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Estudos Gerais12/06/2024

Redação ALLAN WALLASY OLIVEIRA SILVA Estudante TÍTULO * ​...

Redação ALLAN WALLASY OLIVEIRA SILVA

Estudante

TÍTULO * ​ REDAÇÃO * INSERIR PARÁGRAFO Escreva no mínimo 150 e no máximo 300 palavras.0 PALAVRAS ENCONTRADAS REDAÇÃO: PENDENTE

REDAÇÃO CRIADA POR i Lidia Benvindo dos Santos

PROPOSTA DE Concurso Redação Paraná Nota 10 - AGRINHO 2024

GÊNERO TEXTUAL Artigo de opinião

TEMA Agrinho 9º ano

PROPOSTA Contexto e comando de produção:

Você é jornalista e, nos últimos meses, esteve fazendo um estudo sobre as contribuições do campo para as cidades, e por que muitas pessoas migram para as grandes metrópoles, muitas vezes, por falta de conhecimento. Terminada essa pesquisa, seu editor pediu que escrevesse um artigo de opinião, cujo tema é “Do campo à cidade, colhendo oportunidades”, selecionando informações que contribuam para a permanência da população rural. Seu texto será publicado na seção Opinião do jornal onde trabalha, destinado a sua comunidade local.

Seu artigo deve:

Apresentar um posicionamento acerca da(s) contribuição(ões) do campo à cidade;

Sustentar esse posicionamento por meio de argumentos;

Utilizar informações legitimadas (comprovadas) para construir os argumentos;

Elaborar uma conclusão para o texto.

Criar um título que chame a atenção de seu leitor.

Assinar o artigo de opinião como JORNALISTA.

TEXTOS DE APOIO Texto de apoio I

Agricultura familiar: o rural vivo e dinâmico Em certos contextos históricos e políticos, consolidou-se a expectativa de que a agricultura se industrializaria e, com isso, predominaria um modelo concentrador de terras e tecnologias baseado em uma agricultura patronal.

Ao longo do tempo, a chegada do capitalismo no campo parecia, de fato, apontar para o desaparecimento inexorável dos camponeses e das formas de produção que não se convertessem integralmente a esse sistema econômico e social.

Acreditava-se que esse processo efetivaria, no campo, aquilo que já estava consolidado nas cidades: a separação entre a classe que detinha os meios de produção e a classe que não os possuía. A esta última, não restaria outra forma de participar do processo produtivo que não fosse ofertando sua força de trabalho. Vale notar que essas previsões não se efetivaram. Em meio à grande diversidade de sujeitos do campo – com suas formas de viver, habitar e produzir –, a agricultura familiar designa um formato de gestão da propriedade, do trabalho e da exploração dos recursos naturais que tem, na família, seu elo central – ou seja, na gestão dessa atividade, não são levados em conta apenas interesses econômicos, mas também valores morais, políticos e espirituais.

Essas especificidades fizeram com que o governo federal elaborasse programas de políticas públicas voltados especificamente para esse segmento. Merece destaque o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que visa financiar linhas de crédito para esse setor.

Para delimitar quem se enquadra nesse perfil – e, assim, possa acessar esses recursos –, a lei correspondente circunscreve a agricultura familiar às seguintes características:

– O trabalho familiar deve predominar, e a contratação de trabalhador assalariado deve ser eventual; – Pelo menos, 50% da renda familiar devem ser provenientes de atividades desenvolvidas no estabelecimento agrícola; – A área da propriedade não pode ultrapassar quatro módulos fiscais – um módulo tem entre cinco hectares (ha) e 110 ha, dependendo da região em que está localizada. Devemos ter em mente que a agricultura familiar é a principal fonte de renda para muitas famílias no Brasil e que, apesar da pouca área que ocupa, consegue fornecer alimentos para uma população fortemente concentrada nos centros urbanos.

Nesse sentido, a agricultura familiar fomenta renda e qualidade de vida no campo, sustentando o desenvolvimento econômico local, ao mesmo tempo que é fundamental para as cidades, pois provê quantidade e variedade de alimentos indispensáveis à segurança alimentar e nutricional da população.

Texto de apoio II

AGRINHO: DO CAMPO À CIDADE, COLHENDO OPORTUNIDADES. Patrícia Lupion Torres¹ Cleverson V. Andreoli²

Neste texto pretende-se estimular o debate complexo, mostrando a interdependência entre relações frequentemente apresentadas como antagônicas. Dessa forma, resgatando-se, por exemplo, a complementaridade dos conceitos de sustentabilidade e atividade produtiva, a ideia de integração dos conceitos de conservação e produção e a superação da visão completamente equivocada que coloca a cidade e o meio rural em campos opostos.

Conhecer e aceitar o diferente é a base fundamental para a construção dos consensos tão necessários em nossa sociedade. Não há diálogo possível quando partimos do princípio da certeza de nossas posições em um panorama de dissociação que separa o campo da cidade, o desenvolvimento da conservação, o produtor rural e o ecologista como antípodas, como representações antagônicas. É preciso, antes de tudo, resgatar a complementaridade entre os conceitos artificiais e reducionistas que ignoram as inter-relações e a complementaridade das diferenças, como um continuum humano e social.

