TEXTO I
Noturno de Belo Horizonte, de Mário de Andrade
Que importa que uns falem mole descansado
Que os cariocas arranhem os erres na garganta
Que os capixabas e paraoaras escancarem as vogais?
Que tem si o quinhentos réis meridional
Vira cinco tostões do rio pro Norte?
Juntos formamos este assombro de misérias e grandezas.
Brasil, nome de vegetal!... (Andrade, 1923, p. 206).
ANDRADE, Mário de. Noturno de Belo Horizonte. Revista Klaxon, n. 6, p. 206, 1923.
TEXTO II
Pronominais, de Oswald de Andrade
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.(Andrade, 2002, p. 99)
ANDRADE, O. A descoberta, Erro de Português, Vício na fala, e Pronominais. Comunicação & Educação, [S. l.], n. 24, p. 98–99, 2002. DOI: 10.11606/issn.2316-9125.v0i24p98-99. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/37442. Acesso em: 11 mar. 2024.
Considerando a prática docente e os poemas apresentados, analise as afirmativas a seguir:
I. Ambos os poemas valorizam a variação linguística presente no português falado pelos brasileiros.
II. Os textos criticam o uso da linguagem coloquial, difundida em diferentes regiões brasileiras.
III. Os poemas apresentados podem ser utilizados para o ensino da gramática da língua portuguesa.
Considerando o contexto apresentado, é correto o que se afirma em:
Selecione uma alternativa:
a)
I, apenas.
b)
I e II.
c)
I e III.
d)
II e III.
e)
I, II e III.