Plantas Medicinais: Saiba um pouco do seu uso na cardiologia

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As plantas medicinais tem sido parte integral de todas as sociedades desde os primórdios da civilização humana. Sendo assim utilizadas principalmente na culinária e para finalidades medicinais. De fato, as ervas medicinais possuem grandes contribuições para as drogas comerciais manufaturadas em todo o mundo. Portanto atualmente incluindo a ephedrina obtida de Ephedra sínica, digitoxina obtida de Digitalis purpure, salicina obtida de Salix Alba e reserpina de Rauwolfia serpentina.

Tradição do uso das plantas medicinais

Na medicina tradicional, um grande número de plantas tem sido comumente utilizado como alternativa para o tratamento de diversas patologias desde os tempos antigos. Sendo assim, as plantas representam um recurso bioativo rico em uma gama de metabólitos. Desse modo inclue polissacarídeos, compostos fenólicos, alcaloides, terpenos, esteroides, ligninas, taninos e resinas, etc.

Recentemente constata-se um aumento da utilização de plantas medicinais para o tratamento de doenças cardiovasculares pela medicina alternativa. Desse modo tais usos na terapêutica da isquemia, insuficiência cardíaca congestiva, arritmia e hipertensão. Deve-se à presença de determinados compostos químicos presentes em determinadas espécies utilizadas empiricamente para tratar tais patologias. Sendo assim, a exemplo de Alium sativum (alho), Commiphora wightii (gugulu), Crataegus oxyacantha (espinheiro branco) e Terminalia arjuna (arjuna). Contudo estudos reportam efeitos cardiotóxicos desenvolvidos por plantas da família botânica Apocynaceae. Portanto reporta-se efeitos arritmogênicos  e caso fatal devido a ingestão de folhas e frutos de Thevetia peruviana. Assim como bem como a potencialidade arritmogênica desenvolvida também por constituintes de outra espécie da família Apocynaceae, Nerium oleander.

Tradição do uso das plantas medicinais.
Tradição do uso das plantas medicinais. Fonte.

Óleos essenciais extraidos das plantas medicinais

Os óleos essenciais são misturas de compostos naturais oriundos de plantas formados em sua grande maioria por terpenos. Sendo assim os quais são extremamente abundantes em uma grande diversidade de plantas aromáticas. Desse modo caracterizam-se por apresentarem forte odor além de possuírem constituição química de alta complexidade. Logo sintetiza-se em vias metabólicas secundárias. As extrações e obtenções dos óleos essenciais pela humanidade iniciaram-se durante a Idade Média. Portanto conclue-se que os povos de origem  arábica desenvolveram as primeiras técnicas de hidrodestilação.

De fato, atualmente, óleos essenciais obtidos de plantas possuem uma infinidade de aplicações industriais nas áreas de saúde. Sendo assim a agricultura, produção de alimentos e cosmética, uma vez que atualmente sabe-se cerca de três mil tipos de óleos essenciais. Desse modo ao isolar cerca de duas mil espécies de plantas, das quais cerca de trezentas são comumente comercializadas para diversas finalidades industriais.

Estudos têm revelado claramente que os óleos essenciais constituídos por terpenos possuem uma grande quantidade de propriedades farmacológicas. Portanto tais como antioxidante, antimicrobiana, antiviral, antimutagênica, anticâncer, anti-inflamatória, entre outras.

óleos essenciais extraidos das plantas medicinais
óleos essenciais extraidos das plantas medicinais. Fonte.

Óleos medicinais

Os óleos essenciais são misturas complexas de compostos orgânicos que apresentam natureza volátil. Sendo assim produzem-se pelo metabolismo secundário das plantas, os quais são constituídos por hidrocarbonetos (terpenos e sesquiterpenos). Além disso compostos oxigenados (alcoóis, ésters, aldeídos, cetonas, lactonas e derivados fenólicos).

Diversas espécies de plantas aromáticas produzem óleos essenciais. Além do mais os quais são compostos voláteis, apresentam baixo peso molecular, são lipofílicos e desempenham várias propriedades bioativas. Sendo assim possuem atividade tais como bactericida, virucida e fungicida. Portanto as quais justificam o emprego de desses óleos nos embalsamentos, na preservação de alimentos, e também nas propriedades terapêuticas.

Cerca de 3000 óleos essenciais são conhecidos. E destes, 300 possuem importância relevante para as indústrias farmacêuticas, agronômica, alimentícia, sanitária e cosmética.

Classificação

Os óleos essenciais são também classificados como óleos etéreis e óleos voláteis, devido ao fato de evaporarem rapidamente quando expostos ao ar atmosférico em temperaturas elevadas.

Há uma gama de propriedades biológicas desempenhada por óleos essenciais e constituintes isolados, tais como atividade espasmolítica, antinociceptiva, anticonvulsivante e vasorelaxante. Desta forma a diversidade de efeitos atribui-se à complexidade estrutural destes óleos.

