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PROCESSOS CONSTRUTIVOS PROCESSOS CONSTRUTIVOS Processos Construtivos Ana Paula de Sá Gonçalves Eduarda Pereira Barbosa Ana Paula de Sá Gonçalves Eduarda Pereira Barbosa GRUPO SER EDUCACIONAL gente criando o futuro A engenharia em um sentido amplo é a aplicação de métodos criados a partir de conhecimentos científ cos e empíricos para a resolução de problemas Ela é a aplica ção da ciência em benefício da sociedade A engenharia civil especif camente oferece diversas possibilidades e compete ao prof ssional da área conhecer o máximo que puder sobre elas a f m de orientar seus projetos àquilo que é mais viável Diante de um cenário tão vasto é impossível dominar todos os assuntos mas é im prescindível que o engenheiro civil desenvolva algumas habilidades como criar ana lisar f scalizar e gerir e possua determinados conhecimentos A partir do desenvolvimento dessas competências ele terá capacidade de acompa nhar as constantes mudanças nas tecnologias nos processos e nos sistemas que en volvem a indústria da construção O mercado é exigente e um prof ssional que não dá respostas rápidas às demandas acaba sendo excluído Visando munir oa alunoa de alguns desses conhecimentos essenciais e capacitá loa para acompanhar o mercado e desenvolver habilidades nessa disciplina iremos conhecer os sistemas construtivos convencionais e não convencionais as diferenças entre produtos préfabricados e exclusivamente industrializados sistemas tecnoló gicos gerenciamento e cálculo de processos construtivos padronização de custos análises de processos construtivos cálculos de perdas construtivas curvas de agre gação de recursos entre outros temas CapaformatoA5indd 13 25032021 155614 Ser Educacional 2021 Rua Treze de Maio nº 254 Santo Amaro RecifePE CEP 50100160 Todos os gráficos tabelas e esquemas são creditados à autoria salvo quando indicada a referência Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei nº 961098 e punido pelo artigo 184 do Código Penal Imagens de íconescapa Shutterstock Presidente do Conselho de Administração Diretorpresidente Diretoria Executiva de Ensino Diretoria Executiva de Serviços Corporativos Diretoria de Ensino a Distância Autoria Projeto Gráfico e Capa Janguiê Diniz Jânyo Diniz Adriano Azevedo Joaldo Diniz Enzo Moreira Ana Paula de Sá Gonçalves Eduarda Pereira Barbosa DP Content DADOS DO FORNECEDOR Análise de Qualidade Edição de Texto Design Instrucional Edição de Arte Diagramação Design Gráfico e Revisão SERENGCIVPROCONUNID1indd 2 25032021 145553 Boxes ASSISTA Indicação de filmes vídeos ou similares que trazem informações comple mentares ou aprofundadas sobre o conteúdo estudado CITANDO Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa relevante para o estudo do conteúdo abordado CONTEXTUALIZANDO Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato demonstrase a situação histórica do assunto CURIOSIDADE Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto tratado DICA Um detalhe específico da informação um breve conselho um alerta uma informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado EXEMPLIFICANDO Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto EXPLICANDO Explicação elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da área de conhecimento trabalhada SERENGCIVPROCONUNID1indd 3 25032021 145553 Unidade 1 Sistemas e materiais construtivos Objetivos da unidade 13 Sistemas construtivos convencionais 14 Concreto armado 16 Alvenaria estrutural 18 Parede de concreto 19 Madeira 20 Metal 22 Sistemas construtivos não convencionais 24 Adobe ou pau a pique 24 Bambu 26 Container 27 Produtos préfabricados e prémoldados 28 Prémoldados de concreto 29 Concreto protendido 31 Prémoldados e préfabricados de madeira 32 Préfabricados de metal 33 Sintetizando 34 Referências bibliográficas 35 Sumário SERENGCIVPROCONUNID1indd 4 25032021 145553 Unidade 2 Construção industrializada Objetivos da unidade 38 Industrialização da construção civil 39 Produtos préfabricados 41 Produtos préindustrializados 50 Sistemas de préfabricação 55 Breve histórico da préfabricação 56 Sistemas préfabricados de concreto 58 Sistemas tecnológicos 61 Sistema Camus 62 Sistema Bossert 64 Sintetizando 65 Referências bibliográficas 66 Sumário SERENGCIVPROCONUNID1indd 5 25032021 145553 Sumário Unidade 3 Planejamento e gerenciamento na construção civil Objetivos da unidade 68 Gerenciamento e planejamento das construções 69 Importância de planejar e gerenciar na construção civil 69 Principais ferramentas utilizadas 73 Curva ABC para a gestão de estoques 85 Produtividade na construção civil 87 Fatores que influenciam a produtividade 88 Indicadores de produtividade 91 Gestão dos custos construtivos 93 Importância do orçamento 93 Sintetizando 95 Referências bibliográficas 96 SERENGCIVPROCONUNID1indd 6 25032021 145553 Sumário Unidade 4 O desperdício na construção civil Objetivos da unidade 99 Gestão das perdas construtivas 100 Tipos de perdas 100 Cálculo de indicadores de perdas construtivas 104 Construção enxuta ou lean construction 107 Produção enxuta ou lean production 108 Conceitos e princípios do lean construction 109 Acompanhamento do desenvolvimento do projeto 112 Curva S de trabalho e curva S de custos 113 Curva S padrão 114 Análise de valor agregado 115 Etapas de uma obra 118 Sintetizando 122 Referências bibliográficas 123 SERENGCIVPROCONUNID1indd 7 25032021 145553 SERENGCIVPROCONUNID1indd 8 25032021 145553 A engenharia em um sentido amplo é a aplicação de métodos criados a partir de conhecimentos científi cos e empíricos para a resolução de proble mas Ela é a aplicação da ciência em benefício da sociedade A engenharia civil especifi camente oferece diversas possibilidades e compete ao profi ssional da área conhecer o máximo que puder sobre elas a fi m de orientar seus projetos àquilo que é mais viável Diante de um cenário tão vasto é impossível dominar todos os assuntos mas é imprescindível que o engenheiro civil desenvolva algumas habilidades como criar analisar fi scalizar e gerir e possua determinados conhecimentos A partir do desenvolvimento dessas competências ele terá capacidade de acompanhar as constantes mudanças nas tecnologias nos processos e nos sis temas que envolvem a indústria da construção O mercado é exigente e um profi ssional que não dá respostas rápidas às demandas acaba sendo excluído Visando munir oa alunoa de alguns desses conhecimentos essenciais e capacitáloa para acompanhar o mercado e desenvolver habilidades nes sa disciplina iremos conhecer os sistemas construtivos convencionais e não convencionais as diferenças entre produtos préfabricados e exclusivamente industrializados sistemas tecnológicos gerenciamento e cálculo de proces sos construtivos padronização de custos análises de processos construti vos cálculos de perdas construtivas curvas de agregação de recursos entre outros temas PROCESSOS CONSTRUTIVOS 9 Apresentação SERENGCIVPROCONUNID1indd 9 25032021 145553 A Deus por ter me capacitado e iluminado Aos meus pais Cleuza e Márcio in memorian pelo incentivo e confi ança Aos meus irmãos Leonardo e Rodrigo por me entenderem e apoiarem sempre Ao meu mentor Carlos Maciel que me encorajou e estimulou E à Débora Borges que me descobriu pelo LinkedIn A professora Ana Paula de Sá Gon çalves é especialista em Segurança do Trabalho 2008 e Engenharia Sanitária e Ambiental 2004 pela Universidade Vale do Aço UNILESTE É graduada em Engenharia Civil pela Universidade Vale do Rio Doce UNIVALE 1997 Atua no setor de construção civil com demandas em engenharia e segurança do trabalho há mais de 20 anos Traba lhou com atividades operacionais ten do sido responsável pelos processos administrativos logísticos e operacio nais envolvidos em projetos com foco principal no escopo e cronograma do cliente Currículo Lattes httplattescnpqbr3246405049348754 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 10 A autora SERENGCIVPROCONUNID1indd 10 25032021 145554 Dedico este trabalho a Deus pela vida e forças para trabalhar todos os dias A meus familiares a todos que incentivaram minha vida acadêmica e aos meus alunos que são a principal fonte de motivação para ser uma profi ssional melhor a cada dia A professora Eduarda Pereira Barbosa é mestra em Engenharia Civil com ênfase em Materiais Regionais e Não Convencio nais Aplicados a Estruturas e Pavimentos pela Universidade Federal do Amazonas UFAM 2019 e graduada em Engenharia Civil pelo Centro Universitário do Norte UniNorte 2017 Tem experiência como professora conteudista para instituições de ensino superior e é professora de cursos técnicos nas disciplinas de Mate riais de Construção Mecânica dos Solos e Pavimentação Topografi a Estruturas de Concreto Instalações Elétricas Ins talações Hidrossanitárias Tecnologia da Construção e Segurança do Trabalho entre outras Currículo Lattes httplattescnpqbr0366793836548985 A autora PROCESSOS CONSTRUTIVOS 11 SERENGCIVPROCONUNID1indd 11 25032021 145555 SISTEMAS E MATERIAIS CONSTRUTIVOS 1 UNIDADE SERENGCIVPROCONUNID1indd 12 25032021 145615 Objetivos da unidade Tópicos de estudo Aprender sobre sistemas construtivos convencionais Aprender sobre sistemas construtivos não convencionais Diferenciar produtos préfabricados dos industrializados Sistemas construtivos conven cionais Concreto armado Alvenaria estrutural Parede de concreto Madeira Metal Sistemas construtivos não con vencionais Adobe ou pau a pique Bambu Container Produtos préfabricados e prémoldados Prémoldados de concreto Préfabricados ou exclusiva mente industrializados Concreto protendido Prémoldados e préfabrica dos de madeira Préfabricados de metal PROCESSOS CONSTRUTIVOS 13 SERENGCIVPROCONUNID1indd 13 25032021 145615 Sistemas construtivos convencionais O processo construtivo acontece a partir do conhecimento aplicado e é motiva do pela necessidade Ao longo do tempo ele evoluiu para atender às novas e mais complexas necessidades da sociedade e às necessidades básicas que pediam por maior efi ciência Hoje já é possível construir uma casa em poucas horas dependen do da tecnologia dos recursos naturais e do investimento que se têm disponíveis Para melhorar entendermos o que são sistemas construtivos é importante co meçar conceituando processo sistema e construção Processo maneira de se fazer alguma coisa procedimento ou processo de criação Ação contínua e prolongada que expressa continuidade na realização de determinada atividade Sistema reunião dos elementos que concretos ou abstratos interligamse de modo a formar um todo organizado Também pode signifi car qualquer con junto constituído por elementos ou seções que se interrelacionam como um sistema estrutural Construção ação de construir de dar forma a algo geralmente partindo de um plano ou projeto elaborado com antecedência No caso da edifi cação é uma cons trução como a de um complexo de apartamentos Sistemas Basicamente tudo que está ao nosso redor faz parte de um sistema Sis temas podem assegurar serviços gerar segurança e garantir estabilidade por exemplo e podem ser artifi ciais ou naturais Quando analisamos alguns dos sistemas conhecidos observamos que só existem sistemas se houverem conjuntos O sistema construtivo por exemplo é formado por fundações pilares vigas lajes vedações e coberturas Um sistema só tem função se todos os seus componentes elementos ou agentes atuarem juntos e sincronizados Cada um assume sua função colabora com os demais e faz com que o conjunto seja harmônico O sistema construtivo é o tipo de tecnologia e método que serão utiliza dos para construção de uma edifi cação Para cada tipo de método construtivo é aplicado uma tecnologia antes de escolher um dos modelos construtivos como em concreto em madeira ou em metal é necessário um estudo a fi m de entender qual método é o mais adequado PROCESSOS CONSTRUTIVOS 14 SERENGCIVPROCONUNID1indd 14 25032021 145615 A escolha do sistema construtivo é pautada pela análise dos cenários como o projeto arquitetônico e o ambiente A ponte Vasco da Gama em Portugal Figura 1 foi construída em concreto armado e atirantada por cabos de aço Devido ao terremoto ocorrido em Lisboa em 1755 avaliado em 87 da es cala Richter a ponte foi construída com capacidade cinco vezes maior do que a necessária para suportar o terremoto ocorrido a fim de resistir a abalos sísmi cos e suportar velocidade de ventos de 250 kmh É inconcebível pensar em um sistema construtivo de madeira para um cenário como esse Figura 1 Ponte estaiada Vasco da Gama sistema construtivo de concreto Fonte Shutterstock Acesso em 1102020 Tecnologia Tecnologia por definição é uma técnica ou conjuntos de técnicas que parte do domínio sobre um assunto instrumento ou ofício A tecnologia surge a par tir da necessidade e do desejo de desenvolver uma nova forma de se realizar uma tarefa ou criar algo novo Ela não é necessariamente algo exclusivo e inédito mas dá novos signi ficados e possibilita novas formas de se executar um serviço de forma ágil e gerando menos resíduos por exemplo A tecnologia deve preferencialmente gerar valor Usar tábuas junto ao barro em algumas das primeiras construções feitas pelos seres humanos era usar tecnologia Elas permitiam que o modelo cons trutivo tivesse maior estabilidade e possibilitou que as paredes da construção fossem mais altas e trincassem menos PROCESSOS CONSTRUTIVOS 15 SERENGCIVPROCONUNID1indd 15 25032021 145624 ASSISTA Uma das mais recentes e interessantes tecnologias usadas na construção é das casas feitas com uma estrutura préfabricada desdobrável Por conta de um tufão que devastou uma região das Filipinas um grupo de arquitetos e designers criou o projeto Casa Borboleta a fi m de criar residências que atendessem de forma rápida e efi ciente aos desabrigados O projeto produziu casas préfabricadas que só precisam de 15 minutos e três ou quatro pessoas para serem montadas Veja como funciona a tecnologia no vídeo Uma casa desdobrável em 15 minutos hitech postado pelo canal Euronews Quando se fala em tecnologia devese pensar em investimento seja inte lectual ou fi nanceiro Então sistema construtivo é defi nir qual tecnologia será adotada para a construção Escolhida a tecnologia escolhemse os elementos materiais que serão empregados nessa construção A Figura 2 mostra um sistema construtivo de concreto que usa a tecnologia de préfabricado Figura 2 Sistema construtivo de concreto préfabricado Fonte Adobe Stock Acesso em 1102020 Concreto armado A tecnologia mais usual para a construção civil é o armado um tipo de tec nologia que utiliza cinco materiais areia brita cimento água e aço PROCESSOS CONSTRUTIVOS 16 SERENGCIVPROCONUNID1indd 16 25032021 145634 A parte do concreto é composta de areia brita cimento e água e ele se torna armado quando é utilizado aço na estrutura da construção A combinação desses elementos permite ao sistema estrutural do concreto armado resistir a compressões e trações O concreto é resistente a com pressões e não resiste bem a trações e é aí que a ferragem entra auxi liando a resistir às trações formando uma combinação é quase perfeita O que torna o concreto armado o sistema construtivo mais usual é a facilidade na aquisição dos seus materiais sua empregabilidade na obra e facilidade em ser moldado fatores que o tornam de baixo custo quando comparado aos demais Em contrapartida controlar a qualidade a quantidade gera da de resíduos e ter formas e tamanhos geométricos restritos deixam esse sistema em desvantagem considerável dependendo do empreendimento Outro problema com esse modelo construtivo é a mão de obra que geralmente não é qualificada o que leva a vários problemas construtivos patoló gicos e de instabilidade O sistema construtivo em concreto armado é considerado convencio nal quando usa elementos como fundações pilares vigas e lajes todos em concreto armado in loco e cada um desses elementos tem seu papel bem definido A função da laje é receber cargas de todos os objetos que estão deposi tados sobre ela e lançálas sobre as vigas As lajes podem servir somente de cobertura caso em que lançam sobre as vigas somente a carga do seu próprio peso As vigas recebem cargas das paredes das lajes somadas ao seu pró prio peso e as descarregam sobre os pilares Os pilares lançam todas as cargas nas fundações que por sua vez distribuem todas essas cargas re cebidas para o solo Em um sistema convencional a retirada de um desses elementos fina lizada a obra levará ao colapso parcial ou total da edificação Não existe emenda e os reparos geralmente são caros A Figura 3 apresenta um sis tema construtivo convencional de concreto armado PROCESSOS CONSTRUTIVOS 17 SERENGCIVPROCONUNID1indd 17 25032021 145634 Figura 3 Sistema construtivo convencional em concreto armado Fonte Shutterstock Acesso em 1102020 O processo construtivo desse sistema é executado por partes Primeiro são feitas as fundações depois todos os pilares sobre os quais são feitas as vigas e por fi m as lajes O processo se repete na sequência até que se atinja a altura projetada para a edifi cação Concluída a estrutura executase a alvenaria de vedação esquadrias e facha da Outro processo construtivo bastante executado consiste em erguer a alvena ria de vedação junto com estrutura da edifi cação com o intuito de economizar forma de fundos na execução das vigas Nesse caso estamos considerando que a alvenaria será executada com tijolos cerâmicos ou blocos de concreto Esse méto do não se aplica a fachadas com vidro por exemplo Como a alvenaria não é considerada estrutural ela pode sofrer algumas alte rações como abertura ou ampliação de vãos não previstos em projeto Vale res saltar que seguir o projeto é o recomendado e toda alteração deve ter o consen timento dos projetistas Alvenaria estrutural Esse modelo construtivo utiliza a vedação como estrutura ou parte dela A vedação pode ser de bloco de concreto ou de cerâmica e dentro das aberturas dos blocos são colocadas as ferragens formando as vigas e os pilares A alve naria servirá de forma e de estrutura simultaneamente A Figura 4 mostra um exemplo de alvenaria estrutural PROCESSOS CONSTRUTIVOS 18 SERENGCIVPROCONUNID1indd 18 25032021 145642 Figura 4 Sistema construtivo convencional em alvenaria estrutural Fonte Shutterstock Acesso em 1102020 O processo construtivo desse sistema é executado de uma vez só ou seja ao assentar os blocos já se executam as vigas e pilares ao mesmo tempo Assim é pra ticamente impossível executar aberturas não previstas em projeto Como as pare des são a estrutura da edifi cação aberturas podem colapsar toda a estrutura Até aberturas para tubulação que são muito usuais na estrutura de concreto armado convencional fi cam comprometidas nesse sistema As principais vantagens desses sistemas construtivos são a redução de formas a limpeza no canteiro de obras e o menor desperdício de materiais Como desvanta gem podemos citar a falta de mão de obra especializada tanto projetistas quanto executores a limitação estética e a necessidade de cumprir à risca o projeto Parede de concreto Esse sistema construtivo vem se destacando em obras residenciais e vem ganhan do espaço em empreendimentos de larga escala com alta repetitividade de projetos O processo construtivo é executado in loco Sobre as fundações constróise uma parede totalmente de concreto que assume função de pilar viga ou viga pilar Sobre essa parede de concreto lançase a laje geralmente de concreto armado A estrutura se repete até que chegue na altura defi nida em projeto Entre as vantagens do sistema estão a velocidade na execução o controle da qualidade o cumprimento de prazos e a existência de mão de obra qualifi ca da Entre as desvantagens destacamse o consumo de formas o alto custo no PROCESSOS CONSTRUTIVOS 19 SERENGCIVPROCONUNID1indd 19 25032021 145648 caso de reformas ou reparos o não oferecimento de bom isolamento térmico e acústico e o fato de a demolição de paredes ser totalmente vedada Figura 5 Sistema construtivo convencional em paredes de concreto Fonte Shutterstock Acesso em 1102020 ASSISTA Veja mais sobre paredes de concreto no vídeo Sistema constru tivo parede de concreto postado pelo canal Tvdaobra O vídeo mostra que o método construtivo foi utilizado para revitalizar o Complexo da Penha no Rio de Janeiro Madeira A madeira é usada em construções há muito tempo e por diversos povos mui tas vezes de forma artesanal Figura 6 Sistema construtivo convencional em madeira Fonte Adobe Stock Acesso em 1102020 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 20 SERENGCIVPROCONUNID1indd 20 25032021 145703 A escolha desse sistema construtivo está geralmente ligada a gostos particulares à abundância do material ou ao aspecto cultural É mais co mum encontrarmos construções assim no Sul do Brasil do que no Sudeste por exemplo É pouco provável encontrar uma edificação de madeira em um centro urbano elas são encontradas com maior frequência na zona rural em bairros estritamente familiares Nos EUA e no Canadá esse sistema é largamente utilizado Enquanto no Bra sil a sua utilização mais comum é para fins residenciais de no máximo dois pavi mentos nesses outros países vemos hotéis e edifícios comerciais em madeira O edifício em madeira mais alto do mundo está no Canadá e é comercial Assim como o sistema de concreto o de madeira também é composto por pilares vigas e lajes assoalhos A estabilidade da edificação será garantida a partir da dimensão das peças e do tipo de madeira Os esforços cortantes e a flambagem serão combatidos pela fibra da madeira seu corte deve seguir o direcionamento onde a fibra apresenta maior desempenho e há outros ele mentos que auxiliam nessa estabilidade como a utilização de cabos de aço A madeira é considerada o melhor material quando falamos de acústica e de conforto térmico Seu aspecto aconchegante e acolhedor é marcante Outra característica bem marcante é o conceito de obra limpa além de gerar pouco resíduo a execução é ágil e não demanda tempo de cura como no sistema de concreto Sua capacidade de vencer grandes vãos permite maior liberdade para pro jetar Como seu peso específico é baixo construir com madeira gera uma carga menor e consequentemente fundações mais leves O grande entrave em construir com madeira está ligado à procedência Para construir com madeira é necessário ter certificação pois usar madeira sem autorização é crime ambiental No Brasil as empresas que investem nesse seg mento usam perobarosa rosadinho itaúba angicopreto eucalipto e taipa sendo que no Sul do Brasil é muito utilizado o pinhodoparaná Outras des vantagens para o uso da madeira são a ausência de mão de obra qualificada a manutenção a conservação e o preço O processo construtivo segue os demais sistemas fundação pilares vigas e assoalho piso Geralmente em seu fechamento lateral usase a própria ma deira mas ele aceita bem qualquer outra tecnologia de vedação A cobertura PROCESSOS CONSTRUTIVOS 21 SERENGCIVPROCONUNID1indd 21 25032021 145703 geralmente tem estrutura de madeira com telha de cerâmica ou fi brocimento A fi xação das peças é realizada por parafusos eou cortes de encaixe Depen dendo do vão é necessário o travamento por cabos de aço Assim como no sistema de concreto as edifi cações construídas com ma deira podem ser mescladas com o concreto ou com metal O sistema cons trutivo é defi nido pelo gosto pessoal pelo tempo e pelos custos O gosto do cliente deve ser considerado e cabe ao projetista orientálo sobre as vanta gens e desvantagens Metal O sistema construtivo metálico assim como os anteriores é formado por fundações pilares vigas e lajes É muito comum em prédios comerciais tanto verticais quanto horizontais Como esse sistema é muito utilizado em fábricas e galpões ele não é tão apreciado para fi ns residenciais Pes soas com gostos contemporâneos apreciam mais esse modelo O prédio metálico mais famoso é sem dúvida o Empire State Building construí do na década de 1930 e considerado até 1970 o prédio mais alto do mundo O que garante resistência ao sistema construtivo metálico é o teor de carbono utilizado que alinhado ao dimensionamento da estrutura dá inúmeras possibili dades ao arquiteto na criação Mesmo tendo robustez na estrutura esse sistema construtivo é mais leve do que o de concreto o que garante fundações mais leves As vantagens nesse modelo construtivo são otimização de espaços agili dade na execução da obra controle de qualidade confi abilidade e padrão das peças construção limpa ambiente de trabalho mais enxuto e cadeia consoli dada de reciclagem As desvantagens são falta de mão de obra especializada falta de conforto acústico e custos elevados Em regiões litorâneas a corrosão é um fator que agrava a escolha desse sistema PROCESSOS CONSTRUTIVOS 22 SERENGCIVPROCONUNID1indd 22 25032021 145711 Os fechamentos laterais para o modelo construtivo são diversos vedação tradicional com tijolos vidro folhas metálicas placas cimentícias entre outros Vale ressaltar que o fechamento lateral ou acabamento externo devem ser de finidos ainda em projeto O processo construtivo metálico se inicia a partir da fixação das peças com parafusos ou solda Dependendo do vão a estabilidade da estrutura é garan tida por cabos de aço Esse sistema aceita como pisos laje de concreto e assoalho de madeira ou me tálico A escolha é feita a partir da carga que incidirá sobre esse pavimento os custos e a acústica e o piso escolhido deve ser contemplado na fase de projeto Figura 7 Sistema construtivo convencional em metal Fonte Adobe Stock Acesso em 1102020 Vale destacar que uma construção erguida pelo sistema metálico ou de madeira permite reaproveitamento enquanto na de concreto não há essa possibilidade As sim escolher esse sistema para canteiros de obras é a melhor opção Vimos que no sistema convencional de construção a combinação de elementos é possível A decisão de usar mais de um tipo de material depende de custos do projeto arquitetônico do desejo do cliente e do prazo de entrega Algumas combinações não são observadas ou indicadas pro vavelmente não existirá uma estrutura de madeira com laje de concreto assim como uma estrutura de concreto e piso de madeira pois os esforços as movimentações e as dilatações são distintas entre esses materiais As patologias que surgirão em função dessas combinações não se justificam PROCESSOS CONSTRUTIVOS 23 SERENGCIVPROCONUNID1indd 23 25032021 145720 Sistemas construtivos não convencionais Sistemas construtivos não convencionais são aqueles de uso incomum e que por vezes são totalmente artesanais As construções de pau a pique de bambu tapumes adobe e em garrafas PET são alguns dos tipos de sistemas não convencionais A escolha do sistema construtivo está ligada a costumes cultura poder aquisitivo tipo de edifi cação tempo de execução custos e autorizações Esco lher o sistema é a decisão mais importante a ser tomada antes de se iniciar a obra pois uma decisão mal tomada interferirá no custo no tempo de execução da obra e na sua aparência É preciso averiguar a disponibilidade do material que será usado na região da construção assim como se há autorização legal para se realizar um determi nado tipo de construção em uma região específi ca Mesmo em sistemas não convencionais a estabilidade é chave e precisa ser garantida desde o solo até a maneira com que se unem os materiais escolhidos Adobe ou pau a pique O modelo construtivo mais antigo ainda existente no Brasil é o pau a pique A maioria dessas edifi cações está localizada em locais de difícil acesso abri gando famílias muito pobres A chave nesse caso é o baixo poder aquisitivo pois essas edifi cações são feitas com elementos que existem no entorno da construção e não necessitam e mão de obra qualifi cada Há construções de pau a pique que estão próximas a cidades e que têm acesso fácil ao comércio local por exemplo mas isso não quer dizer que as condições fi nanceiras dos proprietários das construções sejam melhores Por vezes os municípios não investem em moradia social Em alguns casos os mo radores nasceram e cresceram em lugares assim e isso acaba ganhando uma importância cultural e de segurança O processo construtivo ocorre com as casas geralmente sendo fi xadas em solo duro próprio da região A estrutura pode ser erguida de duas formas sa bendo que para ambas serão usados barro madeira como o bambu ou outra madeira nativa e cipó PROCESSOS CONSTRUTIVOS 24 SERENGCIVPROCONUNID1indd 24 25032021 145720 Primeira forma de se construir Com o barro úmido fazse a primeira camada da edificação e sobre ela co locamse tiras de bambu A espessura é em torno de 15 cm Essas camadas se repetem até a altura do telhado Geralmente são estruturas baixas em torno de 19 m de altura A estabilidade é garantida por meio dos bambus na vertical servindo de pilar que são amarrados com cipó Nos cantos usase um bambu inteiro roliço também na vertical Segunda forma de se construir Fazse uma caixa de madeira entrelaçada que é fixada no chão e preen chida com barro ou utilizando chapisco Neste caso é necessário ter uma tela que servirá de forma Utilizase folha de bananeira ou de palmeira para formar essa tela Figura 8 Sistema construtivo não convencional em pau a pique Fonte Adobe Stock Acesso em 1102020 É importante se atentar que a segurança acontece devido ao emaranha do de madeira combinado com a textura da argila e a boa amarração Não é qualquer argila que tem como propriedade a adesão essa argila geralmente é pegajosa com grãos finos Enquanto nas estruturas de concreto o estribo tem a finalidade de su portar o esforço transverso da estrutura apoiar e manter a armadura longi tudinal durante o processo de betonagem nesse modelo construtivo o cipó é que assumirá essa função Quanto mais amarras tiver a estrutura mais estável ela ficará PROCESSOS