Paradoxo de Peto: a peça para cura do câncer

Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos!

Paradoxo de Peto

Já ouviu falar do Paradoxo de Peto, considerada uma peça chave para a cura do câncer? Continue a leitura pra saber mais.

Como já sabemos, o câncer consiste no crescimento desordenado das células, criando tumores que são agressivos e prejudiciais a saúde. Suas causas são multifatorial, mas se originam por mutações genéticas do DNA que promovem instruções erradas na sua replicação.

A replicação celular é um processo fundamental para substituir as nossas células antigas pelas novas. Nesse processo, os erros são quase inevitáveis. O nosso organismo deve corrigir através da verificação e reparo do DNA, durante este processo, que as corrigem ou matam. Contudo, nem sempre o êxito é obtido.

Conforme envelhecemos, o acúmulo de erros e mutações nas células aumentam, como também a probabilidade do desenvolvimento do câncer.

Portanto, de forma estatística, a ocorrência de câncer deveria ser proporcional ao tamanho do animal, pois:

  • I: O câncer é a nível celular
  • II: Quão maior o animal, maior o número de células.

Contudo, a resposta é não. Ficou confuso? Esse é o Paradoxo de Peto, nome dado em homenagem ao professor de medicina e epidemiologia Richard Peto.

Por exemplo, o elefante, animal que tem cem vezes mais células que uma pessoa, deveria ter cem vezes mais chances de ter câncer que nós humanos.

Entretanto, o estudo publicado em 2015 pelo periódico científico Journal of the American Medical Association mostrou que apenas 5% dos elefantes morrem de câncer, comparados com 25% dos humanos.

O que explica o Paradoxo de Peto?

Após a observação desse fenômeno, foram elaborados meios para explicar o porquê da sua ocorrência. Os cientistas se voltaram para o DNA do elefante para buscar uma resposta.

A ideia mais bem aceita até o momento, é que os animais de grande porte desenvolverem mecanismos de defesa contra o câncer, justamente devido a maior probabilidade de desenvolver células defeituosas.

TP53 e LIF6

Os mecanismos que comprovam essa afirmativa são os genes TP53 (ou p53) e LIF6, ambos com propriedades de defesa contra o câncer.

O TP53 é gene fundamental na supressão tumoral. Ele é responsável pelo controle do ciclo celular, identificação, reparo do DNA e indução de apoptose (morte celular programada) quando não se consegue corrigir o erro. Os gene está presente tanto nos humanos, como nos elefantes. A diferença é que, enquanto os humanos apresentam apenas um, os elefantes possuem 20.

Por sua vez, o LIF6 é encontrado apenas nos elefantes. Sozinho, ele não apresenta função, sendo considerado um gene “morto” ou “zumbi”. Contudo, na presença do TP53, produz proteínas capazes de inativar mitocôndrias (organela responsável pela produção energética da célula), eliminando células malignas.

Ou seja, diferente da maioria dos animais que optam primeiro pelo reparo, as células dos elefantes normalmente preferem sua eliminação. Por isso, eles são muito mais propensos a matar células prestes a se transformarem cancerígenas do que os humanos.

Hipertumores

Outra explicação possível são os hipertumores. Consiste em um conjunto de tumores que vão se somando, e na disputa por nutrientes (essencial para o crescimento da célula) faz com que nenhuma consiga se desenvolver, matando assim todas as outras células cancerígenas.

Contudo, essa teoria só pode ser aplicada em animais de grande porte, pois somente eles conseguem conviver por possuir uma massa corporal muito maior que a do tumor.

Gostou do artigo sobre o Paradoxo de Peto? Clique Aqui e confira outros artigos tão interessantes como este

Outros Artigos

Legal

® 2021-2024 Meu Guru | 42.269.770/0001-84 • Todos os direitos reservados

Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos!