Hoje vamos falar sobre interestelar. De fato, esse filme é um marco para a industria cinematográfica. Entretanto, interestelar não ganhou os corações dos telespectadores e amantes do cinema apenas por um filme belo e elegante. Em verdade, essa grande produção cinematográfica é um sucesso de espetáculos físicos, assim, esse filme vai muito além de apenas uma produção da sétima arte.
Tendo isso em vista, hoje a gente da MeuGuru preparou esse texto especialmente para você fã de interestelar e para os amantes da ciência em geral. Vem comigo que hoje você vai entender e conhecer grandes cursiodidades desse filme, em especial, da física nele contida.
Um pouco sobre o filme e sua história
A história de interestelar perpassa um cenário pós apocalíptico na terra. Nesse contexto, somos apresentados ao fazendeiro Cooper, também ex-piloto da NASA, que é convocado para uma missão exploratória da agência espacial. Ademais, o ex-piloto embarca em uma aventura com uma equipe espacial da NASA com foco na busca de novos planetas habitáveis para a espécie humana.
Então, nesse contexto vamos conhecendo belezas e singularidades do universo. Em especial, singularidades astrofísicas como buracos negros e buracos de minhocas tornam-se constantemente presentes no filme. Por outro lado, o filme equipara a ficção científica com o drama, uma vez que, dialoga tanto com a necessida da salvação da espécie humana quanto ao amor de um pai por sua filha.
Com isso, o enredo de interestelar é construído. Então, agora que você já sabe um pouco do filme vamos ver algumas curiosidades do mesmo que o fazem ser tão especial.
O sucesso da Física de interestelar
De fato, esse filme é considerado um grane sucesso cinematográfico e parte dessa culpa é devido a própria física que envolta o filme. Em verdade, toda a construção cinematográfica do filme referente aos efeitos relativísticos, de gravidade e dos buracos negros teve total conselho do físico Kip Thorne. Thorne, foi ganhador do prêmio Nóbel em 2017 por seus trabalhos em ondas gravitacionais.
Logo, ter o nome de Thorne ao lado da produção do filme tornou diversos efeitos ainda mais realistas. Decerto, o Físico buscou assegurar que todos os efeitos, ou sua maioria, estariam de acordo com todas as leis da física conhecidas até o momento.
A relatividade do tempo: O paradoxo dos gêmeos
As viagens intergaláticas realizadas pela equipe de Cooper, muitas vezes, estiveram próximas a velocidade da luz. Nesse contexto, a teoria da relatividade restrita de Einstein toma conta da descrição física do espaço-tempo. Em particular, nessa teoria há uma predição teórica para um importante fenômeno: a dilatação do tempo.
De fato, segundo esse resultado, corpos próximos a velocidade da luz vêm o tempo passando de forma diferente do que referenciais em repouso. Mais especificamente, o tempo para esses referenciais, passa mais lentamente. Nesse sentido é que urge o famoso paradoxo dos gêmeos que, basicamente, associa uma viagem intergalática a um gêmeo enquanto outro fica na terra. Após considerável tempo, quando o gêmeo volta da viagem ele chega na Terra e vê seu irmão já idoso, em quanto, para ele tem-se passado pouquíssimo tempo.
Em interestelar, vemos extamente esse fenômeno ocorrer no fim do filme. Entretanto, aqui não temos gêmeos mas, sim, pai e filha. Ao retornar da sua viagem, Cooper encontra sua filha já em leito de morte enquanto, para ele, toda aquela aventura teria sido apenas alguns dias. A
O buraco negro de interestelar: Gargantua
Um dos pontos altos do filme é a presença de Gargantua. Com efeito, Gargantua é um buraco negro fictício presente no filme. Entretanto, há várias curiosidades interessantes sobre esse objeto astrofísico, em particular.
- 1. Gargantua foi obtido com o uso das equações da relatividade geral de Einsteins,
- 2. Alguns efeitos luminosos foram adicionados (mesmos que fisicamente incorretos) para garantir ao público uma melhor experiência cinematográfica.
- 3. Quando lançado, a representação cinematográfica de Gargantua foi considerada a melhor e mais elegante simulação de um buraco negro.
- 4. Na classificação dos buracos negros, dizemos que Gargantua é um buraco negro de Kerr. Isto é, ele é um buraco negro que está em rotação.
Entretanto, como o filme foi lançado no ano de 2014, logo Gargantua tornou-se muito mais do que apenas uma atração de Hollywood. De fato, em 2019 a Event Telescope Horizon conseguiu capturar a primeira imagem/fotografia de um buraco negro conforme mostrado na Figura a seguir.
Então, logo as comparações entre os buracos negros começaram a surgir e questionar a validade e precisão física do Gargantua. Entretanto, quando olhamos para a região mais próxima do centro (singularidade) do buraco negro temos um disco acrescor acentuado na parte inferior e nisso, ambos são similares. Todavia, também percebemos que certas irregularidade são presentes em gargantua, os quais justifcam-se por trazer a nós uma melhor experiência com o filme.
O interior de um buraco negro – A singularidade no espaço-tempo
Além da aparição de Gargantua, uma das cenas icônicas do filme ocorre quando cooper cai dentro da singularidade do buraco negro. De fato, essa cena é extremamente curiosa, em especial, pela posição de Kip Thorne na mesma. Em verdade, o papel do físico ao longo do filme era assegurar a precisão e coerência dos conceitos da física, porém, até hoje não possuímos o conhecimento de uma Teoria que explique a singularidade.
Consequentemente, isso garantiu a Nolan a total liberdade poética para a construção do que fosse conveinente ao seu roteiro. Decerto, já que não conhecemos as leis físicas que alí existem, então, qualquer cenário físico é possível de existir naquele ponto do espaço-tempo. Em particular, até mesmo o cenário proposto pelo diretor Christopher Nolan seria possível. Ora, até o momento a física não tem quaisquer restrições a isso!.