CONSTRUTIVOS 25 SERENGCIVPROCONUNID1indd 25 25032021 145727 EXPLICANDO Estribo é a armadura longitudinal do elemento viga ou pilar Bambu A arte de construir com bambu é milenar Na Ásia em especial na China cons truir com bambu é tradição Os chineses têm diversas pontes espetaculares cons truídas com bambu e o Taj Mahal na Índia tem sua cúpula construída com bambu Figura 9 Sistema construtivo não convencional em bambu Fonte Adobe Stock Acesso em 1102020 Além de ser considerado totalmente ecológico a velocidade de reprodução do bambu é alta e o aproveitamento é total É um material de valor econômico baixo por isso é muito utilizado no continente africano onde há muitas regiões de condições economicamente desfavorecidas No mundo são encontradas cerca de 1300 espécies de bambu com cores variadas e alturas que podem chegar a 40 metros O bambu apresenta alta resistência mecânica o que lhe confere propriedade estrutural Não há concor rente no meio vegetal com características tão interessantes quanto o bambu O sistema construtivo utilizando bambu segue como os demais os pilares e vigas são feitos com peças de diâmetro maior ou um feixe de bambus com diâ metros menores O piso pode ser esteira ou de bambu roliço e toda a estrutura pode ser amarrada com cipó ou cordas aparafusada ou com encaixe PROCESSOS CONSTRUTIVOS 26 SERENGCIVPROCONUNID1indd 26 25032021 145734 Antes de escolher esse sistema é importante contratar um projetista especialista no material e mão de obra qualificada para a execução É imprescindível saber onde há fornecedor As vantagens des se sistema são a sua sustentabilidade a inte gração com o meio ambiente e o desempenho termoacústico As desvantagens são a ausência de mão de obra especializada e a falta de oferta do produto dependendo da região onde será erguida a construção Apesar de ser bem resistente à umidade o bambu requer manutenção e conservação além de tratamento prévio Container O container utilizado para transportar mercadorias se transformou em tendência inovadora de moradia Muito utilizado como escritório em can teiro de obras é considerado uma excelente alternativa construtiva pois permite montagem e desmontagem rápida permitindo reutilização O container é uma caixa de metal desmontável e que vem sendo adap tado para gostos mais modernos e práticos Apesar da ideia ter ganhado visibilidade nos anos 1990 na Inglaterra o container já aparecia em am bientes como restaurantes desde 1850 quando algumas pessoas cons truíam em vagões de trem que têm a mesma estrutura Os arquitetos ao verem os containers abandonados tiveram a ideia de utilizálos de forma mais estilizada As vantagens em usar esse tipo de construção são obra limpa e sustentável execução rápida terraplanagem e funda ção econômica baixo custo e durabilidade As desvantagens em escolher essa cons trução são transporte carregamento e descarregamento falta de mão de obra especializada necessidade de tra tamento térmico e acústico e difi culdade para conseguir fi nanciamento PROCESSOS CONSTRUTIVOS 27 SERENGCIVPROCONUNID1indd 27 25032021 145734 Figura 10 Sistema construtivo não convencional em container Fonte Shutterstock Acesso em 1102020 Produtos préfabricados e prémoldados Os produtos prémoldados e préfabricados têm história desde a Segunda Guerra Mundial O surgimento desses sistemas se deu a partir da necessida de de vencer grandes vãos onde a locação de pilares era inviável onde havia a aceleração do processo construtivo e onde o sistema tradicional impactava no cotidiano da cidade Os produtos prémoldados são fabricados fora da obra Não possuem controle de qualidade rigoroso cabendo ao construtor empresa construtora eou ao proprietário a inspeção e fi scalização das peças Os produtos préfabricados ou também chamados de exclusivamen te industrializados também são construídos fora da obra O controle de qualidade é rigoroso as etapas de fabricação têm testes de qualidade O processo como um todo tem registros como a data de fabricação e o tipo de concreto e de aço usados Dessa forma toda a inspeção e fi scalização é garantida pela fábrica Os produtos prémoldados eou préfabricados são encontrados no mer cado em concreto madeira e metal tanto para estruturas quanto para fecha mentos telhados e acabamentos PROCESSOS CONSTRUTIVOS 28 SERENGCIVPROCONUNID1indd 28 25032021 145737 Os préfabricados de plástico estão surgindo bem timidamente no mer cado Apesar se ser uma tecnologia pouco sustentável ela pode ser encon trada em blocos de plástico reciclável porém ainda encontra resistência e a maioria dos produtos é utilizada como acabamento fechamento de paredes e telhado Prémoldados de concreto Os produtos prémoldados podem ser divididos em dois tipos com fun ção estrutural e sem função estrutural Produtos estruturais As lajes maciças ou treliças e os blocos estruturais são exemplos desses produtos São considerados estruturais por serem um dos elementos do sis tema ou seja a sustentação ou travamento da estrutura depende deles A laje como já foi dito é o elemento que receberá as cargas de pessoas e obje tos e o bloco estrutural assume função de viga e pilar Figura 11 Sistema construtivo prémoldado laje moldada Fonte Adobe Stock Acesso em 1102020 Produtos não estruturais Geralmente são utilizados para fechamento ou vedação não oferecem re sistência à compressão eou tração Mesmo se forem retirados da construção ela não entrará em colapso PROCESSOS CONSTRUTIVOS 29 SERENGCIVPROCONUNID1indd 29 25032021 145743 Figura 12 Sistema construtivo prémoldado bloco de concreto não estrutural Fonte Shutterstock Acesso em 1102020 Figura 13 Sistema construtivo préfabricado laje protendida Fonte Adobe Stock Acesso em 1102020 Préfabricados ou exclusivamente industrializados Os produtos préfabricados vêm ganhando espaço na construção civil em especial nos grandes centros Ainda é um modelo com custo elevado A localização da indústria o transporte o carregamento e descarrega mento a mão de obra e o controle de qualidade são alguns dos fatores que oneram a sua utilização A questão cultural também é um fator considerável A carência de pro fissionais que dominam o assunto contribui para falta de disseminação da tecnologia PROCESSOS CONSTRUTIVOS 30 SERENGCIVPROCONUNID1indd 30 25032021 145755 Por usar tecnologia altamente controlada os produtos préfabricados oferecem durabilidade economia rapidez e limpeza no canteiro O merca do dos préfabricados oferta de fundação a acabamento ou seja produtos estruturais e não estruturais Apesar do crescimento dos préfabricados para fi ns residenciais eles ainda têm maior utilização em obras comerciais e em instalações urbanas Os préfabricados em concreto também se destacam com relação ao uso de madeira e de aço A escolha está relacionada a diversos fatores como a versatilidade No caso do concreto sua disponibilidade é maior o que o torna mais acessível e com custo menor Os produtos préfabricados vêm apresentando alta tecnologia efi ciência e beleza sendo também utilizados para fechamento acabamento e telha do À medida que o uso for empregado em larga escala a tendência é que os custos baixem tornando seu uso acessível Concreto protendido Vamos entender primeiro a diferen ça entre concreto armado e protendi do O concreto armado é aquele que possui uma estrutura de concreto e aço por dentro O concreto protendido além de possuir concreto e aço no in terior possui cabos de aço tracionados e ancorados no próprio concreto Esses cabos de aço proporcionam à estrutura um aumento da resistência à tração O concreto protendido existente no Brasil desde o século XIX começou a ser usado a partir da necessidade de vencer grandes vãos Com essa tec nologia é possível prever uma elevada carga de fl exão o que para projetos estruturais é um ganho altíssimo As estruturas protendidas são utilizadas em geral para grandes constru ções como pontes viadutos vigas em balanço e lajes com grandes vãos PROCESSOS CONSTRUTIVOS 31 SERENGCIVPROCONUNID1indd 31 25032021 145800 Figura 14 Ponte estaiada com concreto protendido Fonte Adobe Stock Acesso em 1102020 As vantagens em escolher essa tecnologia são Redução de esforços cortantes e tensões de tração possibilitando pe ças mais esbeltas Controle e redução de fissurações e deformações já que a produção é totalmente industrializada Maior impermeabilização A grande desvantagem é o alto custo de produção de mão de obra es pecializada de controle tecnológico e de transporte No Brasil a última obra projetada por Oscar Niemeyer foi o Palácio Ti radentes sede do governo do estado de Minas Gerais situado em Belo Horizonte O Palácio Tiradentes tem o maior vão livre flutuante do mundo Executado em concreto protendido e aço o prédio é sustentado por tirantes metálicos presos à cobertura que está sustentada por pórticos metálicos Prémoldados e préfabricados de madeira Falar de prémoldados e préfabricados de madeira signifi ca dizer que toda a madeira utilizada na construção foi cortada e moldada no formato defi nido no projeto Desta forma temse um tronco circular que será cortado em uma peça quadrada ou retangular PROCESSOS CONSTRUTIVOS 32 SERENGCIVPROCONUNID1indd 32 25032021 145806 Com o bambu não há essa possibilidade Então o que torna a madeira um pro duto prémoldado ou préfabricado é essa transformação do formato natural Ir a uma loja que vende madeira comprar caibros ripas peças que servi rão de pilar e vigas tábuas para o piso e forro não confi gura uma construção prémoldada de madeira Essas atividades remetem a um sistema construtivo convencional de madeira A madeira como prémoldado tem fabricação padrão só se encontra por catálogo e é oferecida ao mercado com tamanho prédefi nido Podese dizer ainda que se compra esse material por módulos Já a utilização da madeira como acabamento fecha mento de paredes piso janelas e portas apresenta uma gama maior de produtos por catálogo Dessa for ma o projetista tem mais liberdade para criar Préfabricados de metal O metal assim como a madeira é bem limitado quando o assunto é seu uso como préfabricado O produto tem preço atrativo quando é oferta do por catálogo A indústria defi ne o padrão e o projetista apresenta um produto praticamente pronto para o cliente sem identidade Para fecha mentos revestimentos e acabamen tos sua utilidade é fantástica O prazo de entrega canteiro de obra limpo e desperdício quase zero tor nam esse produto bastante interessante Nos grandes centros sua utilização está bastante difundida mas há muito o que evoluir A Figura 15 mostra a estrutura de casa préfabrica da em metal Os vãos de portas e janelas são defi ni dos pelo fabricante e não pelo projetista que tem a liberdade de defi nir apenas quantas aberturas quer no vão Figura 15 Estrutura de casa préfabricada em metal Fonte Shutterstock Acesso em 1102020 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 33 SERENGCIVPROCONUNID1indd 33 25032021 145813 Sintetizando Nessa unidade vimos as diferenças entre processo sistema e construção A partir desses conceitos fica clara a interligação das etapas de uma construção desde a concepção até a execução Conhecemos os sistemas construtivos mais usuais concreto armado madeira e aço assim como os sistemas não tão usuais como em pau a pique Também estudamos os sistemas prémoldados e préindustrializados A escolha do processo construtivo é extremamente importante Ela interfere no custo da construção no tempo de execução e na estética do empreendimento Destacamos o quanto a tecnologia contribui para a evolução da construção civil sobretudo por meio de novos materiais e formas de executar projetos É dever do engenheiro civil demonstrar ao empreendedor todas as vantagens ou desvantagens dos sistemas construtivos disponíveis conduzindo à escolha da forma que melhor atenda ao gosto pessoal do cliente aos critérios de segurança à estabilidade à economia à sustentabilidade e à viabilidade PROCESSOS CONSTRUTIVOS 34 SERENGCIVPROCONUNID1indd 34 25032021 145813 Referências bibliográficas ARCHTRENDS PORTOBELLO Construção em container vale a pena usar essa tendência Disponível em httpsarchtrendscomblogconstrucaoemcon tainer Acesso em 1 out 2020 CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CBIC Desempenho de edificações habitacionais guia orientativo para atendimento à norma ABNT NBR 155752013 Fortaleza Gadioli Cipolla Comunicação 2013 NOVELLI R P Quais são os tipos de tecnologia construtiva estrutural Noves Engenharia Disponível em httpswwwnovesengenhariacombrtecnolo giaconstrutivaestrutural Acesso em 1 out 2020 SISTEMA construtivo parede de concreto Postado por Ttvdaobra 04 min 01s son color port Disponível em httpswwwyoutubecomwatchvzvz fhVcE92Q Acesso em 1 out 2020 UMA casa desdobrável em 15 minutos hi tech Postado por Euronews 02 min 00s son color port Disponível em httpswwwyoutubecomwatch vEna9awWCzxo Acesso em 1 out 2020 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 35 SERENGCIVPROCONUNID1indd 35 25032021 145813 CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA 2 UNIDADE SERENGCIVPROCONUNID2indd 36 25032021 151256 Objetivos da unidade Tópicos de estudo Conhecer os principais produtos préfabricados de concreto aço e madeira Conhecer os principais produtos préindustrializados utilizados nos sistemas drywall light wood frame e light steel frame Compreender o funcionamento dos principais sistemas de préfabricação de concreto Compreender os conceitos a respeito dos sistemas Camus e Bossert Industrialização da construção civil Produtos préfabricados Produtos préindustrializados Sistemas de préfabricação Breve histórico da préfabricação Sistemas préfabricados de concreto Sistemas tecnológicos Sistema Camus Sistema Bossert PROCESSOS CONSTRUTIVOS 37 SERENGCIVPROCONUNID2indd 37 25032021 151256 Industrialização da construção civil A indústria da construção civil é reconhecida por ainda empregar proces sos produtivos considerados artesanais principalmente quando comparada a outras indústrias Isso é infl uenciado por conta das características das edifi ca ções pois diferentemente de outras indústrias o produto fi nal é considerado único pois difi cilmente uma edifi cação é igual a outra Quando um produto é único são necessários processos específi cos para sua obtenção o que difi culta a produção racionalizada e em série Isso se refl ete em uma indústria que apresenta grandes desperdícios e per das de materiais marcada por custos de produção elevados e baixo nível de pla nejamento baixa qualifi cação da mão de obra baixo desempenho ambiental e grande incidência de manifestações patológicas Em comparação com a constru ção civil dos Estados Unidos e Europa a construção civil brasileira necessita de aumentar a sua produtividade promover inovações e a racionalização e padro nização na produção ABDI 2015 Segundo Spadeto 2011 a construção civil tem uma série de características relativas a seu processo produtivo Características nômades difi cultam a repetição e manutenção dos pa drões de qualidade com a difi culdade de manutenção das matériasprimas e processos utilizados Os produtos da construção são únicos e difi cilmente ocorrem repetições conforme relatado anteriormente Produção centralizada na qual o produto é fi xo e os trabalhadores mo vemse em torno dele É uma indústria bastante conservadora e resistente a grandes mudanças Uso de mão de obra com pouca qualifi cação e de caráter bastante rotativo Locais de trabalho sujeitos à ação das intempéries que muitas vezes in terrompem o andamento das obras Apresentam menor grau de precisão o que a torna demasiadamente fl exível Com o passar dos anos a construção civil tem buscado empregar processos para otimizar sua produção via industrialização A industrialização pode ser considerada o estágio mais elevado de processos construtivos É um proces so relacionado à fabricação dos componentes em indústrias montagem nos PROCESSOS CONSTRUTIVOS 38 SERENGCIVPROCONUNID2indd 38 25032021 151256 canteiros de obras assemelhandose a uma linha de produção ABDI 2015 Envolve o processo produtivo de forma repetitiva no qual a variabilidade en volvida nas construções em que prevalecem técnicas artesanais é substituída por ações coordenadas e predeterminadas A industrialização pode ser alcan çada plenamente apenas após as fases de racionalização e mecanização da produção A racionalização está ligada à otimização dos recursos sejam eles financeiros humanos materiais ou tecnológicos Por sua vez a mecanização está relacionada à produção em massa das construções SPADETO 2011 CURIOSIDADE A evolução da industrialização é dividida em três fases a primeira está relacionada à Revolução Industrial com o surgimento das máquinas a se gunda fase está relacionada ao ajuste dos mecanismos para a execução de tarefas o ser humano passa relegar as tarefas tidas como repetitivas para as máquinas a terceira fase está relacionada às implicações das Guerras Mundiais sobre a sociedade LEITE 2015 O processo de industrialização pode ser classificado em industrialização de ciclo aberto e de ciclo fechado No ciclo fechado grande parte das operações construtivas é trans ferida para usinas onde há maior controle da produção e princípios organizacionais Apresenta a desvantagem de permitir pouca flexibilidade arquitetônica por conta de sua pa dronização uma vez que quanto maior o grau de pa dronização menores são as possibilidades de modifica ção nas linhas de produção No ciclo aberto os componentes produzidos são destinados para o merca do e não apenas para suprir as demandas de uma empresa Em função dessa característica nesse ciclo há uma maior flexibilidade de combinação de ele mentos produzidos por diferentes fabricantes o que permite sua utilização em projetos diversos Sistemas e processos construtivos industrializados permitem a produção dos componentes e edificações em maior quantidade melhor qualidade me lhor controle e menor tempo de construção em comparação com os sistemas construtivos convencionais PROCESSOS CONSTRUTIVOS 39 SERENGCIVPROCONUNID2indd 39 25032021 151256 Produtos préfabricados A utilização de produtos préfabricados é uma das formas que a construção civil encontrou para buscar a industrialização Podem ser eles elementos estru turais como lajes vigas e pilares ou elementos de vedação como os painéis e elementos para conexões São produtos produzidos em fábricas especializadas com elevados níveis de controle de qualidade Os mais utilizados nas construções são constituídos de concreto aço e madeira Préfabricados de concreto A indústria da construção civil é caracterizada pela baixa produtividade gran de desperdício de materiais morosidade e baixo controle de qualidade A utiliza ção de préfabricados de concreto é uma forma de amenizar esses fatores Dessa forma partes da construção são fabricadas fora do canteiro de obras em melho res condições e depois são transportadas e montadas como parte do processo construtivo No Brasil a utilização de produtos préfabricados de concreto é su jeita a tributação específi ca o que desestimula seu uso e consequentemente o processo de industrialização da construção civil No entanto esses préfabricados possibilitam importantes benefícios para construção EL DEBS 2017 Redução do tempo de construção Melhor controle dos componentes Redução dos desperdícios de materiais de construção Os produtos préfabricados de concreto são elementos estruturais como lajes vigas pilares e painéis de parede As características de cada um desses elementos estão listadas nos itens seguintes Lajes são produzidos quatro tipos de lajes Figura 1 Cada tipo é indicado para vencer um tipo de vão por exemplo ALLEN IANO 2013 Lajes maciças são indicadas para vencer vãos de menor dimensão pois para estes são necessárias lajes de pequena espessura À medida que o vão a ser ven cido aumenta são necessárias maiores espessuras o que torna sua utilização inviá vel Isso contribui para o aumento de seu peso próprio por conta do preenchimento total de concreto em que apenas uma parte contribui para a resistência da laje Lajes alveolares são lajes adequadas para vãos intermediários pois têm vazios longitudinais que substituem o concreto que não contribui para a resistência permitindo o aumento da espessura PROCESSOS CONSTRUTIVOS 40 SERENGCIVPROCONUNID2indd 40 25032021 151256 Lajes T e duplo T são indicadas para vãos de grandes dimensões que necessitam de lajes com maiores espessuras Esses tipos de laje eliminam uma parcela maior de concreto sem função estrutural Laje maciça Laje alveolar Duplo T T simples Figura 1 Tipos de lajes préfabricadas Fonte ALLEN IANO 2013 p 614 Vigas são fabricadas em diversos formatos como as vigas retangulares vigas L vigas T invertido e vigas I Figura 2 As vigas L e T invertido têm saliência na parte inferior que serve de apoio para as lajes Para vigas de cobertura empregadas em galpões onde não há lajes a viga I é a mais indicada Já para vigas juntamente com lajes a seção retangular e T invertido são as mais indicadas EL DEBS 2017 Quando as vigas são de seção transversal I podem vencer vãos que vão de 10 a 40 m Quando são de seção transversal retangular podem vencer vãos de até 15 m ABDI 2015 EL DEBS 2017 Viga retangular Viga L Viga T invertido Viga I Figura 2 Tipos de vigas préfabricadas Fonte ALLEN IANO 2013 p 615 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 41 SERENGCIVPROCONUNID2indd 41 25032021 151257 Pilares a seção transversal quadrada e a retangular são as mais usuais para pilares préfabricados Podem ocorrer também a seção circular I e tipo Vierendeel para usos específicos Tais seções podem ser maciças ou vazadas Figura 3 As seções I e Vierendeel são mais utilizadas em galpões A menor di mensão de um pilar deve ser de 300 mm e seu comprimento varia até os 30 m Geralmente são produzidos com concreto armado mas é possível a utilização do concreto protendido ALLEN IANO 2013 EL DEBS 2017 Seção quadrada Seção quadrada vazada Seção retangular Seção retangular vazada Seção circular Seção circular vazada Seção I Tipo Vierendeel Figura 3 Tipos de pilares préfabricados Fonte EL DEBS 2017 p 16 Painéis são utilizados em paredes portantes em edifícios de pequeno e grande porte e podem alcançar um ou dois andares Podem ser elementos maciços vazados nervurados ou sanduíche com a utilização de concreto sim ples concreto armado ou concreto protendido CONTEXTUALIZANDO Os elementos de lajes podem também ser utilizados como painéis exer cendo duas funções por exemplo os painéis vazados correspondem aos painéis de lajes alveolares e por sua vez os painéis nervurados correspondem aos painéis de lajes T e duplo T Os painéis são formados por duas camadas de concreto intercaladas com enchimentos que têm a função de melhorar o isolamento térmico da edificação ALLEN IANO 2013 EL DEBS 2017 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 42 SERENGCIVPROCONUNID2indd 42 25032021 151257 Os produtos préfabricados de concreto citados são mais usais nas constru ções No entanto elementos como escadas e até mesmo fundações como as sapatas são produzidos dessa forma tornandose mais uma alternativa aos elementos usais moldados em obra Préfabricados de aço O aço é um dos materiais mais utilizados na construção civil e sua versati lidade permite que sejam fabricados diversos produtos com diferentes forma tos características e finalidades Em tempos em que a sustentabilidade deve ser levada em conta nas construções a utilização dos produtos de aço tornase ainda mais importante pois contribui para a redução de resíduos e para a du rabilidade das estruturas Além disso em termos de projeto em função de sua resistência mecânica o aço permite que grandes vãos sejam vencidos e há redução das cargas nas fundações pelo peso próprio reduzido As principais propriedades que justificam utilizar os produtos de aço são ABDI 2015 Elevada tensão de escoamento Boa soldabilidade Susceptibilidade ao corte Boa trabalhabilidade em operações de furação e dobramento Os principais produtos de aço estão destacados a seguir Chapas finas são chapas de aço com espessura entre 03 e 60 mm lar gurapadrão entre 100 m e 150 m e comprimento variando entre 20 e 60 m para chapas laminadas a quente e 20 e 30 m para chapas laminadas a frio São divididas de acordo com o processo de fabricação ABDI 2015 AMBROZE WICZ 2012 Chapa fina laminada a quente obtidas pelo processo de laminação a quente têm espessura entre 12 e 60 mm e são utilizadas em perfis soldados e perfis formados a frio Chapa fina laminada a frio obtidas pelo processo de laminação a frio têm espessura entre 03 e 30 mm e são utilizadas em perfis e esquadrias Chapas grossas são produzidas pelo processo de laminação a quente e têm espessura superior a 60 mm largurapadrão entre 10 e 380 m e com primento variando entre 60 e 1200 m As dimensões preferencias são 244 de largura e 12 m de comprimento São utilizadas em elementos estruturais como pilares e vigas para pontes edifícios etc PROCESSOS CONSTRUTIVOS 43 SERENGCIVPROCONUNID2indd 43 25032021 151258 Perfis têm seção transformação em formato de letras como I H U e Z Podem ter a seguinte classificação Perfis soldados obtidos pela soldagem de chapas umas com as outras Isso permite a esses perfis grande versatilidade pois as combinações de chapas per mitem formar diversas espessuras larguras alturas e formas que levam à redução do seu peso próprio sendo este um dos fatores positivos para sua larga utilização Têm custo maior de fabricação em relação aos perfis laminados disponíveis no mer cado brasileiro Perfis laminados obtidos pelo processo de laminação a quente em usinas siderúrgicas Não é necessário realizar soldas ou emendas Os perfis laminados dis poníveis no mercado brasileiro têm dimensões pequenas e apresentam característi cas geométricas que tornam sua utilização mais restrita na construção pois podem ter abas inclinadas o que dificulta a execução de ligações Perfis formados a frio obtidos pela conformação de chapas em tempera tura ambiente por meio de prensa dobradeira ou perfiladeira Telhas são utilizadas principalmente em coberturas e fechamentos para obras industriais comerciais residenciais aeroportos e galpões Têm desempenho e du rabilidade maior que as telhas comuns além de serem mais leves Outro fator importante está relacionado à oferta de telhas com diferentes for matos espessuras e acabamentos Steel deck consiste em elementos de aço galvanizados perfilados e formados a frio instalados nas lajes Figura 4 Funcionam como formas permanentes para o concreto e como armaduras positivas nas quais a aderência do concreto é facilitada por execução de ranhuras na sua superfície Figura 4 Construção com a utilização de steel deck nas lajes Fonte Shutterstock Acesso em 19122020 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 44 SERENGCIVPROCONUNID2indd 44 25032021 151304 Parafusos são os elementos responsáveis por realizar a ligação entre os diversos elementos estruturais Podem ser de aço carbono preto ou galvani zados com porca ou de fenda com cabeça chata ou redonda Para ligações estruturais são utilizados o parafuso comum ou o parafuso de alta resistência Préfabricados de madeira A madeira é um dos materiais de construção utilizados desde o início da história humana Pode ser utilizada em sua forma natural ou por meio de pro dutos beneficiados Pode estar presente de forma provisória ou definitiva em grande parte das etapas de construção de uma edificação desde as fundações até à cobertura CITANDO Segundo Falcão Bauer 2019 as principais propriedades que justificam a utilização da madeira como material para a construção consistem em Alta resistência mecânica Peso próprio reduzido Resistência a choques Boas características de isolamento térmico e absorção acústica Facilidade nas ligações Material renovável Uma de suas desvantagens é a heterogeneidade de uma madeira para outra mesmo sendo de mesma espécie Para amenizar tais desvantagens e adequar a madeira para uso na construção é necessário que seja beneficiada Com relação ao seu grau de beneficiamento as madeiras são classificadas em AMBROZEWICZ 2012 ZENID 2009 Madeira roliça representa o menor grau de beneficiamento da madeira As peças são obtidas por cortes transversais ou até com a ausência de cortes inclusive com as cascas da árvore Os materiais derivados desse tipo de madei ra são utilizados temporariamente em escoramentos de fôrmas construção de andaimes e coberturas Madeira serrada a madeira é processada em serrarias para a produção de peças quadradas e retangulares de menor dimensão que a original Desse tipo de madeira são derivados produtos como as pranchas pranchões blocos tábuas caibros vigas vigotas sarrafos pontaletes ripas e outros produtos PROCESSOS CONSTRUTIVOS 45 SERENGCIVPROCONUNID2indd 45 25032021 151304 Madeira beneficiada as peças de madeira originais são usinadas e po dem ser submetidas a processos de beneficiamento como o aplainamento molduramento torneamento desempeno destopamento recorte duração ranhurado e outros processos Para cada um deles há uma máquina específica para realização Madeira em lâminas as lâminas de madeira são utilizadas em grande parte na construção de compensados que se destinam ao revestimento de divisórias com finalidade decorativa Na produção das lâminas são utilizadas madeiras de boa qualidade e maior valor comercial Painéis os painéis de madeira representam uma gama de produtos pré fabricados de madeira com grande utilização na construção civil Surgem da necessidade de amenizar as variações dimensionais a que a madeira é suscetí vel além da redução do peso próprio e manutenção das características isolan tes térmicas e acústicas Em função da sua utilização ocorrem cada vez mais pesquisas nessa área e assim o desenvolvimento tecnológico proporciona