
A temática da maconha medicinal vem ganhando espaço, principalmente com o Conselho Federal de Medicina (CFM) limitando o uso medicinal, para certas epilepsias infantis resistentes.
Portanto, vamos debater um pouco sobre a polêmica da maconha e seus derivados, como medicinal, analisando as questões e fatos por trás dessa temática.
Passado conturbado
A maconha tem sido um assunto controverso há décadas, com debates sobre seus efeitos na saúde e seu uso recreativo. No entanto, nos últimos anos, a discussão sobre o uso da maconha como medicamento tem sido intensa. De um lado, há argumentos sobre os efeitos terapêuticos da maconha e sua capacidade de aliviar a dor e outros sintomas em pacientes com uma variedade de condições médicas. Por outro lado, há preocupações quanto aos efeitos negativos da maconha, incluindo dependência, efeitos psicoativos negativos e interações com outros medicamentos.
Desde que a maconha foi criminalizada nos Estados Unidos na década de 1930, sua utilização como medicamento foi proibida. No entanto, nos últimos anos, muitos estados americanos e países ao redor do mundo têm legalizado o uso da maconha medicinal. Nela, é utilizada para tratar uma variedade de condições médicas, incluindo dor crônica, glaucoma, esclerose múltipla, anorexia, enxaqueca e até mesmo câncer.
A maconha
A maconha é uma planta que contém mais de 100 compostos químicos conhecidos como canabinoides. O cannabidiol (CBD) e o delta-9-tetraidrocanabinol (THC) são os dois principais cannabinoides encontrados na maconha.
O THC é o principal composto psicoativo da maconha, responsável por seus efeitos psicoativos, enquanto o CBD não tem efeitos psicoativos, mas tem sido mostrado ter efeitos terapêuticos.
Entendendo um pouco a polêmica
A partir de um artigo publicado em junho de 2020 no periódico Sports Medicine aponta que o CBD estudos demonstraram que remédios à base de cannabis, promove efeitos fisiológicos, bioquímicos e psicológicos potencialmente benéficos para os atletas.
A evidência científica apoiando o uso da maconha medicinal tem sido mista. Enquanto alguns estudos mostraram benefícios significativos em pacientes com condições médicas específicas, outros mostraram resultados menos claros ou até mesmo efeitos negativos. Alguns estudiosos argumentam que a falta de estudos controlados e aprovação regulatória limitam a compreensão dos efeitos da maconha medicinal.
Além disso, há preocupações quanto à segurança da maconha medicinal. A maconha pode ter interações com outros medicamentos, incluindo medicamentos prescritos, e pode afetar a habilidade de dirigir ou realizar outras tarefas que requerem atenção e coordenação. Além disso, existe o risco de dependência e efeitos negativos na saúde mental, como ansiedade e depressão.
Outro aspecto controverso da maconha medicinal é seu cultivo e distribuição. Muitos estados e países que legalizaram a maconha medicinal têm regulamentos rigorosos sobre o cultivo, distribuição e venda, mas ainda há preocupações quanto à qualidade e segurança dos produtos disponíveis.
Em resumo, a polêmica da maconha medicinal é complexa e envolve questões médicas, regulatórias, legais e éticas. Enquanto alguns argumentam que a maconha medicinal é uma forma segura e eficaz de tratar certas condições médicas, outros afirmam que ainda há muito a ser descoberto sobre seus efeitos a longo prazo e que sua utilização deve ser restrita.