Crises hídricas e energéticas. A crise energética no Brasil está diretamente relacionada à crise hídrica, já que 93% da energia produzida no país é originária de usinas hidrelétricas. Com os reservatórios cada vez mais vazios, chegando ao pior desempenho em 91 anos, os riscos de apagões preocupam a população.
Antes de falarmos sobre a crise energética é necessário definir sobre que tipo de energia estamos falando. Nesse sentido a definição da Física, energia é a “capacidade que um corpo, um sistema de corpos ou uma substância têm de realizar trabalho. Entendendo-se por trabalho a deslocação do ponto de aplicação de uma força”.
Sabendo disso, continuamos o raciocínio dizendo haver diversas formas de se produzir energia, como: energia eólica (produzida pelo vento), energia atômica (produzida pelo núcleo de um átomo), energia solar (produzida pela luz e calor do sol), energia hídrica ou hidráulica (produzida pelo movimento da água corrente), etc.
Também é necessário entender o que é uma crise. Assim, uma crise é a “ausência ou deficiência de algo; carência, escassez, falta”. Assim, podemos chegar na definição de que uma crise energética é a ausência da capacidade de se produzir trabalho por meio de uma fonte de energia.
Q que é a crise hídrica?
A crise hídrica é quando falta água para abastecimento humano. É comum relacionar o baixo volume dos reservatórios à ausência de chuvas, mas outros fatores também têm grande impacto:
- Uso excessivo de água na agropecuária
- Má gestão dos recursos hídricos
- Falta de planejamento por parte dos governos
- Queimadas e incêndios
- Desmatamento
- Fenômenos climáticos
A crise hídrica pela qual estamos passando nada mais é do que uma escassez de chuvas, o que afeta diversos setores do país. Com a redução das chuvas, a agricultura fica comprometida, os consumidores residenciais correm o risco de ficar sem água, e a geração de energia fica prejudicada.
Quais são os impactos da crise hídrica no Brasil?
Perigo de racionamento
Uma bonificação para os pequenos consumidores que reduzirem seu consumo voluntariamente está em vigor até o final de dezembro e pode ajudar a conter a crise energética no país. Porém, no setor público, o racionamento está sendo obrigatório com o decreto de racionamento compulsório no serviço público. Dessa forma que reduz cerca de 10% do consumo da administração até abril de 2022.
Esses racionamentos indicam que, caso os níveis das hidrelétricas não voltem a subir, a chance de haver um racionamento de energia elétrica oriunda das concessionárias é muito alta.
Aumento do custo da energia para os consumidores
No ano de 2021, o reajuste acumulado chegou a mais de 7% no preço da conta de luz. Segundo o Estadão, em documento interno da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o aumento previsto para 2022 é de 21,04%.
Os aumentos do ano de 2021 foram muito sentidos pelos consumidores, que tiveram que arcar com tarifas bastante elevadas, especialmente por conta da Bandeira de Escassez Hídrica. Essa bandeira foi criada em agosto e eleva o valor dos 100 kWh para R$ 14,20, além de ser 50% mais cara do que a Bandeira Vermelha de patamar 2, a mais alta até então.
Outro ponto importante que causa um impacto ruim durante a crise de energia no Brasil é a busca por alternativas poluentes, caras e com matrizes energéticas não renováveis para resolver o problema.
As termelétricas estão sendo acionadas com mais frequência devido à escassez de água, o que acaba ajudando a suprir a demanda momentaneamente, mas gera um prejuízo para o meio ambiente, além de ter um alto custo de geração.
Afeta a produção das indústrias e grandes empresas que consomem muita energia
O governo já criou o programa de Redução Voluntária da Demanda, o qual compensa as indústrias pela redução do uso de energia. Essa medida visa reduzir o consumo dos grandes consumidores para dar vazão à demanda no comércio e nas residências.
Infelizmente isso não é o suficiente para que outras indústrias e grandes empresas possam ter a sua demanda de energia suprida. Isso pode acarretar um encolhimento da economia em 2022.
No ano de 2001, por exemplo, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu apenas 1,4%. Tal desempenho aquém do esperado e fortemente afetado pela crise hídrica iniciada em julho do mesmo ano.
Aumento do preço puxa a inflação
O aumento da inflação também é causado pela crise energética. Em razão da alta dos preços nas tarifas de energia. Assim, as indústrias e demais segmentos do mercado acabam encarecendo seus produtos para que a lucratividade não seja afetada.
O aumento do preço da energia se estende por toda a cadeia produtiva, o que faz com que o preço de produtos relacionados a bens e consumo seja maior, elevando a inflação no país.
O que é uma crise energética?
Quais as causas de uma crise energética?
