A obesidade é um grave problema mundial. Saiba mais sobre as drogas inovadoras contra a obesidade que promete revolucionar a perda de peso.
A obesidade mundial triplicou desde 1975. Esta condição provoca o aumento de riscos a saúde destas pessoas, como o desenvolvimento do Diabetes tipo 2, doenças cardíacas e cânceres.
Organizações de Saúde, como a OMS, recomendam dietas mais saudáveis e atividade física para reduzir a obesidade. No entanto, muitas vezes não são suficientes.
Pela primeira vez, os cientistas conseguiram utilizar medicamentos parar diminuir o peso com segurança.
Os pesquisadores afiliados à empresa farmacêutica Novo Nordisk divulgaram os resultados de um teste de drogas na conferência ObesityWeek, que ocorreu no final de 2022 em San Diego, Califórnia.
Segundo o médico-cientista Matthias Tschöp, executivo-chefe da Helmholtz Munique, na Alemanha, é ‘o’ avanço transformador.
Trata-se do semaglutido, um promissor medicamento anti-obesidade em adolescentes, um grupo que é notoriamente resistente a esse tratamento.
Os resultados foram empolgantes. Uma injeção semanal por quase 16 meses, somadas a algumas mudanças no estilo de vida, reduziu pelo menos 20% do peso corporal em mais de um terço dos participantes. Além disso, já havia apresentado resultados igualmente satisfatórios em adultos.
Como se já não fosse o bastante, uma nova droga tem se mostrado ainda mais eficaz: a tirzepatida.
Os níveis de perda de peso após o tratamento com tirzepatida se aproximam dos alcançados por método cirúrgico (bariátrica). Este procedimento reduz o peso corporal em 30% ou mais após seis meses, e a perda de peso continua pelos próximos um ou dois anos.
Como funciona o semaglutido e tirzepatida?
As novas drogas imitam os hormônios fisiológicos GLP-1 e GIP, conhecidos como incretinas, que induzem a produção de insulina, reduzem a glicose no sangue e o apetite.
Inicialmente, alguns medicamentos foram aprovados para o tratamento de diabetes tipo 2, porém, foi observado que os participantes também perderam peso.
Posteriormente, foi descoberto que este efeito é ocasionado pelo GLP-1 sobre os receptores no cérebro e intestino, o que controla o apetite e retardam a digestão, respectivamente.
A semaglutido imita apenas o GLP-1, enquanto a tirzepatida a GLP-1 e GIP. Ainda não está claro porque imitar ambos os hormônios funciona melhor do que um.
Contudo, as hipóteses mais aceitas é de que a tirzepatida pode ser um ativador mais potente do receptor de GLP-1, e que o GIP pode ajudar a tornar os efeitos colaterais do GLP-1 mais toleráveis, permitindo doses mais altas. Também é possível que o GIP possa levar a alguma perda de peso por conta própria.
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