o surgimento de novos produtos para atender ao mercado nacional e internacio nal A seguir estão listados os principais tipos de painéis Compensados são compostos pela associação de várias lâminas de madeira unidas Figura 5 de forma cruzada 90º umas com as outras por meio de colas ou adesivos sempre em número ímpar de chapas para que sejam estruturalmente balanceadas pois assim uma compensa a outra e per manecem simétricas em relação ao seu eixo central Essa disposição busca equilibrar a rigidez da chapa nas suas duas direções mantendo sua resis tência e contribuindo para a estabilidade dimensional FALCÃO BAUER 2019 ISAIA 2017 ZENID 2009 Os compensados comercialmente disponíveis podem ser encontrados em diversas dimensões padronizadas sendo as mais comuns 210 cm x 160 cm 275 cm x 122 cm 220 cm x 122 cm ou 250 cm x 125 cm com espessuras en tre 4 mm e 35 mm ISAIA 2017 Os preços desses produtos variam conforme a espécie de madeira empregada tipo de cola utilizada números de lâminas componentes e qualidade das faces Cada vez mais são utilizados compensa dos de superfície resinada ou plastificada pois permitem um número maior de reutilizações especialmente quando utilizados em formas para concreto ISAIA 2017 ZENID 2009 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 46 SERENGCIVPROCONUNID2indd 46 25032021 151304 Figura 5 Chapa de madeira compensada Fonte Shutterstock Acesso em 19122020 Chapas de média densidade de fibras MDF têm densidade de mas sa entre 600 e 800 kgm³ e são produzidas com fibras de madeira aglutinadas por meio de resinas sob condições temperatura e pressão determinadas As sim resultam em chapas maciças de alta qualidade Vale ressaltar que nes se processo podem ser incorporados aditivos com o intuito de melhorar as propriedades desejadas As chapas têm superfície plana e lisa o que permite que receba diversos tipos de acabamento como pintura envernizamento re vestimento e outros Isso aumenta a versatilidade do produto e permite seu uso em divisórias forros e outros componentes As dimensões mais comuns no mercado são 183 cm x 275 cm com espessuras entre 6 mm e 35 mm ISAIA 2017 ZENID 2009 Chapas duras de fibras HB também conhecidas como hardboards são painéis com a densidade superior a 800 kgm³ obtidos industrialmente por processos secos ou úmidos a partir de fibras lignocelulósicas da própria madeira Geralmente são utilizadas as fibras de eucalipto aglutinadas pela sua própria lignina e prensadas a quente por um processo úmido que reativa esse aglutinante Dessa forma não há a necessidade do uso de resinas e ocorre a formação de chapas rígidas de alta densidade AMBROZEWICZ 2012 ISAIA 2017 ZENID 2009 São utilizadas principalmente em portas e revestimento de divisórias No mercado estão disponíveis em diversas dimensões padronizadas sendo as mais comuns 122 cm x 244 cm 122 cm x 275 cm 170 cm x 244 cm e 183 cm x 275 cm nas espessuras de 25 mm a 6 mm ISAIA 2017 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 47 SERENGCIVPROCONUNID2indd 47 25032021 151318 Chapas de partículas aglomerado também conhecidas como aglomeradas são chapas formadas pela aglutinação de partículas de ma deira de diversas dimensões não superiores a 1 cm com resinas sintéticas sob determinadas condições de temperatura e pressão Em função de seu custo inferior em relação aos compensados parcela significativa da pro dução de aglomerados é destinada à construção civil para uso em pisos residenciais divisórias elementos de escadas vigamento para telhados e outros Além disso são partículas estáveis o que permite o seu corte em qualquer direção e seu consequente melhor aproveitamento No entanto não apresentam resistência à umidade e por isso devem ser utilizadas em ambientes internos e secos São encontrados no mercado nas dimensões mais comuns de 183 cm x 220 cm 183 cm x 275 cm e 183 cm x 440 cm com espessuras entre 8 mm e 30 mm Chapas de partículas de média densidade MDP são chapas compostas por partículas de madeira aglutinadas por resinas de última geração que polimerizam sob determinadas condições de temperatura e pressão dando resistência ao conjunto As partículas são separadas por camadas em que na parte mais externa são depositadas as partículas mais finas e na parte interna as partículas de maior dimensão Em com paração ao aglomerado e ao MDF tem maior resistência à compressão e ao empenamento maior estabilidade dimensional e menor absorção de umidade ZENID 2009 Chapas de partículas orientadas OSB têm a resistência mecâ nica exigida para fins estruturais e são formadas por resinas e camadas de partículas ou feixes de fibras orientadas em uma mesma direção prensa dos para consolidar o conjunto Essas chapas têm três camadas de partí culas com orientação alternada de 90º em relação as demais Isso melho ra o comportamento à flexão e melhora a estabilidade dimensional São indicadas para as mesmas utilizações do aglomerado e como tapumes divisórias coberturas formas e escoramentos Além disso podem ser uti lizadas em ambientes externos pisos e forros o que não é muito usual nos sistemas construtivos utilizados no Brasil Figura 6 mas é característica do sistema construtivo dos Estados Unidos PROCESSOS CONSTRUTIVOS 48 SERENGCIVPROCONUNID2indd 48 25032021 151318 Figura 6 Residencial construído com paredes externas em painéis Fonte Shutterstock Acesso em 19122020 Produtos préindustrializados A cada ano que passa tornase cada vez mais necessária a adoção de siste mas construtivos industrializados uma vez que se exige mais produtividade em menor tempo na construção civil A primeira grande mudança provocada nessa realidade está atrelada às funcionalidades dos canteiros de obras que passaram a ter o caráter de grandes espaços de montagem dos produtos industrializados CONTEXTUALIZANDO Os métodos construtivos podem ser classifi cados de acordo com o grau de industrialização em tradicionais racionalizados ou industrializados O método tradicional é caracterizado pela baixa mecanização e fragmen tação das etapas da obra o método racionalizado incorpora técnicas de planejamento e controle com o intuito de aumentar a produtividade e evitar desperdícios por sua vez o método industrializado é caracterizado pelo uso intenso de elementos industrializados produzidos em instalações fi xas e pelo emprego de técnicas de produção transporte e montagem dos mesmos SPADETO 2011 O uso de produtos industrializados permite maior produtividade e como maior produtividade na execução das construções podemos citar os sistemas construtivos drywall light steel frame e light wood frame como aqueles que mais utilizam elementos industrializados Nesta seção abordaremos esses produtos tendo como base os mais utilizados nos sistemas construtivos citados PROCESSOS CONSTRUTIVOS 49 SERENGCIVPROCONUNID2indd 49 25032021 151323 Drywall O sistema drywall é considerado um sistema industrializado utilizado prin cipalmente na execução de vedações internas forros e revestimentos das edi ficações Figura 7 Teve sua origem nos Estados Unidos em meados de 1894 com finalidade de dar proteção às estruturas de madeira uma vez que são grandemente empregadas nos sistemas construtivos do País que na época sofria com grandes incêndios No Brasil o drywall chegou por volta da década de 1970 com a fundação da primeira fábrica de chapas de gesso no País a Gypsum Nordeste localizada em Petrolina ABDI 2015 Figura 7 Construção com o uso do sistema drywall nas paredes e forros Fonte Shutterstock Acesso em 19122020 São utilizados materiais como Perfis de aço são fabricados com aços com resistência ao escoamento mínima de 230 Mpa alta resistência e espessura mínima de 050 mm revesti dos com zinco com intuito de proteger os perfis da corrosão São conhecidos como montantes e guias Figura 8 e têm furos com dimensões e espaçamentos padronizados que permitem a passagem das instalações Figura 8 Perfis de aço utilizados no sistema drywall Fonte Shutterstock Acesso em 19122020 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 50 SERENGCIVPROCONUNID2indd 50 25032021 151339 Chapas de gesso são chapas constituídas por um miolo de gesso revestido em ambos os lados por lâminas de cartão especialmente desenvolvido para essas finalidades São os responsáveis por conferir resistências mecânicas às placas e propiciam uma excelente superfície para acabamentos Existem três tipos de chapas de gesso utilizadas em drywall Figu ra 9 sendo elas ABDI 2015 Chapa standard ST para uso geral Chapa resistente à umidade RU tem coloração verde e é indicada para áreas molhadas como cozinhas e banheiros Chapa resistente ao fogo RF tem coloração rosa e é indicada para áreas que demandam alta resistência ao fogo e rotas de fuga Figura 9 Chapas de gesso utilizadas no sistema drywall Fonte Shutterstock Adaptado Acesso em 19122020 Parafusos são utilizados parafusos autoperfurantes e autoatarrachantes específicos para drywall na fixação de perfis e chapas Tratamento de juntas são realizados com o uso de fitas e massas espe cíficas para drywall principalmente no encontro com alvenarias e complemen tam a rigidez do sistema para evitar as trincas ABDI 2015 Além desses materiais podem ser utilizados outros para melhorar o de sempenho acústico e térmico dos sistemas drywall como a lã de rocha e lã de vidro instalados nos espaços entre as chapas e perfis de aço Light wood frame É considerado um processo industrializado de fabricação de painéis estru turais para a montagem de edificações constituídos de madeira proveniente de florestas plantadas ABDI 2015 Países como Estados Unidos e Japão desta camse nesse sistema construtivo PROCESSOS CONSTRUTIVOS 51 SERENGCIVPROCONUNID2indd 51 25032021 151352 O light wood frame é um sistema construtivo estruturado por peças de madeira maciça serrada com fechamento em chapas Esse sistema apresenta os seguintes materiais empregados BRASIL 2020a 2020c Fechamento externo formados por quadros estruturais com peças de madeira maciça serrada cujo revestimento externo é constituído de chapas OSB revestidas por placas cimentícias ou placas de madeira compensada tratadas quimicamente Fechamento interno é constituído de chapas OSB revestidas por placas de gesso utilizadas em drywall Entrepiso são constituídos por quadros estruturais de peças de madeira ser rada revestidos em sua face superior por chapas OSB Em áreas molhadas essas chapas devem ser substituídas por chapas de madeira maciça ou de compensado devidamente tratadas com fungicidas e inseticidas Na face inferior devem ser for rados com chapas de gesso e chapas cimentícias em áreas molhadas Vale ressaltar que na face superior é construída uma camada de argamassa contrapiso com o objetivo de regularizar a superfície para que receba o revestimento final que pode ser cerâmico cimentício entre outros Cobertura é constituída por peças de madeira como as cumeeiras pontale tes vigas terças caibros ripa e sarrafo com resistência natural ao ataque de insetos ou tratadas quimicamente Além desses produtos empresas brasileiras têm investido em pesquisas para o desenvolvimento de produtos préfabricados para serem utilizados nesse siste ma como os painéis prontos apenas para serem montados em casas térreas ou sobrados Figura 10 Figura 10 Painéis préfabricados usados no sistema wood frame Fonte BRASIL 2020b p 15 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 52 SERENGCIVPROCONUNID2indd 52 25032021 151353 Light steel frame O sistema light steel frame que consiste em estruturação em perfis de aço galva nizado é indicado para residências familiares térreas ou sobrados edifícios até oito pavimentos hotéis clínicas hospitais comércios fachadas e outros usos ABDI 2015 A seguir estão relacionados os principais componentes destes sistemas Perfis nesse sistema os perfis são obtidos por conformação a frio e os formatos mais utilizados são C e U Vedação externa são utilizados diversos materiais sendo os mais usuais as cha pas OSB devidamente protegidas contra intempéries painéis de aço tipo sanduíche com isolantes placas cimentícias Vedação interna são utilizadas placas de gesso para drywall Seja qual for o tipo de vedação deve haver o isolamento térmico e acústico das edificações construídas com este sistema para atendimento às normas brasileiras Isolantes termoacústicos são utilizados materiais como placas ou mantas lã de vidro ou a lã de rocha CURIOSIDADE O sistema light steel frame tem três métodos de construção No método stick os perfis são cortados e os elementos estruturais montados no canteiro de obras Já o método modular é caracterizado pelo uso de módulos préfabricados que são apenas entregues nas obras com acabamentos e louças instalados O método de painéis por sua vez consiste em elementos préfabricados fora ou no canteiro de obras mas com orientações específicas de projetos estruturais e uso de mão de obra qualificada Este último é o método mais utilizado no Brasil A Figura 11 apresenta um exemplo de fabricação de painéis para uso no sistema light steel frame Figura 11 Painéis préfabricados para construção no sistema light steel frame Fonte ABDI 2015 p 139 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 53 SERENGCIVPROCONUNID2indd 53 25032021 151355 Sistemas de préfabricação A préfabricação pode ser considerada umas das técnicas necessárias para se al cançar a industrialização na construção civil Baseiase na produção dos elementos construtivos fora de seus locais de implantação fi nal e posteriormente ligados e mon tados no local da obra A préfabricação pode ser dividida em leve e pesada A leve é relacionada aos produtos de peso reduzido geralmente não estruturais como elementos de fachada divisórias perfi s metálicos e outros Por sua vez a préfabricação pesada está rela cionada aos elementos de concreto armado e concreto protendido como lajes vigas pilares e escadas LOPES AMADO 2012 Em relação aos sistemas construtivos convencionais uma construção baseada em sistemas préfabricados tem características e etapas próprias como LEITE 2015 Divisão da estrutura em sistemas e subsistemas Fabricação dos elementos em local distinto da destinação defi nitiva Transporte e montagem no local do empreendimento Ligação entre os componentes para garantir o comportamento estrutu ral adequado Apesar de toda as vantagens inerentes à adoção dos sistemas préfabricados é importante que todos os seus aspectos sejam analisados inclusive fatores conside rados inconvenientes No Quadro 1 é representada uma análise SWOT dos principais fatores a serem considerados para uma construção préfabricada inclusive pontos que podem representar ameaças na adoção desses sistemas Construção préfabricada Vantagens Rapidez de construção Maior previsibilidade de custos e prazos Menos quantidade de energia consumida na fase de construção Redução do desperdício de materiais e recursos Considera o processo de desconstrução Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local Aumento da segurança em estaleiro Diminuição da necessidade de espaço de armazena mento em estaleiro Redução das paragens e atrasos em obra Inconvenientes Mais energia consumida nas operações de transpor te e montagem dos componentes Custos iniciais mais elevados Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar alterações em estaleiro Necessidades de mão de obra especializada Rapidez de construção Maior previsibilidade de custos e prazos Rapidez de construção Maior previsibilidade de custos e prazos Menos quantidade de energia consumida na fase de construção Rapidez de construção Maior previsibilidade de custos e prazos Menos quantidade de energia consumida na fase de construção Redução do desperdício de materiais e recursos Rapidez de construção Maior previsibilidade de custos e prazos Menos quantidade de energia consumida na fase de construção Redução do desperdício de materiais e recursos Considera o processo de desconstrução Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local Vantagens Rapidez de construção Maior previsibilidade de custos e prazos Menos quantidade de energia consumida na fase de construção Redução do desperdício de materiais e recursos Considera o processo de desconstrução Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local Aumento da segurança em estaleiro Vantagens Rapidez de construção Maior previsibilidade de custos e prazos Menos quantidade de energia consumida na fase de Redução do desperdício de materiais e recursos Considera o processo de desconstrução Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local Aumento da segurança em estaleiro Diminuição da necessidade de espaço de armazena mento em estaleiro Vantagens Maior previsibilidade de custos e prazos Menos quantidade de energia consumida na fase de Redução do desperdício de materiais e recursos Considera o processo de desconstrução Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local Aumento da segurança em estaleiro Diminuição da necessidade de espaço de armazena mento em estaleiro Redução das paragens e atrasos em obra Vantagens Maior previsibilidade de custos e prazos Menos quantidade de energia consumida na fase de Redução do desperdício de materiais e recursos Considera o processo de desconstrução Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local Aumento da segurança em estaleiro Diminuição da necessidade de espaço de armazena mento em estaleiro Redução das paragens e atrasos em obra Maior previsibilidade de custos e prazos Menos quantidade de energia consumida na fase de Redução do desperdício de materiais e recursos Considera o processo de desconstrução Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local Aumento da segurança em estaleiro Diminuição da necessidade de espaço de armazena mento em estaleiro Redução das paragens e atrasos em obra Maior previsibilidade de custos e prazos Menos quantidade de energia consumida na fase de Redução do desperdício de materiais e recursos Considera o processo de desconstrução Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local Aumento da segurança em estaleiro Diminuição da necessidade de espaço de armazena mento em estaleiro Redução das paragens e atrasos em obra Maior previsibilidade de custos e prazos Menos quantidade de energia consumida na fase de Redução do desperdício de materiais e recursos Considera o processo de desconstrução Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local Aumento da segurança em estaleiro Diminuição da necessidade de espaço de armazena mento em estaleiro Redução das paragens e atrasos em obra Menos quantidade de energia consumida na fase de Redução do desperdício de materiais e recursos Considera o processo de desconstrução Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local Aumento da segurança em estaleiro Diminuição da necessidade de espaço de armazena Redução das paragens e atrasos em obra Menos quantidade de energia consumida na fase de Redução do desperdício de materiais e recursos Considera o processo de desconstrução Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local Aumento da segurança em estaleiro Diminuição da necessidade de espaço de armazena Redução das paragens e atrasos em obra Menos quantidade de energia consumida na fase de Redução do desperdício de materiais e recursos Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local Aumento da segurança em estaleiro Diminuição da necessidade de espaço de armazena Redução das paragens e atrasos em obra Menos quantidade de energia consumida na fase de Redução do desperdício de materiais e recursos Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local Diminuição da necessidade de espaço de armazena Redução das paragens e atrasos em obra Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local Diminuição da necessidade de espaço de armazena Redução das paragens e atrasos em obra Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local Diminuição da necessidade de espaço de armazena Redução das paragens e atrasos em obra Mais energia consumida nas operações de transpor te e montagem dos componentes Diminuição da necessidade de espaço de armazena Mais energia consumida nas operações de transpor te e montagem dos componentes Custos iniciais mais elevados Mais energia consumida nas operações de transpor te e montagem dos componentes Custos iniciais mais elevados Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar alterações em estaleiro Mais energia consumida nas operações de transpor te e montagem dos componentes Custos iniciais mais elevados Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar alterações em estaleiro Necessidades de mão de obra especializada Inconvenientes Mais energia consumida nas operações de transpor te e montagem dos componentes Custos iniciais mais elevados Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar alterações em estaleiro Necessidades de mão de obra especializada Inconvenientes Mais energia consumida nas operações de transpor te e montagem dos componentes Custos iniciais mais elevados Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar alterações em estaleiro Necessidades de mão de obra especializada Inconvenientes Mais energia consumida nas operações de transpor te e montagem dos componentes Custos iniciais mais elevados Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar alterações em estaleiro Necessidades de mão de obra especializada Inconvenientes Mais energia consumida nas operações de transpor te e montagem dos componentes Custos iniciais mais elevados Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar alterações em estaleiro Necessidades de mão de obra especializada Mais energia consumida nas operações de transpor te e montagem dos componentes Custos iniciais mais elevados Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar alterações em estaleiro Necessidades de mão de obra especializada Mais energia consumida nas operações de transpor Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar Necessidades de mão de obra especializada Mais energia consumida nas operações de transpor Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar Necessidades de mão de obra especializada Mais energia consumida nas operações de transpor Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar Necessidades de mão de obra especializada Mais energia consumida nas operações de transpor Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar Necessidades de mão de obra especializada Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar Necessidades de mão de obra especializada Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar Necessidades de mão de obra especializada QUADRO 1 ANÁLISE SWOT DA CONSTRUÇÃO PRÉFABRICADA PROCESSOS CONSTRUTIVOS 54 SERENGCIVPROCONUNID2indd 54 25032021 151356 Oportunidades Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí dos Maior controle e coordenação ao longo de todos os processos Flexibilidade de soluções Aumento da produtividade do setor da construção Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes Participação do cliente e fabricante no processo de concessão maior acompanhamento Ameaças Aumento dos custos de transporte Falta de conhecimento e formação dos vários inter venientes da indústria da construção na temática da construção préfabricada Percepção errada de edifícios préfabricados com fraca qualidade por parte da maioria da população Inércia à mudança por parte de projetistas emprei teiros e utilizadores Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí dos Maior controle e coordenação ao longo de todos os Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí Maior controle e coordenação ao longo de todos os processos Flexibilidade de soluções Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí Maior controle e coordenação ao longo de todos os processos Flexibilidade de soluções Aumento da produtividade do setor da construção Oportunidades Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí Maior controle e coordenação ao longo de todos os processos Flexibilidade de soluções Aumento da produtividade do setor da construção Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes Participação do cliente e fabricante no processo de Oportunidades Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí Maior controle e coordenação ao longo de todos os Flexibilidade de soluções Aumento da produtividade do setor da construção Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes Participação do cliente e fabricante no processo de concessão maior acompanhamento Oportunidades Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí Maior controle e coordenação ao longo de todos os Flexibilidade de soluções Aumento da produtividade do setor da construção Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes Participação do cliente e fabricante no processo de concessão maior acompanhamento Oportunidades Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí Maior controle e coordenação ao longo de todos os Flexibilidade de soluções Aumento da produtividade do setor da construção Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes Participação do cliente e fabricante no processo de concessão maior acompanhamento Oportunidades Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí Maior controle e coordenação ao longo de todos os Flexibilidade de soluções Aumento da produtividade do setor da construção Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes Participação do cliente e fabricante no processo de concessão maior acompanhamento Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí Maior controle e coordenação ao longo de todos os Flexibilidade de soluções Aumento da produtividade do setor da construção Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes Participação do cliente e fabricante no processo de concessão maior acompanhamento Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí Maior controle e coordenação ao longo de todos os Aumento da produtividade do setor da construção Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes Participação do cliente e fabricante no processo de concessão maior acompanhamento Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí Maior controle e coordenação ao longo de todos os Aumento da produtividade do setor da construção Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes Participação do cliente e fabricante no processo de concessão maior acompanhamento Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí Maior controle e coordenação ao longo de todos os Aumento da produtividade do setor da construção Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes Participação do cliente e fabricante no processo de concessão maior acompanhamento Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí Maior controle e coordenação ao longo de todos os Aumento da produtividade do setor da construção Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes Participação do cliente e fabricante no processo de concessão maior acompanhamento Maior controle e coordenação ao longo de todos os Aumento da produtividade do setor da construção Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes Participação do cliente e fabricante no processo de concessão maior acompanhamento Aumento da produtividade do setor da construção Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes Participação do cliente e fabricante no processo de Aumento dos custos de transporte Falta de conhecimento e formação dos vários inter Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes Participação do cliente e fabricante no processo de Aumento dos custos de transporte Falta de conhecimento e formação dos vários inter venientes da indústria da construção na temática da construção préfabricada Aumento dos custos de transporte Falta de conhecimento e formação dos vários inter venientes da indústria da construção na temática da construção préfabricada Participação do cliente e fabricante no processo de Percepção errada de edifícios préfabricados com Aumento dos custos de transporte Falta de conhecimento e formação dos vários inter venientes da indústria da construção na temática da construção préfabricada Percepção errada de edifícios préfabricados com fraca qualidade por parte da maioria da população Inércia à mudança por parte de projetistas emprei Ameaças Aumento dos custos de transporte Falta de conhecimento e formação dos vários inter venientes da indústria da construção na temática da construção préfabricada Percepção errada de edifícios préfabricados com fraca qualidade por parte da maioria da população Inércia à mudança por parte de projetistas emprei teiros e utilizadores Ameaças Aumento dos custos de transporte Falta de conhecimento e formação dos vários inter venientes da indústria da construção na temática da construção préfabricada Percepção errada de edifícios préfabricados com fraca qualidade por parte da maioria da população Inércia à mudança por parte de projetistas emprei teiros e utilizadores Ameaças Aumento dos custos de transporte Falta de conhecimento e formação dos vários inter venientes da indústria da construção na temática da construção préfabricada Percepção errada de edifícios préfabricados com fraca qualidade por parte da maioria da população Inércia à mudança por parte de projetistas emprei teiros e utilizadores Aumento dos custos de transporte Falta de conhecimento e formação dos vários inter venientes da indústria da construção na temática da construção préfabricada Percepção errada de edifícios préfabricados com fraca qualidade por parte da maioria da população Inércia à mudança por parte de projetistas emprei teiros e utilizadores Aumento dos custos de transporte Falta de conhecimento e formação dos vários inter venientes da indústria da construção na temática da Percepção