Geralmente a constituição química destes óleos forma-se por terpenos, terpenóides e fenilpropanóides. Contudo, evidencia-se a presença de alcalóides em menor abundância. Dentre os terpenóides que ocorrem em óleos essenciais, destacam-se os monoterpenos e sesquiterpenos, entretanto, os monoterpenos são mais frequentes, ocorrendo em cerca de 90% dos óleos essenciais conhecidos.

Encontram-se na natureza diversos tipos de monoterpenos que desempenham propriedades farmacológicas. Sendo assim utilizados em indústrias alimentícias, cosméticas e farmacêuticas, tais como o mentol. O qual utiliza-se comumente na produção de licores, inaladores nasais e perfumes.

Efeitos primários das plantas medicinais

Efeitos decorrentes da ação de óleos essenciais representam fatores pelos quais diversas plantas possuem potencial terapêutico. Sendo assim estes óleos estão presentes em diversos órgãos da planta, tais como raízes, caules, folhas, flores e sementes, bem como na casca e entrecasca de caules.

Devido à alta afinidade com sistemas biológicos, óleos essenciais e constituintes isolados de diversos órgãos vegetais. Sendo assim apresentam muitas atribuições terapêuticas, as quais podem estar diretamente relacionadas com as indicações populares. Um exemplo disto é o efeito anticonvulsivante observado no óleo essencial extraído do caule de Acorus tatarinowii. Das folhas de Hyptis suaveolens e das flores de Egletes viscosa.

Principais aplicações

            Há um grande número de óleos essenciais e constituintes isolados aplicados em escala industrial. Sendo assim principalmente, na indústria alimentícia, uma vez que vários óleos e constituintes isolados utilizam-se para aromatizar e conservar produtos alimentícios. Pois comprova-se relevante atividade antimicrobiana desses óleos em patógenos decompositores de alimentos. Tem-se observado que os compostos fenólicos são os mais ativos frente a bactérias gram-positivas e menos ativos nas bactérias gram-negativas. Óleos essenciais demonstram possibilidades conservantes de alimentos, tais como os óleos extraídos de Carum carvi, Citrus aurantifolia e Thymus vulgaris que apresentam atividade antiaflatoxigênica.

            Motivado por um fator relevante de não causar efeitos genotóxicos à longo prazo os óleos essenciais tem sido utilizados devido a sua ação citotóxica  com base em atividades pró-oxidantes para aplicações antimultagênica. Este efeito poderia estar ligado a uma atividade anticarcinogênica, pois estudos recentes demonstram que as atividades pró-oxidantes de óleos. Portanto alguns constituintes isolados são muito eficientes na redução do volume de tumores locais e também na proliferação de células tumorais por apoptose.

            Embora utilize-se dos óleos essenciais na vida cotidiana, ressalta-se que nas indústrias de cosméticos e perfumaria, as atividades são pouco abordadas. Uma das grandes dificuldades para o estudo das atividades biológicas desempenhadas por estes óleos, muitas vezes, não dependem necessariamente da ação de apenas um composto ativo, em vista que óleos essenciais são misturas de compostos estruturalmente semelhantes. Dessa forma, não se pode atribuir explicações acerca de atividades a apenas uma molécula disposta em uma mistura, uma vez que a mesma apresenta composição bastante variada.

Principais atividades das plantas medicinais

            No que se refere às atividades farmacológicas decorrentes de óleos essenciais, estudos demonstraram que óleos extraídos das plantas Mentha piperita. Ferula heuffelii, Ferula gummosa, Satureja hortensis e Melissa officinalis. Sendo assim desempenha-se ações relaxantes  em traqueia de rato e íleo de cobaia. Na M. officinalis constitue-se como majoritário é o citral.

Efeitos cardiovasculares também ocorrem devido à ação de óleos essenciais e/ou constituintes isolados, tais como inotropismo negativo provocado por R-(+)-pulegona, um monoterpeno natural presente em óleos de Mentha sp. A diminuição da força contrátil induzida pelo óleo essencial de Alpinia speciosa. Sendo assim a atividade hipotensora induzida pelo óleo essencial de Croton zehntneri, bem como dos monoterpenos anetol e estragol, os quais são constituintes majoritários.

Óleos essenciais podem provocar efeitos em diversos sistemas, tais como o óleo de Mentha piperita, o qual desempenha ações atiespasmódica, provocando relaxamento gastro-intestinal, devido a redução do influxo de cálcio. bloqueio de canais de cálcio em atrio de rato e cobaia, enquanto os enantiômeros (+) e (-)-mentol, monoterpeno presente no óleo essencial de diversas espécies do gênero Mentha, desempenha ação anestésica (GALEOTTI et al., 2001).

Em estudos clínicos realizados com grupos testes utilizando os óleos essenciais de Mentha piperita e Carvi aetheroleum. Portanto demonstra-se que, ambos os óleos promovem significante atividade na motilidade gastrointestinal.

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