A usinagem eletroquímica é um processo de usinagem não-convencional muito semelhante à usinagem por eletroerosão por penetração. O princípio do processo é fornecer descargas elétricas ao material para a separação dos seus átomos por meio de reações químicas.
Ao invés do líquido dielétrico que a usinagem por eletroerosão utiliza, na usinagem eletroquímica o líquido é uma substância reativa. Com a aproximação do eletrodo até uma distância específica (GAP) há a liberação da descarga elétrica. Geralmente se trabalha com baixas tensões e baixo GAP entre os eletrodos.
O eletrodo possui a forma da cavidade que se deseja produzir, atuando como um macho. Com a geração de descargas, há a remoção contínua de material, que é liberado da região pela ação do líquido reativo.
O eletrólito é o líquido responsável pela passagem da corrente elétrica, devendo possuir uma alta condutividade elétrica. Também é necessário que não forme produtos insolúveis, que dificultariam o processo e nem forme produtos tóxicos, que comprometem a segurança dos envolvidos e seu descarte.
O equipamento para esta operação de usinagem pode ser de pequeno ou grande porte, dependendo da corrente que possui. Máquinas de até 500 A são de pequeno porte, cuja maior aplicação é furação e remoção de rebarbas.
Vantagens e Limitações
Pela usinagem eletroquímica é possível realizar a usinagem de qualquer material condutor, podendo se atingir níveis rigorosos de tolerância superficial. É possível usinar formas complexas, sem haver qualquer tipo de desgaste da ferramenta., sendo possível controlar a quantidade de material removido. Não há um aquecimento excessivo durante a operação, já que o próprio líquido auxilia na dissipação de calor.
O processo de eletrólise é complexo, demandando uma mão-de-obra experiente. É possível haver o inconveniente da corrosão por meio de reações indesejadas durante o processo. As pressões hidráulicas são altas, o que pode prejudicar o processo de algumas formas. O ajuste da ferramenta pode ser difícil, já que é preciso manter um GAP constante durante a operação.