errada de edifícios préfabricados com fraca qualidade por parte da maioria da população Inércia à mudança por parte de projetistas emprei teiros e utilizadores Falta de conhecimento e formação dos vários inter venientes da indústria da construção na temática da Percepção errada de edifícios préfabricados com fraca qualidade por parte da maioria da população Inércia à mudança por parte de projetistas emprei Falta de conhecimento e formação dos vários inter venientes da indústria da construção na temática da Percepção errada de edifícios préfabricados com fraca qualidade por parte da maioria da população Inércia à mudança por parte de projetistas emprei Falta de conhecimento e formação dos vários inter venientes da indústria da construção na temática da Percepção errada de edifícios préfabricados com fraca qualidade por parte da maioria da população Inércia à mudança por parte de projetistas emprei Falta de conhecimento e formação dos vários inter venientes da indústria da construção na temática da Percepção errada de edifícios préfabricados com fraca qualidade por parte da maioria da população Inércia à mudança por parte de projetistas emprei Falta de conhecimento e formação dos vários inter venientes da indústria da construção na temática da Percepção errada de edifícios préfabricados com fraca qualidade por parte da maioria da população Inércia à mudança por parte de projetistas emprei Percepção errada de edifícios préfabricados com fraca qualidade por parte da maioria da população Inércia à mudança por parte de projetistas emprei fraca qualidade por parte da maioria da população Inércia à mudança por parte de projetistas emprei Inércia à mudança por parte de projetistas emprei Fonte LEITE 2015 p 35 Segundo Fonyat 2013 os sistemas construtivos de préfabricação podem ser classifi cados em Sistemas préfabricados de ciclo fechado Sistemas préfabricados de ciclo aberto Sistemas préfabricados fl exibilizados O sistema construtivo de ciclo fechado é caracterizado pelo completo pla nejamento de todas as etapas que envolvem o ciclo de um elemento préfabri cado como a fabricação transporte e montagem Nesse sistema apenas um fabricante é responsável pela produção de todos os elementos da construção sendo as peças projetadas apenas para uma edifi cação No sistema construtivo de ciclo aberto é utilizado o conceito de produção em massa do edifício por meio dos elementos que o constituem É caracteri zado por proporcionar uma grande quantidade de possibilidades construtivas pois os seus elementos apresentam compatibilidade com elementos de fabri cantes distintos Por fi m o sistema construtivo de ciclo fechado tem como base o toyotismo que permite variações no sistema de acordo com o desejo de seus consumido res assim como a produção de determinado produto apenas quando houver demanda sem a necessidade de utilização de estoques de produtos Breve histórico da préfabricação A história da préfabricação está diretamente ligada à evolução do concreto armado porém apenas entre o fi nal do século XIX e XX começou a ser reconhe cida e ganhar espaço Podese considerar a construção do Cassino Biarritz no ano de 1891 na França como uma das primeiras construções a utilizar préfa bricados LEITE 2015 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 55 SERENGCIVPROCONUNID2indd 55 25032021 151356 Nesse período ocorreram diversos eventos importantes para a introdução da préfabricação como prática construtiva Quadro 2 Ano Acontecimento 1895 Primeira construção de estrutura porticada com betão préfabricado Construção de Weavnes Mill em Inglaterra 1900 Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para coberturas elementos com dimensões de aproximadamente 120 m de altura 510 m de largura e 005 m de espessura Estados Unidos da América 1904 Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré fabricados Inglaterra 1905 Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares Estados Unidos da América 1906 Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei ros elementos préfabricados vigas treliça Visintini e estacas de betão armado na Europa 1907 Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Unidos da América 1907 Execução das primeiras aplicações do processo tilt up no qual as paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es tados Unidos da América Primeira construção de estrutura porticada com betão préfabricado Primeira construção de estrutura porticada com betão préfabricado Primeira construção de estrutura porticada com betão préfabricado Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para coberturas elementos com dimensões de aproximadamente 120 m Primeira construção de estrutura porticada com betão préfabricado Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para coberturas elementos com dimensões de aproximadamente 120 m de altura 510 m de largura e 005 m de espessura Estados Unidos Primeira construção de estrutura porticada com betão préfabricado Construção de Weavnes Mill em Inglaterra Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para coberturas elementos com dimensões de aproximadamente 120 m de altura 510 m de largura e 005 m de espessura Estados Unidos Primeira construção de estrutura porticada com betão préfabricado Construção de Weavnes Mill em Inglaterra Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para coberturas elementos com dimensões de aproximadamente 120 m de altura 510 m de largura e 005 m de espessura Estados Unidos Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré Primeira construção de estrutura porticada com betão préfabricado Construção de Weavnes Mill em Inglaterra Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para coberturas elementos com dimensões de aproximadamente 120 m de altura 510 m de largura e 005 m de espessura Estados Unidos Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré Primeira construção de estrutura porticada com betão préfabricado Construção de Weavnes Mill em Inglaterra Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para coberturas elementos com dimensões de aproximadamente 120 m de altura 510 m de largura e 005 m de espessura Estados Unidos Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares Primeira construção de estrutura porticada com betão préfabricado Construção de Weavnes Mill em Inglaterra Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para coberturas elementos com dimensões de aproximadamente 120 m de altura 510 m de largura e 005 m de espessura Estados Unidos Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares Primeira construção de estrutura porticada com betão préfabricado Construção de Weavnes Mill em Inglaterra Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para coberturas elementos com dimensões de aproximadamente 120 m de altura 510 m de largura e 005 m de espessura Estados Unidos Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei Primeira construção de estrutura porticada com betão préfabricado Construção de Weavnes Mill em Inglaterra Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para coberturas elementos com dimensões de aproximadamente 120 m de altura 510 m de largura e 005 m de espessura Estados Unidos Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei ros elementos préfabricados vigas treliça Visintini e estacas de Primeira construção de estrutura porticada com betão préfabricado Construção de Weavnes Mill em Inglaterra Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para coberturas elementos com dimensões de aproximadamente 120 m de altura 510 m de largura e 005 m de espessura Estados Unidos Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei ros elementos préfabricados vigas treliça Visintini e estacas de Primeira construção de estrutura porticada com betão préfabricado Construção de Weavnes Mill em Inglaterra Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para coberturas elementos com dimensões de aproximadamente 120 m de altura 510 m de largura e 005 m de espessura Estados Unidos da América Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré fabricados Inglaterra Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei ros elementos préfabricados vigas treliça Visintini e estacas de Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos Primeira construção de estrutura porticada com betão préfabricado Construção de Weavnes Mill em Inglaterra Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para coberturas elementos com dimensões de aproximadamente 120 m de altura 510 m de largura e 005 m de espessura Estados Unidos da América Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré fabricados Inglaterra Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares Estados Unidos da América Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei ros elementos préfabricados vigas treliça Visintini e estacas de Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos Primeira construção de estrutura porticada com betão préfabricado Construção de Weavnes Mill em Inglaterra Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para coberturas elementos com dimensões de aproximadamente 120 m de altura 510 m de largura e 005 m de espessura Estados Unidos da América Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré fabricados Inglaterra Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares Estados Unidos da América Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei ros elementos préfabricados vigas treliça Visintini e estacas de Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Primeira construção de estrutura porticada com betão préfabricado Construção de Weavnes Mill em Inglaterra Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para coberturas elementos com dimensões de aproximadamente 120 m de altura 510 m de largura e 005 m de espessura Estados Unidos Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré fabricados Inglaterra Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares Estados Unidos da América Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei ros elementos préfabricados vigas treliça Visintini e estacas de Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução das primeiras aplicações do processo Primeira construção de estrutura porticada com betão préfabricado Construção de Weavnes Mill em Inglaterra Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para coberturas elementos com dimensões de aproximadamente 120 m de altura 510 m de largura e 005 m de espessura Estados Unidos Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré fabricados Inglaterra Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares Estados Unidos da América Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei ros elementos préfabricados vigas treliça Visintini e estacas de betão armado na Europa Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução das primeiras aplicações do processo Primeira construção de estrutura porticada com betão préfabricado Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para coberturas elementos com dimensões de aproximadamente 120 m de altura 510 m de largura e 005 m de espessura Estados Unidos Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré fabricados Inglaterra Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares Estados Unidos da América Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei ros elementos préfabricados vigas treliça Visintini e estacas de betão armado na Europa Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução das primeiras aplicações do processo Primeira construção de estrutura porticada com betão préfabricado Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para coberturas elementos com dimensões de aproximadamente 120 m de altura 510 m de largura e 005 m de espessura Estados Unidos Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré fabricados Inglaterra Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares Estados Unidos da América Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei ros elementos préfabricados vigas treliça Visintini e estacas de betão armado na Europa Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução das primeiras aplicações do processo Primeira construção de estrutura porticada com betão préfabricado Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para coberturas elementos com dimensões de aproximadamente 120 m de altura 510 m de largura e 005 m de espessura Estados Unidos Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares Estados Unidos da América Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei ros elementos préfabricados vigas treliça Visintini e estacas de betão armado na Europa Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos Unidos da América foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Unidos da América foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução das primeiras aplicações do processo Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para coberturas elementos com dimensões de aproximadamente 120 m de altura 510 m de largura e 005 m de espessura Estados Unidos Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares Estados Unidos da América Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei ros elementos préfabricados vigas treliça Visintini e estacas de betão armado na Europa Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos Unidos da América foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Unidos da América foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução das primeiras aplicações do processo coberturas elementos com dimensões de aproximadamente 120 m de altura 510 m de largura e 005 m de espessura Estados Unidos Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei ros elementos préfabricados vigas treliça Visintini e estacas de betão armado na Europa Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos Unidos da América foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Unidos da América foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução das primeiras aplicações do processo tados Unidos da América paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es tados Unidos da América paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es de altura 510 m de largura e 005 m de espessura Estados Unidos Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei ros elementos préfabricados vigas treliça Visintini e estacas de betão armado na Europa Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos Unidos da América foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Unidos da América foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução das primeiras aplicações do processo tados Unidos da América paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es tados Unidos da América paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei ros elementos préfabricados vigas treliça Visintini e estacas de betão armado na Europa Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos Unidos da América foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Unidos da América foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução das primeiras aplicações do processo tados Unidos da América paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es tados Unidos da América paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei ros elementos préfabricados vigas treliça Visintini e estacas de Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos Unidos da América foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Unidos da América foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução das primeiras aplicações do processo tados Unidos da América paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es tados Unidos da América paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei ros elementos préfabricados vigas treliça Visintini e estacas de Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução das primeiras aplicações do processo tados Unidos da América paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es tados Unidos da América paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei ros elementos préfabricados vigas treliça Visintini e estacas de Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução das primeiras aplicações do processo tados Unidos da América paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es tados Unidos da América paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei ros elementos préfabricados vigas treliça Visintini e estacas de Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução das primeiras aplicações do processo paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es Execução das primeiras aplicações do processo tados Unidos da América paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es tados Unidos da América paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es ros elementos préfabricados vigas treliça Visintini e estacas de Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos tilt up paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es tilt up paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es tilt up Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos tilt up no qual as paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es tilt up paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es tilt up Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos foram préfabricados e executados no estaleiro de obras Estados Construção de um edifício industrial em que todos os elementos no qual as paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es no qual as paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es no qual as no qual as paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es no qual as paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es no qual as no qual as paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es no qual as paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es no qual as paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical Es QUADRO 2 ACONTECIMENTOS HISTÓRICOS RELATIVOS À UTILIZAÇÃO DE PRÉFABRICADOS Fonte LEITE 2015 p 8 Após essa fase a consolidação da préfabricação no mercado foi infl uen ciada pelo cenário do pósguerra da Europa Após o encerramento da Segunda Guerra Mundial teve início de fato a história da préfabricação no mundo O período compreendido entre as décadas de 1950 a 1970 foi marcado por um pósguerra com grande parte das cidades europeias destruídas e com deman das urgentes na construção de habitações hospitais escolas e demais edifi ca ções necessárias para a vida em sociedade Essa necessidade impulsionou a préfabricação como método construtivo racional que podia promover a pro dução em massa e com tempo reduzido além de necessitar de menos mão de obra e materiais envolvidos em construções convencionais Nessa época sur giram os préfabricados de ciclo fechado e com o uso de elementos pesados Por volta da década de 1970 a 1980 a incidência de acidentes em edifícios que utilizaram em sua construção painéis préfabricados foi fundamental PROCESSOS CONSTRUTIVOS 56 SERENGCIVPROCONUNID2indd 56 25032021 151357 para o declínio dos préfabricados de ciclo fechado pois criouse um clima de insegurança em relação ao sistema A partir de 1980 o uso de préfabricados foi marcado pela adoção de elementos de ciclo aberto criado para ser uma alternativa oposta aos produtos de ciclo fechado O Brasil foi um País na contramão dos países europeus pois o contexto pósguerra nestes não ocorreu da mesma forma no País Não havia por exem plo a mesma necessidade de construções em larga escala A construção do Hipódromo da Gávea em 1926 é considerada o grande marco da préfabrica ção do País pois em seu andamento a construção utilizou diversos elementos préfabricados Sistemas préfabricados de concreto A construção de uma estrutura préfabricada de concreto envolve quatro etapas distintas a concepção a produção o transporte e a montagem Na fase de concepção é elaborado o projeto dos elementos estrutu rais e o planejamento das etapas a serem seguidas Na fase de produ ção estão envolvidas atividades preliminares no local da obra e processo produtivo dos elementos em fábrica A fase de transporte é fundamental pois realiza a liga ção entre fase de produção e a montagem dos elementos préfabricados na obra Por fim temse a montagem que engloba pro cessos de elevação posicionamento esta bilização e a execução das ligações entre os elementos LAGARTIXO 2011 Os elementos de concreto préfabricado permitem diversas soluções estruturais para as construções das edificações No entanto essas so luções são derivadas da associação de um ou mais sistemas estruturais considerados básicos Segundo Van Acker 2003 esses são os principais tipos de sistemas estruturais básicos para préfabricados de concreto Estruturas aporticadas nesse sistema são utilizados vigas e pila res de fechamento principalmente em construções industriais e arma zéns Figura 12 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 57 SERENGCIVPROCONUNID2indd 57 25032021 151357 Figura 12 Estrutura aporticada Fonte Shutterstock Acesso em 19122020 Estruturas em esqueleto sistema constituído de lajes vigas e pilares principalmente em construções de escritórios escolas hospitais e estaciona mentos Figura 13 Figura 13 Estrutura em esqueleto Fonte Shutterstock Acesso em 19122020 Estruturas em painéis estruturais sistema constituído de painéis por tantes verticais e painéis de lajes utilizados em construções de casas aparta mentos hotéis e escolas Figura 14 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 58 SERENGCIVPROCONUNID2indd 58 25032021 151416 Figura 14 Estrutura em painéis estruturais Fonte Shutterstock Acesso em 19122020 Estruturas para pisos sistema constituído por lajes montadas para a for mação do piso e distribuição de carga na estrutura São utilizados na maioria dos sistemas construtivos Figura 15 Figura 15 Estrutura para pisos Fonte Shutterstock Acesso em 19122020 Sistema para fachadas sistema constituído por painéis maciços ou san duíche que podem ter ou não função estrutural Podem ter diversos formatos desde o simples até os mais detalhados Figura 16 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 59 SERENGCIVPROCONUNID2indd 59 25032021 151426 Figura 16 Sistema para fachadas Fonte Shutterstock Acesso em 19122020 Sistemas celulares sistemas constituídos por células de concreto para uso principalmente em banheiros cozinhas e garagens Sistemas tecnológicos Os painéis préfabricados podem ser considerados os primeiros sistemas dessa natureza a serem utilizados em escada industrial e sua utilização está relacionada à Revolução Industrial por meio do uso de painéis metálicos ABDI 2015 No período que compreende o fi nal do século XIX e início do XX as diver sas indústrias passaram a buscar a industrialização de seus meios de produção A produção em série da indústria automobilística de Henry Ford em 1913 re presentou um marco histórico inclusive para a indústria de construção já que nessa época já se viam movimentos por parte de engenheiros e arquitetos de forma a otimizar os processos construtivos artesanais A adoção de sistemas tecnológicos nas construções foi impulsionada com o con texto mundial após o término da Segunda Guerra As inovações tecnológicas pro postas visavam a uma nova forma de construir com ênfase na produtividade nas construções das edifi cações Os planos de reconstrução propostos pelos diversos países europeus possibilitaram o emprego em larga escada dos sistemas tecnoló gicos da época com o objetivo de se tornarem uma alternativa para os desafi os complexos de execução de um grande número de moradias e demais edifi cações PROCESSOS CONSTRUTIVOS 60 SERENGCIVPROCONUNID2indd 60 25032021 151429 Os sistemas desse período empregavam elementos de concreto com gran des dimensões e pesados provenientes de uma mesma empresa fornecedora o que caracteriza o ciclo fechado Especialmente na França a adoção de sistemas tecnológicos na construção civil promoveu o aumento da produtividade e redu ção de custos na construção de milhares de unidades habitacionais Figura 17 Cidade destruída na Segunda Guerra Mundial Fonte Shutterstock Acesso em 19122020 Entre os principais sistemas tecnológicos adotados na época e que ser viram de base para alguns sistemas atuais destacamse os sistemas de pai néis préfabricados Camus e Bossert Sistema Camus O sistema Camus é considerado o pioneiro em painéis préfabricados de concreto produzidos em larga escala e sua origem está ligada à destruição provocada pela Primeira e Segunda Guerra Mundiais As cidades europeias ainda se recuperavam dos estragos causados pela Primeira Guerra quando mais cidades foram destruídas pela Segunda Guerra A partir disso houve a necessidade de reconstrução de habitações coletivas escolas hospitais comércios e outros No entanto com essa demanda urgente aliada à escas PROCESSOS CONSTRUTIVOS 61 SERENGCIVPROCONUNID2indd 61 25032021 151430 sez de mão de obra e falta de materiais foi necessário repensar os métodos construtivos vigentes e adotar sistemas construtivos racionais que permitis sem as construções em larga escala e com tempo reduzido O pensamento para a produção em massa na construção começou com o francês Raymond Camus por volta da década de 1930 influenciado pelo fordismo especialmente com a produção do carro modelo T produzido em massa por Henry Ford nos Estados Unidos A ideia principal de Camus con sistia em produzir moradias acessíveis por meio de linhas de produção divi dindoa em componentes separados Nesse modelo os empreiteiros eram responsáveis apenas por preparar o local e montar as paredes pisos e tetos MOREIRA NETO 2015 Com o contexto do pósguerra em 1948 apenas o governo da França estimava um deficit de aproximadamente 10 milhões de unidades habita cionais sendo esse País o berço da idealização do sistema Camus Assim Raymond Camus ganhou diversos contratos para a construção de milhares de habitações com a implementação de seu siste ma que teve seu auge na União Soviética no período de governo de Nikita Khrushchev que adquiriu suas patentes na época o sistema tinha a capacidade de produ ção de 2 mil unidades habitacionais por ano A União Soviética aprimorou um sistema próprio a partir do sistema Camus com exportação para países como Chile e Cuba na década 1970 Os principais componentes do sistema Camus são CUEVA PÉREZ 2012 Painéis de fachada compostos por dois painéis de concreto armado se parados por uma camada de material isolante térmico de 24 cm As paredes de suporte são constituídas por lajes maciças de concreto armado As divisórias são constituídas pelos mesmos materiais dos painéis por tantes diferindose apenas na espessura Lajes maciças de concreto armado com armadura de união em seu contorno Estimase que até a década de 1970 tenham sido construídas cerca de 180 mil habitações com a utilização do sistema Camus PROCESSOS CONSTRUTIVOS 62 SERENGCIVPROCONUNID2indd 62 25032021 151430 Sistema Bossert De acordo com Vieira 2008 o sistema Bossert tem origem alemã e pode ser considerado um sistema de préfabricação parcial ou misto Em algumas etapas são empregadas técnicas da construção convencional como nas eta pas de fundação execução de paredes internas que podem ser portantes ou divisórias assim como placas de piso cisternas e outros É utilizado em edifícios que variam de quatro a 14 pavimentos Seu método construtivo consiste na produção in loco de paredes pisos e como elementos préfabricados em paredes externas e escadas A montagem dos elementos estruturais é realizada por meio de parafusos e chapas metálicas Nesse sistema as paredes externas devem conter diversas camadas su cessivas com o intuito de garantir o isolamento técnico e acústico Essas ca madas podem ser constituídas de isopor concreto lã de rocha pinho e ou tros materiais Para as instalações são aproveitados os vãos deixados pelos painéis em po sições preestabelecidas em sua fabricação antes do processo de concretagem Nos pisos os eletrodutos são fi xados no assoalho ou teto Para tubulações de esgoto são utilizados shafts devidamente projetados para essas fi nalidades PROCESSOS CONSTRUTIVOS 63 SERENGCIVPROCONUNID2indd 63 25032021 151430 Sintetizando O contexto atual do mundo pede que as construções sejam mais ágeis com maior produtividade e que isso seja associado à sustentabilidade nas edificações gerando menos desperdícios de materiais e causando menos transtornos para a sociedade Dessa forma a industrialização desse setor tão importante para a economia nacional foi a solução tecnológica encontrada Nos sistemas construtivos industrializados são utilizados produtos específi cos como conhecemos os produtos préfabricados que podem ser de concreto aço e madeira Os préfabricados são caracterizados por sua produção fora dos locais definitivos das obras e com rigoroso controle de qualidade por sua vez também conhecemos os produtos préindustrializados que têm como função dar mais velocidade e agilidade às obras e são utilizados principalmente em sistemas construtivos como o drywall light steel frame e light wood frame Nesse contexto pudemos compreender os conceitos iniciais e os sistemas de préfabricação de estruturas de concreto cuja préfabricação foi umas das pri meiras técnicas empregas para industrializar a construção civil Seu emprego é diretamente ligado ao cenário pósguerra de destruição das cidades europeias O principal sistema de préfabricação são os préfabricados de concreto os quais de acordo com os elementos e disposição estrutural no projeto podem ser classifi cados em estruturas aporticadas estruturas em esqueleto estruturas em painéis estruturais