Produtos Naturais: Utilização medicinal

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Certamente sabe-se que para o tratamento farmacológico utiliza-se os medicamentos. Sendo assim, os mesmos obtêm-se através da indústria farmacológica no processamento das matérias primas. Desse modo, as matérias primas são obtidas e extraídas das plantas com teor farmacológico pela população leiga. Logo, essa sabedoria primitiva chama-se etnofarmacologia. Portanto, verá ao longo do artigo exemplos de produtos naturais com efeitos benéficos para a saúde.

Produtos Naturais: Etnofarmacologia

Sabe aquela dica da sua vovó para o resfriado? Ou da tia do seu pai que mora lá naquele povoado mais distante e que sabe uma planta boa para dor de barriga? Ou você já escutou daquela senhorinha na praça sobre um mato que é bom para as juntas. Sendo assim, esse conhecimento popular acerca da farmacologia denomina-se como etnofarmacologia.

A pesquisa etnofarmacológica contribui em suas diversas etapas nas diferentes áreas do conhecimento. Sendo assim uma vez que está ligada à antropologia, ao correlacionar com várias comunidades e culturas, à Botânica e à Farmacologia.

Os biólogos coletam e identificam a planta utilizada em certa comunidade. Desse modo em laboratório, os farmacologistas pesquisam a substância responsável pelo benefício no tratamento das patologias. Sendo assim, essa substância da planta chama-se de princípio ativo. Antes de chegar à prateleira da
farmácia do bairro a planta passa por vários testes. Que visam determinar seu efeito nos diferentes tecidos e órgãos do corpo. Portanto, o conhecimento das comunidades contribui para os estudos
científicos e vice-versa. Logo, essa ação conjunta pode ser um valioso caminho de identificação das plantas úteis à produção de medicamentos. Principalmente os produtos naturais.

Chá, utilizado como conhecimento dos produtos naturais aplicados a etnofarmacologia.
Chá, utilizado como conhecimento dos produtos naturais aplicados a etnofarmacologia. Fonte.

Produtos Naturais e os óleos essenciais

As plantas produzem inúmeras substâncias químicas no seu metabolismo. Determinadas substâncias, são conhecidas como princípios ativos. Portanto estas, quando absorvidas pelo organismo humano ou pelos animais podem produzir uma resposta biológica.

Sendo assim, essas substâncias, produzidos pelo metabolismo secundário, incluem substâncias aromáticas, ácidos fenólicos, alcaloides, óleos essenciais, etc. Dentre os grupos, os óleos essenciais são produtos de plantas que têm grandes potencialidades. Desse modo efeitos decorrentes da ação de óleos essenciais representam fatores pelos quais diversas plantas possuem potencial terapêutico. Sendo assim onde estes óleos estão presentes em diversos órgãos da planta, tais como raízes, caules, folhas, flores e sementes. Bem como na casca e entrecasca de caules.

Com a maior representação dentre os produtos naturais, os terpenos têm uma diversidade de funções na mediação de interações antagônicas e benéficas entre os organismos. Sendo assim, os mesmos podem ser encontrados em várias espécies de plantas, animais e microrganismos os quais atuam contra predadores, patógenos e competidores.

Os óleos essenciais são empregados e explorados há cerca de 3.500 anos pela humanidade. De forma geral, os óleos essenciais formam-se majoritariamente por terpenos ou seus derivados. Tais substâncias constituem-se como um extenso grupo de moléculas orgânicas produzidas como metabólitos secundários com a principal função de evitar injúrias promovidas por agentes externos. Todos os terpenos são basicamente estruturados em blocos de cinco carbonos e denominam-se de unidades de isopreno (C5H8).

Fórmula química do isopreno. Fonte.

Terpenos ou terpenóides

Dessa forma, os terpenos podem ser classificados de acordo com a quantidade de resíduos de isopreno que sua estrutura possui:

  • hemiterpenóides (C5),
  • monoterpenóides (C10),
  • sesquiterpenóides (C15),
  • diterpenóides (C20),
  • triterpenóides (C30),
  • tetraterpenóides (C40)
  • politerpenóides (C>40).

Os monoterpenos são as moléculas mais encontradas nos óleos essenciais, representando 90% da sua composição. São moléculas constituídas por 10 átomos de carbono formados pela justaposição de duas unidades isoprênicas.

