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Estudos Gerais03/06/2024

faca um breve resumo Chamamos ‘lixo’ a uma grande diversid...

faca um breve resumo

Chamamos ‘lixo’ a uma grande diversidade de resíduos sólidos de diferentes procedências, dentre eles o resíduo sólido urbano gerado em nossas residências. A taxa de geração de resíduos sólidos urba- nos está relacionada aos hábitos de consumo de cada cultura, onde se nota uma correlação estreita entre a produção de lixo e o poder econômico de uma dada população. O lixo faz parte da história do homem, já que a sua produção é inevitável. Para Teixeira e Bidone (1999), o lixo é definido de acordo com a conveniência e pre- ferência de cada um. O IPT/CEMPRE (1995), define-o como restos das atividades humanas, consideradas pelos geradores como inúteis, indese- jáveis ou descartáveis. Normalmente apresentam-se em estado sólido, semi-sólido ou semilíquido (com quantidade de líquido insuficiente para que possa fluir livremente). São tam- bém classificados como resíduos sóli- dos vários resíduos industriais, resíduos nucleares e lodo de esgoto desidratado, conforme aponta Mata- Alvarez et al. (2000). O lixo sempre acompanhou a história do homem. Na Idade Média acumulava-se pelas ruas e imediações das cidades, provocando sérias epide- mias e causando a morte de milhões de pessoas (Branco, 1983). A partir da Revolução Industrial iniciou-se o pro- cesso de urbanização, provocando um êxodo do homem do campo para as cidades. Observou-se assim um verti- ginoso crescimento populacional, favo- recido também pelo avanço da medi- cina e conseqüente aumento da expec- tativa de vida. A partir de então, os impactos ambientais passaram a ter um grau de magnitude alto, devido aos mais diversos tipos de poluição, dentre eles a poluição gerada pelo lixo. O fato é que o lixo passou a ser encarado co- mo um problema, o qual deveria ser combatido e escondido da população. A solução para o lixo naquele momento não foi encarada como algo complexo, pois bastava simples- mente afastá-lo, des- cartando-o em áreas mais distantes dos centros urbanos, de- nominados ‘lixões’. Nos dias atuais, com a maioria das pessoas vivendo nas cidades e com o avanço mundial da indústria provocando mudanças nos hábitos de consumo da população, vem-se gerando um lixo diferente em quantidade e diversidade. Até mesmo nas zonas rurais encontram-se frascos e sacos plásticos acumulando-se devido a formas inadequadas de elimi- nação (IPT/CEMPRE, 1995). Para Bidone (1999), em um passado não muito distante a produção de resíduos era de algumas dezenas de quilos por habitante/ano; no entanto, hoje, países altamente industrializados como os Estados Unidos produzem mais de 700 kg/hab/ano. No Brasil, o valor mé- dio verificado nas cidades mais popu- losas é da ordem de 180 kg/hab/ano. A produção elevada de lixo norte- americano deve-se ao alto grau de in- dustrialização e aos bens de consumo descartáveis produzidos e ampla- mente utilizados pela maioria da popu- lação. No caso do Brasil, a geração do lixo ainda é, em sua maioria, de pro- cedência orgânica; contudo, nos últimos anos vem se incorpo- rando o modo de con- sumo de países ricos, o que tem levado a uma intensificação do uso de produtos des- cartáveis. Sem dúvida, a associação do cres- cimento populacional à intensa urba- nização e às mudanças de consumo estão mudando o perfil do lixo brasilei- ro. Porém, essa ‘modernidade’ não es- tá sendo acompanhada das medidas necessárias para dar ao lixo gerado umUma das características da diges- tão anaeróbia é a obtenção de um pro- duto, o gás metano, que encerra um conteúdo energético relativamente al- to, que pode ser utilizado para movi- mentar veículos, gerar eletricidade ou propiciar aquecimento. Tal conteúdo energético é fruto da baixa liberação de energia observada durante a meta- nogênese, energia conservada no pro- duto, conforme pode ser inferido a par- tir da comparação entre as reações 1 e 6. A viabilidade econômica do uso do metano como fonte de energia é ainda questionável devido à presença no gás de impurezas como o H2 S, que pode ocasionar corrosão em motores de combustão interna. Em aterros sani- tários, os gases de compostos redu- zidos são queimados, minimizando-se assim o mau cheiro do H2 S e o efeito estufa relacionado à emissão de me- tano, que apresenta um potencial de absorção de radiação infravermelha e aquecimento da atmosfera muito maior do que o observado para o CO2 . Como efeito dessa queima ocorre também a emissão de SO2 , o que representa um incremento na incidência de chuvas ácidas. Compostagem de resíduos O processo aeróbio pode ser em- pregado no tratamento de resíduos só- lidos