Durante séculos, o avanço científico esteve atrelado ao tempo que os pesquisadores gastavam em tarefas mecânicas. Hoje o cenário está mudando: IA significa mais espaço para a criatividade e trabalho intelectual.
Por que isso é importante:
A inteligência artificial reduz drasticamente o trabalho mecânico e repetitivo das pesquisas. Afinal, essas ferramentas processam e analisam grandes volumes de dados complexos de maneira significativamente mais rápida do que um ser humano. Assim, permitindo que pesquisadores foquem no trabalho intelectual, ou seja, na interpretação de resultados e, sobretudo, na produção de conhecimento.
Além de processar grandes volumes de dados, as inteligências artificiais se destacam como ferramentas valiosas para identificar padrões. E, ainda, estabelecer relações que passariam despercebidas aos olhos humanos.
- Mais do que isso, elas também são capazes de oferecer novas perspectivas ao longo do desenvolvimento de pesquisas. Assim, é possível explorar novas hipóteses e, consequentemente, alcançar descobertas inovadoras.
A inteligência artificial já está acelerando descobertas científicas em diversas áreas.
Um dos exemplos mais impressionantes vem da AlphaFold, IA desenvolvida pela DeepMind, que resolveu um enigma que perdurava há 50 anos em apenas 18 meses: o mapeamento da estrutura de mais de 200 milhões de proteínas.
- Anteriormente, determinar a estrutura tridimensional das proteínas era um processo caro e demorado, levando anos de trabalho humano. Porém, com a IA, cientistas conseguem prever essas estruturas em minutos. O que vem revolucionando áreas como a biomedicina e a descoberta de novos medicamentos.
- Além disso, o mapeamento das proteínas permite que pesquisadores compreendam a evolução de diversas doenças. Não só isso, como já impulsionou avanços no desenvolvimento de antibióticos para bactérias super resistentes, bem como no combate à malária.
- Esse banco de dados é um grande passo para a ciência, uma vez que o acesso ao enovelamento de proteínas é essencial para entender melhor diversas doenças. E, consequentemente, como combater pragas.
- Os impactos da IA vão além da biologia molecular. Em ciências sociais, por exemplo, pesquisadores podem analisar milhares de artigos e identificar tendências sobre determinado tema em minutos. Da mesma forma, em economia, modelos de IA conseguem cruzar grandes bases de dados e, assim, prever padrões de comportamento do mercado.
Nas entrelinhas:
O que você precisa saber:
- O suporte de IA acelera o processo de descobertas científicas, considerando a capacidade de processamento e análise de dados complexos que demandaria anos de um humano. Por isso, a IA otimiza o tempo dos pesquisadores com a realização de tarefas repetitivas, e assim, viabiliza o foco em partes mais criativas e de interpretação do estudo.
- A inteligência artificial tem sido amplamente aplicada em pesquisas científicas ao redor do mundo. Um exemplo é o AlphaFold que conseguiu resolver em apenas 18 meses um dos maiores desafios da biologia dos últimos 50 anos: a previsão da estrutura de proteínas. Por meio dessa tecnologia, foi possível catalogar aproximadamente 200 milhões de proteínas existentes.
- Esse banco de dados, desenvolvido pela IA, representa um marco significativo para a ciência, pois impulsiona investigações essenciais no combate a doenças como a malária e na busca por antibióticos eficazes contra bactérias super-resistentes.
- Alguns cuidados devem ser tomados para que todos os benefícios do uso de IA sejam aproveitados. Entre eles: a garantia de proteção de dados sensíveis, a responsabilização como autor e a transparência de informações.