estruturas para pisos sistemas para fachadas e sistemas celulares Por fim compreendemos os principais conceitos a respeito dos sistemas de painéis préfabricados Camus e Bossert que representam a base para os painéis de concreto atuais Os sistemas painéis representam os primeiros elementos pré fabricados a serem produzidos em larga escala pela indústria com o objetivo de acelerar a construção de unidades habitacionais PROCESSOS CONSTRUTIVOS 64 SERENGCIVPROCONUNID2indd 64 25032021 151430 Referências bibliográficas Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial ABDI Manual da cons trução industrializada conceitos e etapas estrutura e vedação Brasília DF ABDI 2015 v 1 Disponível em httpwwwabcemorgbrsitearquivosma nualversaodigitalselecaopdf Acesso em 20 dez 2020 ALLEN E IANO J Fundamentos da engenharia de edificações materiais e métodos 5 ed Porto Alegre Bookman 2013 AMBROZEWICZ P H L Materiais de construção normas especificações apli cações e ensaios de laboratório São Paulo Pini 2012 BRASIL Ministério da Cidade DATec n 20 sistema construtivo TECVERDE sistema leve em madeira Brasília DF Secretaria Nacional da Habitação Pro grama Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat PBQPH Sistema Nacional de Avaliações Técnicas SINAT 2020a BRASIL Ministério da Cidade DATec n 40 sistema construtivo Immergrün de painéis préfabricados de wood frame para casas térreas e sobrados Brasí lia DF Secretaria Nacional da Habitação Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat PBQPH Sistema Nacional de Avaliações Técnicas SINAT 2020b BRASIL Ministério da Cidade Diretriz Sinat n 005 sistemas construtivos es truturados em peças de madeira maciça serrada com fechamentos em cha pas delgadas sistemas leves tipo light wood framing Brasília DF Secretaria Nacional da Habitação Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat PBQPH Sistema Nacional de Avaliações Técnicas SINAT 2020c CUEVA PÉREZ J S Sistematización en el diseño de una vivienda modular con estructura metálica y paneles de concreto sl 2012 Disponível em http dspaceucuencaeduechandle123456789582 Acesso em 02 fev 2020 EL DEBS M K Concreto prémoldado fundamentos e aplicações 2 ed São Paulo Oficina de Textos 2017 FALCÃO BAUER L A Materiais de construção 6 ed Rio de Janeiro LTC 2019 v 2 FONYAT M A R A préfabricação e projeto de arquitetura 2013 189 f Dis sertação mestrado em Arquitetura Faculdade de Arquitetura Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2013 Disponível em httpslume ufrgsbrhandle1018380415 Acesso em 01 fev 2021 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 65 SERENGCIVPROCONUNID2indd 65 25032021 151430 ISAIA G C Materiais de construção civil e princípios de ciência e engenharia de materiais São Paulo Ibracon 2017 LAGARTIXO P M R Sistemas estruturais de edifícios industriais préfabricados em betão 2011 99 f Dissertação mestrado em Engenharia Civil Ramo de Cons trução Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade Nova de Lisboa Lisboa 2011 Disponível em httpsrununlpthandle103625328 Acesso em 01 fev 2021 LEITE R E M Métodos construtivos de edifícios comparação entre préfabri cação e construção tradicional em betão armado 2015 175 f Dissertação mes trado em Engenharia Civil Ramo de Construções Instituto Superior de En genharia do Porto Porto Portugal 2015 Disponível em httpsrecippipppt bitstream104002281051DMRuiLeite2015MECpdf Acesso em 01 fev 2021 LOPES T AMADO M P Préfabricação aplicada ao contexto da reabilitação de edifícios Trabalho apresentado na 2ª Conferência Construção e Reabilitação Sus tentável de Edifícios no Espaço Lusófono Lisboa 2012 Disponível em httpsrecil grupolusofonaptbitstream1043749472prefabricacaoaplicadaaocontexto dareabilitacaopdf Acesso em 19 dez 2020 MOREIRA NETO E Concepção arquitetônica de edifícios fatores intervenientes na projetação em sistemas construtivos industrializados de concreto em Belo Ho rizonte 2015 206 f Dissertação mestrado em Arquitetura e Urbanismo Escola de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte 2015 Disponível em httphdlhandlenet1843MMMDA5EMY9 Acesso em 01 fev 2021 SPADETO T F Industrialização na construção civil uma contribuição à política de utilização de estruturas préfabricadas em concreto 2011 193 f Dissertação mestra do em Engenharia Civil Centro Tecnológico Universidade Federal do Espírito San to Vitória 2011 Disponível em httpsrepositorioufesbrbitstream1039471 tese5091Tatiana20F20Spadetopdf Acesso em 01 fev 2021 VAN ACKER A Manual de sistemas préfabricados de concreto Tradução de Mar celo Ferreira sl ABCIC 2003 Disponível em httpapoiodidaticoiauuspbrpro jeto32013manualprefabricadospdf Acesso em 01 fev 2021 VIEIRA A J T Sistemas industrializados na construção civil Florianópolis Univer sidade do Estado de Santa Catarina Udesc 2008 Anotações de aula ZENID G J Madeira uso sustentável na construção civil 2 ed São Paulo IPT 2009 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 66 SERENGCIVPROCONUNID2indd 66 25032021 151430 PLANEJAMENTO E GERENCIAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 3 UNIDADE SERENGCIVPROCONUNID3indd 67 25032021 160812 Objetivos da unidade Tópicos de estudo Conhecer a importância do planejamento e gerenciamento nas obras de construção civil Conhecer as principais ferramentas utilizadas no gerenciamento de obras Compreender a importância da produtividade Conhecer os principais tipos de indicadores de produtividade Compreender a importância e as características do orçamento de obras Gerenciamento e planejamento das construções Importância de planejar e gerenciar na construção civil Principais ferramentas utiliza das Curva ABC para a gestão de estoques Produtividade na construção civil Fatores que influenciam a produ tividade Indicadores de produtividade Gestão dos custos construtivos Importância do orçamento PROCESSOS CONSTRUTIVOS 68 SERENGCIVPROCONUNID3indd 68 25032021 160812 Gerenciamento e planejamento das construções Ainda hoje a indústria da construção civil é reconhecida por empregar pro cessos produtivos considerados artesanais principalmente quando compara da a outras indústrias Isso ocorre por ela ser infl uenciada pelas características das edifi cações que diferente das indústrias tem o produto fi nal considerado único posto que uma edifi cação difi cilmente será igual a outra Quando um produto é único são necessários processos específi cos para sua obtenção o que difi culta a sua produção racionalizada e em série Assim gerenciar projetos na construção civil não signifi ca controlar revisões de dese nhos ou plantas O gestor de uma obra tem como atribuições e responsabili dades garantir a solidez e durabilidade da construção assim como cumprir o orçamento e prazos estipulados para a obra sempre atendendo as legislações pertinentes PORTUGAL 2016 Podemos dizer então que os principais benefí cios do planejamento são MATTOS 2010 conhecimento pleno da obra ao planejar o profi ssional estuda os pro jetos analisando os métodos e processos construtivos o que permite que te nha tempo hábil para mudanças de planos se necessário uma vez que está por dentro de todo o processo e detecção de situações desfavoráveis detectar inconformidades com o máximo de antecedência permite ao gestor da construção a adoção de medi das preventivas ou corretivas em tempo hábil EXPLICANDO O planejamento é um dos fatores para o sucesso de um empreendimento Nesta etapa é necessária a integração entre diversos setores da empre sa fornecedores prestadores de serviços terceirizados e demais empre sas envolvidas na execução PINHEIRO CRIVELARO 2014 A importância de planejar e gerenciar na construção civil Segundo Aldo Dórea Mattos 2010 o Gráfi co 1 representa a oportunidade construtiva e destrutiva de realização de intervenções em construção Veja que as intervenções realizadas com o passar do tempo têm cada vez menos potencial de agregar valor ao empreendimento Além disso quanto mais avan PROCESSOS CONSTRUTIVOS 69 SERENGCIVPROCONUNID3indd 69 25032021 160812 GRÁFICO 1 GRAU DE OPORTUNIDADE DE MUDANÇA EM FUNÇÃO DO TEMPO çada a fase de construção maior será o valor destinado para a realização desta Fonte MATTOS 2010 p 22 Desse modo o planejamento de construção deve figurar agilidade de decisões permite que se tenha uma visão geral da obra fa zendo com que decisões gerenciais possam ser tomadas mais rapidamente seja por meio da mobilização e desmobilização de equipamentos da aceleração de serviços do aumento de turnos da alteração dos métodos e dos processos cons trutivos entre outros relação com o orçamento parâmetros utilizados no planejamento Eles são os índices de produtividade otimização da alocação dos recursos por meio do planejamento o ges tor poderá nivelar os recursos e decidir como melhor alocálos referência para acompanhamento permite analisar as etapas previs tas juntamente com as etapas realizadas padronização facilita a comunicação da equipe responsável pela cons trução pois reduz os desentendimentos surgidos do fato de que muitas vezes os profissionais envolvidos entendem as etapas de formas distintas referência para metas ao planejar a construção os programas de me tas e bonificações podem ser instituídos de forma facilitada Grau de oportunidade Concepção Desenvolvimento Tempo Finalização Execução Potencial para agregar valor Custo da mudança Oportunidade construtiva Oportunidade destrutiva PROCESSOS CONSTRUTIVOS 70 SERENGCIVPROCONUNID3indd 70 25032021 160812 documentação e rastreabilidade gera um histórico da obra que pode rá ser utilizado na resolução de problemas de forma mais ágil criação de dados históricos O gestor deve criar planilhas com cronogra mas que o ajude a saber o andamento da obra e para que também lhe sirva como modelo para qualquer outra construção similar profissionalismo Por fim o gestor de projetos deve passar confiança para os seus clientes buscando causar boas impressões da sua obra Antes de planejar e gerenciar uma construção é importante que você co nheça o ciclo de vida do projeto Segundo Antônio Carlos F B Pinheiro e Marcos Crivelaro 2014 este corresponde ao período que compreende a sua concepção e operação Assim o projeto de uma construção apresenta como características ser temporário uma construção tem duração finita com início e fim defini dos produto único cada construção possui caráter único por mais padro nizados que sejam os empreendimentos não se trata de uma linha de monta gem ou fabricação em série Desse modo conforme demonstrado pelo Gráfico 2 o ciclo de vida de um projeto compreende quatro estágios cada um correspondendo a uma fase de seu desenvolvimento MATTOS 2010 O estágio I corresponde à concepção e à viabilidade do projeto do qual fazem parte das atividades GRÁFICO 2 CICLO DE VIDA DE UM PROJETO Fonte MATTOS 2010 p 22 pronto Pronto Estágio I Estágio II Estágio III Estágio IV 100 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 71 SERENGCIVPROCONUNID3indd 71 25032021 160812 a definição do escopo para determinação dos principais pontos do projeto a formulação do empreendimento para a determinação do lote tipo de contração a ser utilizada a estimativa de custos para a definição do orçamento preliminar necessá rio para a execução do projeto o estudo da viabilidade para a verificação do custobenefício e avaliação dos resultados desejados a identificação da fonte orçamentária que podem ser recursos próprios linhas de financiamento empréstimos ou outras fontes e o desenvolvimento do anteprojeto para a produção do projeto básico O estágio II corresponde ao detalhamento do projeto e seu planejamento do qual fazem parte das atividades a definição do orçamento analítico com suas respectivas composições de custo a elaboração do planejamento com a elaboração de cronogramas e prazo de execução das atividades e o desenvolvimento do projeto executivo com base no projeto básico O estágio III corresponde à execução do empreendimento com as ativida des de execução dos serviços de campo montagens mecânicas e instalações elétricas e sanitárias controle de qualidade para atendimento dos requisitos estabelecidos no contrato administração contratual por meio de medições acompanhamento do diário de obras fiscalização de obra ou serviço com supervisão das atividades desenvolvi das no campo para verificar a evolução do empreendimento O estágio IV corresponde à finalização do projeto com as atividades de realização dos testes de operação inspeção final da obra transferência de responsabilidades do empreendimento liberação de retenção contratual para casos em que a contratante tenha retido dinheiro da empresa executante resolução das últimas pendências como pagamentos atrasados elaboração de termo de recebimento PROCESSOS CONSTRUTIVOS 72 SERENGCIVPROCONUNID3indd 72 25032021 160812 Principais ferramentas utilizadas Para a execução de um bom planejamento de construção é essencial a identifi cação das atividades a serem realizadas que serão componentes do cro nograma É importante que esta identifi cação seja a mais detalhada possível pois o que não for identifi cado não será incluso no cronograma e escopo do projeto que pode ser entendido como o conjunto de componentes para a ob tenção do produto logo a edifi cação e os resultados esperados Estabelecen do o escopo delimitase o projeto e consequentemente seu planejamento Esta tarefa deve ser realizada de forma colaborativa entre os integrantes do projeto uma vez que a omissão de uma atividade ou série destas poderá oca sionar prejuízos fi nanceiros e atrasos na obra De acordo com Mattos 2010 detalhar as atividades necessárias para o desenvolvimento de uma obra não é uma tarefa das mais simples pois exige leitura cuidadosa de esquemas e plan tas entendimentos dos métodos e processos construtivos adotados além da capacidade de representar as atividades realizadas em campo em formato de pacotes de trabalho Estes pacotes de trabalho têm o objetivo de detalhar as etapas da constru ção de modo que o planejamento seja facilitado para a defi nição da duração das atividades dos recursos necessários e da atribuição dos responsáveis A partir disso é obtida uma estrutura hierarquizada das atividades denominada de Estrutura Analítica de Projeto EAP A EAP de um projeto faz analogia a uma árvore genealógica com suas ramifi cações sendo estas divididas em níveis distintos No primeiro nível há apenas um item que representa o projeto como um todo A partir disso as atividades vão ganhando mais níveis em forma de rami fi cações Quanto maior é o nível utilizado maior é nível de detalhamento Po demos ver no Diagrama 1 um exemplo de EAP para as atividades necessárias para a construção de uma casa Um mesmo projeto pode apresentar EAPs com diferentes estruturas dependendo do profi ssional responsável por elaborálo Porém o profi ssional deve saber mensurar o limite até onde este detalhamen to poderá agregar valor ao projeto evitando que ele apenas torne a EAP mais extensa e complexa Para isso devese analisar cada tipo de obra pois cada uma apresenta requisitos específi cos PROCESSOS CONSTRUTIVOS 73 SERENGCIVPROCONUNID3indd 73 25032021 160812 DIAGRAMA 1 EXEMPLO DE EAP PARA CONSTRUÇÃO DE UMA CASA QUADRO 1 EXEMPLO DE EAP ANALÍTICASINTÉTICA Outra forma de representar a EAP se dá por meio de tabelas com as ativi dades listadas chamada de EAP analítica ou sintética sendo este o formato mais utilizado na elaboração dos orçamentos Podemos ver o exemplo deste formato no Quadro 1 que lista as etapas iniciais de uma construção como os serviços preliminares e as execuções da infraestrutura superestrutura vedação e cobertura assim como o detalhamento das atividades envolvidas para a sua execução ETAPAS PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA RESIDÊNCIA 1 Serviços Preliminares 11 Placa de obra 12 Instalações de água e esgoto provisórias Casa Superestrutura Esquadrias Infraestrutura Cobertura Serviços preliminares Vedação Pilares Portas Escavação Madeiramento Placa de obra Alvenaria Vigas Janelas Sapatas Telhamento Instalações de água e esgoto provisório Limpeza do terreno Revestimento Lajes Acabamentos Impermeabilização Instalação de energia Terraplanagem Locação Pintura PROCESSOS CONSTRUTIVOS 74 SERENGCIVPROCONUNID3indd 74 25032021 160813 13 Instalação de energia 15 Terraplenagem 16 Locação 2 Infraestrutura 21 Escavação 22 Sapatas 23 Impermeabilização 1 Superestrutura 31 Pilares 32 Vigas 33 Lajes 4 Vedação 41 Alvenaria 42 Revestimento 43 Pintura 5 Coberturas 51 Madeiramento 52 Telhamento 6 Esquadrias 61 Portas 62 Janelas 63 Acabamentos Além disso uma forma menos usual pode ser os mapas mentais Diagrama 2 que representam uma forma mais didática e atraente sendo recomendados principalmente para trabalhos em equipe e desenvolvimento inicial de ideias Mattos 2010 p70 lista como benefícios da utilização da EAP aspectos como PROCESSOS CONSTRUTIVOS 75 SERENGCIVPROCONUNID3indd 75 25032021 160813 DIAGRAMA 2 EXEMPLO DE EAP EM FORMATO DE MAPA MENTAL a ordenação do pensamento em uma matriz de trabalho lógica e organizada a individualização das atividades que irão compor o cronograma a permissão do agrupamento de atividades com finalidades semelhantes a facilitação do entendimento das atividades a facilitação da verificação por pessoas externas ao projeto a facilitação da inclusão de novas atividades a facilitação da localização das atividades dentro do cronograma a facilitação da elaboração do orçamento pois estabelece atividades mais precisas a permissão da atribuição de códigos de controle para a alocação de recursos a evitação de que atividades sejam criadas em duplicidade No cronograma físicofinanceiro Tabela 1 são correlacionadas as etapas defi nidas para a construção com seus respectivos prazos de duração e custos relativos à sua realização assim como os custos acumulados de acordo com a evolução da exe cução dessas etapas Esta é uma das ferramentas de planejamento e gerenciamento mais comuns na construção civil De acordo com a realização das etapas estas são analisadas com uma barra horizontal que indica o seu início e término que pode ser de forma contínua ou intermitente PINHEIRO CRIVELARO 2014 Com base no crono grama o gestor da obra pode tomar como providências MATTOS 2010 programar as atividades de equipes de campo fazer pedidos de compras alugar equipamentos recrutar trabalhadores quando necessário acompanhar o progresso das atividades replanejar a obra pautar reuniões Placa de obra Instalações de água Instalações de energia Limpeza do terreno Terraplanagem Locação Serviços preliminares Vedação Superestrutura Esquadras Infraestrutura Cobertura Escavação Execução de sapatas Impermeabilização Pilares Vigas Lajes Alvenaria Revestimento Pintura Portas Janelas Acabamentos Madeiramento Telhamento Casa PROCESSOS CONSTRUTIVOS 76 SERENGCIVPROCONUNID3indd 76 25032021 160813 TABELA 1 EXEMPLO DE CRONOGRAMA FÍSICOFINANCEIRO SEQUÊN CIA ATIVIDADE DU RAÇÃO DIAS FASE DURAÇÃO SEMANAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 CUSTO TOTAL DA ATIVIDADE 10³ X R 1 Locação 5 Planejado R10 R10 Executado 2 Alvenaria 30 Planejado R20 R20 R20 R20 R20 R10 R120 Executado 3 Cobertura 8 Planejado R8 R2 R10 Executado 4 Piso 10 Planejado R15 R15 R30 Executado 5 Limpeza 6 Planejado R8 R2 R7 Executado Custo total da atividade R10 R20 R20 R20 R20 R20 R35 R23 R7 R2 R177 Custo total semanal acumulado R10 R30 R50 R70 R90 R110 R145 R168 R175 R177 Fonte PINHEIRO CRIVELLARO 2014 p 96 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 77 SERENGCIVPROCONUNID3indd 77 25032021 160813 CONTEXTUALIZANDO O cronograma físicofinanceiro é conhecido também como gráfico de Gantt pois foi desenvolvido pelo engenheiro mecânico Henry Gantt O cronograma foi descrito por seu criador como um método gráfico de acompanhamento de fluxos de produção Foi utilizado especialmente em meados de 1917 época da Primeira Guerra Mundial para a construção de navios de Guerra PINHEIRO CRIVELARO 2014 O diagrama PERTCPM representa todas as atividades a serem realizadas e as relações de dependências entre elas segundo sua sequência de execução para determinar quais são as atividades mais críticas que poderão sofrer atrasos e comprometer o prazo estimado de conclusão do projeto Além disso permite observar a coerência do que foi planejado para a obra e assim gerar uma esti mativa mais aproximada para sua conclusão PINHEIRO CRIVELARO 2014 O diagrama PERTCPM surgiu da união de dois programas distintos o Pro gram Evaluation and Review Technique PERT ou Técnica de Avaliação e Revisão de Programas e o Método do Caminho Crítico CPM O primeiro desenvolvi do pela Marinha Americana para o planejamento do desenvolvimento de um míssil balístico complexo conta com atividades distintas de qualquer outro projeto sendo a duração destas determinada por durações probabilísticas considerando situações otimistas pessimistas e uma mais provável de ser alcançada Por sua vez o Método do Caminho Crítico CPM foi desenvolvido pela empre sa norteamericana Dupont que possuía o computador mais potente da época e por meio deste matemáticos estudaram as correlações entre o tempo e o custo de projetos de engenharia desenvolvidos na empresa A partir disso foi definido que certas atividades poderiam ser aceleradas ou ocasionar aumento de custos essa cadeia principal de atividades é denominada de caminho crítico MATTOS 2010 Assim em um diagrama PERTCPM são utilizados os conceitos de PINHEIRO CRIVELARO 2014 evento um ponto no tempo o instante que marca o início ou o término de uma atividade sem consumir tempo Os recursos são representados por um círculo atividade tudo que consome recursos financeiros humanos e de tempo Situamse entre dois eventos e no diagrama o sentido das flechas orientase sempre da esquerda para a direita PROCESSOS CONSTRUTIVOS 78 SERENGCIVPROCONUNID3indd 78 25032021 160813 atividade fantasma consiste em uma atividade intermediária com prazo de execução zero criada apenas para evitar que duas setas iniciem em um even to e terminem em outro folga diferença entre o intervalo de tempo e o início e término de uma atividade e sua duração e caminho crítico representa o caminho das atividades que vão do início ao fim da obra que apresentam folgas nulas Isso significa que nessas atividades qualquer atraso poderá causar problemas na obra Existem dois métodos para construir um diagrama de rede o método das fle chas e o método dos blocos Figura 1 ambos representando o mesmo resulta do de formas distintas No primeiro as atividades são representadas por flechas conectadas a eventos e no segundo as atividades são representadas por blocos com as setas fazendo apenas o papel de ligação entre estas MATTOS 2010 Figura 1 Modelo de flechas a e blocos b de diagrama PERTCPM Fonte MATTOS 2010 Adaptado O ciclo PDCA Figura 2 é baseado em um princípio de melhoria contínua no qual o processo deve ser controlado de forma permanente para permitir a aferi ção do desempenho dos meios utilizados e a mudança de procedimentos para o alcance de metas MATTOS 2010 Este conceito foi desenvolvido na década de A B A D G B E C A G B D E C F PROCESSOS CONSTRUTIVOS 79 SERENGCIVPROCONUNID3indd 79 25032021 160814 1930 pelo estatístico Walter Shewart e popularizado na década de 1950 por Ed ward Deming ao aplicálo em trabalhos desenvolvidos no Japão PINHEIRO CRIVE LARO 2014 O modelo é dividido em quatro quadrantes principais representados por letras que denominam o respectivo ciclo Estas letras representam as fases envolvidas no processo como Planejar P Desempenhar F Checar C e Agir A Figura 2 Ciclo PDCA Fonte MATTOS 2010 Adaptado De acordo com Pinheiro e Crivelaro 2014 devem ser estabelecidos na fase de planejar os objetivos e processos a serem utilizados para o alcance dos resulta dos desejados Na fase de desempenhar os processos propostos são implemen tados enquanto na fase de checar é realizado o monitoramento dos produtos e processos implementados de acordo com a política da empresa de atuação Nessa etapa também é realizado o comparativo entre os itens estabelecidos no planejamento e o que realmente foi realizado Por fim na fase de agir são execu tadas ações para promover a melhoria contínua do processo de forma a buscar sua padronização Na construção civil cada uma destas fases pode ser dividida em etapas MATTOS 2010 Implementar ações corretivas Comparar previsto e realizado Executar a atividade Aferir o resultado Gerar cronograma Informar e motivar Definir metodologia Estudar o projeto A Agir P Planejar D Desempenhar C Checar PROCESSOS CONSTRUTIVOS 80 SERENGCIVPROCONUNID3indd 80 25032021 160814 Planejar estudo do projeto análise e avaliação dos projetos para a identificação de possíveis interferências e a realização de visitas técnicas se necessário definição da metodologia definição dos processos construtivos que serão utilizados assim como a determinação das etapas construtivas equipamentos e materiais de construção necessários e elaboração de cronograma e programações ordenação das informações para a obtenção de cronogramas levando em conta os parâmetros adotados no orçamento como quantitativos e índices de produtividade e mão de obra Desempenhar informar e motivar informar aos colaboradores os métodos a serem em pregados as atividades a serem desenvolvidas a duração destas além de sanar as dúvidas existentes Estas ações aumentam o grau de envolvimento das equipes no projeto e executar a atividade nesta etapa ocorre a realização das tarefas estipula das É necessário que a execução ocorra o mais próximo possível daquilo que foi planejado Checar aferição das etapas do projeto realizadas são levantados os quantitativos dos serviços realizados no período analisado elaboração de comparativo entre o resultado previsto e o realizado após a aferição inicial com os dados obtidos é realizado um estudo comparativo com a quantidade de serviços planejada para o período Esta é uma das etapas mais importantes para o construtor pois ele poderá constatar o impacto causado por possíveis atrasos no prazo final da obra e assim decidir os melhores caminhos a serem seguidos É essencial identificar se os atrasos detectados ocorrem de for ma pontual ou recorrente para que o gestor possa agir na origem do problema Agir compatibilização das informações utilizar todas as informações obti das nas etapas anteriores por meio dos indivíduos envolvidos neste processo contribui para a identificação de oportunidades de melhoria dos métodos utili zados e a definição da origem dos erros detectados possibilitando a mudança da estratégia adotada assim como permite a adoção de medidas corretivas quando necessário PROCESSOS CONSTRUTIVOS 81 SERENGCIVPROCONUNID3indd 81 25032021 160814 Por meio do ciclo PDCA a obra é planejada com o máximo de informações co letadas e em seguida ela deve ser executada de acordo com o planejado poden do ser obtidos os índices de produtividade das equipes de trabalho e os desvios do plano elaborado Por fim o gestor decide como agir diante do contexto apresen tado de forma a colocar a obra nos eixos ou devendo rever o planejamento rea lizado Este ciclo continua sucessivas vezes até a finalização do empreendimento MATTOS 2010 DICA Na elaboração do PDCA segundo Pinheiro e Crivelaro 2014 é importante que o gestor do projeto avalie a eficácia e a eficiência de suas propostas sendo que cada uma destas significa a comparação do realizado com o planejado eficácia e a comparação dos recursos utilizados com aqueles disponíveis eficiência Outra ferramenta de gestão o 5W2H consiste em um formulário para o controle de atividades e deter minação da forma como estas serão realizadas e a quem serão atribuídas Sua denominação está relacionada aos pontos principais abordados sendo estes em língua inglesa Sendo assim os cinco Ws e os dois Hs são PINHEIRO CRIVELARO 2014 What O que será feito Define a ação a ser realizada Who Quem fará Define o responsável pela atividade When Quando será feito Define o prazo de realização da atividade Where Onde será feito Define o local onde será realizada Why Por que será feito Justifica a motivação para realizar tal atividade How Como será feito Define o procedimento a ser realizado e How Por quanto será feito Define os custos Podemos ver pelo Quadro 2 um exemplo de aplicação do 5W2H para o serviço de realização de paredes internas de uma edificação PROCESSOS CONSTRUTIVOS 82 SERENGCIVPROCONUNID3indd 82 25032021 160817 Plano de ação 5W2H Objetivo Realização das paredes internas do andar térreo Item Ação Local Responsá vel Justificativa Procedimento Prazo Custo 1 Prepa ração de 3 m³ de argamassa Beto neira do canteiro de obras Servente Para ser utilizada na alvenaria de elevação do andar térreo Misturar cimento e areia média no traço 13 1 h R 30000 2 Marcação de 20 m de parede interna Andar térreo Pedreiro Marcar o local de cons trução da parede Utilizar trena e planta executiva 2 h R 100000 3 Levanta mento de 60 m² de parede interna Andar térreo Pedreiro Construir as paredes Utilizar masseiro régua escanti lhão prumo de face nível de mão desempena deira colher de pedreiro 16 h R 400000 4 Aplicação de arga massa de revesti mento em 90 m² de parede interna Andar térreo Pedreiro Revestir as paredes Utilizar masseiro régua escanti lhão prumo de face nível de mão desempena deira colher de pedreiro 40 h R 600000 5 Fixação de 6 batentes de portas internas Andar térreo Pedreiro Fazer acaba mentos Utilizar martelo prumo de face nível de mão 8 h R 200000 6 Limpeza Andar térreo Pedreiro Limpar a obra Utilizar vassoura e mangueira 3 h R 100000 QUADRO 2 EXEMPLO DE APLICAÇÃO DO 5W2H Fonte PINHEIRO CRIVELARO 2014 p 38 Por fim o diagrama de Ishikawa também conhecido como diagrama espinha de peixe foi desenvolvido por Kaoru Ishikawa em 1943 Ele é for mado por uma seta na