Enumeramos dois principais fatores responsáveis por uma crise energética, os quais são:
- Político: quando a matriz energética adotada pelo país depende dos seus gestores, que podem privilegiar fontes não renováveis ao invés de renováveis, conforme os recursos naturais que o país dispõe e a viabilidade econômica. No Brasil, as hidrelétricas predominam como principal fonte de energia elétrica. Assim, o que pode gerar crises quando esta é afetada e não se planeja uma matriz energética alternativa.
- Climático: alterações no clima podem ser responsáveis por uma crise energética, como, por exemplo, com as secas dos rios e a escassez de chuvas, as hidrelétricas perdem a sua capacidade de produzir energia. Essa escassez pode ser associada ao aquecimento global e até pelo desmatamento da amazônia.
Quais suas consequências?
- Estagnação da produção: sem uma fonte de energia para suprir a demanda do país, todos os setores da economia que usam energia ficam prejudicados, isso inclui as indústrias e o comércio que, consequentemente, sofrerão uma crise econômica, já que o país vai precisar importar os produtos que não consegue mais produzir.
- Contas de energia mais caras: como no Brasil a maioria da produção de energia elétrica é por meio das hidrelétricas, com uma redução na produção, as contas de energia ficam mais caras pela necessidade de usarem outro tipo de fonte, como as termelétricas que usam o gás natural, o qual possui um maior o custo de produção.
Quais as soluções para a crise energética
Soluções mais eficazes para conter a crise energética de uma vez por todas são a diversificação das matrizes elétricas e o uso de fontes de energia alternativas que sejam renováveis e seguras.
A diversificação das matrizes pode ser feita com energia solar, biomassa e energia eólica. A energia produzida pelas termelétricas já está sendo utilizada para aliviar a crise, mas acaba não sendo uma boa opção, já que a sua geração é mais cara e poluente.
A energia solar é totalmente renovável e segura. A sua matéria-prima é a luz do sol, fonte inesgotável de energia. Os equipamentos utilizados demandam um investimento razoável, mas possuem uma vida útil de mais de 25 anos, o que favorece a sua utilização em longo prazo.
Já a biomassa é gerada a partir da queima de matérias-primas de ordem orgânica, como cascas de arroz, bagaço da cana-de açúcar, papel e papelão usados, lodo gerado pelo esgoto e outras fontes. Ela também é uma energia renovável e possui um custo de geração acessível, porém o custo dos equipamentos é alto e há uma dificuldade para armazenar e transportar essa energia.
Por fim, podemos citar a energia eólica. Ela é produzida por meio dos parques eólicos e tem como matéria-prima o vento. Essa energia é inesgotável e não emite gases poluentes, porém, muitas vezes, há dificuldade de ser gerada com a demanda necessária e tem um forte impacto visual e sonoro para os moradores do entorno dos parques.
Consumo de energia: tendências, problemas e soluções
O consumo de energia elétrica sobe a cada ano no mundo. Esse fenômeno é irreversível em uma sociedade como a nossa, cada vez mais digitalizada. Podemos ver diversos usos de energia sendo criados a todo momento, como os carros elétricos, que estão em ascensão e em pouco tempo vão demandar muita energia para funcionar.
Com isso, é necessário encontrar novas formas de atender a esse consumo crescente com fontes de energias e tecnologias que não impactem mais o meio ambiente. O uso das hidrelétricas e termelétricas preisam de redução, afinal os recursos são esgotáveis, e elas não são renováveis.
A descentralização da produção de energia mostra-se, dessa forma, uma das maiores tendências para os próximos anos. Aqui, é possível citar a energia solar, que vem cada vez mais ganhando espaço no mercado e no setor público.
Como sair da crise do setor energético
Por ser uma energia renovável, com fonte inesgotável e que não causa impactos negativos ao meio ambiente, a energia solar mostra-se a melhor opção para o futuro. E, em meio à crise hídrica, quem quiser e puder investir em energias renováveis, como essa, deve saber que este é o momento ideal!
Embora ainda pequeno, o número de unidades consumidoras de energia solar tende a crescer. Os preços de geração baixos, a alta durabilidade dos sistemas e a facilidade de se obter um financiamento já chamam a atenção dos consumidores.
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Referências:
- https://www.politize.com.br/crise-energetica-no-brasil/
- https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/atualidades/como-crises-energetica-e-hidrica-podem-cair-no-enem-e-vestibulares.htm
- https://ufop.br/noticias/em-discussao/crise-hidrica-e-energetica-no-brasil
- https://www.cnnbrasil.com.br/business/crise-energetica-deve-aliviar-em-2022-mas-espaco-para-queda-em-contas-e-pequeno/