As correntes de malhas é uma técnica de análise de circuitos só aplicável à circuitos elétricos planares.
De modo que os circuitos elétricos planares são todos aqueles que podem ser desenhados numa superfície plana, sem que dois ramos se cruzem.
Esse método das correntes consiste em:
– Arbitrar correntes (I1,I2…,InI1,I2,In) para todas as malhas do circuito de forma a garantir que todo elemento do circuito seja percorrido por, pelo menos, uma dessas correntes.
– Aplicar a Lei das Tensões de Kirchhoff para calcular as correntes do circuito, normalmente arbitrando-se todas as correntes nas malhas no sentido horário.
Para ter uma melhor compreensão do que sejam essas correntes , considere o circuito apresentado na Figura 1, onde, I4 e I5 são designadas de correntes de malhas.
No circuito, estão também referenciadas as correntes de ramos I1, I2 e I3, assim:
Pela Figura 1, dá para se tirar as seguintes conclusões:
- I4 é a corrente que contém os componentes U1,R1,R2 e U2.
- I5 é a corrente que contém os componentes U2,R2 e R2.
- I1=I4.
- I2=I4−I5.
- I3=I5.
Percorrendo-se a malha com corrente I4, teremos:
U1-R1I4-R2I4+R2I5-U2=0
Percorrendo-se a malha com corrente I5I5, teremos:
U2-R2I5+R2I4-R3I5=0
Considerando que são conhecidas as tensões U1 e U2 e os valores dos resistores R1,R2 e R3, fica fácil encontrar os valores das correntes I4 e I5, por conseguinte, as correntes de derivação de ramos I1,I2 e I3.
Portanto, quando temos mais de duas no circuitos e considerando que não há nenhum supernó, o método das correntes nas malhas reduz o trabalho de resolução do circuito.