Imunohistoquímica: A técnica mais usada

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A anatomia patológica é ciência derivada da medicina e patologia que tem por finalidade diagnosticar lesões a nível estrutural. A especialidade consiste na análise crítica e criteriosa de tecidos enviados ao laboratório. Sendo assim, por ser uma área da patologia, se estuda as estruturas desde o nível microscópico até o macroscópico. Portanto, considerada uma área de fundamental, visto que, a partir dessa ciência que se obtêm os laudos, desde as doenças até o atestado de óbito. Logo, veremos mais adiante sobre técnica mais usual na imunohistoquímica utilizada na anatomia patológica.

Saiba os conceitos básicos de biópsia nesse artigo.

Principal utilização da imunohistoquímica

Os marcadores tumorais realizados, solicitados pelo médico patologista. Desse modo, esse seleciona a lâmina do tumor da qual ele julga necessário para realizar imunohistoquímica. Sendo assim, realizados novos cortes do bloco de parafina correspondente à lâmina solicitada (preferencialmente de 2 a 3 micras). As lâminas usadas em IHQ, são silanizadas  (o silano é uma substância química destinada a formação de uma camada compatível entre o corte e a lâmina e facilita a fixação do esfregaço). Portanto, cada lâmina corresponde apenas a um marcador tumoral.

Inicio da rotina

As lâminas, serão colocadas no carrinho na ordem correspondente ao mapa de trabalho, em seguida devem ser colocadas na estufa a 60°C por até 12 horas. Sendo assim, passado o tempo as lâminas retiradas da estufa e mergulhadas no xilol e álcool absoluto na seguinte ordem:

   xilol(1)     xilol(2)    xilol(3)     álcool(1)    álcool(2)      álcool(3)   álcool(4)                                             

  5min       5min        5min       10 merg      10 merg.      10merg.   10 merg.

Obs: todos as cubas de xilol devem ter a mesma concentração, as de álcool podem ter a mesma concentração ou hidratações progressivas (70%, 50%, 30%).

Em seguida as lâminas serão bem lavadas em água corrente, com cuidado para água não “cair” no esfregaço. Em seguida, depois mergulhadas várias vezes em cuba com água destilada.

 Na continuação do processo seguinte consiste em colocar as lâminas em solução de citrato, esta solução, levada para o fogo até atingir a temperatura de mais ou menos 120° C. No entanto, pode-se colocar em panela de pressão e quando atingir a pressão contar 4 minutos, desligar a panela e deixar esfriar em banho de água corrente. Portanto, o citrato em alta temperatura tem a finalidade de “quebrar” as ligações de formol contidas no material. Depois as lâminas, lavadas em água corrente e também em água destilada.

Em seguida mergulhar os carrinhos em solução de água oxigenada destilada 10 volumes. A água oxigenada tem a finalidade de bloquear a peroxidase endógena do tecido e isso minimiza a coloração de fundo ou reações inespecíficas, facilitando a interpretação do resultado. Logo após, dar vários banhos de água corrente e depois lavar em água destilada e em seguida mergulhar as lâminas em PBS (solução tampão).

Preparo dos anticorpos para imunohistoquímica

Identificar os tubos de ensaio com o  número do paciente e o nome do  anticorpo  correspondente. Desse modo, adicionar aos tubos  solução de PBS + anticorpo (que deve ser diluido conforme descrição do fabricante) e pingar na lâmina correspondente. Deixar incubando em geladeira “over night”. Sendo assim, no dia seguinte tirar da geladeira e mergulhar três vezes em PBS (PH 7,4) pingar anticorpo secundário, mergulhar novamente três vezes PBS, pingar a Estreptoavidina Peroxidase e fazer  revelação com o DAB.

Portanto, depois de terminado o processo, deve-se contra corar as lâminas para melhorar a visualização (Hematoxilina de Gill por 3 min). Desidratar novamente as lâminas com Álcool Absoluto (2x 5 min cada) e Clarear com Xilol (2x por 5 min). Montar em bálsamo do Canadá.

Marcadores na imunohistoquímica

  • Actina muscular (HHF35): reconhece os isômeros alfa e gama das actinas musculares, mas não as actinas não musculares.
  • CD3, células T: molécula ligada ao receptor de célula T, para demonstração de diferenciação de células T.
  • CD20, células B: marcador de células B, mas não reagente para células B diferenciadas em plasmócitos.
  • Citoqueratinas (AE1/AE3): demonstração da natureza epitelial de tumores morfologicamente indiferenciados.
  • Receptores hormonais: hormônios, marcados de forma satisfatória, sendo úteis na caracterização de neoplasias endócrinas e neuro-endócrinas.
  • Ki-67 (MIB-1): melhor marcador de proliferação celular;
  • Produtos de oncogenes (C-erbB-2 e P53): usualmente marcadores de mau prognóstico.
  • PSA (antígeno específico da próstata): marca o epitélio prostático normal e os carcinomas dele derivados.

Portanto, gurunauta, se esta afim de conhecer mais sobre a anatomia patológica, não deixe de acompanhar nosso blog. Pois nessa seção, você verá imagens e assuntos pouco abordados em sala de aula, que vão te auxiliar na sua vida acadêmica. Te espero aqui, mete bronca!!

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