horizontal que aponta as irregularidades obser vadas para colaborar na determinação das causas intensidades e efeitos de tais irregularidades Como podemos ver na Figura 3 a qualidade da alvenaria depende de três fatores principais sendo estes os materiais a mão de obra e a tecnologia Assim cada seta ligada a estes fatores indica os parâmetros que influenciam cada um destes fatores PINHEIRO CRIVE LARO 2014 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 83 SERENGCIVPROCONUNID3indd 83 25032021 160817 Figura 3 Exemplo de diagrama de causa e efeito para a qualidade de uma alvenaria Fonte PINHEIRO CRIVELARO 2014 p 23 Curva ABC para a gestão de estoques É de grande importância para o orçamentista e para os demais responsáveis pela obra o conhecimento dos principais serviços e insumos o total de cada um destes e sua representatividade Isso porque este fator auxilia nas cotações na de fi nição de negociações mais criteriosas e na despesa de energia para as compras Isso pode ser realizado com o auxílio da curva ABC MATTOS 2006 que surgiu por meados de 1800 na Itália tendo sido desenvolvida por Wilfredo Paretto para medir a distribuição de renda entre a população Assim ele descobriu que 20 da população absorvia 80 de toda a renda PINHEIRO CRIVELARO 2014 A curva ABC Gráfi co 3 é o resultado representado por meio de tabelas ou gráfi cos dos preços de serviços ou insumos como a mão de obra os materiais e os equipamentos agrupados em ordem decrescente No topo estão situados os itens mais relevantes em termos de custo da planilha orçamentária juntamente com os valores acumulados percentualmente CARVALHO 2019 Nela 80 das consequências são causadas por 20 das causas sendo divididas entre classe A que representa o percentual de custo acumulado de até 50 do total do orçamento dos serviços ou insumos classe B que representa o percentual entre 50 a 80 do custo total do orçamento e Materiais Fabricante Preço Disponibilidade Armazenamento Qualifi cação Quantidade Motivação Qualidade da alvenaria Remuneração Máquinas Ferramentas Tecnologia Projeto Mão de obra PROCESSOS CONSTRUTIVOS 84 SERENGCIVPROCONUNID3indd 84 25032021 160817 classe C que representa o percentual acumulado entre 80 e 100 do custo total do orçamento contemplando todos os itens que nele constam GRÁFICO 3 CURVA ABC Fonte CARVALHO 2019 p 216 Segundo a curva ABC os sujeitos envolvidos em obra são o orçamentista o gestor da obra e o auditor tendo cada um responsabilidades próprias Assim o orçamentista CARVALHO 2019 identifica erros quantitativos e nas composições de custo unitário colabora na obtenção de cotações para os insumos mais expressivos e permite a análise do custo da obra de forma simplificada O gestor da obra hierarquiza os insumos e os fornece ao setor de aquisições para auxiliar na compra de insumos auxilia no planejamento e na programação da obra atribui as responsabilidades para a priorização das compras avalia o efeito da variação de preço de determinado insumo e negocia a contratação de serviços terceirizados E o auditor verifica as conformidades e não conformidades em um orçamento e verifica o comportamento da curva ABC dos insumos A forma mais comum de apresentação da curva ABC se dá por meio de ta belas com a descrição a unidade a quantidade o custo unitário o custo total e 100 95 80 20 50 Quantidade de itens 100 Valor A B C PROCESSOS CONSTRUTIVOS 85 SERENGCIVPROCONUNID3indd 85 25032021 160818 as porcentagens unitárias e acumuladas de cada serviço ou insumo MATTOS 2006 Entre as vantagens da adoção da curva ABC podemos destacar a sua im portância na gestão de estoques na construção civil especialmente quando se fala do desperdício de materiais que ocorre nesta indústria Este pode ocor rer não apenas de forma física mas também financeira quando por exemplo são adquiridos materiais em menor ou maior volume em função de erros de cálculo e planejamento dos insumos necessários A curva ABC pode atuar como uma ferramenta importante e eficiente para a gestão dos insumos atuando para identificar os insumos disponíveis e aque les que estão em falta bem como norteando sua aquisição para que não seja desnecessária Assim além de evitar as perdas esta ação pode acarretar na re dução do custo de obra podendo evitar também um dos erros de planejamen to mais comuns na construção civil que está relacionado com a paralisação da obra por falta de materiais Segundo Nogueira Saffaro e Guadanhim 2018 um projeto de obra ade quado deve possibilitar a utilização dos componentes de forma a minimizar os desperdícios e garantir o melhor aproveitamento devido ao valor agregado Assim fatores que permitem a simplificação do processo construtivo devem ser considerados pois possibilitam um fluxo de materiais com menores eta pas que não agregam valor ao produto e em função disso reduzem as perdas construtivas que ocorrem sempre que se utiliza uma quantidade maior que a necessária proporcionando custos mais baixos Esses fatores são uma complexidade individual dos componentes uma baixa variedade de componentes e possibilidade de utilizálos em diferentes famílias de produtos e um grau de flexibilidade para conectar componentes entre si De acordo com Pinheiro e Crivelaro 2014 os materiais de construção civil possuem alta rotatividade e para facilitar o controle por meio da curva ABC eles podem ser divididos em três classes segundo o seu valor aquisitivo cada uma exigindo um tratamento de controle particular Desse modo os materiais podem ser de classe A materiais de maior importância que merecem tratamento pre ferencial justificando procedimentos detalhados e que exigem grande atenção da administração PROCESSOS CONSTRUTIVOS 86 SERENGCIVPROCONUNID3indd 86 25032021 160818 classe B materiais de menor importância que justifi cam pouca atenção da administração e classe C materiais em situação intermediária entre as classes A e B Assim as principais vantagens de se adotar a curva ABC para gerir o estoque são facilidade para fazer o inventário de estoques redução do tamanho dos in ventários custos de serviços burocráticos mais baixos e o planejamento dos estoques Produtividade na construção civil A produtividade varia de uma obra para outra uma vez que a construção gera produtos considerados únicos Quando se conhece a produtividade de uma obra ela pode ser utilizada como fator balizador para a determinação da demanda de recurso e a alocação correta destes a fi m de gerar um ambiente organizado com menor custo e maior segurança SOUZA 2017 De acordo com a apostila A produtividade da Construção Civil brasileira SI MONSEN 2016 o conceito amplo de produtividade é a obtenção de uma pro dução maior com uma mesma quantidade de recursos empregados ou quan do menos recursos são empregados para a obtenção da mesma produção Segundo a obra Estudo sobre produtividade na construção civil desafi os e tendências no Brasil BARREIROS et al 2014 são consideradas sete alavan cas da produtividade na construção como podemos ver no Quadro 3 onde esses fatores são elencados e detalhados de forma a apresentar os pontos onde a produtividade pode ser trabalhada Alavancas de produtividade Descrição resumida e exemplos de elementos envolvidos 1 Planejamento da execução de empreen dimentos Planejamento da necessidade de recursos e de materiais em diferen tes horizontes de planejamento curto médio e longo prazo Processos estruturados de atualização do planejamento conforme a execução Escritório integrado de gestão de projetos PMO Project Management Offi ce Aplicação de softwares tipo BIM Building Information Model QUADRO 3 ALAVANCAS DA PRODUTIVIDADE PROCESSOS CONSTRUTIVOS 87 SERENGCIVPROCONUNID3indd 87 25032021 160818 2 Adoção de métodos de gestão Lean Construction construção baseada no paradigma de redução de desperdícios que fi cou conhecido como método Toyota de produção Melhor sincronização do empreendimento e melhoria do fl uxo de ma teriais visando a eliminação das atividades que não agregam valor Strategic Sourcing otimização dos fornecedores e das compras 3 Equipamentos Modernização de equipamentos gruas fl exíveis elevadores mais rá pidos etc Maior taxa de utilização de equipamentos 4 Materiais Adoção de novos materiais mais efi cientes concreto autocurativo ci mento magnesiano etc 5 Métodos construtivos Aplicação de métodos construtivos mais efi cientes vigas prémolda das alvenaria estrutural estruturas metálicas etc 6 Melhorias de projeto Foco na melhoria dos projetos e sua adequação para a execução 7 Qualifi cação da mão de obra Ações para aprimorar recrutamento Ações para aumentar a qualifi cação atual treinamento motivação etc Plano para retenção de profi ssionais Fonte BARREIROS et al 2014 p 5 O sucesso de qualquer indústria assim como da Construção Civil está direta mente ligado à sua produtividade pois tratase de uma ferramenta de apoio para a tomada de decisões necessárias para o andamento da obra Assim por meio de seus indicadores é possível mensurar o rendimento dos processos construtivos e da mão de obra bem como dos materiais e equipamentos utilizados dentro dela Fatores que influenciam a produtividade A produtividade na construção civil é infl uenciada por diversos fatores Assim é importante que os profi ssionais e empresas compreendam a in fl uência exercida por cada um destes Segundo o Relatório de Inteligência da Construção Civil elaborado pelo SEBRAE 2015 podem ser considerados fatores que infl ueciam a produtividade o planejamento e controle de obras que deve possuir todas as infor mações disponíveis a quantidade de material o tempo de execução das ativi dades e outras que podem impactar o prazo fi nal da entrega da obra Além disso quando o planejamento é negligenciado podem ocorrer atrasos na obra por falta de materiais aumento dos custos e indisponibilidade das equipes a capacitação e treinamento da mão de obra pois uma mão de obra bem qualifi cada executa as atividades com mais qualidade evitando retrabalhos Uma das características de empresas de construção é a utilização de empresas tercei PROCESSOS CONSTRUTIVOS 88 SERENGCIVPROCONUNID3indd 88 25032021 160818 rizadas na execução de determinados serviços o que dificulta a criação de vínculo com a empresa e reduz o interesse de investimento em capacitação o retrabalho que prejudica a qualidade dos serviços executados sen do necessária a realização das atividades diversas vezes podendo acarretar em atraso da obra e a utilização de materiais além do previsto a matériaprima pois a falta de padronização das matériasprimas uti lizadas pode ocasionar a perda de controle do estoque além de resultar em desperdícios Outro fator a ser considerado está relacionado à aquisição de materiais pois são necessários mais fornecedores e o tempo de espera entre um material e outro pode ser distinto o layout do canteiro de obras que deve facilitar a circulação dos ma teriais e trabalhadores sem afetar a produtividade das operações Um can teiro de obras mal planejado tem a tendência de aumentar as distâncias e tempos utilizados na realização das atividades e a segurança do trabalho pois a falta de aplicação das normas re gulamentadoras de segurança no trabalho pode resultar em aciden tes com os profissionais envolvidos na obra Estes acidentes geralmente vêm acompanhados de afastamen tos sendo necessário a contratação de outros trabalhadores que neces sitarão de integração para conheci mento dos processos construtivos adotados Ainda segundo o SEBRAE 2015 uma das medidas para melhorar a pro dutividade na construção civil é a utilização de tecnologias que podem tra zer vantagens tais como o aumento da agilidade nas construções a redu ção do tempo de construção a padronização das atividades a redução de desperdícios de materiais e a redução de retrabalhos No Quadro 4 pode mos ver as principais tecnologias que podem ser adotadas para melhorar a produtividade na construção civil e o impacto destas nos principais fatores que a influenciam PROCESSOS CONSTRUTIVOS 89 SERENGCIVPROCONUNID3indd 89 25032021 160824 Principais tecnologias Áreas onde a tecnologia auxilia a aumentar a produtividade Áreas onde a tecnologia tem pouco impacto na produtividade Item Qualifi cação da mão de obra Retraba lho Matériaprima Planejamento e controle Layout do can teiro Segurança do traba lho BIM BIM 4D Automação Telas soldadas Monoforte Sistema de alvenaria es trutural Sistema de lajes mistas Sistema de CES Tecnologia móvel Microconcre to de alto de sempenho Concreto au toadensável Painéis EPS EAD RFID QUADRO 4 TECNOLOGIAS PARA A MELHORIA DA PRODUTIVIDADE NA CONSTRUÇÃO Fonte SEBRAE 2015 p 5 Indicadores de produtividade Para mensurar o grau de produtividade de uma determinada obra são uti lizados indicadores de produtividade que de acordo com Souza 2017 estabe lecem a relação entre a quantidade de recursos demandados e a quantidade de produtos realizados Os mais utilizados são Razão Unitária de Produção RUP e o Consumo Unitário de Materiais CUM PROCESSOS CONSTRUTIVOS 90 SERENGCIVPROCONUNID3indd 90 25032021 160825 A Razão Unitária de Produção RUP é utilizada principalmente para medir a produtividade da mão de obra por meio da equação RUP Hh Qs 1 Onde Hh Homenshora Qs Quantidade de serviço realizado Quanto maior é o valor do RUP calculado menor é a produtividade da equipe Como podemos ver na relação o índice de homemhora é diretamente propor cional ao RUP Desta forma quanto maior este indicador mais mão de obra será necessária para a realização de determinado serviço Desse modo O RUP pode ser apresentado como SOUZA 2017 RUP acumulativo que leva em conta o esforço total realizado em um serviço sendo bastante utilizado em orçamento por representar um valor global Neste caso não se faz distinção entre os momentos bons e ruins de produção ocorridos no serviço e RUP potencial que não leva em conta os momentos ruins de produtividade sendo utilizado principalmente para dimensionar a quantidade de mão de obra partindo do conceito de que a equipe fará o serviço com boa produtividade O Consumo Unitário de Materiais CUM é utilizado para medir a produtividade dos materiais Ele representa a razão entre a quantidade de materiais adquiri dos e a quantidade do serviço realizado de acordo com a equação CUM Qmat Qserviço 2 Onde Qmat Quantidade de material Qserviço Quantidade de serviço Além disso pode ser também estabelecida uma função de consumo uni tário teórico CUMteórico e do percentual de perdas de materiais Perdas de acordo com a equação CUM CUMteórico Perdas 100 1 3 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 91 SERENGCIVPROCONUNID3indd 91 25032021 160825 Gestão dos custos construtivos A indústria da construção civil é considerada uma das mais relevantes para o crescimento do país em função de suas características de proporcionar habi tação e desenvolvimento por meio das obras de infraestrutura e por empre gar profi ssionais de diversos níveis de formação Apesar disso este ramo ainda é conhecido pela sua inefi ciência grande desperdício atrasos nas entregas dos produtos e patologias construtivas Em qualquer obra o custo tem papel fundamental e é por meio do orça mento que são determinados os custos previstos Assim o orçamento deve ser elaborado por um profi ssional habilitado como o engenheiro civil O orça mento de uma obra contém a discriminação dos diversos serviços necessários para a realização da construção suas quantidades e o custo unitário de execu ção Geralmente ele é elaborado com base em projetos memoriais análises in loco entendimento do tempo e local da construção CARVALHO 2019 Importância do orçamento O orçamento é fundamental para o sucesso de um empreendimento pois por meio dele pode ser obtida a previsão de custo para uma obra Devese quantifi car os insumos como a mão de obra os materiais as máquinas as ferramentas e os equipamentos necessários para a execução de cada serviço PINHEIRO CRIVELA RO 2014 Assim o orçamento pode ser por estimativa elaborado para estudar a viabilidade de empreendimentos com base no projeto de arquitetura e apresentando 20 de margem de erro São utilizados dois fatores principais sendo estes a área da construção e o custo unitá rio básico do metro quadrado de construção CUB calculado mensalmente pelos Sindicatos da Indústria da Construção Civil em todo o Brasil preliminar realizado com base no planejamento inicial da obra utilizados os projetos de arquitetura de estruturas as instalações elétricas e hidráulicas bem como memoriais descritivos e que possuem margem de erro de 10 São utiliza dos fatores como a planilha de custo unitário e o levantamento de quantitativos e executivo elaborado com base em todos os projetos disponíveis memo riais descritivos e acabamentos possuindo 5 de margem de erro PROCESSOS CONSTRUTIVOS 92 SERENGCIVPROCONUNID3indd 92 25032021 160825 EXPLICANDO O CUB foi criado em 1964 pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT para sanar a necessidade de uma metodologia de cálculos de custos unitários Ele representa este valor por metro quadrado de construção de acordo com o tipo de obra CARVALHO 2019 De acordo com Aldo D Mattos 2006 um orçamento é determinado soman dose os custos diretos como a mão de obra os materiais e os equipamentos aos custos indiretos como as equipes de apoio e supervisão e as despesas gerais de canteiro de obras e adicionando por fim os impostos e lucros Se o orçamento for elaborado de forma paralela às fases do projeto ele pode transformarse em uma ferramenta para a tomada de decisões quanto aos projetos podendo ser revistas as especificações de materiais Segundo Carvalho 2019 na área de gerenciamento de custos são apresenta dos processos para etapas de planejamento monitoramento e controle dos cus tos Na etapa de planejamento de custos é realizado primeiro a estimativa de custos e posteriormente a orçamentação Isso significa dizer que para projetos em fases iniciais e sem muito detalhamento é necessário que o custo seja estima do sendo realizada a orçamentação à medida em que o projeto evolui Na etapa de monitoramento e controle ocorre o controle dos custos sendo necessário o monitoramento de CARVALHO 2009 temporalidade e aproximação mudanças e imprevistos que podem ocorrer nos processos construtivos e orçamento como ferramenta de gerenciamento para acompanhamento e controle podendo ser atualizado e revisado para a obtenção de melhores resul tados O orçamentista necessita do projeto em mãos para a elaboração do orçamen to assim como as pranchas do projeto arquitetônico e estrutural as instalações hidrossanitárias e elétricas a proteção contra descargas atmosféricas e a preven ção contra incêndios entre outros e seus respectivos memoriais descritivos O orçamento é de grande importância para guiar a tomada de decisões pois se um custo está fora do previsto ele pode ser revisto CARVALHO 2019 Desse modo a elaboração de um orçamento pode ser dividida em seis fases sendo estas Fase 1 análise de projetos documentações e condições de contorno Fase 2 identificação e listagem de todos os serviços PROCESSOS CONSTRUTIVOS 93 SERENGCIVPROCONUNID3indd 93 25032021 160825 Fase 3 cálculo dos quantitativos em função das unidades de medição Fase 4 cálculo dos custos unitários de cada serviço Fase 5 cotação de preços equipamentos e encargos sociais e complemen tares Fase 6 cálculo do BDI preço de venda e elaboração de relatórios Além de definir o custo de uma obra contudo o orçamento também dá base para aplicações como MATTOS 2006 o levantamento dos materiais e serviços para a descrição e quantificação dos materiais e serviços que auxiliam o construtor na definição das metodologias construtivas a obtenção de índices para o acompanhamento para a análise da utilização dos insumos o dimensionamento de equipes para a determinação da quantidade de traba lhadores para a realização dos diversos serviços a capacidade de revisão de valores e índices pois muitas vezes é necessário recalcular o orçamento em função da atualização de preços a realização de simulações para a verificação do comportamento do orça mento a partir do emprego de diversos processos construtivos a elaboração do cronograma físicofinanceiro que retrata a evolução dos ser viços ao longo do tempo e a análise da viabilidade financeira para realizar o comparativo entre custos e as receitas De acordo com Carvalho 2019 e Mattos 2006 são características de um or çamento de obras a especificidade que considera o projeto como único Assim o orçamento possui dentre suas características a temporalidade pois os valores dos insumos estão em constante variação de preço e a aproximação pois o orçamen to é baseado em previsões durante sua elaboração PROCESSOS CONSTRUTIVOS 94 SERENGCIVPROCONUNID3indd 94 25032021 160825 Sintetizando O contexto atual da Construção Civil necessita que as empresas sejam cada vez mais competitivas para obterem uma quantidade mínima de lucratividade e competitividade no mercado Dessa forma tornase cada vez mais importan tes as ferramentas de planejamento e gerenciamento Neste contexto explo ramos a importância do gerenciamento de obras cujos principais benefícios são o conhecimento pleno da obra a detecção de situações desfavoráveis a agilidade nas decisões a otimização da alocação de recursos e a padronização dos procedimentos entre outros Além disso foi realizada a correlação do planejamento com os estágios do ciclo de vida do projeto sendo apresentadas também as principais ferramentas de planejamento e gerenciamento utilizadas na construção civil Compreende mos assim os conceitos de produtividade e sua importância na construção civil identificando os principais fatores que podem impactar a obra em função da redução de produtividade Vimos ainda os principais índices de medição de mão de obra e do consumo de materiais Por fim compreendemos a importância e os principais conceitos a respeito dos custos construtivos especialmente com o papel exercido pelo orçamento no planejamento para a realização de uma obra sendo as prin cipais características do orçamento na construção civil a sua especificidade temporalidade e aproximação PROCESSOS CONSTRUTIVOS 95 SERENGCIVPROCONUNID3indd 95 25032021 160826 Referências bibliográficas BARREIROS F et al Estudo sobre a produtividade na construção civil desa fios e tendências no Brasil Rio de Janeiro EY 2014 CARVALHO M Conhecendo o orçamento de obras São Paulo LTC 2019 MATTOS A D Como Preparar Orçamento de Obras 1 ed São Paulo PINI 2006 MATTOS A D Planejamento e Controle de Obras 1 ed São Paulo PINI 2010 NOGUEIRA C F B SAFFARO F A GUADANHIM S J Diretrizes de projeto para a redução de perdas na produção de Habitações de Interesse Social customiza das com painéis préfabricados em sistemas de construção a seco Ambiente Construído v 18 n 1 Porto Alegre 2018 p 6789 Disponível em httpsdoi org101590s167886212018000100210 Acesso em 05 mar 2021 PINHEIRO A C F B CRIVELARO M Planejamento e custos de obras São Paulo Érica 2014 PORTUGAL M A Como gerenciar projetos de Construção Civil do orçamen to à entrega da obra Rio de Janeiro Brasport 2016 SANTOS P R R SANTOS D G Investigação de perdas devido ao trabalho inaca bado e o seu impacto no tempo de ciclo dos processos construtivos Ambiente Construído v 17 n 2 Porto Alegre 2017 p 3952 Disponível em httpsdoi org101590s167886212017000200145 Acesso em 05 mar 2021 SEBRAE Use a tecnologia para aumentar a produtividade na construção civil SE BRAE set 2015 Disponível em httpswwwsebraecombrsitesPortalSebrae artigosuseatecnologiaparaaumentaraprodutividadenaconstrucaocivilb c7e424bf57bf410VgnVCM1000004c00210aRCRD Acesso em 05 mar 2021 SIMONSEN R Org A produtividade da Construção Civil Brasileira Brasília DF CBIC Câmara Brasileira da Indústria da Construção 2016 Disponível em httpwwwcbicdadoscombrmediaanexos066pdf Acesso em 05 mar 2021 SOUZA U E L Como reduzir perdas nos canteiros Manual de Gestão do consumo de materiais na Construção Civil São Paulo PINI 2005 SOUZA U E L Manual Básico de indicadores de produtividade na cons trução Civil Brasília DF CBIC Câmara Brasileira da Indústria da Constru ção 2017 Disponível em httpscbicorgbrwpcontentuploads201711 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 96 SERENGCIVPROCONUNID3indd 96 25032021 160826 ManualBasicodeIndicadoresdeProdutividadenaConstrucaoCivil2017 pdf Acesso em 05 mar 2021 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 97 SERENGCIVPROCONUNID3indd 97 25032021 160826 O DESPERDÍCIO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 4 UNIDADE SERENGCIVPROCONUNID4indd 98 25032021 162005 Objetivos da unidade Tópicos de estudo Compreender a existências das perdas construtivas Conhecer a classificação das perdas construtivas Entender os indicadores de perdas Apreciar a construção enxuta e seus princípios Interpretar a curva S de trabalho e de custos Aprender o conceito de análise de valor agregado Distinguir as etapas de uma obra Gestão das perdas construtivas Tipos de perdas Cálculo de indicadores de per das construtivas Construção enxuta ou lean construction Produção enxuta ou lean production Conceitos e princípios do lean construction Acompanhamento do desen volvimento do projeto Curva S de trabalho e curva S de custos Curva S padrão Análise de valor agregado Etapas de uma obra PROCESSOS CONSTRUTIVOS 99 SERENGCIVPROCONUNID4indd 99 25032021 162005 Gestão das perdas construtivas Debatidas desde o início do século XX as perdas de produção são entendidas como qualquer atividade que consuma recursos porém não crie valor como a pro dução de itens em que não há clientes interessados estoques parados entre outros De acordo com Gonçalves e Brandstetter em trabalho apresentado no XXXVI Encon tro Nacional de Engenharia de Produção em 2016 as perdas vão além do conceito de desperdício e podem existir também na execução de tarefas desnecessárias e que não geram nenhum valor apenas gerando custos adicionais de produção O mercado da construção civil tem se tornado cada vez mais competitivo cujo cenário exige das empresas e profi ssionais maiores investimentos no plane jamento e gerenciamento das obras de forma a obter um controle mais efi ciente da produção e qualidade como lembrado por Santos e Santos em artigo para a revista Ambiente construído em 2017 Assim é necessário obter um controle maior das perdas construtivas pois representam uma parcela signifi cativa dos custos de produção A indústria da construção civil requer uma grande quan tidade de materiais para a produção como cimento britas areia aço blocos de concreto tijolos cabos tubulações e demais materiais necessários para as insta lações Segundo Souza autor do livro Como reduzir perdas nos canteiros manual de gestão do consumo de materiais na construção civil de 2005 cada metro qua drado de construção necessita de aproximadamente e toneladas de materiais CITANDO De acordo com Souza comparando a construção civil com outras in dústrias é possível afi rmar que ao longo de 1 ano de atividades o setor consome cerca de 100 a 200 mais materiais do que a indústria automobi lística Dessa forma qualquer ação que vise a maior efi ciência no uso de materiais de construção pode ter refl exos relevantes quanto ao desenvol vimento sustentável Tipos de perdas De acordo com Souza as perdas são classifi cadas segundo os seguintes cri térios PROCESSOS CONSTRUTIVOS 100 SERENGCIVPROCONUNID4indd 100 25032021 162005 O tipo de recurso consumido A unidade para a sua medição O momento de incidência na produção Sua natureza Sua causa Sua origem Perdas segundo o tipo de recurso consumido Uma obra para que seja concretizada demanda recursos físicos e financei ros interligados pois o uso com eficiência dos recursos físicos reduz a demanda por recursos financeiros Como recursos físicos são entendidos os materiais de construção a mão de obra e os equipamentos utilizado e quanto a esse parâ metro as perdas são classificadas de acordo com o Diagrama 1 DIAGRAMA 1 PERDAS SEGUNDO O RECURSO CONSUMIDO Fonte SOUZA 2005 p 31 Como exemplos de perdas financeiras Souza cita alguns casos Perdas estritamente financeiras casos em que por erros de cálculo os materiais são adquiridos em menor número que o necessário ao fornecedor ne cessitando de compra emergencial às vezes realizadas em fornecedores locais a preços mais altos Ocorrem também quando certos materiais estão em falta no mercado sendo preciso adquirir outros tipos com preço mais elevado Além disso compras em excesso representam perdas financeiras para a construção pois o recurso deixou de ser alocado em outras aquisições Perdas Financeiras Estritamente financeiras Decorrentes das perdas de recursos físicos Mão de obra Equipamentos Materiais Físicas PROCESSOS CONSTRUTIVOS 101 SERENGCIVPROCONUNID4indd 101 25032021 162005 Perdas decorrentes das perdas de recursos físicos conforme relatado quando há muitas perdas físicas mais recursos financeiros são necessários para a aquisição dos materiais adicionais Ainda segundo o mesmo autor como exemplos de perdas físicas é possível citar os seguintes casos Perdas de mão de obra quando um trabalhador precisa parar sua pro dução em função de possuir informações imprecisas a respeito do serviço a ser feito sendo necessária a pausa para aguardar as informações corretas Perdas de equipamentos quando os equipamentos não podem ser utili zados em função de situações climáticas mecânicas ou outras Perdas de materiais em função do armazenamento manuseio e emprego incorreto dos materiais de construção Perdas segundo a unidade para a sua medição As perdas são expressas em diversas unidades de medida a depender do tipo de material analisado como em unidade de massa volume e unidades monetá rias Além dessas são utilizadas unidades em valores absolutos ou percentuais Perdas segundo o momento de incidência