Compósitos e os Métodos de Fabricação

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Engenharia dos materiais: métodos de fabricação de compósitos

E aí, Gurunautas, tudo bem? No último post, vimos o que são materiais compósitos e algumas de suas aplicações. Mas, se por algum motivo você não se lembra, ou não leu, relaxa! Vamos a uma rápida revisão. Primeiramente, os materiais compósitos têm ampla aplicação, sobretudo em áreas que necessitam de materiais avançados, como aeronáutica, setor automotivo, embarcações, equipamentos esportivos e até na área médica.

De forma simples, os compósitos são combinações de dois ou mais materiais distintos. Geralmente, eles envolvem um elemento de reforço (fibra/tecido) e uma matriz de resina, cujos principais objetivos são alcançar características específicas que atendam às necessidades de cada uso ou aplicação. A matriz tem funções importantes, como por exemplo, moldar o material compósito, proteger os reforços contra agentes externos, transferir cargas mecânicas e garantir a resistência ao impacto. Lembrou? Fácil! 

Função dos reforços nos materiais compósitos

Além disso, é importante lembrar que os reforços nos materiais compósitos são importantes, já que aumentam a resistência, rigidez e otimizam diversas propriedades mecânicas. Eles ainda controlam propriedades como o coeficiente de dilatação térmica, condutividade e transporte de calor. Assim, essa integração eficiente entre matriz e reforço – ou como você pode chamar, “sinergia” – é o que torna os compósitos tão atrativos para aplicações de alta performance.

Quando comparamos com metais, os compósitos oferecem muitas vantagens. Por exemplo, eles são mais leves, resistentes à corrosão e oferecem maior flexibilidade no design. Além disso, são destaque por sua relação força-peso superior, características que setores como aeroespacial e automotivo não podem ser desprezar. Entretanto, a escolha pelo material certo dependerá das necessidades específicas do projeto.

Métodos de fabricação de compósitos

A fabricação de compósitos é o processo de produção de materiais compostos (jura? ahahaha, perdoa a redundância, mas é para você fixar bem), que combinam diferentes componentes para criar um material com propriedades aprimoradas. Cada método, porém, oferece vantagens específicas, seja pelo controle preciso de materiais, resistência mecânica superior ou custo-benefício em larga escala.

Os avanços tecnológicos ampliam as possibilidades, permitindo a fabricação de estruturas mais complexas e eficientes. No entanto, não se esqueça: no geral, preciso de um material estrutural (fibras) e uma matriz (resinas).

Métodos de Moldagem Fechada 

A moldagem fechada é um método que utiliza moldes selados para criar peças em ambiente controlado. Dessa forma, garante-se maior precisão na distribuição dos materiais, melhora as propriedades do produto e reduz emissões. 

Entre os métodos mais comuns, temos:

PrePreg (Fibras Pré-Impregnadas) 

O PrePreg envolve a impregnação de fibras de carbono, vidro ou aramida com resina. Nesse método, colocando as fibras em moldes, o calor e a pressão curam a resina, o que resulta em estruturas leves e de alta resistência.

Posicionam o material prepeg dentro de moldes, seguido pela aplicação de calor e pressão de forma controlada para curar a resina de forma otimizada, moldando assim a estrutura de um material composto de resistência e desempenho melhorados.

Como resultado, essa abordagem meticulosa garante a obtenção de qualidade e confiabilidade ideais.

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Moldagem por Transferência de Resina (RTM)

No processo, os fabricantes colocam uma carga de fibra e resina em um molde pré-aquecido. Depois, eles fecham o molde e mantêm a pressão até que a resina cure completamente. Esse método permite alcançar um acabamento de superfície Classe A, tornando-se amplamente utilizado na indústria automotiva, especialmente para a fabricação de peças de alta qualidade.

Mantem-se essa alta pressão até que a resina tenha curado no molde, que geralmente é parafusado ou preso em uma grande prensa hidráulica com placas planas. Isso garante que os moldes permaneçam alinhados durante o processo de cura. O RTM é ideal para peças complexas.

Infusão a Vácuo

Método comum para estruturas grandes, como pás de turbinas eólicas, a infusão a vácuo permite que a resina preencha um laminado seco com precisão. Este método minimiza desperdícios e garante uniformidade. Por isso, esse processo de vácuo força a resina a fluir sobre a superfície da pré-forma, permeando através da espessura, o que minimiza a distância que a resina deve percorrer através da pré-forma.

Moldagem por Compressão

Indicada para peças pequenas e geométricas, este processo combina resinas termofixas ou termoplásticas com fibras em moldes aquecidos. Portanto, ele oferece acabamento de alta qualidade, sendo amplamente utilizado na indústria automotiva. O processo em si vê uma carga de fibra e resina colocada em um molde pré-aquecido que é fechado e mantido sob pressão até que a resina tenha curado. Um acabamento de superfície Classe A pode ser alcançado, o que viu este método de fabricação de compósitos aplicado à indústria automotiva em particular.

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Cura em Autoclave

Além de um método de fabricação, também pode ser um pós-tratamento ao material de compósito obtido. Esta é uma ferramenta de fabricação de compósitos de moldagem fechada que usa vapor pressurizado para executar uma variedade de processos. O uso da autoclave permite criar um ambiente de alta pressão, garantindo resultados precisos com o conteúdo de fibra desejado.

No processo, os fabricantes colocam uma carga de fibra e resina em um molde pré-aquecido. Em seguida, eles fecham o molde e aplicam pressão até a resina curar completamente. Esse método permite alcançar um acabamento de superfície Classe A, o que impulsionou sua aplicação na indústria automotiva, especialmente na fabricação de peças de alta qualidade.

A cura em autoclave garante o endurecimento consistente do polímero, o que o torna excelente para a fabricação de compósitos. Com um bom grau de uniformidade, o processo de fabricação de compósitos em autoclave é frequentemente usado para produzir peças de alta resistência à razão. 

A autoclave utiliza vapor pressurizado para curar compósitos, garantindo alta resistência e precisão. É aplicada em setores que exigem materiais de alta performance, como aeroespacial e militar.  

Trançado e Tecelagem

São métodos de fabricação de compósitos têxteis de largura estreita. O trançado é usado em uma série de produtos finais, incluindo roupas, sapatos, cordas e cabos. É um método altamente adequado para desenvolver reforço têxtil cilíndrico sem costura para desenvolver estruturas compostas e, como um processo de fabricação rápido com desperdício reduzido, é o processo de fabricação de compósitos perfeito para vários itens. Como fios e tecidos, traçam as fibras, a forma como as fibras são dispostas dependem da aplicação, apesar de ser considerado um método de fabricação, pode ser também, uma etapa prévia e esse “tecido de fibras” para utilização, junto com a resina, para algum dos métodos já citados. Esses métodos produzem reforços cilíndricos e tecidos resistentes, ideais para aplicações como próteses e componentes aeroespaciais.

Achou que acabou? Achou errado, gurunauta! Afinal, a jornada do conhecimento nunca termina na Meu Guru. Sucesso e até daqui a pouco!

 

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