As relações entre a cidade e o campo, entre o desenvolvimento e a conservação, entre produtores rurais e ambientalistas devem ter uma nova leitura, que estimule a reflexão sobre a complementaridade e a interdependência existente entre os conceitos estereotipados. O falso antagonismo é determinado por uma visão simplificada e maniqueísta, com definições parciais que enfatizam a diferença e a parcialidade. O que precisamos estimular é o pensamento complexo, que aprofunde a interdependência dos extremos, uma visão dialética.

Esclarecemos que ‘desenvolvimento sustentável’ é aqui entendido como um modelo econômico, político, social, cultural e ambiental equilibrado, que capacidade de reprodução que garanta a satisfação das necessidades das gerações futuras. Essa concepção é embasada em um tripé que inclui processos ecologicamente prudentes, socialmente justos e economicamente viáveis.

O conceito abrange, para Sachs (2000), sete aspectos ou dimensões principais da sustentabilidade:

Sustentabilidade social – compreende melhoria da qualidade de vida da população, equidade na distribuição de renda e diminuição das diferenças sociais, com participação e organização popular;

Sustentabilidade econômica – diz respeito à regularização do fluxo de investimentos públicos e privados, compatibilidade entre padrões de produção e consumo, equilíbrio de balanço de pagamento, acesso à ciência e tecnologia;

Sustentabilidade ecológica – significa que o uso dos recursos naturais deve minimizar danos aos sistemas de sustentação da vida por meio da redução dos resíduos tóxicos e da poluição; da reciclagem de materiais e energia; da conservação; de tecnologias limpas e de maior eficiência; de regras para uma adequada proteção ambiental;

Sustentabilidade cultural – implica respeito aos diferentes valores entre os povos e incentivo a processos de mudança que acolham as especificidades locais;

Sustentabilidade espacial – abrange o equilíbrio entre o rural e o urbano, o equilíbrio de migrações, a desconcentração das metrópoles, a adoção de práticas agrícolas mais inteligentes e não agressivas à saúde e ao ambiente, o manejo sustentado das florestas e a industrialização descentralizada;

Sustentabilidade ambiental – trata da conservação geográfica, do equilíbrio de ecossistemas, da erradicação de pobreza e exclusão, do respeito aos direitos humanos e da integração social. Abarca todas as dimensões anteriores por meio de processos complexos. A discussão sobre o desenvolvimento sustentável esbarra, contudo, nas chamadas restrições biofísicas ao crescimento, pois um sistema aberto não pode existir para sempre, dado que o ambiente é finito. Segundo Georgescu-Roegen (1977), mesmo a ideia de manutenção do padrão de vida alcançado pelos países ricos não pode ser mantida indefinidamente. Daly (1993) sugeriu a condição estacionária, entendida como um estado em que a utilização de recursos da natureza serviria apenas para manter o capital e a população constantes, como estratégia para prolongar a permanência da espécie humana.

No conceito de sustentabilidade, a condição é que seja sempre garantido às gerações seguintes o somatório de três tipos de capital, considerados intercambiáveis: o capital propriamente dito, o natural/ecológico e o humano/social. (VEIGA, 2009). Esse conceito corrobora com a proposta original de Sachs (2000), o qual sugeria que o desenvolvimento sustentável somente poderia ser definido se fossem observados três requisitos fundamentais: economicamente viável, ecologicamente prudente e socialmente justo. Nesse caso, o requisito social engloba as dimensões cultural e política, e o requisito ambiental engloba as dimensões ecológica e espacial. Veiga conclui esse debate afirmando que não se deve entender a sustentabilidade como conceito, mas como um valor que reaproxima a economia da ética e a sociedade da natureza.

Nesse contexto, a sustentabilidade pode ser entendida como a ‘capacidade do meio ambiente de suprir cada recurso natural e absorver os produtos finais descartados’. Assim, a antiga noção de capacidade de suporte do ambiente deu lugar à compreensão da relação entre a biocapacidade do território e as pressões a que são submetidos seus ecossistemas, pelo aumento do consumo de energia e matéria pelas sociedades humanas e pelas decorrentes poluições.

Segundo Veiga (2009) o desenvolvimento pode se manter, mesmo que a economia não cresça indefinidamente. A simples adjetivação do desenvolvimento como ‘sustentável’ pode atrasar a transição para uma economia estacionária.

Em recente relatório elaborado pela United Nations Environment Programme – UNEP (2019) foi demonstrado que há uma forte influência da qualidade ambiental planetária na saúde e no bem- -estar da população humana. Embora o Produto Interno Bruto (PIB) planetário tenha alcançado o valor de 75 trilhões de dólares em 2017, cerca de 70% da população humana ainda vivia na pobreza. Segundo Costanza et al. (2014), a influência ambiental na vida humana pode ser dimensionada pelas perdas econômicas decorrentes da redução de serviços ecossistêmicos estimado, entre 4 a 20 trilhões de dólares no período de 1995 a 2011.

