Texto 1 (Paródia)
Canção do Exílio
Raquel Maythenand
Minha terra não tem palmeiras
E nem sabá a cantar
As aves que aqui gorjeavam,
já foram para outro lugar.
[…]
Minha terra não tem prímores
Que tais eu encontro cá.
Ao cismar, sozinha, à noite
Não encontro mais prazer lá.
Minha terra não tem mais palmeiras
e nem sabia a cantar.
Não permita Deus que eu morra
Antes de ver o meu Brasil mudar
Onde possa ver primores, que agora não consigo enxergar
Minha terra não tem palmeiras
mas um dia ela terá.
Disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/poesias_patrioticas/2413296. Acesso em: 22.out.
Texto 2 (original)
Canção do exílio
Gonçalves Dias
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá,
As aves, que aqui gorjeam,
Não gorjeiam como lá.
[…]
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinha, à noite –
Mais prazer encontro eu lá:
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que destruite os primores
Que não encontro por cá;
Sem que inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
DIAS, Gonçalves. Cinco estrelas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. Coleção Literatura em Minha Casa.
A paródia de Maythenand aprofunda o olhar para
a natureza, devido a presença de elementos naturais.
o medo, que motivou o eu-lírico a fugir para outro lugar.