·

Medicina ·

Neuroanatomia

Envie sua pergunta para a IA e receba a resposta na hora

Fazer Pergunta
Equipe Meu Guru

Prefere sua atividade resolvida por um tutor especialista?

  • Receba resolvida até o seu prazo
  • Converse com o tutor pelo chat
  • Garantia de 7 dias contra erros

Recomendado para você

Texto de pré-visualização

Tronco Encefálico\n\n• O tronco encefálico fica entre a medula e o diencéfalo.\n• É dividido em bulbo, ponte e mesencéfalo.\n• Na sua constituição entram os corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras nervosas que se aglomeram em feixes denominados tratos, fascículos ou lemniscos. Muitos dos núcleos do TE recebem ou emitem fibras nervosas que entram na constituição dos nervos cranianos. Dos 12 pares de NC, 10 fazem conexão no tronco encefálico.\n• Por toda sua parte é possível encontrar formações reticulares que é uma agregação de neurônios que influencia em quase todos os setores do SNC. Suas principais funções são atribuídas ao: ciclo sono-vigília, controle eferente da sensibilidade e da dor, controle da motricidade e postura, controle do sistema nervoso autônomo, controle neuroendócrino e integração de reflexos (centro respiratório e vasomotor).\n\nBULBO\n\n• O bulbo (medula oblonga) tem a formada um tronco de cone, cuja extremidade menor continua caudalmente com a medula espinhal.\n• Considera-se o ponto de divisão entre a medula e o bulbo, o forame magno do osso occipital. E o limite superior do bulbo se faz no sulco bulbo-pontino, que corresponde à margem inferior da ponte.\n• A superfície do bulbo é percorrida por sulcos que delimitam as áreas anterior (ventral), lateral e posterior (dorsal). O sulco lateral anterior (um de cada lado) demarca a área anterior do bulbo e a região entre os sulcos laterais posteriores é a área posterior do bulbo.\n• Das bordas do sulco lateral anterior emerge os filamentos radiculares do nervo hipoglosso (XII).\n• Do sulco lateral posterior emergem os filamentos radiculares, que se unem para formas os nervos glossofaringeo (IX) e vago (X).\n\nGabriela Reis Viol • Entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior observa-se uma elevação denominada oliva, formada por uma grande massa de substância cinzenta, o núcleo olivar.\n• Na área anterior nota-se uma fissura mediana anterior, que corta o bulbo pela metade em toda a sua extensão. De cada lado existe uma elevação, as pirâmides e mais abaixo a decussação das pirâmides, onde cruza o trato corticoespinal lateral que desce pelo funículo lateral.\n\n• A metade caudal do bulbo ou porção fechada do bulbo é percorrida por um estreito canal que se abre para formar o IV ventrículo, cuja assealho é constituído pela porção aberta do bulbo, originado do desaparecimento do funículo posterior na parte posterior do bulbo (substância cinzenta com núcleos dos nervos cranianos). O sulco mediano posterior termina a meia altura do bulbo e contribuem para formação dos limites laterais do IV ventrículo, este comunica-se com o III ventrículo através do aqueduto cerebral (por onde escorre o líquido).\n\nGabriela Reis Viol AUSÊNCIA/ENTUPIMENTO DE AQUEDUTO CEREBRAL: não ocorre drenagem de líquido, uma vez que a fontanela ainda está aberta causa hidrocefalia. Para tratamento insere-se uma válvula que drena para o peritônio.\n\n• Vemos na área posterior do bulbo o final do fascículo grácil (medialmente) e cuneiforme (lateralmente), terminados respectivamente no tubérculo grácil e cuneiforme, duas eminências que abrigam os núcleos grácil e cuneiforme.\n\nGabriela Reis Viol • A formação reticular do bulbo (mais caudal) não obedece aos comandos voluntários e inclui o centro vasomotor, centro respiratório e centro do vômito.\n\n• OBSERVAÇÃO: aferência de barorreceptor na carótida para o centro vasomotor emite referência para manutenção de PA.\n\nSubstância Cinzenta\n\n• NÚCLEO AMBIGUO. É um núcleo motor, dele saem fibras dos nervos IX (glossofaríngeo), X (vago) e XI (acessório), destinados à musculatura da laringe e da faringe.\n\n• NÚCLEO DO HIPOGLOSso. É um núcleo motor, sitúa-se no trígono do hipoglosso e dele saem fibras para musculatura da língua.\n\n• NÚCLEO DORSAL DO VAGO. É um núcleo autônomo parassimpático que sitúa-se no trígono do vago.\n\n• NÚCLEOS VESTIBULARES. São núcleos sensíveis que penetram pela porção vestibular do VIII (vestibulococlear) nervo craniano.\n\n• NÚCLEO DO TRACTO SOLITÁRIO. É um núcleo sensitivo que recebe fibras dos nervos VII (facial), IX (glossofaríngeo) e X (vago). As fibras estão relacionadas a gustação.\n\n• NÚCLEO ESPINHAL DO NERVO TRIGÊMEo. É um núcleo sensitivo que recebe fibras dos nervos V (trigêmeo) e VII (facial), trazem sensibilidade de quase toda cabeça.\n\n• NÚCLEO SALIVATÓRIO INFERIOR. Origina fibras que emergem pelo nervo IX (glossofaríngeo) para inervação da parótida.