Da mesma forma que a extrusão direta e a extrusão indireta, na extrusão hidrostática há a conformação de um tarugo contra uma matriz por meio de um êmbolo. Um container armazena o tarugo do material a se conformar, da mesma forma que nos outros processos, porém no interior do container há um fluido que é responsável por empurrar o metal contra a matriz. Os fluidos empregados neste processo geralmente é um óleo mineral especial.
O fluido exerce uma pressão hidrostática que atua de maneira uniforme no material e evita atrito entre o material e o container. O comportamento da carga em função do tempo é muito similar ao visto na extrusão indireta, necessitando de uma menor carga para se iniciar e manter o processo de conformação.
Para os aços a redução possível geralmente é de 20:1, enquanto que para metais mais dúcteis, tais como o alumínio, é possível haver reduções de 200:1.
A extrusão hidrostática pode produzir arames, da mesma forma que na trefilação, produzindo arames de alumínio ou cobre. Para este processo as condições de selagem são ainda mais críticas que na extrusão de tarugos
Vantagens
Não há contato entre o material e as paredes do container, não havendo assim nenhum atrito. Pode-se usar baixos valores de ângulo da matriz, reduzindo o trabalho redundante. Os tarugos não precisam ser cilíndricos, podendo haver extrusão com tarugos curvos ou arames. É um processo versátil que permite a extrusão de produtos de seção escalonada. Produz peças de maior resistência e maior qualidade, já que há ausência de poros ou vazios.
Desvantagens
Ocorre compressão do fluido a elevadas pressões, o que compromete a eficiência e a segurança do processo. A ponta do tarugo deve ser cônica e deve vedar o container. É difícil controlar a velocidade do processo, o que pode ocasionar aquecimento e amaciamento do produto. Há limites práticos da maior pressão empregada para evitar a solidificação do fluido.