municipais urbanos de origem orgânica e também no tratamento de tais resíduos dispostos conjuntamente com lodo gerado em estações de tra- tamento de esgotos domésticos. Tais processos envolvem a preparação de pilhas na forma de leiras, nas quais se injeta ar por meio de tubos perfurados introduzidos no resíduo, ou então por meio do constante revolvimento do ma- terial submetido à compostagem. Durante o processo aeróbio da compostagem, atua uma sucessão de microorganismos facultativos e aeró- bios estritos. Na fase inicial, bactérias mesofílicas são observadas em maior proporção e à medida que a tempe- ratura vai aumentando, as termofílicas começam a predominar. Fungos ter- mofílicos aparecem depois de 5 a 10 dias e, no estágio final do processo, conhecido como período de cura, acti- nomicetos e fungos filamentosos co- meçam a surgir. Como nem todo resí- duo é rico em microorganismos, alguns tipos de materiais, como papéis, exigem a adição de um inóculo apro- priado para iniciar-se o processo. Tal inóculo pode ser resíduo de outras fon- tes ou de lodo de esgoto. Compostos obtidos a partir de resí- duos de diferentes origens podem ser misturados de modo a se obterem razões C/N ótimas, que permitam sua incorporação ao solo, como fertili- zantes. Contudo, o uso de compostos como fertilizantes exige um cuidadoso estudo das características microbioló- gicas e ecotoxicológicas, bem como a escolha da cultura que será desenvol- vida, antes da tomada da decisão de aplicação em solos. A relação carbono/nitrogênio Um fator crítico para a compos- tagem de resíduos é a relação C/N, cuja faixa ótima é de 20-25 para 1. Espécies químicas que contêm nitro- gênio atuam como nutrientes nos processos de degradação da matéria orgânica. Resíduos pobres em nitro- gênio, como jornais, que apresentam relação C/N de aproximadamente 980, devem ser misturados a outros resí- duos mais ricos em nitrogênio. Em processos de compostagem, a relação C/N comumente diminui ao longo do tempo, pois o carbono é eliminado para a atmosfera na forma de CO2 e/ ou CH4 . O aumento da quantidade relativa de nitrogênio, um importante nutriente para culturas agrícolas, torna o composto potencialmente utilizável como fertilizante agrícola, desde que observados outros parâmetros sanitá- rios de interesse, como presença de organismos patogênicos, metais pesa- dos e substâncias orgânicas tóxicas. O Programa R3 – redução de consumo, reutilização e reciclagem do lixo A Agenda 21 trata, em seu capítulo 21, do ‘manejo ambientalmente sau- dável dos resíduos sólidos e questões relacionadas com os esgotos’ e propõe, no item 21.4, a utilização de um manejo integrado nas questões relacionadas aos resíduos, conforme segue: • O manejo ambientalmente sau- dável dos resíduos deve ir além do sim- ples depósito ou aproveitamento por métodos seguros dos resEm alguns casos, pode ser viável a queima em incineradores com rigoroso controle da qualidade dos gases emi- tidos e dos resíduos remanescentes, ou ainda a combustão em fornos de fabricantes de cimento. Alternativas co- mo compostagem aeróbia e disposi- ção em aterros sanitários ou industriais também são viáveis. Contudo, inú- meros impactos ambientais poderiam ser associados a cada uma das opções de tratamento citadas ou a qualquer outra que venha a ser criada. O verdadeiro desafio pertinente à questão do lixo, seja ele de que natu- reza for, diz respeito a como não gerar tal lixo ou, ao menos, minimizar a ge- ração. Havendo essa opção, assume- se que o melhor seria não gerar lixo, mas essa é uma alternativa nem sem- pre viável, uma vez que o modelo de vida adotado globalmente é pautado na produção e no consumo, que têm como conseqüência a geração de resí- duos. Contudo, com alguma reflexão e auxílio de programas de educação ambiental, podemos nos habituar en- quanto consumidores a exercer deter- minados tipos de escolha de emba- lagens de produtos, rejeitando por exemplo aqueles que possuem invólu- cros múltiplos e às vezes desneces- sários e dando preferência a embala- gens retornáveis em detrimento às des- cartáveis, bem como minimizando des- perdícios dentro de casa. A recusa de tais produtos com múltiplas em- balagens representa a consolidação de um quarto e importante ‘R’ ao pro- grama, que força a indústria a ter uma atitude ambientalmente responsável por pressão do mercado consumidor. Atitudes como essas, se- gundo um recente estudo realizado por Teixeira (1999), podem reduzir em até 50% a quantidade de resíduos sólidos domés- ticos encaminhados aos aterros. Uma vez minimizada a geração, parte-se para a avaliação do reuso dos resí- duos, que se nas nossas casas apre- senta um leque de opções relati- vamente