na produção A fase de produção da edificação é a que possui maiores índices de perda de materiais o que pode ocorrer nas diversas etapas da produção de uma edifica ção como no recebimento dos materiais na estocagem no processamento inter mediário processamento final e no transporte que pode ocorrer entre as etapas Perdas segundo a natureza De acordo com Souza as perdas podem ter as seguintes naturezas Entulho Roubo Incorporada Figura 1 Perdas na construção civil segundo sua natureza Fonte SOUZA 2017 p 25 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 102 SERENGCIVPROCONUNID4indd 102 25032021 162009 a Entulho gerado na realização de diversos serviços e originado de materiais dis tintos como ao se quebrar um painel de fôrmas as partes inutilizáveis devem ser des cartadas e novos materiais adquiridos b Incorporada representam as perdas menos perceptíveis a olho nu todavia são frequentes nas edifi cações e incidem na utilização de quantidades superiores de mate riais do que o recomendado como ao concretar uma laje mais espessa que o indicado no projeto estrutural ou executar revestimentos de parede com espessura excessiva c Furtos ou roubos com a falta de segurança patrimonial em canteiros podem haver roubos ou furtos de materiais por terceiros o que demanda a compra de material adicional Perdas segundo a sua origem Num projeto é importante entender as razões que representam a origem das per das como ao quebrar um bloco para a confecção de uma alvenaria em que o profi ssio nal perde parte dele Portanto a perda não tem origem no referido ato mas na fase de projeto na qual foram especifi cados componentes incompatíveis com as dimensões da parede gerando a necessidade de cortes conforme Souza Dessa forma são considera das algumas origens para as perdas que podem ocorrer em diversas fases do projeto Falta ou inadequação dos procedimentos de produção Especifi cação de componentes não compatíveis com as dimensões do produto a ser realizado Falta de coordenação de trabalho entre os projetistas No Quadro 1 está a correlação entre alguns tipos de perdas suas origens e as fases do empreendimento Manifestações de perdas Causas Origens Fase do empreendimento Entulho de blo cos de concreto Corte com ferramenta eou técnica inadequadas Falta de procedimento de produção for mal para prescrição da ferramenta e da técnica adequadas para corte de blocos Planejamento Falta de treinamento dos operários quan to ao procedimento a ser seguido Produção Falta de compatibilização modular entre as dimensões das paredes e a dos compo nentes de alvenaria Concepção QUADRO 1 PERDAS E SUAS ORIGENS Entulho de blo cos de concreto Entulho de blo cos de concreto Entulho de blo cos de concreto cos de concreto Corte com ferramenta Corte com ferramenta eou técnica inadequadas Falta de procedimento de produção for ferramenta eou técnica inadequadas Falta de procedimento de produção for mal para prescrição da ferramenta e da eou técnica inadequadas Falta de procedimento de produção for mal para prescrição da ferramenta e da técnica adequadas para corte de blocos Falta de procedimento de produção for mal para prescrição da ferramenta e da técnica adequadas para corte de blocos inadequadas Falta de treinamento dos operários quan Falta de procedimento de produção for mal para prescrição da ferramenta e da técnica adequadas para corte de blocos Falta de treinamento dos operários quan to ao procedimento a ser seguido Falta de compatibilização modular entre Falta de procedimento de produção for mal para prescrição da ferramenta e da técnica adequadas para corte de blocos Falta de treinamento dos operários quan to ao procedimento a ser seguido Falta de compatibilização modular entre as dimensões das paredes e a dos compo Falta de procedimento de produção for mal para prescrição da ferramenta e da técnica adequadas para corte de blocos Falta de treinamento dos operários quan to ao procedimento a ser seguido Falta de compatibilização modular entre as dimensões das paredes e a dos compo Falta de procedimento de produção for mal para prescrição da ferramenta e da técnica adequadas para corte de blocos Falta de treinamento dos operários quan to ao procedimento a ser seguido Falta de compatibilização modular entre as dimensões das paredes e a dos compo Falta de procedimento de produção for mal para prescrição da ferramenta e da técnica adequadas para corte de blocos Falta de treinamento dos operários quan to ao procedimento a ser seguido Falta de compatibilização modular entre as dimensões das paredes e a dos compo nentes de alvenaria Falta de procedimento de produção for mal para prescrição da ferramenta e da técnica adequadas para corte de blocos Falta de treinamento dos operários quan to ao procedimento a ser seguido Falta de compatibilização modular entre as dimensões das paredes e a dos compo nentes de alvenaria mal para prescrição da ferramenta e da técnica adequadas para corte de blocos Falta de treinamento dos operários quan to ao procedimento a ser seguido Falta de compatibilização modular entre as dimensões das paredes e a dos compo nentes de alvenaria Falta de treinamento dos operários quan to ao procedimento a ser seguido Falta de compatibilização modular entre as dimensões das paredes e a dos compo nentes de alvenaria Planejamento Falta de compatibilização modular entre as dimensões das paredes e a dos compo nentes de alvenaria Planejamento Falta de compatibilização modular entre as dimensões das paredes e a dos compo Planejamento Produção as dimensões das paredes e a dos compo Produção Produção Concepção Concepção Concepção PROCESSOS CONSTRUTIVOS 103 SERENGCIVPROCONUNID4indd 103 25032021 162009 Cálculo de indicadores de perdas construtivas De acordo com Souza os indicadores representam informações quantitati vas e qualitativas que medem e permitem a avaliação de comportamento de de terminado objeto de estudo e a partir da utilização deles são criados sistemas informações com o intuito de auxiliar os gestores nas tomadas de decisões Para entender e compreender como ocorre este processo de perdas na construção civil é necessário o emprego dos indicadores de quantifi cação das perdas para identifi car o tipo de recurso perdido mensurálos determinar a fase do projeto em que ocorreram e o momento de incidência na produção Sobretudo é fun damental entender os dados por meio dos indicadores qualitativos como forma de buscar a razão para o número de perdas dando atenção para identifi car a sua natureza forma de incidência causa origem e sua caracterização tecnológica Indicadores de mensuração Indicador de perdas físicas de materiais global IPM Glob Este indicador tem o intuito de mensurar as perdas físicas globais ocorridas na fase de produção do empreendimento levando em consideração o projeto Entulho de pla cas cerâmicas Corte com ferramenta eou técnica inadequadas Falta de procedimento de produção formal para prescrição da ferramenta e da técnica adequadas para corte de placas cerâmicas Planejamento Falta de treinamento dos operários quan to ao procedimento a ser seguido Produção Projeto prescrevendo placas muito grandes para ambientes muito pequenos gerando percentual elevado de placas cortadas Concepção Espessura média elevada do reves timento interno de paredes com argamassa Falta de es quadro entre paredes projetadas para serem perpendicu lares Falta de treinamento do encarregado quanto aos procedimentos para inspeção do serviço Produção Vigas de concreto mais espes sas que a alvenaria Falta de coordenação de projetos Concepção Fonte SOUZA 2005 p 41 Entulho de pla Entulho de pla cas cerâmicas Entulho de pla cas cerâmicas Entulho de pla cas cerâmicas Corte com ferramenta Corte com ferramenta eou técnica inadequadas Falta de procedimento de produção formal ferramenta eou técnica inadequadas Falta de procedimento de produção formal para prescrição da ferramenta e da técnica Espessura média eou técnica inadequadas Falta de procedimento de produção formal para prescrição da ferramenta e da técnica adequadas para corte de placas cerâmicas Falta de treinamento dos operários quan Espessura média elevada do reves inadequadas Falta de procedimento de produção formal para prescrição da ferramenta e da técnica adequadas para corte de placas cerâmicas Falta de treinamento dos operários quan Espessura média elevada do reves timento interno Falta de es quadro entre Falta de procedimento de produção formal para prescrição da ferramenta e da técnica adequadas para corte de placas cerâmicas Falta de treinamento dos operários quan to ao procedimento a ser seguido Projeto prescrevendo placas muito grandes Espessura média elevada do reves timento interno de paredes com Falta de es quadro entre Falta de procedimento de produção formal para prescrição da ferramenta e da técnica adequadas para corte de placas cerâmicas Falta de treinamento dos operários quan to ao procedimento a ser seguido Projeto prescrevendo placas muito grandes para ambientes muito pequenos gerando elevada do reves timento interno de paredes com argamassa Falta de es quadro entre paredes projetadas Falta de procedimento de produção formal para prescrição da ferramenta e da técnica adequadas para corte de placas cerâmicas Falta de treinamento dos operários quan to ao procedimento a ser seguido Projeto prescrevendo placas muito grandes para ambientes muito pequenos gerando percentual elevado de placas cortadas timento interno de paredes com argamassa quadro entre paredes projetadas para serem perpendicu Falta de procedimento de produção formal para prescrição da ferramenta e da técnica adequadas para corte de placas cerâmicas Falta de treinamento dos operários quan to ao procedimento a ser seguido Projeto prescrevendo placas muito grandes para ambientes muito pequenos gerando percentual elevado de placas cortadas argamassa projetadas para serem perpendicu Falta de procedimento de produção formal para prescrição da ferramenta e da técnica adequadas para corte de placas cerâmicas Falta de treinamento dos operários quan to ao procedimento a ser seguido Projeto prescrevendo placas muito grandes para ambientes muito pequenos gerando percentual elevado de placas cortadas para serem perpendicu lares Falta de treinamento do encarregado quanto aos procedimentos para inspeção Falta de procedimento de produção formal para prescrição da ferramenta e da técnica adequadas para corte de placas cerâmicas Falta de treinamento dos operários quan to ao procedimento a ser seguido Projeto prescrevendo placas muito grandes para ambientes muito pequenos gerando percentual elevado de placas cortadas Falta de treinamento do encarregado quanto aos procedimentos para inspeção Vigas de concreto adequadas para corte de placas cerâmicas Falta de treinamento dos operários quan to ao procedimento a ser seguido Projeto prescrevendo placas muito grandes para ambientes muito pequenos gerando percentual elevado de placas cortadas Falta de treinamento do encarregado quanto aos procedimentos para inspeção Vigas de concreto mais espes Planejamento Falta de treinamento dos operários quan to ao procedimento a ser seguido Projeto prescrevendo placas muito grandes para ambientes muito pequenos gerando percentual elevado de placas cortadas Falta de treinamento do encarregado quanto aos procedimentos para inspeção mais espes sas que a alvenaria Planejamento Projeto prescrevendo placas muito grandes para ambientes muito pequenos gerando percentual elevado de placas cortadas Falta de treinamento do encarregado quanto aos procedimentos para inspeção do serviço mais espes sas que a alvenaria Planejamento Produção para ambientes muito pequenos gerando percentual elevado de placas cortadas Falta de treinamento do encarregado quanto aos procedimentos para inspeção do serviço alvenaria Produção Falta de treinamento do encarregado quanto aos procedimentos para inspeção do serviço Falta de coordenação de projetos Produção Concepção Falta de treinamento do encarregado quanto aos procedimentos para inspeção Falta de coordenação de projetos Concepção Falta de treinamento do encarregado quanto aos procedimentos para inspeção Falta de coordenação de projetos Concepção quanto aos procedimentos para inspeção Falta de coordenação de projetos Falta de coordenação de projetos Produção Falta de coordenação de projetos Produção Falta de coordenação de projetos Concepção Concepção Concepção PROCESSOS CONSTRUTIVOS 104 SERENGCIVPROCONUNID4indd 104 25032021 162010 como um todo e utilizando a porcentagem como unidade de medida sendo cal culado por meio da fórmula Em que QMR quantidade de material realmente necessária QMT quantidade de material teoricamente necessária Os QMR e QMT usados no indicador são determinados da seguinte forma Em que QMT quantidade material teoricamente necessária QS quantidade de serviço executado QM quantidade de material demandada QMS quantidade de material simples demandada Indicador de perdas financeiras de materiais global IPF Glob De maneira análoga ao IPM Glob este indicador de perdas financeiras diz respeito ao processo de produção como um todo com medidas em unidades monetárias relacionadas com a perdas físicas pois são compostas pelas perdas estritamente financeiras e as decorrentes de perdas físicas O cálculo deste indi cador é possível por meio da fórmula Em que QMoR quantidade monetária realmente necessária QMoT quantidade monetária teoricamente necessária Além disso o indicador de perdas de materiais global IPM Glob pode ser divido em parcelas menores ao longo das etapas do processo de produção com o intuito de aprimorar a identificação destas perdas ao utilizar partes menores Os indicadores parciais são úteis para localizar as fases da produção mais propensas às ocorrências de perdas e assim propor soluções para resolvêlas apesar de na teoria ser mais indicado a depender do tipo de produto produzido diversas fases e serviços o que torna inviável a utilização de muitos indicadores Por isso Souza recomenda que seja utilizado o indicador global com o auxílio de indicadores parciais específicos PROCESSOS CONSTRUTIVOS 105 SERENGCIVPROCONUNID4indd 105 25032021 162010 No Diagrama 2 as etapas de recebimento estocagem processamento in termediário e processamento final possuem um índice ΔQM específico que so mados resultam no índice ΔQM de todo a produção Esse índice representa a quantidade de materiais utilizadas além do necessário em tese Desse modo o índice de perdas de materiais global IPM Glob é dado pela fórmula Para a obtenção do índice ΔQM nas diversas etapas da produção pode ser utilizada a fórmula a seguir Indicadores explicadores Esses indicadores têm a função de auxiliar os indicadores quantitativos no entendimento da razão pelas quais ocorreram as perdas de forma a facilitar a sua mitigação São utilizados os seguintes indicadores Indicadores de natureza percentual usados para aumentar a explicação dos motivos que podem ter causado as perdas indicando a parcela de perdas segundo a sua natureza como furtos entulhos e incorporação Quando se fala em perdas construtivas é comum sua associação com o desperdício de sobras de materiais em entulhos e por meio dos indicadores de natureza percentual em estudos de Souza na construção de edifícios foi demonstrado que esse tipo de perda representa uma parcela de 30 do total enquanto as perdas incorporadas representam 70 en quanto as perdas por furtos por sua vez apresentam valor irrelevante DIAGRAMA 2 INDICADOR DE PERDAS DE MATERIAIS GLOBAL EM FUNÇÃO DAS ETAPAS DO PROJETO Fonte SOUZA 2005 p 49 ΔQMreceb ΔQMmovimentação ΔQMmovimentação ΔQMmovimentação ΔQMprodução ΔQMreceb ΔQMestoc ΔQMproc int ΔQMproc final ΔQMmovimentações IPMGlob IPMreceb IPMestoc IPMproc int IPMproc final IPMmovimentações ΔQMestoc ΔQMproc int ΔQMproc final Recebimento Estocagem Processamento intermediário Processamento final PROCESSOS CONSTRUTIVOS 106 SERENGCIVPROCONUNID4indd 106 25032021 162010 Fatores quantitativos mensuram as características do produto relaciona das com as perdas identifi cadas apontam as formas de manifestação e indicam o seu valor aproximado na obtenção da espessura de revestimentos de alvena ria em que as espessuras além do usual podem ser as causadoras das perdas de argamassa Fatores indutores e caracterizadores não mensuram as perdas mas in dicam as possíveis causas e origens e relacionam as perdas com as condições em que o serviço foi executado A diferença entre eles reside no tipo de item analisado como os fatores indutores que tratam das possíveis causas ou ori gens das perdas e os caracterizadores que analisam as características tecnoló gicas associadas ao serviço como o tipo de ferramenta utilizada tipo de forneci mento de materiais entre outros Construção enxuta ou lean construction Nos últimos anos a construção civil tem se voltado cada vez mais para o plane jamento e controle de produção como forma de melhorar os processos adminis trativos e gerenciais para modernizar processos melhorar a qualidade e buscar a redução do preço dos produtos adaptando conceitos e técnicas utilizados no setor industrial o que é salientado por Bernardes em Planejamento e controle da produção para empresas de construção civil de 2021 No entanto a produção na construção civil possui um caráter distinto dos demais ramos industriais e nem sempre é fácil realizar tal adaptação o que resulta na adoção de sistemas inefi cientes O planeja mento e o controle da produção são necessários em função dos seguintes aspectos Facilitar a compressão dos objetivos do empreendimento Habilitar cada indivíduo envolvido na produção do empreendimento a pla nejar sua parcela de trabalho Desenvolver referências para a elaboração de orçamentos e programação Produzir informações para a tomada de decisão mais consistente Evitar decisões errôneas em projetos futuros Melhorar o desempenho da produção por meio da análise dos processos Aumentar a velocidade de resposta frente à futuras mudanças Fornecer padrões de monitoramento revisão e controle da execução de empreendimentos PROCESSOS CONSTRUTIVOS 107 SERENGCIVPROCONUNID4indd 107 25032021 162010 Estabelecer um processo de aprendizado sistemático com a experiência acumulada com os empreendimentos executados Adotar o planejamento na construção é tão importante quanto produzir os orçamentos planejar as atividades ou elaborar documentos As obras de cons trução civil são marcadas pelo desperdício e sua baixa inefi ciência em relação aos demais as demais indústrias os atrasos frequentes e o aumento nos custos são os principais fatores que impulsionam o setor a buscar cada vez mais o pla nejamento e monitoramento constante dos projetos de construção conforme relatado por Teixeira Netto em artigo publicado em 2020 na revista Interações Dentre os conceitos abordados cada vez é abordada a Construção Enxuta ou Lean Construction CONTEXTUALIZANDO De acordo com Bernardes os principais benefícios da adoção de um modelo de planejamento da produção são Contribuir para a área do conhecimento estabelecendo um referen cial teórico para discussões Orientar empresas para o desenvolvimento de sistema de planeja mento e controle da produção Mostrar como o planejamento pode ser utilizado em vários níveis gerenciais Defi nir os papéis de quem deve participar do planejamento Produção enxuta ou lean production Para entender o Lean Construction é importante abordar suas origens em outras indústrias A partir do fi nal da década de 1970 muitos setores industriais estabeleceram um novo paradigma na gestão da produção passando por diver sas modifi cações em suas atividades produtivas visto que os sistemas europeus e norteamericanos de produção em massa começaram a entrar em crise em decorrência do aumento de salários aliada à redução das jornadas de trabalho Com esta situação surgiram diversas iniciativas de novas maneiras de pro dução dentre as quais tem destaque a indústria automobilística japonesa com a aplicação do Sistema Toyota de Produção conhecido como Lean production ou Produção enxuta conforme escrito por Bernardes A produção enxuta surgiu nas fábricas da montadora Toyota no Japão após a Segura Guerra Mundial com PROCESSOS CONSTRUTIVOS 108 SERENGCIVPROCONUNID4indd 108 25032021 162010 a devastação da economia do país e busca da empresa para tentar se reerguer algo exposto por Euphrosino em artigo para a revista Matéria no ano de 2019 Produção enxuta foi a denominação mais conhecida entre acadêmicos e profi ssionais Um dos principais pontos da construção enxuta é baseado no princípio do Pensamento Enxuto Lean Thinking que visa a eliminação de qual quer trabalho considerado desnecessário no processo produtivo de determina do bem ou serviço em função disso são chamados de perdas ou desperdícios como ressaltado por Bernardes e Euphrosino As perdas no sistema produtivo podem ser encaradas como qualquer elemento que gere custos mas não agre gue valor no produto ou serviço Assim as melhorias são focadas na identifi ca ção de tais perdas Segundo Ballé no livro Estratégia Lean para criar vantagem competitiva inovar e produzir com crescimento sustentável de 2019 o lean é uma estratégia de negó cios que representa uma nova maneira de pensar pois a Toyota não inventou um método para a otimização das organizações mecanicistas mas criou uma nova maneira de pensar sobre o trabalho de forma dinâmica para aprender a melhor satisfazer seus clientes De uma forma resumida o pensamento enxuto pode ser considerado como uma forma de fazer cada mais com menos recursos sejam eles representados pelo esforço humano menos equipamentos menos tempo menos movimenta ções menos espaços eliminando os desperdícios e agregando valor por meio das atividades necessárias além de oferecer ao cliente o que ele deseja como relatado por Gonçales Filho Campos e Assumpção em artigo para a revista Ges tão e Produção em 2016 Conceitos e princípios do lean construction É conhecido que o sistema de produção na construção civil pode ser conside rado irracional com grandes índices de perdas e altos custos produtivos repre sentando um setor bastante complexo que depende de diversos fatores como a qualidade dos materiais empregados a mão de obra e os recursos disponíveis Quando não há controle sobre eles surgem as perdas construtivas Em função deste cenário o Lean Construction ou Construção enxuta nasceu a partir dos conceitos da produção enxuta como uma fi losofi a de produção específi ca para PROCESSOS CONSTRUTIVOS 109 SERENGCIVPROCONUNID4indd 109 25032021 162010 a construção civil a partir de estudos de um grupo internacional denominado de The Internacional Group for Lean Construction sendo o pesquisador finlandês Lauri Koskela o primeiro a adotar esta denominação em 1992 A construção enxuta tem como principal desafio tornar as construto ras adaptáveis às mudanças de demandas e à eliminação de atividades e processos que não agregam valor ao produto para reduzir os custos au mentando a produtividade e os lucros conforme proposto por Bernardes e Euphrosino Em seus estudos apresentados no livro Application of the new production philosophy to construction de 1992 Koskela estabeleceu 11 prin cípios básicos para a implementação do Lean Construction 1 Redução da parcela de atividades que não agregam valor são con sideradas atividades que agregam valor aquelas que convertem os insumos utilizados para atender aos requisitos do cliente Logo atividades que não geram valor são aquelas sem a conversão para atender ao cliente apenas consumindo tempo recursos ou espaços Neste grupo de atividades se encaixam as operações de movimentação inspeção e espera por isso a importância do planejamento do processo produtivo para a implementação do Lean Construction com a redução destas operações 2 Aumentar o valor do produto por meio de uma consideração siste mática dos requisitos do cliente uma das atividades de grande importân cia é uma pesquisa prévia com os clientes de modo a ter uma compreen são daquilo que se espera do produto em especial antes da realização de qualquer tipo de operação pois evita que o cliente se frustre com o produto bem como o retrabalho de adequar o produto de acordo com os gostos do cliente Além disso a ação parece simples mas passa a noção de que a empresa se preocupa com seus clientes e com os prazos estabelecidos Desta forma um produto tem valor agregado quando consegue satisfazer seus clientes internos e externos 3 Redução da variabilidade este princípio é importante pois a variabilidade pode acar retar no aumento dos custos e tempo de pro dução assim como influencia a aceitação dos clientes A variabilidade por ser reduzida tem a PROCESSOS CONSTRUTIVOS 110 SERENGCIVPROCONUNID4indd 110 25032021 162010 implantação facilitada com a adoção de processos de produção padroniza dos ou em outras palavras do planejamento do processo produtivo 4 Redução do tempo de ciclo o tempo de ciclo corresponde ao total dos prazos necessários para a realização das atividades que não geram va lor ao produto citados no princípio 1 Logo reduzilos significa diminuir o tempo de ciclo A implementação de inovações é facilitada em empreendi mentos com menor tempo de ciclo podendo ser alcançada ao sincronizar os fluxos de material e mão de obra além da adoção de atividades repetiti vas e padronizadas 5 Simplificação pela minimização do número de passos e partes a simplificação tem como intuito eliminar atividades que não agregam valor podendo ser alcançada com a redução de componentes e processos Quan to maior o número de atividades envolvidas maior a necessidade de opera ções de movimentação inspeção e espera que conforme visto consomem os recursos de forma desnecessária e em excesso 6 Aumento da flexibilidade na execução do produto os empreendi mentos devem estar preparados para mudanças de forma satisfazer a exi gência de seus consumidores Coletar informações dos clientes é essencial para o conhecimento da possibilidade de mudanças no decorrer do projeto 7 Aumento na transparência reduzir os erros na produção dá mais transparência aos processos produtivos detectando erros de forma mais rápida na execução dos serviços Para isso ter informações mais completas contribui não só para a existência de erros como para o aumento das ati vidades que não agregam valor À medida que os funcionários possuem as informações necessárias para o desenvolvimento de suas atividades elas são realizadas de maneira mais eficaz 8 Foco no controle de todo o processo é importante que o projeto seja visto como um todo e não apenas de forma segmentada posto que o processo construtivo dividido em partes facilita a ocorrência de perdas Controlar todo o processo possibilita a identificação e correção de possíveis desvios que podem resultar em atraso na entrega da obra assim os diver sos níveis de planejamentos devem ser integrados 9 Estabelecimento de melhoria contínua ao processo a redução das perdas nos processos produtivos deve ser contínua uma vez que o princípio PROCESSOS CONSTRUTIVOS 111 SERENGCIVPROCONUNID4indd 111 25032021 162010 da melhoria contínua também pode ser alcançado à medida que os demais princípios citados são alcançados A tomada de decisões frente aos desvios detectados é um processo de melhoria contínua do processo produtivo 10 Balanceamento da melhoria dos fl uxos com a melhoria das con versões Quanto maior a complexidade de um processo produtivo maior o impacto da melhoria no fl uxo Melhores fl uxos carecem de menor capacidade de conversão e por consequência menores investimentos em equipamentos 11 Benchmarking representa um processo de aprendizado realizado a partir de práticas adotadas em outros empresas consideradas como ex poentes em determinado seguimento Por buscar desenvolver processos de acordo com as melhores práticas que existem no mercado pode ser considerado como uma ferramenta de inserção de inovações tecnológicas nos processos produtivos Acompanhamento do desenvolvimento do projeto Os projetos na construção civil são de caráter longo e compostos por uma diversidade de atividades que deman dam grandes quantidades de recursos Em função disso é importante para o gerente de projetos acompanhar a evolução da obra ao longo do tempo como apontado por Mattos em Plane jamento e controle de obras de 2010 Ainda segundo o autor o ritmo de trabalho na construção civil se inicia com ritmo lento caracterizado por poucas atividades ocorrendo de forma simultânea para depois passar a ter várias atividades simultâneas em ritmo mais acelerado e próximo ao fi m voltar a ocorrer a queda no ritmo Ao longo da obra o ritmo dos custos segue o de atividades Para o controle da quantidade de trabalho e custos ao longo do desenvolvimen to do projeto é empregada a curva S que mostra o ritmo de andamento do projeto e recebe esse nome porque o parâmetro analisado plotado em função do tempo no gráfi co obtido possui formato de S como o exemplo trazido no Diagrama 3 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 112 SERENGCIVPROCONUNID4indd 112 25032021 162011 DIAGRAMA 3 EXEMPLO DE UMA CURVA S Fonte MATTOS 2010 p 258 CURIOSIDADE Projetos distintos possuem podem ter curvas S com aspectos distintos pois isso depende da sequência de atividades da produtividade da mão de obra e dos custos para a realização do projeto De acordo com Mattos projetos curtos tendem a formar curvas S deformadas por não permitir o desenvolvimento completo de uma curva S e assim ela não possui o formato característico com duas concavidades bem defi nidas Curva S de trabalho e curva S de custos O projeto de construção civil é formado de uma grande quantidade de ativi dades e serviços de naturezas diferentes sendo mensurados por meio de unida de de medida distintas o que torna quase impossível o