O ensaio de dureza Vickers é um método de medição de dureza muito importante, que permite a medição em regiões específicas do material. O penetrador deste ensaio é uma pirâmide de diamante de base quadrada e ângulo de 136° entre suas faces.
Da mesma forma que no ensaio de dureza Brinell, a área da impressão é a base para o cálculo da dureza, mais especificamente as suas diagonais. O valor da dureza não é indicado pela própria máquina, como ocorre no ensaio Rockwell, mas é possível medir as diagonais da impressão por meio de um microscópio que compõe o sistema. A dureza Vickers é expressa em HV, podendo mostrar também a carga e o tempo do ensaio.
Vantagens e Limitações
O ensaio de dureza Vickers utiliza uma escala contínua de dureza, diferentemente do ensaio de dureza Rockwell, além de permitir conversão para outras escalas de dureza. As impressões são extremamente pequenas, o que não causa nenhum dano ao corpo-de-prova e independe da espessura do mesmo. O penetrador de diamante permite a realização do ensaio em materiais moles ou muito duros, além de ser praticamente indeformável. Permite a medição de durezas superficiais e medições com grande precisão, sendo interessante para pesquisas.
Este ensaio está sujeito a erros de medida ou erros na aplicação de carga, o que pode causar uma variação dos valores reais de dureza. A preparação dos corpos-de-prova para este ensaio exige uma preparação de superfície rígida com lixa 1000, ou alumina ou polimento eletrolítico. Para pequenas cargas ocorre recuperação elástica do material, o que afeta as medidas da impressão e assim o resultado da dureza. A máquina de ensaio de dureza Vickers requer aferição constante, pois erros na velocidade de aplicação de carga afetam os valores de dureza. Todos estes fatores encarecem o ensaio Vickers, fazendo com que seja viável apenas em pesquisas de desenvolvimento de novos materiais, por exemplo.