Conheça a Kraken, a nova subvariante da COVID-19 que está gerando temor pela sua rapidez de transmissão. Continue a leitura para saber mais.
O vírus que causa o COVID, o SARS-CoV-2, tem uma nova forma de rápida proliferação, o que pode provocar o aumento de novas infecções. Além disso, a variação pode superar o sistema imunológico daqueles que já apresentam defesas contra o vírus, devido as suas mutações.
Trata-se da subvariante Omicron XBB.1.5, conhecida informalmente por Kraken pelos pesquisadores científicos.
O virologista computacional Trevor Bedford e sua equipe do Fred Hutchinson Cancer Center descobriram que a Kraken tem um número de reprodução de cerca de 1,6. Isto significa que cada pessoa que contrai essa subvariante, em média, a espalha para cerca de 1,6.
Além disso, já está entre as subvariantes mais comuns nos EUA com base nas estimativas Nowcast dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças de proporções variantes.
Ela é considerada uma subvariante, pois não é uma variante totalmente nova do SARS-CoV-2. A XBB.1.5 é uma espécie da Omicron, apresentando algumas dezenas de mutações da subvariante BA.5. De fato, ela apresenta semelhanças com sua linhagem parental, a XBB.
Aumento da transmissibilidade
O XBB é conhecido por sua capacidade de contornar o sistema imunológico humano devido a sua mutação em um local em sua proteína spike. Esta proteína é responsável pela ligação entre o vírus e o receptor humano (ECA2).
Nesse sentido, já é sabido que as mutações nesse local permitem que o vírus escape do reconhecimento do sistema imunológico. Isto provoca o aumento da evasão imunológica em detrimento de uma pequena diminuição da infecciosidade.
Por sua vez, a subvariante Kraken apresenta uma nova mutação na proteína spike, denominada como F486P. Ela permite que o vírus se ligue com mais sucesso aos receptores ACE2 no corpo.
Com esta mutação, além de preservar a capacidade do XBB de escapar das defesas humanas e aumentar a infectividade. É como se fosse uma atualização aprimorada.
Como resultado, o XBB.1.5 é extremamente contagioso e ainda possui as propriedades de evasão da imunidade do Omicron.
Ao contrário das subvariantes Omicron anteriores, não há atualmente nenhuma evidência para mostrar que XBB.1.5 causa doenças maiores ou menos graves ou sintomas diferentes.
Além disso, medicamentos antivirais para COVID, como Paxlovid e remdesivir ainda devem ser eficazes contra esta variante, impedindo a replicação do vírus.
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