A “literatura periférica” é universal: como escritores subvertem as barreiras centro-margem na cena literária
Em 2005, o escritor e rapper Ferréz lançou o texto Terrorismo literário, que se tornou uma referência por conceituar a literatura marginal. Tratava-se de uma tentativa de superar as dificuldades impostas que impediam os escritores periféricos de exporem seus trabalhos. Lá, ele clama que eles não precisam mais de intermediários para estar presentes em um texto de ficção. O início do século foi marcado por um levante de autores das periferias e esse protagonismo segue crescendo na literatura brasileira nos últimos anos.
O pesquisador e doutor em teoria literária André Natã Botton fez em sua tese uma proposta de história da “literatura marginal das periferias”, como ele chama. “Pensando nessa relação margem-centro, há uma literatura canonizada e há várias literaturas que estão à margem desse centro, mas quando eu coloco o ‘periferias’ lá é pensando nesse espaço geosocial, então, há essa visão teórica, mas ao mesmo tempo tem essa questão da territorialidade, pensando o próprio espaço também como ele é representado, como ele é discutido, de que forma as personagens, os narradores se situam”, explica.
Disponível em < https://www.ufrgs.br/bibliotecacentral/a-literatura-periferica-e-universal-como-escritores-subvertem-as-barreiras-centro-margem-na-cena-literaria/>. Acesso em 09. out. 2024. (Adaptado).
O texto é caracterizado como reportagem, pois