O El Niño chegou, e agora?

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O El Niño chegou e foi confirmado pela NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica do governo dos Estados Unidos). Além do órgão outras entidades como o Instituto Internacional de Pesquisa para Clima e Sociedade confirmam que em 2023 o El Niño (El Niño) já uma realidade.

Assim, com o El Niño a nossa frente, tem-se impactos opostos nos padrões climáticos e climáticos em muitas regiões do mundo comparado a uma la ninha de longa duração. A grande probabilidade é de um aumento das temperaturas globais.

Acabamos de ter os oito anos mais quentes já registrados, embora tenhamos tido um resfriamento de La ninha nos últimos três anos e isso funcionou como um freio temporário no aumento da temperatura global. O desenvolvimento de um El Niño provavelmente levará a um novo pico no aquecimento global e aumentará a chance de quebrar recordes de temperatura.

Então o que fazer? Onde haverá impactos?

De acordo com os relatórios da OMM, 2016 é o ano mais quente já registrado por causa do “golpe duplo” de um evento como este, cujo é muito poderoso e do aquecimento induzido pelo homem devido aos gases de efeito estufa. O efeito nas temperaturas globais geralmente ocorre no ano seguinte ao seu desenvolvimento. Não há dois eventos de El Niños iguais e os efeitos dependem em parte da época do ano desenvolvimentos.

el ninho chegou no mundo
Efeito do El Niño aos padrões de precipitação pelo mundo. No Brasil, observa-se forte secas no Norte/Nordeste e chuvas intensas no Sul.

Os modelos climáticos apontam para uma tendência de chuvas acima da média na região Sul, principalmente no estado do Rio Grande do Sul. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) destaca que a Região Norte será a primeira a ser afetada.

Nesse sentido, no Brasil, em anos deste fenômeno meteorológico, há uma tendência de intensificação da corrente de jato subtropical, que consiste nos ventos que sopram na região subtropical de oeste para leste, posicionando-se a 10 km de altitude. Essa intensificação acaba bloqueando as frentes frias sobre a Região Sul do país e resultando em um aumento significativo das chuvas durante os meses de inverno e primavera.

Enquanto nas regiões Norte e Nordeste ocorre uma diminuição das chuvas nos meses de outono e verão, no Sudeste e Centro-Oeste não sendo observadas evidências de alteração nos padrões característicos das chuvas.

Durante o inverno, também sendo possível notar uma tendência de aumento moderado das temperaturas médias na parte central do país, além da possibilidade de redução no número de geadas de forte intensidade na Região Sul. No entanto, essas ocorrências se restringem a áreas pontuais e de maior altitude.

O El Niño chegou ao Sul do Brasil, e agora?

Os modelos climáticos de circulação global indicam que estamos diante de um El Niño forte. Prevê-se que este evento se enquadre na escala de forte a possivelmente muito forte. Especificamente, essas mudanças ocorrerão no período entre setembro e dezembro. Como consequência, haverá um aumento significativo da chuva e da nebulosidade, juntamente com um aumento das temperaturas nessa estação da primavera no sul.

No ano de 2015, o Rio Grande do Sul foi impactado pelos efeitos de um super El Niño. Em Porto Alegre, durante a primeira quinzena de outubro, o nível do Guaíba atingiu uma marca histórica, alcançando quase 3 metros. Diante dessa situação, a Prefeitura tomou medidas preventivas e fechou todas as comportas do Muro da Mauá, com o objetivo de evitar a invasão da água no Centro da Capital.

Conforme apontado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), é esperado que a Região Norte do Rio Grande do Sul seja a primeira a ser afetada por chuvas intensas. Assim, é comum que as chuvas se tornem mais persistentes, especialmente no final do inverno e durante os meses da primavera. Os meses de setembro, outubro e novembro são caracterizados pelo aumento das chuvas devido a este fenômeno, o que pode resultar em enchentes, tempestades e granizo, devido ao bloqueio das frentes frias. Essa é uma característica climática observada em eventos anteriores de forte intensidade.

Os especialistas sugerem que o RS se prepare para a chegada do fenômeno e seus efeitos. Entre as sugestões, estão refazer treinamentos e fortalecer equipes para atender possíveis ocorrências decorrentes de inundações e destelhamentos.

El Niño chegou, mas quais serão os impactos na Agricultura?

Uma vez que o fenômeno climático está ocorrendo e agora a questão é a sua intensidade, é esperado que ele interfira no padrão de temperatura e chuva durante o verão de 2023/2024 e possivelmente no outono de 2024.

Durante o mês de junho, esse aquecimento no Pacífico Equatorial continua. No entanto, apesar da anomalia de temperatura acima de 0,5°C, o acoplamento entre o oceano e a atmosfera está ocorrendo, mas os efeitos serão mais perceptíveis na segunda metade do inverno em diante.

Tipicamente, esse fenômeno tem efeitos mais pronunciados no padrão de chuva nas extremidades do Brasil, resultando em maiores precipitações no Sul e condições mais secas no Norte e Nordeste. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, observam-se alterações na temperatura, levando a uma atmosfera mais quente. Assim, as chuva ocorre predominantemente devido a efeitos convectivos, com pancadas de verão. Portanto, teremos dias ensolarados e calor intenso, com chuvas passageiras no final das tardes e menos dias nublados com chuvas constantes.

Essas mudanças nos padrões climáticos interferem diretamente na época do plantio, interfere no crescimento. Os temporais podem levar a perda de culturas inteiras, dessa maneira, o que precisa é monitorar e se preparar para esses efeitos.

Entretanto, há uma vertente que acredita que o aumento das chuvas será benéficas. Uma vez que, houve uma uma quebra de safra devida à longa estiagem e ao solo com elevado déficit hídrico. Contudo, as chuvas podem vir acompanhadas do aumento de temperatura no inverno, o que pode facilitar a propagação de pragas e doenças, prejudicando as culturas que precisam de frio. Ou seja, temos que esperar para ver quais serão os impactos reais.

Referências:

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