Descoberta relação entre genes e envelhecimento. Continue a leitura e descubra como o tamanho dos genes podem influenciar no envelhecimento.
Os genes que compõem nosso DNA têm uma ampla gama de tamanhos. Os genes apresentam dados necessários para manter a funcionalidade do corpo, incluindo instruções para a construção de proteínas.
Além do mais, o tamanho dos genes tem relação com o nosso envelhecimento. Isso é o que aponta o novo estudo desenvolvido pela Universidade de Northwestern (Estados Unidos), publicado na revista Nature Aging.
De acordo com Stoeger e colaboradores, os genes mais curtos tornam-se mais ativos à medida que envelhecemos do que os genes longos. Compreender esse fenômeno será fundamental para permitir encontrar novas técnicas para retardar o envelhecimento.
A fim de encontrar características que explicassem melhor as mudanças no RNA, eles avaliaram 17 tecidos de coração, cérebro e rins de camundongos machos. Os roedores apresentavam nove, 12, 18 e 24 meses de idade, onde 24 é considerado extremamente velho.
Posteriormente, os cientistas conduziram esse experimento com informações coletadas de tecidos humanos pós-morte, bem como de outros animais em idades específicas.
Para realizar a análise, a equipe utilizou algoritmos de Machine Learning.
Resultados
Os autores descobriram que, com o passar do tempo, os genes mais curtos tendem a se tornar mais ativos do que os mais longos. Além do mais, esse desequilíbrio na expressão relacionada ao comprimento do gene ligado ao envelhecimento está presente em todas as espécies.
Os achados em humanos foi o que de fato chamou a atenção e corroborou para esta hipótese. Ao contrário dos camundongos, que são geneticamente semelhantes e criados em ambiente controlado, os humanos avaliados morreram de diferentes causas, além de possuir variados estilos de vida.
Além disso, eles descobriram que 5% principais dos genes com transcritos mais curtos incluíam muitos que estavam associados a tempos de vida mais curtos, como os envolvidos na função imunológica e na preservação do comprimento dos telômeros.
Da mesma forma, incluíam os 5% dos principais genes com os transcritos mais longos associados à longevidade, como os envolvidos na atividade neural e no controle transcricional.
Ao reavaliar dados de pesquisas com animais publicadas anteriormente, eles também analisaram como 12 terapias antienvelhecimento afetaram o equilíbrio da atividade de genes curtos e longos.
Sete dessas terapias, incluindo os medicamentos antienvelhecimento rapamicina e resveratrol, causaram um aumento relativo nas transcrições de genes longos, indicando que esse desequilíbrio relacionado ao envelhecimento pode ser revertido.
Vale ressaltar que esse estudo apresenta um pontapé para a hipótese. Ainda são necessários novos estudos que forneçam evidências mais robustas para afirmá-la.
Pode ser que as alterações do transcriptoma associadas ao comprimento sejam simplesmente um reflexo de outros processos relacionados ao envelhecimento. Por exemplo, o acúmulo de exposições nocivas ao longo da vida devido ao aumento na atividade do sistema imunológico (como inflamação).
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