células é o que causa o envelhecimento. A célula perde a capacidade de ler seu DNA original, onde a célula esquece como operar, tal como um computador desatualizado pode ter danificado o software.
Nesse sentido, é possível redefinir uma cópia de backup do software que já está instalado no corpo. Similarmente a um computador, podemos restaurar o funcionamento do sistema e mostrar como o software foi corrompido apertando um botão de reset. A partir daí, torna a capacidade da célula de ler corretamente o genoma, como se fosse jovem.
Portanto, é possível realizar esse “reset” com qualquer indivíduo, independente da idade ou saúde. No entanto, ainda não se sabe sobre a natureza dessa iniciativa, mas que é possível ligar o “interruptor”.
Para estabelecer a segurança e a eficácia do medicamento nas pessoas, os especialistas enfatizaram a necessidade de mais pesquisas com animais.
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