O ciclo celular: divisão da célula por mitose

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O ciclo celular: divisão da célula por mitose

Você já parou pra pensar em como o nosso organismo funciona de uma forma doida? Para começar, mesmo sem perceber, tem muita coisa acontecendo e de que muitas vezes nem tomamos conhecimento. Um exemplo interessante disso, é ciclo celular. Ele ocorre em todos os seres vivos e em diversos momentos da vida. Consiste numa série de etapas que compõem a divisão celular, seja ela por mitose ou meiose. Ele é iniciado sempre que há a necessidade de fabricação de novas células. Pode ser para dar origem ou recompor um tecido ou órgão ou para a formação de gametas, por exemplo.

Xiiii… Complicou? Calma que a gente tá aqui pra descomplicar! Ou melhor, pra explicar.

A seguir, apresentamos todas as fases do ciclo celular, considerando as divisões das células por mitose. Elas ocorrem basicamente em duas etapas – a interfase e a mitose. Tenho certeza que, ao final deste texto, você vai sentir até uma leveza de espírito, pois vai entender esse assunto de uma vez por todas.

Interfase: a fase de preparação dentro do ciclo celular

Consiste na fase do ciclo celular entre a ocorrência de uma divisão da célula por mitose e outra. Mas, ao contrário do que se pode pensar (e do que se pensou por muito tempo), não é uma fase de repouso. Ela é a fase mais longa do ciclo celular e é nela que ocorre toda a preparação inicial da célula para se dividir.

Ela se subdivide em três períodos de intensa atividade:

Período G1: como ocorre logo após a mitose anterior, a denominação deste período tem sua origem na palavra de língua inglesa “gap”, que significa “intervalo”. Apesar disso, não se trata de um período “parado”, pois é nele que a célula aumenta de tamanho e começa a sintetizar RNA e precursores do citoplasma.

Período S: a denominação deriva do inglês “synthesis” (em português, “síntese”), pois é nele que a célula replica seu DNA e a ele se associam as proteínas histonas. A essa associação de DNA + histonas damos o nome de “cromossomos”, que é a estrutura que contém o material genético do ser vivo.

Período G2: neste período, a célula produz estruturas que irão compor a membrana celular das duas células-filhas. Além disso, nessa altura do campeonato, não há mais como retroceder. A célula já possui material genético em dobro e deve se dividir para retornar à sua quantidade original.

Mitose: a divisão celular

Em seguida, temos a mitose, fase do ciclo celular que consiste no ato da divisão da célula propriamente dita. Mesmo assim ainda dá pra diferenciar quatro (sim, QUATRO) fases que ocorrem continuamente.

Mas vamos por partes, porque você não veio até aqui pra desistir agora, não é mesmo? Respira e vem comigo destrinchar essas quatro fases.

Prófase: a fase mais longa do ciclo celular

É a fase mais longa da mitose. Nela, os cromossomos duplicados na interfase começam a se condensar, ficando mais visíveis no núcleo da célula. Além disso, os centrossomos começam a formar o fuso mitótico, fibras que puxarão os cromossomos, organizando-os no núcleo para separá-los ao final da divisão celular. Por fim, o nucléolo desaparece e o envoltório nuclear se rompe.

Metáfase: alinhamento celular

Aqui, os cromossomos se condensam mais ainda e ficam extremamente alinhados no centro da célula, com cada cromátide em posição perfeitamente oposta à sua irmã. A célula ainda tem um mecanismo de controle, chamado ponto de checagem do fuso. Ele impede que ela avance para a fase seguinte caso não esteja tudo certo e garante que as cromátides estejam alinhadas e não se separem de forma desigual.

Anáfase: a separação celular 

Nesta fase, as cromátides-irmãs são separadas. Não é tão triste assim, vai! Todo mundo almeja a independência! Não seria diferente nas células, e agora cada cromátide constitui um cromossomo independente que se posiciona nos polos da célula.

Telófase: fase final da divisão das células

É nela que a célula, já com seu conteúdo genético dividido em polos opostos, vai realizar a divisão. Uma vez que foi estabelecida uma organização, as membranas nucleares e os nucléolos são recompostos, em número dobrado. Assim, com tudo formado e separado, a célula-mãe termina de se subdividir em duas células-filhas, agora sem fuso mitótico e com as cromátides descondensadas novamente.

A divisão do citoplasma: mais um processo do ciclo celular 

Ao mesmo tempo em que ocorrem todos esses processos no núcleo celular, o citoplasma também tem que se dividir, sendo esse processo denominado citocinese. Já a divisão do núcleo, que vimos até agora é denominada cariocinese. 

Nas células animais, esse processo é mais simples. Basta que filamentos proteicos na membrana citoplasmática se contraiam e realizem um estrangulamento da célula na sua região equatorial (ou central). Isso resulta na clivagem (ou divisão) da célula em duas.

Por outro lado, nas células vegetais há a parede celular, o que impede que se dividam da mesma forma. A “solução” então encontrada foi a formação de uma placa celular na região equatorial da célula que a divide em duas e permite sua separação.
 
Assim, temos o ciclo celular com a divisão da célula por mitose completa, com uma célula-mãe dando origem a duas células-filhas.
Viu só! Falei que você ia entender! Nem doeu, fala a verdade.

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