A fundição em areia verde é a forma mais simples e barata de se realizar uma operação de fundição. Apesar de todos os avanços tecnológicos a respeito da fundição, esta técnica ainda encontra muitas aplicações industriais, além de aplicações artesanais.
Esta técnica de fundição utiliza areia, argila, água e aditivos como carvão para compor o molde. A água e a argila conferem plasticidade e efeito ligante, enquanto que o carvão pode contrabalancear a descarbonetação.
A partir de um modelo que possui a forma da peça pode se produzir o molde. Este modelo pode ser isopor, madeira ou metal. O molde possui a forma do negativo da peça e possui também canais para o escoamento do metal líquido, respiradores para a saída de vapores e massalotes, para compensar a contração durante a solidificação.
Geralmente duas caixas acomodam estes modelos, que são a caixa tampa e a caixa base. Uma boa prática do processo é aplicar uma areia de granulação mais fina na região mais próxima da peça e uma areia de granulação grosseira nas regiões mais afastadas.
Vantagens
Este é o processo de baixo custo e apesar de o molde ser destruído ao fim do processo, há um elevado índice de reaproveitamento da areia, em torno de 98%. A areia é permeável à passagem dos gases e possui colapsabilidade para compensar contrações do material.
Desvantagens
É um processo difícil de ser aplicado em peças grandes, havendo problemas na fundição, tais como erosão. Se faz necessária uma limpeza posterior para remover a areia que aderiu à superfície do produto, muitas vezes por operações de usinagem. O acabamento da peça não é fino, além de que as propriedades mecânicas da peça fundida por este processo são inferiores às alcançadas por outros processos de fundição, já que a umidade da areia influencia negativamente na permeabilidade do molde. Os ângulos de saída também não podem ser pequenos.