A humanidade se encontra frente ao desafio de oferecer qualidade de vida à população sem desestabilizar os processos planetários críticos. Segundo O’Neill et al. (2018), usando indicadores para mensurar um sistema de vida ‘justo e seguro’, os autores concluíram que nenhum dos 150 países estudados foi capaz de atender às necessidades básicas de suas populações mantendo um padrão sustentável de recursos. Os autores afirmam que os recursos planetários seriam suficientes para atender às necessidades básicas da população, como nutrição, saneamento, energia elétrica e eliminação da pobreza extrema, contudo, para alcançar os altos padrões de consumo seria necessária uma oferta de recursos duas a seis vezes acima dos padrões sustentáveis.

Entre os principais desafios da agricultura está a oferta de alimentos a uma população de 9,6 bilhões de pessoas em 2050, cerca de dois bilhões a mais do que a atual. Considerando ainda que essa é uma exigência ética da humanidade, além de ofertar alimentos para esse novo contingente é imprescindível também incluir as 821 milhões de pessoas que atualmente sofrem com a fome. Para responder a esse desafio é necessária a adoção de práticas mais eficientes, produtivas, sustentáveis, inclusivas e transparentes em sistemas de produção mais resilientes. (FAO, 2018).

Como a agricultura é o principal agente das transformações ambientais e ao mesmo tempo o setor mais afetado, ela é considerada a chave para o atingimento dos objetivos globais. No estudo coordenado por Rockstron et al. (2016) foi apresentado o conceito de ‘intensificação sustentável da agricultura’, que integra objetivos independentes, mas relacionados de atender às necessidades básicas da população e contribuir para o aumento da resiliência e sustentabilidade do sistema planetário.

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura – FAO (2019), a inovação tecnológica, especialmente as tecnologias disruptivas da chamada quarta revolução industrial, e principalmente a disponibilização dessas ferramentas aos diferentes modelos agrícolas, especialmente aos pequenos produtores, que têm mais dificuldade no acesso à inovação, é uma questão que obrigatoriamente faz parte da solução requerida.

Para isso é necessário garantir o acesso aos diferentes modelos de agricultura – principalmente aos pequenos produtores rurais, às tecnologias digitais, de informação, à inteligência artificial, à bio e à nano tecnologia, enfim, ao arsenal criado pelo meio científico para o aumento da produtividade e da sustentabilidade. Para isso é imprescindível capacitar os pequenos produtores para o uso das tecnologias disruptivas sob pena de se ampliar o abismo entre os atuais modelos agrícolas, que pode aumentar os graves problemas sociais hoje existentes.

As grandes transformações iniciadas pela indústria 4.0, que também foram a base da agricultura 4.0, vão se intensificar nos próximos anos por meio do uso de tecnologias digitais, como internet das coisas, big data, inteligência artificial e outras práticas digitais, como cooperação, conectividade, mobilidade, tudo com base na chamada ‘inovação aberta’, que preconiza a redução da distância entre o lado acadêmico/teórico e sua aplicação prática. Essas novas tecnologias são muito promissoras e devem resultar em importante aumento de produtividade, com consequente crescimento da sustentabilidade, principalmente pela racionalização do uso de insumos, com destaque para os fertilizantes e agrotóxicos. As imensas possibilidades de automação tendem a substituir o trabalho humano e devem ser cuidadosamente gerenciadas, pois dependendo da forma como essas tecnologias forem utilizadas elas poderão trazer grandes benefícios econômicos, associados a graves problemas sociais. (EC, 2014).

Morin (2000) encontra no significado da palavra latina complexus elementos para desenvolver a noção de complexidade. Para o autor, “Complexus significa o que foi tecido junto; de fato, há complexidade quando os elementos diferentes são inseparáveis constitutivos do todo (como o econômico, o político, o sociológico, o psicológico, o afetivo, o mitológico)”. (2000, p. 38).

Diante da complexidade das relações entre desenvolvimento, conservação, cidade e campo, torna-se evidente a necessidade de uma abordagem que transcenda a dicotomia simplista entre esses conceitos. Ao resgatar a ideia de sustentabilidade como um modelo equilibrado que engloba aspectos econômicos, sociais, culturais, políticos e ambientais, é possível vislumbrar um caminho para o desenvolvimento que priorize não apenas o crescimento econômico, mas também a justiça social e a preservação ambiental.

A abordagem proposta aqui ressalta a necessidade de uma visão transdisciplinar, que reconheça as múltiplas dimensões da sustentabilidade e promova uma integração mais harmoniosa entre diferentes setores da sociedade. Nesse sentido, é fundamental superar os estereótipos e preconceitos que muitas vezes alimentam conflitos colocando a cidade e o meio rural em campos opostos. Ao invés disso, é preciso promover uma compreensão mais ampla e inclusiva das complexas interconexões que caracterizam nossos sistemas sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais.

¹Pedagoga (PUCPR), Mestre em Educação (PUCPR), Doutora em Engenharia de Produção-Midia e Conhecimento (UFSC). ²Engenheiro Agrônomo (UFPR), Mestre em Agronomia (UFPR), Doutor em Meio Ambiente e Desenvolvimento (U

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