Técnicas Parasitológicas: Saiba como fazer I

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Os seres parasitológicos são as espécies que detêm a capacidade de se hospedar em outros seres vivos. Logo, esse processo é conhecido como parasitismo. Desse modo, os parasitas podem trazer benefícios ou malefícios aos seus hospedeiros o qual dependerá da sua relação. Além disso, os parasitas podem ser microscópicos ou não. Portanto, a parasitologia nos permite entender e explicar essa relação tão longínqua. Desse modo acompanhe as principais técnicas parasitológicas empregadas nos exames parasitológicos.

O que é a parasitologia

A parasitologia é a ciência que estuda os seres biológicos que tem a capacidade de se hospedar em outros indivíduos. A parasitologia é uma área bem abrangente pois engloba vários seres microscópicos com capacidade parasitária. Assim, podemos elencar os vermes, vírus, fungos e artrópodes como os seres parasitológicos. Assim, o estudo parasitológico com interesse nos humanos chamaremos de parasitologia humana.

Técnicas: O que é parasitismo?

O parasitismo é a relação desarmônica entre espécies diferentes. Sendo que um se beneficia retirando os meios para sua sobrevivência, podendo prejudicar o hospedeiro. Neste contexto, é relevante conhecer as informações sobre os parasitas existentes, bem como suas formas de contágio, sintomas apresentados e formas de tratamento. Os meios corretos de coleta dos materiais também são de grande importância para um diagnóstico efetivo na urinálise, no parasitológico de fezes e na imunologia. Lembrando que os medicamentos e alimentos também podem interferir nos resultados dos exames. Portanto, são necessárias as boas práticas em laboratório para a execução dos mesmos. Além disso, informações pertinentes para instruir o paciente antes de coletar algum material biológico para exame, e o que será feito.

A relação de parasitismo entre dois seres originou-se ao acaso, do contato entre eles, passando o hospedeiro a ser suporte para o parasito que primitivamente deveria ser livre e saprofítico.

Com o decorrer do tempo, o hospedeiro passou também a ser fonte de alimento para o parasito, que se adaptou a uma nutrição restritiva e exclusiva. É provável que primeiro tenham surgido os ectoparasitos e depois os endoparasitos.

Forma de transmissão

No que diz aos meios de contágio por parasitas, está incluso a má higiene dos alimentos. Ou seja, não lavar os alimentos a serem consumidos como verduras, frutas e legumes. Assim como também a má higienização das mãos, o que pode levar a contaminação de parasita, como por exemplo o Ascaris Lumbricoides.

Outro meio de contaminação dar-se através da picada do carrapato estrela. Sendo assim em grande parte de sua população infecta-se pelo parasita Rckttsia Rickettii. Causador da febre maculosa. A falta de saneamento básico em certas áreas urbanas também contribui para os meios de contágio e consequentemente leva a infecção de parasitas específicos e também a relação sexual desprotegida. Entretanto, todos esses mencionados possuem tratamento após o diagnóstico. Desse modo outros são primordiais que sejam mais rápidos para maiores chances de sucesso na recuperação.

Técnicas parasitológicas: Bacterioscopia fecal

A realização dessa atividade prática teve como objetivo visualizar a presença de bactérias na amostra fecal. Desse modo a quantidade de cocos gram positivos e/ou negativos, bacilos gram positivos e/ou negativos e leveduras. Além disso quantificá-los em: raros, moderados ou numerosos.

Metodologia

Inicialmente realiza-se a coleta da amostra de fezes. E em seguida faz-se a análise do material com palito de sorvete. Nesta etapa, pode identificar-se vestígios de sangue e muco, e a consistência.

Técnicas de bacterioscopia
Técnicas de bacterioscopia.

Com a amostra em mãos, defini-se o método de exame que seria executado: a fresco. Para executar foi necessário pingar uma gota de solução alcalina ( sol. fisiológica 0,9%) em duas lâminas.

E em seguida com o auxílio de um palito de sorvete, deposita-se um pouco da amostra em cada lâmina. Porém, a solução de lugol será colocada em apenas uma das lâminas. A finalidade da solução de Lugol é auxiliar na identificação dos trofozoítos e analisá-los em microscópio.

