Perfusionista: Saiba mais sobre esse profissional

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A tecnologia da circulação extracorpórea (CEC) desenvolveu-se em conjunto com a fase moderna da cirurgia cardíaca. Logo, não se utilizava a perfusão e foi então a partir dos anos cinquenta, que essa técnica permitiu aos cirurgiões parar o coração. Sendo assim, cortar suas paredes, examinar detalhadamente o seu interior e corrigir as lesões existentes sob visão direta, tendo alcançado o seu atual estágio. Desse modo, com a máquina de órgãos artificiais e a assistência da CEC, à partir do final dos anos setenta. Portanto, na medida em que a perfusão se tornou uma tecnologia rotineira e segura na vida hospitalar, seu uso foi estendido a outras indicações. Sendo assim, essas a hemodiálise, plasmaferese, unidade de terapia intensiva, além da correção de lesões intracardíacas e dos grandes vasos torácicos. Sendo assim saberemos mais sobre a atuação e formação do profissional perfusionista.

O que é um perfusionista ?

O perfusionista é um profissional altamente capacitado, no qual tem que se obter graduação na área de ciências biológicas e da saúde (CCBS) e obrigatoriamente uma pós graduação lato sensu. Sendo assim, onde obterá horas de treinamento em cirurgia na especialização e habilitado será capaz de operar a máquina extracorpórea, a qual é responsável pela manutenção dos sinais vitais do organismo. Visto que durante a realização da cirurgia e também manter a devida circulação sanguínea no momento em qual está acontecendo o ato cirúrgico. Portanto, um profissional imprescindível em uma equipe de cirurgiões cardíacos, pois sem o devido especialista não seria possível a realização da operação cardíaca com uma margem de segurança na execução da cirurgia.

A equipe cirúrgica na qual atua o perfusionista formada pelo cirurgião cardíaco ou cardiovascular (chefe da equipe), pelos cirurgiões auxiliares, enfermeiros, anestesista, instrumentador cirúrgico e profissionais circulantes. Sendo que na maioria são técnicos de enfermagem os quais são responsáveis pelo preparo de todo o material cirúrgico necessário para a cirurgia e o especialista em perfusão extracorpórea. Portanto, com conhecimento aprofundado na área, bem como manter inter-relação com a equipe para o sucesso no procedimento cirúrgico. Sendo assim esse artigo nos permite avaliar de forma criteriosa a relevância do profissional perfusionista na área da saúde.

Logo você pode relembrar conceitos sobre a anatomia, fisiologia e farmacologia.

Perfusionista e a perfusão

A perfusão é uma técnica aplicada na realização da cirurgia cardíaca, porém é comumente usada em transplantes, troca de valva mitral e revascularização miocárdica. Sendo assim, o sangue desviado para uma máquina, onde esta realiza múltiplas funções do coração, pulmões e rins, durante o todo o processo cirúrgico conforme a figura.

Máquina de CEC operada pelo perfusionista.
Máquina de CEC operada pelo perfusionista. Fonte

Entende-se portanto que a circulação extracorpórea bastante utilizada em cirurgias intracardíacas, onde necessita-se fazer incisões no miocárdio expondo as câmaras atriais e ventriculares para o devido ato operatório. Além disso pode ser utilizadas em neurocirurgias, tratamento do câncer em membros superiores e/ou inferiores para a infusão de quimioterapia isolada na parte acometida pela doença. Sendo assim, a circulação extracorpórea é uma especialidade da medicina e todos os cirurgiões cardiovasculares tem que conhecer a técnica. Portanto, somente profissionais da área da saúde que possuem nível superior completo podem atuar na área. Logo, apenas Biomedicina reconhecida pelo seu Conselho Federal (CFBM) como profissional perfusionista autorizado por lei (Nº6.684 de 03/09/1979).

Prática do perfusionista

No âmbito da prática do perfusionista caracterizada como funções necessárias ao suporte, tratamento, avaliação ou suplementação dos sistemas cardiopulmonar e circulatório dos pacientes. Sendo assim, o perfusionista especialista qualificado por educação acadêmica e clínica e que opera o equipamento de circulação extracorpórea. Desse modo, durante qualquer situação médica em que se necessita oferecer auxílio para as funções cardiopulmonares ou circulatórias. Portanto assegurar o manuseio adequado das funções fisiológicas pela monitorização das variáveis necessárias tais como:

  • Temperatura,
  • Saturação de oxigênio,
  • Pressão arterial média,
  • Tempo de CEC,
  • Balanço hídrico,
  • Utilização de anticoagulantes e pró-coagulantes,
  • Eletrocardiograma.