Apesar da pluralidade, os quais os terpenos são conhecidos, como características geneticamente diferentes, possuem propriedades estruturais semelhantes para objetivos em comum. Os monoterpenos são cada vez são mais estudados devido às diversas propriedades biológicas apresentadas por estes compostos. Sendo assim, os mesmos são conhecidos por possuir uma diversidade considerável de propriedades biológicas. Dentre estas inúmeras podemos citar a atividade antimicrobiana, fungicida, antiviral, anti-hiperglicêmica, anti-inflamatória, atividade antiparasitária e vasorelaxante. Portanto, os monoterpenos também produzem significantes efeitos sobre o sistema cardiovascular. Promove vasorelaxamento, diminuição da frequência cardíaca, hipotensão e podem ser úteis como agentes na prevenção e/ou tratamento de doenças cardiovasculares, tais como arritmias cardíacas.

Os terpenos são utilizados como matérias-primas para sabores e fragrâncias e como substâncias biologicamente ativas. A maioria dos terpenoides biologicamente ativos são produzidos como metabólitos secundários de plantas. Logo esses compostos mostraram ser biologicamente ativos contra plantas, microrganismos e insetos. Portanto várias tentativas foram feitas para identificar novos monoterpenoides biologicamente ativos.

Fórmula Geral dos terpenóides. Fonte.

Produtos Naturais e Principais Terpenos

Carvona

A carvona é um monoterpeno cetônico (p-mentha-6,8-dien-2-ona, C10H14O) encontrado na natureza na forma dos estereoisômeros enantioméricos: S-(+)-carvona e R-(-)-carvona com peso molecular de 150,22mg/mol.

A carvona está presente em vários óleos essenciais em diferentes espécies vegetais. Sendo assim, encontra-se como o principal componente ativo de diversos óleos essenciais de plantas medicinais, como:

  • hortelã (Mentha spicata L.);
  • aneto (Anethum graveolens L.);
  • cominho (Carum carvi L.);
  • capim-cidreira (Lippia alba Mill.).

A hortelã usa-se principalmente na culinária com importantes propriedades medicinais tais como estimulante, carminativo e antiespasmódico.

Nerol

O nerol (cis-3-7-Dimethyl-2-6-octadien-1-ol), classifica-se como um monoterpeno que possui fórmula molecular C10H18O. O mesmo é o cis– isômero do geraniol, na qual a ligação dupla é trans. Sendo assim, sintetiza-se através de pirólise do β-pineno, resultando em mirceno. É um líquido incolor que possui aroma de rosa doce, sendo largamente utilizado na perfumaria.

Desse modo, encontra-se em muitos óleos essenciais, tais como erva-cidreira e lúpulo. Sendo assim, ele foi originalmente isolado do óleo de néroli, um óleo similar em aroma ao oléo de tangerina. Desse modo, também é produzido da flor da laranjeira (Citrus X sinensis). O qual utiliza-se e usado na produção de perfumes. Também encontra-se em muitos óleos essenciais e está contido em várias plantas, como Cymbopogon flexuosos (capim-limão), Wisteria brachybotrys (glicínia) e Rosa damascaena (rosa-chá).

Carotenóides

Os carotenóides são uma família de compostos de mais de 600 plantas lipofílicas com pigmentação a qual contribuem com as diversas cores de muitas plantas, fungos e bactérias. Além do mais, é possível encontrar a presença dos carotenóides em frutos do mar de águas profundas tais como camarão, lagosta, caranguejo, lagosta, truta, salmão, pargo e atum.

No entanto, apenas cerca de 50 carotenóides encontram-se em uma dieta humana típica. Enquanto cerca de 20 carotenóides estão presentes nos tecidos humanos e no sangue. Desse modo essencialmente originados da oxidação dos carotenos, produzindo metabólitos, tais como a luteína, zeaxantina, cantaxantina e b-criptoxantana.

A estrutura dos mesmos basea-se em uma cadeia de moléculas de isoprenos com 40 carbonos. Sendo assim os quais classificam-se em acíclicos ou modificados por possuírem uma ou ambas as extremidades modificadas em anéis com diversas estruturas. Essa estrutura descobriu-se primeiramente por Willstatter, em 1907, onde classificou em β-caroteno e o licopeno.

Outros carotenóides, tais como o licopeno, crocina, astaxantina e crocetina. Desse modo estão ganhando destaque em pesquisas cardiovasculares. Observa-se na literatura que eles desempenham uma atividade profilática de doenças tais como aterosclerose, isquemia e infarto agudo do miocárdio. Pesquisas com animais demonstraram que a utilização dos carotenóides na dieta diminuiu a produção de EROs, neutrófilos e aumento da atividade superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT). Contudo, como o mecanismo de ação ainda não foi elucidado, se faz necessário maiores avanços e estudos para elucidar melhor as ações dos carotenóides sobre as DCVs.

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