somatório para avaliação do progresso da obra Por isso é fundamental estabelecer medidas padroniza das que consigam atender a todos as atividades sendo elas o trabalho medido por homemhora e os custos Após determinar o parâmetro a ser acompanhado para a elaboração da curva o gerente da obra deve acompanhálo por meio do cronograma e acumular seus valores em função do tempo segundo Mattos A curva S de trabalho é determina da em função da quantidade de mão de obra utilizada ao longo do tempo Avanço acumulado Tempo PROCESSOS CONSTRUTIVOS 113 SERENGCIVPROCONUNID4indd 113 25032021 162011 De modo análogo a curva S de custos é obtida com base no parâmetro utili zado que pondera o valor de cada atividade realizada levando em consideração a mão de obra materiais e equipamentos utilizados Apesar de serem obtidas da mesma forma as curvas não são consideradas iguais já que estes parâmetros não evoluem na mesma proporção É possível ver o exemplo de uma curva S de custos no Diagrama 4 DIAGRAMA 4 CURVA S DE CUSTOS Fonte PINHEIRO CRIVELLARO 2014 p 107 Curva S padrão A curva S padrão também conhecida como teórica é aproveitada quando o projeto ainda se encontra nas fases preliminares e não são obtidos dados sufi cientes sendo necessário acompanhar uma estimativa de avanço Para a obten ção dos dados utilizados na plotagem da curva é empregada a fórmula Em que acumn avanço acumulado até o período n expresso em n número de ordem do período N prazo R 180 R 160 R 140 R 120 R 100 R 80 R 60 R 40 R 20 R 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 114 SERENGCIVPROCONUNID4indd 114 25032021 162011 t mudança de concavidade da curva representa o percentual do prazo total no ponto máximo da curva de Gauss s coefi ciente de forma que depende do ritmo da obra Os parâmetros podem ser exemplifi cados no modelo de curva S padrão pre sente no Diagrama 5 DIAGRAMA 5 CURVA DE GAUSS E CURVA S Fonte MATTOS 2010 p 265 Análise de valor agregado A análise de valor agregado também representa uma forma de avaliação do desempenho dos empreendimentos fornecendo resultados precisos por meio de dados reais de tempo e custo o que faz com que o gerente compreenda a CONTEXTUALIZANDO Mattos em seu livro aponta alguns dos benefícios decorrentes da utilização da curva S Mostra o desenvolvimento do projeto do começo ao fi m Permite visualizar os valores acumulados em qualquer fase do projeto Ótima ferramenta de controle entre o previsto e o realizado Pode ser utilizada na tomada de decisões gerenciais É de fácil leitura e permite a apresentação rápida da evolução do projeto no mês no mês ordenada máxima da curva de Gauss sino mudança da concavidade da curva S I 45 8 100 80 60 40 20 0 7 6 5 4 3 2 1 0 1 11 2 12 3 13 4 14 5 15 6 16 7 17 8 18 9 19 10 20 acumulado acumulado Mês PROCESSOS CONSTRUTIVOS 115 SERENGCIVPROCONUNID4indd 115 25032021 162011 DIAGRAMA 6 ELEMENTOS UTILIZADOS NA ANÁLISE DO VALOR AGREGADO situação atual do projeto de forma clara O método compara o valor do trabalho estipulado no planejamento com o trabalho efetivamente concluído para ana lisar se os custos e as atividades estão dentro daquilo estipulado no planeja mento segundo proposto por Mattos Ainda segundo o autor a análise de valor agregado é composta a partir de elementos como o cronograma físicofinan ceiro que por sua vez é baseado na estrutura analítica de projeto EAP dando origem a uma curva S que expressa o avanço do projeto Fonte MATTOS 2010 p 353 Na análise de valor agregados Mattos destaca que são comparados os seguintes itens Valor previsto custo estabelecido no planejamento com o auxílio do orça mento não representa aquilo que foi de fato realizado e corresponde à linha de base que deve nortear a equipe de projetos Valor agregado custo que determinado serviço executado deveria apre sentar correspondente à quantia que deveria ter sido gasta Custo real valor real demandado para a execução do serviço corresponde à realidade física e não está relacionado ao planejamento do projeto S S S S S S S S Escopo EAP Cronograma planejamento Custo orçamento Custo Tempo Curva S linha de base PROCESSOS CONSTRUTIVOS 116 SERENGCIVPROCONUNID4indd 116 25032021 162011 Ainda de acordo com o autor esses três itens podem apresentar variações em função do custo e do prazo Variação de custo representa a diferença entre o quanto o serviço deveria ter custado e quanto realmente custou dada pela subtração entre o valor agre gado e o custo real de acordo com a fórmula VC VA CR Com base no valor obtido para a variação de custos é possível obter in formações a respeito do projeto a partir de algumas formulações presentes no Quadro 2 Valores Signifi cado Observação VA CR VC 0 O projeto gastou menos do que o previsto para realizar o trabalho abaixo do orçamento Razões possíveis Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de preços e controle de gastos Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do serviço ou dos insumos Medidas Identifi car a fonte de ganho Manter o ritmo do trabalho VA CR VC 0 O projeto gastou exata mente o que foi previsto para realizar o trabalho no orçamento Medida Manter o ritmo do trabalho VA CR VC 0 O projeto gastou mais do que o previsto para realizar o trabalho aci ma do orçamento Razões possíveis Produtividade real fi cou aquém da produtividade orçada Contratempos encareceram o serviço mudança de projeto chuva pa ralisação falta de material etc Medidas Identifi car a fonte da perda Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo inadequado QUADRO 2 VARIAÇÃO DE CUSTO COM BASE NO VALOR APRESENTADO VA CR VA CR 0 VC O projeto gastou menos do que o previsto para O projeto gastou menos do que o previsto para realizar o trabalho abaixo do orçamento VA CR O projeto gastou menos do que o previsto para realizar o trabalho abaixo do orçamento VA CR 0 O projeto gastou menos do que o previsto para realizar o trabalho abaixo do orçamento VC O projeto gastou menos do que o previsto para realizar o trabalho abaixo do orçamento Razões possíveis O projeto gastou exata mente o que foi previsto realizar o trabalho abaixo do orçamento Razões possíveis Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de preços e controle de gastos O projeto gastou exata mente o que foi previsto para realizar o trabalho Razões possíveis Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de preços e controle de gastos Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do serviço ou dos insumos O projeto gastou exata mente o que foi previsto para realizar o trabalho no orçamento VA CR 0 Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de preços e controle de gastos Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do serviço ou dos insumos Medidas O projeto gastou exata mente o que foi previsto para realizar o trabalho no orçamento Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de preços e controle de gastos Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do serviço ou dos insumos Medidas Identifi car a fonte de ganho Manter o ritmo do trabalho O projeto gastou exata mente o que foi previsto para realizar o trabalho no orçamento VC O projeto gastou mais Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de preços e controle de gastos Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do serviço ou dos insumos Identifi car a fonte de ganho Manter o ritmo do trabalho para realizar o trabalho Medida O projeto gastou mais do que o previsto para realizar o trabalho Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do serviço ou dos insumos Identifi car a fonte de ganho Manter o ritmo do trabalho Medida Manter o ritmo do trabalho O projeto gastou mais do que o previsto para realizar o trabalho ma do orçamento Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do Identifi car a fonte de ganho Manter o ritmo do trabalho Manter o ritmo do trabalho O projeto gastou mais do que o previsto para realizar o trabalho ma do orçamento Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do Identifi car a fonte de ganho Manter o ritmo do trabalho Manter o ritmo do trabalho O projeto gastou mais do que o previsto para realizar o trabalho ma do orçamento Razões possíveis Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do Manter o ritmo do trabalho Manter o ritmo do trabalho do que o previsto para aci ma do orçamento Razões possíveis Produtividade real fi cou aquém da produtividade orçada Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do Manter o ritmo do trabalho Razões possíveis Produtividade real fi cou aquém da produtividade orçada Contratempos encareceram o serviço mudança de projeto chuva pa ralisação falta de material etc Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do Manter o ritmo do trabalho Produtividade real fi cou aquém da produtividade orçada Contratempos encareceram o serviço mudança de projeto chuva pa ralisação falta de material etc Medidas Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do Produtividade real fi cou aquém da produtividade orçada Contratempos encareceram o serviço mudança de projeto chuva pa ralisação falta de material etc Medidas Identifi car a fonte da perda Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do Produtividade real fi cou aquém da produtividade orçada Contratempos encareceram o serviço mudança de projeto chuva pa ralisação falta de material etc Identifi car a fonte da perda Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo inadequado Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do Produtividade real fi cou aquém da produtividade orçada Contratempos encareceram o serviço mudança de projeto chuva pa ralisação falta de material etc Identifi car a fonte da perda Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo inadequado Produtividade real fi cou aquém da produtividade orçada Contratempos encareceram o serviço mudança de projeto chuva pa ralisação falta de material etc Identifi car a fonte da perda Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo Produtividade real fi cou aquém da produtividade orçada Contratempos encareceram o serviço mudança de projeto chuva pa Identifi car a fonte da perda Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo Produtividade real fi cou aquém da produtividade orçada Contratempos encareceram o serviço mudança de projeto chuva pa Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo Produtividade real fi cou aquém da produtividade orçada Contratempos encareceram o serviço mudança de projeto chuva pa Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo Produtividade real fi cou aquém da produtividade orçada Contratempos encareceram o serviço mudança de projeto chuva pa Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo Contratempos encareceram o serviço mudança de projeto chuva pa Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo Contratempos encareceram o serviço mudança de projeto chuva pa Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo Contratempos encareceram o serviço mudança de projeto chuva pa Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo Variação de prazo representa a diferença entre a quantidade de trabalho efetivamente produzido e o quanto deveria ser produzido de acordo com o esta belecido no planejamento Para tanto é empregada a seguinte fórmula VPr VA VP É medida em dinheiro e não em tempo fornecendo informações se o pro jeto está agregando valor de acordo com o previsto Da mesma forma que a Fonte MATTOS 2010 p 357 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 117 SERENGCIVPROCONUNID4indd 117 25032021 162011 variação de custos a variação de prazos pode ter diversos signifi cados como demonstrado no Quadro 3 Valores Signifi cado Observação VA VP VPr 0 Foi realizado mais trabalho do que o previsto projeto adiantado Razões possíveis Produtividade real superou a orçada Projeto andou rápido à custa de serviço malfeito Medidas Identifi car a fonte de ganho talvez a equipe esteja in chada demais Manter o ritmo do trabalho VA VP VPr 0 O trabalho realizado foi exata mente igual ao que havia sido previsto no prazo Medidas Manter o ritmo do trabalho VA VP VPr 0 Foi realizado menos trabalho do que o previsto projeto atrasado Razões possíveis Produtividade real não conseguiu atingir a orçada tal vez a equipe esteja com gente de menos Contratempos atrasaram o projeto mudança de projeto chuva paralisação falta de material etc Medidas Identifi car a fonte da perda Adotar providências para prevenir futuras perdas e para corrigir o ritmo inadequado Fonte MATTOS 2010 p 358 QUADRO 3 VARIAÇÃO DE PRAZO COM BASE NO VALOR APRESENTADO VA VP VA VP VPr Foi realizado mais trabalho Foi realizado mais trabalho do que o previsto adiantado VA VP 0 Foi realizado mais trabalho do que o previsto adiantado Foi realizado mais trabalho do que o previsto adiantado VPr Foi realizado mais trabalho do que o previsto O trabalho realizado foi exata mente igual ao que havia sido Foi realizado mais trabalho projeto Razões possíveis O trabalho realizado foi exata mente igual ao que havia sido previsto VA VP projeto Razões possíveis O trabalho realizado foi exata mente igual ao que havia sido previsto VA VP 0 Razões possíveis Produtividade real superou a orçada Projeto andou rápido à custa de serviço malfeito Medidas O trabalho realizado foi exata mente igual ao que havia sido no prazo Razões possíveis Produtividade real superou a orçada Projeto andou rápido à custa de serviço malfeito Medidas O trabalho realizado foi exata mente igual ao que havia sido no prazo VPr Foi realizado menos trabalho Produtividade real superou a orçada Projeto andou rápido à custa de serviço malfeito Identifi car a fonte de ganho talvez a equipe esteja in chada demais O trabalho realizado foi exata mente igual ao que havia sido Foi realizado menos trabalho do que o previsto Produtividade real superou a orçada Projeto andou rápido à custa de serviço malfeito Identifi car a fonte de ganho talvez a equipe esteja in chada demais Manter o ritmo do trabalho Medidas Foi realizado menos trabalho do que o previsto atrasado Produtividade real superou a orçada Projeto andou rápido à custa de serviço malfeito Identifi car a fonte de ganho talvez a equipe esteja in chada demais Manter o ritmo do trabalho Medidas Foi realizado menos trabalho do que o previsto atrasado Produtividade real superou a orçada Projeto andou rápido à custa de serviço malfeito Identifi car a fonte de ganho talvez a equipe esteja in Manter o ritmo do trabalho Manter o ritmo do trabalho Foi realizado menos trabalho do que o previsto Produtividade real superou a orçada Projeto andou rápido à custa de serviço malfeito Identifi car a fonte de ganho talvez a equipe esteja in Manter o ritmo do trabalho Manter o ritmo do trabalho Foi realizado menos trabalho projeto Razões possíveis Projeto andou rápido à custa de serviço malfeito Identifi car a fonte de ganho talvez a equipe esteja in Manter o ritmo do trabalho Manter o ritmo do trabalho projeto Razões possíveis Projeto andou rápido à custa de serviço malfeito Identifi car a fonte de ganho talvez a equipe esteja in Manter o ritmo do trabalho Razões possíveis Produtividade real não conseguiu atingir a orçada tal vez a equipe esteja com gente de menos Projeto andou rápido à custa de serviço malfeito Identifi car a fonte de ganho talvez a equipe esteja in Manter o ritmo do trabalho Produtividade real não conseguiu atingir a orçada tal vez a equipe esteja com gente de menos Contratempos atrasaram o projeto mudança de projeto chuva paralisação falta de material etc Medidas Identifi car a fonte de ganho talvez a equipe esteja in Manter o ritmo do trabalho Produtividade real não conseguiu atingir a orçada tal vez a equipe esteja com gente de menos Contratempos atrasaram o projeto mudança de projeto chuva paralisação falta de material etc Medidas Identifi car a fonte de ganho talvez a equipe esteja in Produtividade real não conseguiu atingir a orçada tal vez a equipe esteja com gente de menos Contratempos atrasaram o projeto mudança de projeto chuva paralisação falta de material etc Identifi car a fonte da perda Adotar providências para prevenir futuras perdas e para Identifi car a fonte de ganho talvez a equipe esteja in Produtividade real não conseguiu atingir a orçada tal vez a equipe esteja com gente de menos Contratempos atrasaram o projeto mudança de projeto chuva paralisação falta de material etc Identifi car a fonte da perda Adotar providências para prevenir futuras perdas e para corrigir o ritmo inadequado Produtividade real não conseguiu atingir a orçada tal vez a equipe esteja com gente de menos Contratempos atrasaram o projeto mudança de projeto chuva paralisação falta de material etc Identifi car a fonte da perda Adotar providências para prevenir futuras perdas e para corrigir o ritmo inadequado Produtividade real não conseguiu atingir a orçada tal vez a equipe esteja com gente de menos Contratempos atrasaram o projeto mudança de projeto chuva paralisação falta de material etc Identifi car a fonte da perda Adotar providências para prevenir futuras perdas e para corrigir o ritmo inadequado Produtividade real não conseguiu atingir a orçada tal vez a equipe esteja com gente de menos Contratempos atrasaram o projeto mudança de projeto chuva paralisação falta de material etc Identifi car a fonte da perda Adotar providências para prevenir futuras perdas e para corrigir o ritmo inadequado Produtividade real não conseguiu atingir a orçada tal Contratempos atrasaram o projeto mudança de projeto chuva paralisação falta de material etc Adotar providências para prevenir futuras perdas e para corrigir o ritmo inadequado Produtividade real não conseguiu atingir a orçada tal Contratempos atrasaram o projeto mudança de projeto Adotar providências para prevenir futuras perdas e para Produtividade real não conseguiu atingir a orçada tal Contratempos atrasaram o projeto mudança de projeto Adotar providências para prevenir futuras perdas e para Contratempos atrasaram o projeto mudança de projeto Adotar providências para prevenir futuras perdas e para Adotar providências para prevenir futuras perdas e para Adotar providências para prevenir futuras perdas e para Etapas de uma obra Uma construção é segmentada em diversas etapas sendo cada uma com suas peculiaridades Instalações prediais As instalações prediais são de grande importância para promover conforto e higiene aos seus usuários dentre as quais estão as instalações hidrossanitárias e elétricas Instalações hidrossanitárias dividemse em instalações de água fria água quente esgoto e pluviais Os dispositivos mais comuns nestas instalações são os registros de gaveta torneiras registros de pressão e válvulas de fluxo entre outros PROCESSOS CONSTRUTIVOS 118 SERENGCIVPROCONUNID4indd 118 25032021 162012 Instalações elétricas as verificações dos pontos de luz a posição dos interruptores e o posicionamento das tomadas de uso corrente são pontos importantes a serem abordados A primeira fase de trabalho na execução das instalações elétricas conforme registrado pelo livro de Borges Prática das peque nas construções publicado no ano de 2009 trata da instalação dos eletrodutos instalados nas paredes e lajes A segunda fase está relacionada com passagem dos condutores pelo interior dos eletrodutos enquanto a terceira corresponde às terminações onde os pontos são efetivamente ligados sejam eles pontos de luz ou tomadas CURIOSIDADE Segundo o livro Técnicas e práticas construtivas para edificação escrito por Salgado e publicado em 2018 as novas tecnologias em tubulações têm ganhado espaço em relação ao PVC sendo possível citar alguns materiais Polipropileno Copolímero Random PPR utilizado em instalações de água fria Por ser mais flexível reduz o uso de conexões PVC mineralizado são tubulações de PVC com paredes de maior es pessura em relação à tubulação de PVC comum Tem as propriedades de reduzir os barulhos nas instalações Sistema PEX ponto a ponto são utilizadas espécies de mangueiras para excluir as curvas e cotovelos usado para água fria e quente Acabamentos Nesta fase são realizadas as atividades com finalidades estéticas para a obra e também funcionais Revestimento Os revestimentos são elementos que têm a função de proteger as estruturas de intempéries como ventos chuvas excesso de umidade que com o tempo podem causar danos à obra Paredes grande parte dos revestimentos de parede são realizados com a aplicação de argamassas tipo mais tradicional sendo os mais recomendados para a proteção de paredes de vedação de alvenaria interna ou externa Um revestimento argamassado é composto das camadas de chapisco que é a pri meira camada aplicada diretamente nos blocos ou tijolos com espessura em torno de 5 a 7 mm e cuja principal função é promover aderência para as demais camadas A próxima camada é o emboço que regulariza o revestimento sendo mais espesso em torno de 2 a 25 cm Por sua vez a camada reboco é a camada PROCESSOS CONSTRUTIVOS 119 SERENGCIVPROCONUNID4indd 119 25032021 162012 final apenas com o intuito de cuidar da estética do revestimento Porém grande parte dos profissionais opta por utilizar apenas o chapisco e emboço tendo o reboco também a finalidade de cuidar da estética do revestimento Pisos nos pisos são mais utilizados os revestimentos cerâmicos em es pecial nas áreas molhadas como cozinhas banheiros e áreas de serviço Nesta etapa a destreza do profissional na aplicação dos revestimentos é fundamental Impermeabilização O uso da água é fundamental na construção civil pois ela é empregue no preparo de concretos argamassas tintas e demais materiais além de sua utili zação na limpeza dos ambientes No entanto ela pode se tornar um problema dado que muitos materiais utilizados se deterioram na presença de umidade Conforme Salgado os problemas mais comuns são Presença de umidade as estruturas executadas no nível do solo Presença de umidade nas paredes próximas ao piso Umidade em piso Acúmulo de águas nas lajes com a ocorrência de infiltrações A solução adotada para evitar tais problemas é a impermeabilização que segundo o autor é qualquer sistema destinado a promover a estanqueidade da água Os usos mais comuns são na impermeabilização de vigas baldrame argamassas concretos e reservatórios sem esquecer das superfícies de concre to como pequenas lajes e terraços Os principais materiais impermeabilizantes empregados são os aditivos revestimentos impermeabilizantes emulsões e o material mais conhecido como a manta asfáltica usada para impermeabilizar lajes banheiros piscinas e outros Pintura A pintura consiste na aplicação de tintas nas superfícies e compreende ativi dades como o preparo do substrato diluição da tinta e aplicação por meio de diferentes demãos e através de utensílios específicos De acordo com Salgado os principais conceitos utilizados no serviço de pintura são Superfície madeira concreto ou metal Ambiente residencial comercial industrial interno externo seco úmido etc Condições do substrato a superfície pode estar em boas condições ou não Textura pode ser rústica ou lisa Acabamento brilhante acetinado fosco ou transparente PROCESSOS CONSTRUTIVOS 120 SERENGCIVPROCONUNID4indd 120 25032021 162012 Cores podem ser utilizadas as mais diversas cores Contato com água potável algumas tintas são impróprias para o uso em ambientes que tem contato direto com a água Finalizada a obra é necessário tratar dos trâmites que envolvem sua entrega ao usuário Procedimentos para a entrega da obra Vistoria final é uma atividade essencial pois é a última checagem do fun cionamento dos componentes construtivos além da detecção de possíveis de feitos Tudo o que apresentar problemas deve ser corrigido pois o cliente deve receber a obra em perfeitas condições São verificadas as cerâmicas em especial se possuem boa aderência com a argamassa colante e não estão ocas se há pe ças trincadas ou quebradas dentre outros aspectos É possível citar também a verificação de manchas no chão nas paredes ou no teto se a cobertura está em boas condições se portas e janelas funcionam além do teste de funcionamento da rede elétrica e hidráulica Tudo o que se possa imaginar dentro de uma obra deve ser verificado antes a fim de que não ocorram surpresas na hora da en trega Limpeza final a limpeza final de uma obra não se restringe apenas à edifi cação em si mas também à área externa envolvendo atividades como a remo ção do excesso de solo remoção de entulhos e regularização final do terreno Termo de entrega ou recebimento da obra após realizar as atividades já descritas e com o aceite do cliente é recomendado elaborar um termo em que o cliente confirma a obra como recebida e que pode encerrar as obrigações contratuais entre ambas as partes embora não exima a construtora das respon sabilidades técnicas em relação aos serviços executados Manutenção e patologias das construções As obras de engenharia requerem cuidado e monitoramento constante em relação aos seus usuários por serem estruturas propensas a patologias que podem surgir em função da elaboração de um projeto inadequado durante a execução da obra da qualidade dos materiais em pregados e em relação ao uso da edificação de for ma incorreta acompanhada de uma manutenção quase inexistente PROCESSOS CONSTRUTIVOS 121 SERENGCIVPROCONUNID4indd 121 25032021 162012 Sintetizando A construção civil é um setor industrial caracterizado por processos cons trutivos muitas vezes ineficientes com a ocorrência de grandes quantidades de perdas Num contexto econômico de elevação dos custos para a construção cada vez mais se torna necessária a adoção de ferramentas que possam gerir as perdas e propor novas estratégias monitorando e controlando os custos ao longo do desenvolvimento do empreendimento Diante disso nesta unidade foi possível conhecer os principais conceitos re lacionados às perdas construtivas como sua natureza e os critérios de classifica ção Além disso foi possível ver os principais indicadores adotados para a acom panhar as perdas construtivas Foi introduzido o conceito de Produção Enxuta e o pensamento enxuto bem como a transformação dessa metodologia para seu emprego na indústria da construção civil atuando de modo a eliminar as perdas O conceito de curva S foi apresentado e aplicado para acompanhar o desen volvimento dos projetos de construção civil a fim de analisar parâmetros como o trabalho e os custos envolvidos no projeto Outra ferramenta de acompanha mento dos projetos apresentada foi a Análise de Valor Agregado Por fim foram conhecidas algumas das etapas de uma obra como as instalações hidrossanitá rias e elétricas revestimentos pintura e atividades envolvidas no processo de entrega da obra Lidar com perdas é algo que embora natural precisa ser amenizado Numa obra como visto nesta unidade é possível reduzir tais perdas a partir de ações simples embasadas sempre nos recursos físicos e financeiros que são diversos e estão interligados de tal forma que ambos devem receber a mesma atenção de modo que o planejamento e a execução do projeto não sofram tanto com imprevistos de qualquer natureza PROCESSOS CONSTRUTIVOS 122 SERENGCIVPROCONUNID4indd 122 25032021 162012 Referências bibliográficas BALLÉ M A Estratégia Lean para criar vantagem competitiva inovar e produzir com crescimento sustentável Porto Alegre Bookman 2019 BERNARDES M M S Planejamento e controle da produção para empresas de construção civil 2 ed Rio de Janeiro LTC 2021 BORGES A C Prática das pequenas construções São Paulo Blucher 2009 EUPHROSINO C A et al Mapeamento do processo produtivo e construtivo de alve naria de tijolo de solocimento para habitação de interesse social Matéria Rio de Ja neiro v 24 n 4 e12523 2019 Disponível em httpswwwscielobrscielophps criptsciarttextpidS151770762019000400341lngptnrmisotlngpt Acesso em 04 mar 2021 GONÇALES FILHO M CAMPOS F C ASSUMPCAO M R P Revisão sistemática da literatura com análise bibliométrica sobre estratégia e Manufatura Enxuta em segmentos da indústria Gestão e Produção São Carlos v 23 n 2 p 408418 abrjun 2016 Disponível em httpswwwscielobrscielophpscriptsciart textpidS0104530X2016000200408lngptnrmisotlngpt Acesso em 04 mar 2021 GONÇALVES P H G BRANDSTETTER M C G O Proposta para a gestão da pro dução em sistemas construtivos análise de perdas e reuso Encontro Nacional de Engenharia de Produção XXXVI 2016 João Pessoa Anais Rio de Janeiro ABEPRO 2016 KOSKELA L Application of the new production philosophy to construction CIFE Technical Report 72 Palo Alto CA Stanford University 1992 Disponível em httpswwwleanconstructionorgmediadocsKoskelaTR72pdf Acesso em 04 mar 2021 MATTOS A D Planejamento e controle de obras São Paulo Editora PINI 2010 PINHEIRO A C F B CRIVELARO M Planejamento e custos de obras Série Eixos São Paulo Érica 2014 SALGADO J C P Técnicas e práticas construtivas para edificação 4 ed rev atual São Paulo Érica 2018 SANTOS P R R SANTOS D G Investigação de perdas devido ao trabalho inacabado e o seu impacto no tempo de ciclo dos processos construtivos Ambiente construído Por to Alegre v 17 n 2 p 3952 abrjun 2017 Disponível em httpswwwscielobrscie PROCESSOS CONSTRUTIVOS 123 SERENGCIVPROCONUNID4indd 123 25032021 162012 lophpscriptsciarttextpidS167886212017000200039lngptnrmisotlng pt Acesso em 04 mar 2021 SOUZA U E L Como reduzir perdas nos canteiros manual de gestão do con sumo de materiais na construção civil São Paulo Editora Pini 2005 v 1 TEIXEIRA NETTO J et al Proposta de melhorias na gestão de empresas de cons trução civil um estudo de caso internacional Interações Campo Grande v 21 n 3 p 499512 julset 2020 Disponível em httpswwwscielobrscielophps criptsciarttextpidS151870122020000300499lngptnrmisotlngpt Acesso em 04 mar 2021 PROCESSOS CONSTRUTIVOS 124 SERENGCIVPROCONUNID4indd 124 25032021 162012