Técnicas: Pool de fezes

Esse método consiste em identificar ovos de parasitas férteis e não férteis, com uma metodologia simples em sua execução.

Técnica: Pool de fezes
Técnica: Pool de fezes

Metodologia

Em um vidro conta gotas, que possuía um pool de fezes diluídas, adiciona-se uma gota na lâmina. Logo após seguida coloca-se uma gota de lugol em seguida a lamínula por cima.

Técnicas de Baerman

Essa técnica, tem como objetivo concentrar larvas de nematelmintos, especificamente larvas de Strongyloides stercoralis ou Ancilostomideos como Necator americanus e Ancylostoma duodenale com a amostra de fezes coletadas no dia, com a técnica de Baerman.

Metodologia

Inicialmente, pegou-se aproximadamente 10 a 15g de fezes e coloca-se em uma gaze dobrada 4x. Após isso com a ajuda de um elástico foi embrulhada, formando uma bolsa, e esta foi presa a palito de sorvete.

Técnica de Baerman

Em seguida essa bolsa suspensa foi colocada dentro de um copo cônico de sedimentação com aproximadamente 70 a 100ml de água morna (40-45º) , e mergulhada a totalidade da amostra fecal na água, e assim deixou-se em repouso por cerca de 1h ( segundo a técnica de Rugai).

Após a sedimentação total da amostra, retira-se o material sedimentado no fundo do recipiente. Foi colocado a quantidade equivalente a 1 pipeta de Pasteur cheia (1,5ml), dentro do tubo falcon e colocado para centrifugar de 1 a 2 minutos á 1500=2000rpm.

Após a centrifugação, foi retirado o excesso de sobrenadante. Desse modo sedimento foi ressuspendido novamente. Portanto adicionou-se uma gota da amostra na lâmina e uma gota de lugol. Coloca-se a lâminula por cima e observado o resultado no microscópio.

Técnicas de Faust e Cols

O método de Faust e Cols tem como objetivo utilizar uma solução de sulfato de zinco a 33% para fazer com que os cistos de protozoários de Amebíase e Giardíase flutuem devido a sua baixa densidade quando comparada a solução utilizada.

Metodologia

Primeiramente pegou-se uma parte de fezes (canina) para dez de água ( equivalente a 1g para 10ml), para realizar a diluição em um copo descartável.

Feito a diluição, filtrou-se a amostra em uma gaze dobrada 4x em um copo cônico. Sendo assim e em seguida transferida para um tubo de centrifugação.

Foi necessário realizar a centrifugação por cerca de 1mn á 2500rpm, em seguida descartar o sobrenadante e adicionar de 2 a 3ml de água ao sedimento, homogeneizar e colocar aproximadamente 1cm da borda do tubo.

Foram necessárias 2 centrifugações para se obter o sobrenadante límpido para dar sequência ao próximo passo.

Enfim, após a última lavagem, descartou-se o sobrenadante. Desse modo adicionou-se cerca de 10ml de uma solução de sulfato de zinco a 33% com a densidade de 1,180. Centrifugou-se novamente por cerca de 1mn á 2,2500rpm e logo em seguida, retirou-se a película da solução por meio da alça de platina.

Por fim, cora-se com uma solução de lugol e observado no microscópio.

Técnicas de HOFFMAN, PONS E JANER OU LUTZ

O objetivo desta técnica é fazer com que parte da amostra de fezes diluídas se sedimente espontaneamente, para que no fundo do copo se deposite ovos de parasitas, para posterior observação no microscópio.

Metodologia

O objetivo desta técnica é fazer com que parte da amostra de fezes diluídas se sedimente espontaneamente, para que no fundo do copo se deposite ovos de parasitas, para posterior observação no microscópio.

Com a amostra já diluída e homogeneizada, transferiu-se para um uma peneira com gaze dobrada 4 vezes e colocou-se sob um cálice cônico para que filtrassem-na, com o objetivo de eliminar as fibras e restos fecais que não fossem necessários.

Depois de filtrada, completou-se o volume até encher o cálice com água. Em seguida, deixou-se em repouso por cerca de 30min para que houvesse a sedimentação completa dos ovos.

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