A economia ambiental é o estudo da alocação, uso e proteção de baixo custo dos recursos naturais do mundo. Lembrando que a economia, em termos gerais, é o estudo de como os seres humanos produzem e consomem bens e serviços. A economia ambiental se concentra em como eles usam e gerenciam recursos finitos de maneira a atender à população e, ao mesmo tempo, atender às preocupações com o impacto ambiental.
Isso ajuda os governos a avaliar os prós e os contras de medidas alternativas e a elaborar políticas ambientais apropriadas.
Entendendo a Economia Ambiental
A teoria básica que sustenta a economia ambiental é que as amenidades ambientais (ou bens ambientais) têm valor econômico e há custos para o crescimento econômico que não são contabilizados nos modelos mais tradicionais.
Bens ambientais incluem coisas como acesso a água limpa, ar puro, a sobrevivência da vida selvagem e o clima geral. Embora seja difícil estabelecer um preço para bens ambientais, pode haver um alto custo quando eles são perdidos. Os bens ambientais são geralmente difíceis de privatizar totalmente e estão sujeitos à tragédia dos comuns.
A destruição ou uso excessivo de bens ambientais, como poluição e outros tipos de degradação ambiental, pode representar uma forma de falha de mercado porque impõe externalidades negativas. Economistas ambientais analisam os custos e benefícios de políticas econômicas específicas que buscam corrigir tais problemas, e podem realizar testes teóricos ou estudos sobre as possíveis consequências dessas políticas.
Estratégias em Economia Ambiental
Os economistas ambientais estão preocupados em identificar problemas específicos, mas pode haver muitas abordagens para resolver o mesmo problema ambiental. Se um estado está tentando impor uma transição para energia limpa, por exemplo, ele tem várias opções. O governo pode impor um limite fixo para as emissões de carbono ou pode adotar soluções mais baseadas em incentivos, como colocar impostos baseados na quantidade sobre as emissões ou oferecer créditos fiscais para empresas que adotarem fontes de energia renováveis.
Todas essas estratégias contam com a intervenção do Estado no mercado, mas alguns governos preferem usar um toque leve e outros podem ser mais assertivos. O grau de intervenção estatal aceitável é um fator político importante na determinação da política econômica ambiental.
De um modo geral, a economia ambiental pode produzir dois tipos de políticas:
- Regulamentos prescritivos: Em uma abordagem prescritiva, o governo dita medidas específicas para reduzir os danos ambientais. Por exemplo, eles podem proibir indústrias altamente poluentes ou exigir certas tecnologias de controle de emissões.
- Regulamentos baseados no mercado: Políticas baseadas no mercado usam incentivos econômicos para encorajar comportamentos desejados. Por exemplo, os regulamentos cap-and-trade não proíbem as empresas de poluir, mas impõem um ônus financeiro para aqueles que o fazem. Esses incentivos recompensam as empresas por reduzirem suas emissões, sem ditar o método que usam para fazê-lo.
Desafios da Economia Ambiental
Como a natureza e o valor econômico dos bens ambientais muitas vezes transcendem as fronteiras nacionais, a economia ambiental frequentemente requer uma abordagem transnacional. O caráter global dessas questões ambientais levou ao surgimento de organizações não governamentais (ONGs) como o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que organiza fóruns anuais para chefes de estado negociarem políticas ambientais internacionais.
Outro desafio da economia ambiental é o grau em que suas descobertas afetam outras indústrias. Na maioria das vezes, as descobertas dos economistas ambientais podem resultar em controvérsia, e suas prescrições de políticas podem ser difíceis de implementar devido à complexidade do mercado mundial.
A presença de múltiplos mercados para créditos de carbono é um exemplo da caótica implementação transnacional de ideias oriundas da economia ambiental. As propostas de políticas decorrentes da economia ambiental tendem a causar debates políticos contenciosos. Os líderes raramente concordam sobre o grau de custos ambientais externalizados, dificultando a formulação de políticas ambientais substanciais.
Qual é a diferença entre economia ambiental e economia ecológica?
A economia ambiental e ecológica são subcampos do pensamento econômico que estudam as interações entre a atividade humana e o ambiente natural. A diferença é que a economia ambiental estuda a relação entre o meio ambiente e a economia, enquanto a economia ecológica considera a economia como um subsistema do ecossistema mais amplo.
A economia neoclássica é uma teoria ampla que se concentra na oferta e na demanda como as forças motrizes da atividade econômica. A economia ambiental é baseada no modelo neoclássico, mas dá maior ênfase às externalidades negativas, como poluição e perda de ecossistemas.
Referências:
- https://www.epa.gov/environmental-economics
- https://www.investopedia.com/terms/e/environmental-economics