Imunologia Clínica: Um breve tutorial sobre os principais exames

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Você certamente já ouviu falar sobre as vacinas? Além disso certamente já escutou sobre os anticorpos. Além do mais, os antígenos também estão envolvidos nesse processo. No entanto, já parou para pensar como sabem se a gente possui defesa ou não contra as patologias? E se você chegou aqui, certamente é pq tem curiosidades acerca do tema. Pois para isso realiza-se diversos exames específicos para saber se a nossa imunidade está em dia. Portanto, a responsável por esse setor é a imunologia clínica.

Desordem na imunologia

Contudo, como em todo processo fisiológico podem ocorrer falhas, as quais o sistema imune perde a capacidade de enfrentar os antígenos. Sendo assim, quando este processo acontece isso nos diz que a produção de anticorpos está diminuída. Desse modo, principais motivos são causados por deficiência na sua produção ou por supressão medicamentosa.

Conceito de imunologia clínica

A imunologia clínica, considerada uma especialidade da medicina. Sendo assim, sua finalidade é realizar o diagnóstico e tratamento de doenças que afeta o sistema imunológico. Desse modo, conhecer o sistema imunológico é vital, visto que sem a sua base científica, não podemos identificar as doenças.

Responsável pela imunologia clínica

Acerca do entendimento da imunologia clínica, esse profissional deve ser altamente habilitado e treinado na ciência da imunologia. Desse modo, o responsável deverá ter sua formação acadêmica em medicina, biomedicina ou farmácia. Sendo assim, após formação básica, será requisito possuírem especialização na imunologia, de preferência stricto senso (Mestrado ou Doutorado). Entretanto, ao fugir da formação básica, é perceptível o aumento de biólogos altamente capacitados na pesquisa científica. Portanto, vários profissionais da ciências biológicas e da saúde, têm a plena capacidade de se tornarem imunologistas clínicos.

Tipos de doenças imunológicas

É notável o surgimento de novas patologias ao decorrer dos anos. Entretanto, não é diferente na imunologia, pois vários tipos de doenças estão acometendo os seres humanos. Desse modo, é possível observar algumas origens, que podem deixar as pessoas doentes e diminuir ou aumentar a atividade do sistema imune. Portanto, a imunologia clínica, responsável para desvendar as causas desses eventos maléficos ao ser humano.

Doenças alérgicas e imunologia clínica

São o grupo de doenças que podem causar processos alérgicos aos pacientes. Sendo assim, sua atividade se inicia em contato com alguma substância ou molécula que permite desencadear o processo de alergia. O nome que damos a esses conjuntos de substâncias nocivas, são os alérgenos. Desse modo, evitar o contato ou proximidade, com o alérgeno, tem sua importância, visto que, longe, não causará a doença. Portanto, os principais alérgenos, que posso citar, são: poeira, mofo, pêlo de animal, alimentos, e pasme, até a água pode causar alergia.

Doenças autoimunes

São o grupo de doenças que o próprio sistema imunológico ataca as células saudáveis do corpo humano. Desse modo, os anticorpos reconhecem as células como antígenos e realizam o processo de eliminação das mesmas. Sendo assim, ainda não estão bem caracterizadas o porque do sistema imunológico realizar esse ataque contra seu próprio organismo. Conforme, alguns autores, esse mecanismo de ataque, tem desordem genética. Portanto, posso mencionar alguns exemplos dessa categoria, tais como: asma, doença celíaca, artrite reumatoide, vitiligo, diabetes tipo 1, lúpus, esclerose múltipla dentre outras.

Principais exames na imunologia clínica

Fator reumatoide e Waaler Rose

Fator reumatóide (FR) é um anticorpo contra a porção Fc da IgG, que por sua vez é um anticorpo. O fator reumatóide e a IgG se unem para formar complexos imunes que contribuem para causar doenças reumatológicas.

O FR pode ser medido através de exame de sangue em pacientes com suspeita de artrite reumatóide.

O fator reumatóide (FR) é um anticorpo que é encontrado em 90% dos pacientes com artrite reumatóide. Nesses casos, pode ajudar o diagnóstico se fator reumatóide estiver positivo e aumentado.

Pode estar presente também em outras doenças, nem sempre indicando o reumatismo.

Ocorre também em outras doenças inflamatórias e auto-imunes, infecções crônicas e malignidades. Tanbém pode ser detectável em 1-4% de pessoas saudáveis e em 25% de idosos saudáveis.

Portanto, nem todo Fator reumatóide positivo indica a presença de doença.