Atividades

Algumas atividades exercidas pelo perfusionista, sob a orientação de um cirurgião cardiovascular e de acordo com as práticas hospitalares, incluem:

1. Circulação Extracorpórea / Suporte Cardiopulmonar

2. Contrapulsação

3. Suporte Circulatório / Assistência ventricular

4. Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO)

5. Técnicas de conservação de sangue / Autotransfusão

6. Preservação do Miocárdio

7. Anticoagulação e Monitorização e análise hematológica

8. Monitorização fisiológica e análise

9. Monitorização e análise dos gases e bioquímica do sangue

10. Indução e reversão de hipotermia / hipertermia

11. Hemodiluição

12. Hemofiltração

13. Administração de medicamentos, sangue e componentes e anestésicos através do circuito extracorpóreo

14. Documentação das atividades realizadas

15. Perfusão de órgãos e membros isolados

16. Análise eletrofisiológica

17. Assistência cirúrgica

18. Preservação de órgãos

19. Diálise.

O que demonstra a diversidade de funções aplicadas pela técnica de perfusão.

O profissional perfusionista, membro da equipe cirúrgica com pré-requisitos definidos na área das ciências biológicas e da saúde, com conhecimentos específicos em :

  • Anatomia humana,
  • Farmacologia,
  • Anestesiologia
  • Hematologia
  • Fisiopatologia,
  • Patologia
  • Fisiologia cardiovascular
  • Respiratória,
  • Renal,
  • Centro cirúrgico,
  • Esterilização,
  • Treinamento específico no planejamento e administração dos procedimentos de circulação extracorpórea.

Habilidades do Perfusionista

Torna-se necessário que o especialista em perfusão conheça todos os equipamentos disponíveis para a realização das funções da circulação extracorpórea. Sendo assim tem a responsabilidade em conjunto com o médico, pela seleção destes, bem como o uso das técnicas apropriados para uso. Desse modo, o especialista pode ser o responsável administrativo pela aquisição dos suprimentos e dos equipamentos. Assegura a sua manutenção periódica assim como pela administração do pessoal e do departamento. Desse modo, as atividades administrativas podem incluir o desenvolvimento e a implantação de normas e procedimentos, medidas de controle de qualidade e aperfeiçoamento do pessoal, como também educação e pesquisa são partes fundamentais do escopo da prática da perfusão.

Empregos cirúrgicos

Usa-se, com alguma frequência, a circulação extracorpórea convencional ou alguma de suas variantes, em diversas outras áreas da cirurgia, como por exemplo:

1. Neurocirurgia – Para a ressecção de grandes aneurismas das artérias intracranianas, correção de malformações artério-venosas. Desse modo, remoção de certos tumores cerebrais, em um campo operatório exangue, pela utilização da parada circulatória total hipotérmica.

2. Cirurgia de tumores renais com invasão de veia cava inferior, além disso utiliza-se técnicas semelhantes às utilizadas em neurocirurgia

3. Cirurgias de tumores da traqueia, envolvendo a sua bifurcação, podem ser realizadas, com o auxílio da perfusão. Portanto, para a oxigenação do paciente durante a remoção de segmentos da traquéia e dos grandes brônquios.

4. Cirurgias de transplante de fígado.

5. Assim, em determinadas patologias pulmonares reversíveis, que cursam com grave comprometimento do parênquima pulmonar e impedem as trocas gasosas eficazes. Portanto, utiliza-se a assistência ventilatória prolongada com oxigenadores de membrana, que pode durar até vários dias.

Porém, em casos onde após a cirurgia da lesão cardíaca, a função contrátil do coração não se recupera adequadamente, a perfusão pode ser continuada. Sendo assim, como uma forma de suporte circulatório, podendo também se prolongar, conforme as necessidades individuais. Desse modo, como método exclusivo de assistência circulatória, para falência de um ou de ambos os ventrículos, em pacientes não operados ou candidatos a cirurgia imediata. Além disso, como adjunto de suporte circulatório na sala de hemodinâmica, para determinados casos de angioplastia coronária, em que a cirurgia é contraindicada. Como veículo de concentrações elevadas de drogas quimioterápicas, ou para produzir hipertermia regional. Portanto, em segmentos específicos do organismo, geralmente as extremidades, no tratamento de determinados tipos de câncer, constituindo as técnicas de perfusão regional.

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