limitado, pode apresentar maior número de opções em relação a resíduos industriais e agrícolas. A terceira etapa da minimização do descarte envolve a reciclagem, que é facilmente explicada pela já difundida teoria de que resíduo nada mais é do que um material não adequadamente localizado no espaço e no tempo. Ou seja, aquilo que é considerado um resí- duo hoje pode não sê-lo amanhã, assim como o que uma determinada pessoa ou grupo de pessoas classifica como resíduo pode ser matéria-prima para outra. O entendimento da neces- sidade da segregação na fonte, ou seja, da separação adequada dos ti- pos de resíduos por seus geradores, é essencial para facilitar o trabalho do reciclador, assim como a colocação do material reciclado no mercado, en- quanto matéria-prima ou produto aca- bado. Reciclagem É o resultado de uma série de ativi- dades através das quais materiais que se tornariam lixo ou estão no lixo são desviados, sendo coletados, sepa- rados e processados para uso como matéria-prima na manufatura de bens, feitos anteriormente apenas com ma- téria-prima virgem. Benefícios da reciclagem • diminui a quantidade de lixo a ser aterrado (conseqüentemente aumenta a vida útil dos aterros sanitários); • preserva os recursos naturais; • economiza energia; • diminui a poluição do ar e das águas; • gera empregos, através da cria- ção de indústrias recicladoras. A reciclagem, no entanto, não pode ser vista como a prin- cipal solução para o lixo. É uma atividade econômica que deve ser encarada como um elemento dentro de um conjunto de soluções. Estas são integradas no gerenciamento do lixo, já que nem todos os materiais são técnica ou economicamente recicláveis. A separa- ção de materiais do lixo aumenta a oferta de materiais recicláveis. Entre- tanto, se não houver demanda de pro- dutos reciclados por parte da socie- dade o processo é interrompido, os materiais abarrotam os depósitos e, por fim, são aterra- dos ou incinerados como rejeitos (IPT- CEMPRE, 1995). Apenas quando estiverem esgotadas as alternativas de redução de consu- mo, reuso e recicla- gem é que se deve fazer a opção pelo tratamento, levando- se em consideração o ônus ambiental de cada alternativa que possa vir a ser adotada. O mesmo raciocínio vale para o setor produtivo, onde a busca por tecnologias menos impactantes, cha- madas também ‘limpas’, é essencial para a manutenção da qualidade de vida no planeta. Tais tecnologias devem ser avaliadas dentro de uma ótica do ciclo de vida dos produtos, ou seja, levando-se em conta todos os impac- tos ambientais envolvidos desde a primeira etapa de obtenção da maté- ria-prima, passando-se pela fabrica- ção, utilização, alternativa de reuso, re- ciclagem e alternativas de disposição final do produto quando o mesmo não se prestar mais a fim algum. Agenda 21 e desenvolvimento A sustentável A Agenda 21 é um documento que surgiu a partir de discussões condu- zidas durante a Con- ferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvol- vimento, a ECO-92, realizada no Rio de Janeiro entre 3 e 14 de junho de 1992. É um programa de ação abrangente, a ser im- plementado pelos governos, agências de desenvolvimento, organizações das Nações Unidas e grupos setoriais independentes em cada área onde a atividade humana afeta o meio ambien- te, visando atingir o chamado de- senvolvimento sustentável. Segundo a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, “O de- senvolvimento sustentável é aquele que atende às necessi- dades do presente sem comprometer a possi- bilidade de as gera- ções futuras satisfa- zerem suas próprias necessidades” Dentro de tal enfo- que, considera-se que: • as necessidades dos pobres são prio- ritárias; • por desenvolvimento entende-se o progresso humano, em todas as suas facetas – cultural, econômica, so- cial e política –, que deve ser possível em todos os países; • essa sustentabilidade não é rígi- da; antes, deve admitir a possibilidade de mudanças, às quais se reage com adaptações; • está implícita uma preocupação com a igualdade social entre as pes-soas de uma mesma geração e entre as pessoas de uma geração Cooperativas de catadores A formação de associações e coo- perativas de catadores de lixo representa a alternativa de saída do homem dos lixões e o resgate da sua condição de cidadão, com direito a benefícios sociais, educação para os filhos, autonomia administrativa e possibilidade de ascensão social. A cooperativa deve oferecer aos seus membros assistên-lcia jurídica, cursos de aperfeiçoamentoe acesso ao lazer/esporte, desenvol-vendo no catador criticidade e maturidade para tomar posição nas deci- sões dentro da cooperativa

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