Todo caso deve ser analisado cuidadosamente por um reumatologista para esclarecimento, identificação de sinais e sintomas que sugiram doenças e orientações.

Diagnóstico de artrite reumatóide. A reação de Waaler Rose (Sheep cell agglutination test) utiliza eritrócitos de carneiro revestidos com imunoglobulina de coelho. O teste de aglutinação (látex ou nefelometria) é mais sensível (70-85% de resultados positivos para a artrite reumatóide, enquanto que a reação de Waaler Rose detecta 60-70% de positividade para a mesma doença), porém menos específico que a reação de Waaler Rose (onde 90% dos resultados são positivos verdadeiros).

O Teste Waaler-Rose é um teste rápido de aglutinação para a determinação qualitativa, em placa, de Fator Reumatóide. Apresenta resultados que podem ser positivo, quando na presença do Fator, ou negativo, na ausência deste.

Metodologia

  • Pipetas
  • Soro do paciente
  • Reagentes para Fator reumatóide(Latéx)
  • Reagentes para Waaler Rose (Hemáceas de carneiro)
  • Placa de fundo preto(FR)
  • Placa de fundo branco(WR)
  • Pazinhas para homogeneizar

O método de análise laboratorial é qualitativo e consiste na utilização de lâminas, soro e dos antígenos. Deve-se examinar, macroscopicamente, para verificar a presença de aglutinação evitando qualquer movimento da lâmina durante a observação. Se houver nítida aglutinação, indicará uma concentração de Fator Reumatóide ou Waaler Rose igual ou superior a 30 Ul/ml, resultando em Reação Positiva. Se houver ausência de aglutinação, indicará concentrações de Fator Reumatóide ou Waaler Rose menores que 30 Ul/ml, resultando em Reação Negativa.

Processo de aglutinação envolvida na imunologia clínica. Teste do fator reumatoide.
Processo de aglutinação envolvida na imunologia clínica. Teste do fator reumatoide.
Fonte.
Fator reumatoide positivo, nota-se o processo de aglutinação nas placas. Fonte.

ASLO E PCR

ASLO significa anticorpo antiestreptolisina O. Ou seja, é um anticorpo que identifica a presença de uma proteína presente em uma bactéria chamada Estreptococo beta hemolítico do grupo A.

O ASLO pode ficar positivo após 7 dias do contato com a bactéria. Sendo assim podem alcançar o pico máximo em 2 a 4 semanas e normalizarem em 6 até 12 meses após o contato.

O estreptococo pode causar doenças como amigdalite, escarlatina, erisipela, glomerulonefrite e febre reumática. Essas duas últimas, geralmente ocorre em crianças e adolescentes.

Quando presente sintomas compatíveis associado a níveis aumentados de ASLO, podemos pensar em doença. Porém nem sempre os níveis elevados significam doença ativa e sim um contato prévio com a bactéria.

Todo caso deve ser analisado cuidadosamente por um reumatologista para esclarecimento, identificação de sinais e sintomas que sugiram doença e orientações.

O exame ASLO significa apenas o contato com a bactéria estreptococos resultante da produção da estreptolisina O. Sendo assim um anticorpo produzido pelo ser humano como mecanismo de defesa, sendo detectado no sangue através do exame ASLO. Portanto significa apenas o contato com a bactéria estreptococos causadora de infecções de garganta e pele. O diagnóstico de febre reumática não se confirma apenas pela presença do “ASLO” positivo. É necessária uma história de infecção de garganta prévia (02 a 03 semanas). Desse modo acompanhada de febre, inflamação nas articulações (artrite migratória) e exames reumatológicos alterados (proteína C reativa, VHS), entre outros sintomas. Dentre as doenças autoimunes desencadeadas pelo estreptococo estão: febre reumática, artrite reativa pós-estreptocócica, glomerulonefrite pós-estreptocócica e eritema nodoso.

Metodologia

  • Pipetas
  • Placa com fundo preto(Latéx)
  • Reagente para ASLO
  • Soro do paciente
  • Agitador
  • Pazinhas para homogeneizar
  • Salina

O método laboratorial é pegar placa com fundo preto tanto para ASLO. Colocar em cada poçinho 50 microlitros do soro mais 1 gota do reagente. Na na forma pura(1:1) e ir fazendo as diluições de 1:2,1:4,1:8,1:16 e etc, homogeneizar e observar.

Como o ASLO é realizado através do método de aglutinação, você poderá ver como é a placa na sessão anterior. Portanto em casos positivos, a amostra ficará de modo aglutinado.

Diferenças da aglutinação. Fonte.

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