\n\n• OBSERVAÇÃO: as lesões do bulbares possuem características mais evidentes como disfagia e as alterações de fonação por lesão do núcleo ambíguo, assim como alterações do movimento da língua por lesão do núcleo do hipoglosso. Esses quadros podem ser acompanhados de paralisia e perda de sensibilidade nos troncos e membros por lesão das vias ascendentes (fascículo grácil e cuneiforme + trato espinotalâmico lateral + tratos espinocerebel ares + trato espitalâmico anterior) ou descendentes (trato rubroespinhal + trato corticoespinal) que percorrem o bulbo.\n\nGabriela Reis Viol • Localiza-se entre o bulbo e mesencéfalo.\n\n• Sua parede posterior compõe o assoalho do IV ventrículo.\n\n• Cada lateral da ponte é formada por um aglomerado de fibras transversais que formam uma estrutura volumosa denominada: pedúnculo cerebelar médio, por onde passa grande parte das fibras que se ligam ao cérebro. No limite da ponte para o pedúnculo cerebelar médio emerge o nervo trigêmeo (V), que apresenta 2 raízes, uma motora (menor) e uma sensitiva (maior V1, V2 e V3).\n\n• Na parte anterior da ponte, nota-se um sulco vertical denominado sulco basilar por onde passa a artéria basilar.\n\n• Do sulco bulbo-pontino (limite do bulbo para ponte) emergem — de dentro para fora — os nervos abducente (VI), facial (VII) e vestibulococlear (VIII). Entre o facial e vestibuloclear, nota-se a emergência de um ramo denominado: nervo intermediário, considerado raiz sensitiva do nervo facial (VII).\n\n• A presença de tantas raízes de nervos cranianos em uma área relativamente pequena explica a riqueza de sintomas observados nos casos de tumores que acometem esta área, levando à compressão dessas raízes e causando a chamada SÍNDROME DO ÂNGULO PONTO-CEREBELAR.\n\n• NÚCLEOS COCLEARES. Localizam-se ao nível do pedúnculo cerebelar.\n\n• NÚCLEOS VESTIBULARES. São núcleos sensitivos que penetram pela porção vestibular do VIII (vestibuloclear) nervo craniano. Localizam-se no assoalho do IV ventrículo, onde ocupam a área vestibular.\n\n• NÚCLEO SALIVATÓRIO SUPERIOR E NÚCLEO LACRIMAL. São núcleos autônomicos que dão origem a fibras que saem do nervo intermediário (ramo do VII - facial) conduzindo impulsos para as glândulas submandibular, sublingual e lacrimal.\n\n• NÚCLEO MOTOR DO TRIGÊMEO. É um núcleo motor que origina fibras para os músculos mastigatórios.\n\n• NÚCLEO PRINCIPAL E NÚCLEO MESENCÉFALICO. São núcleos sensitivos do nervo V (trigêmeo) que recebem impulsos relacionados com a sensibilidade de grande parte da cabeça.\n\nGabriela Reis Viol • Na formação reticular da ponte localiza-se o locus coeruleus, que contém neurônios ricos em noradrenalina + os núcleos da rafe, contendo neurônios ricos em serotonina.\n\n• Os sinais e sintomas das lesões que acometem a ponte decorrem do comprometimento dos núcleos dos nervos cranianos (V, VI, VII e VIII). Assim, pode ocorrer alterações de sensibilidade da face (V), da motricidade da musculatura mastigatória (V) ou mímica facial (VII), além de tontura e alterações no equilíbrio (VIII). Estes sinais podem associar-se paralisias ou perdas da sensibilidade no tronco e membros, por lesão das vias ascendentes e descendentes que transitam pela ponte.\n\nNERVOS CRANIANOS\n\nI. OLFATÓRIO. Representado por pequenos feixes olfatórios que originam-se na região olfatória das fossas nasais, atravessam a lâmina crivosa do etmóide e terminam no bulbo olfatório onde está localizado seu núcleo. É um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos olfatórios. Os neurônios I são as próprias células olfatórias localizadas na mucosa.\n\nII. ANOSMIA: é a perda do olfato, normalmente unilateral e em toda sua periferia. Queixa-se da alteração do paladar, confusão de sentidos (sinestesia) entre gustação e olfato. A causa pode estar relacionada diretamente a perda de fibras olfatórias como ocorre: no envelhecimento, inflamação da mucosa nasal, traumatismo craniano (fratura da lâmina crivosa), traumatismo grave (separação entre bulbo e nervo olfatório), lesões do rinencefalo (alucinação olfatória de odores desagradáveis, geralmente pode ser um quadro que precede a crise uncida - quadro de convulsão generalized e apenas lábios e língua). \n\nIII. ÓPTICO. Constituídos por fibras nervosas que se originam na retina e penetram no crânio pelo canal óptico, é um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos visuais. Cada nervo óptico une-se com o do lado oposto, formando o quiasma óptico, onde há cruzamento parcial de suas fibras que vão até o corpo geniculado lateral do tálamo, onde localiza-se o seu núcleo.\n\n• Os receptores visuais e os neurônios da via ótica localizam-se na retina em diferentes camadas. Os neurônios I estão localizados na camada de células fotossensíveis /\n\nGabriela Reis Viol fotorreceptores. (cones e bastonetes), os neurônios II nas células bipolares (intermediária) e os neurônios III nas células ganglionares retinianas).\n\n Os raios luminosos que incidem sobre a retina atravessam essas camadas e atingem esses receptores da visão e logo ocorre a fototransdução, formação de impulsos nervosos a partir da excitação dos fotoreceptores. Os impulsos passam para as células bipolares que fazem sinapse com as células ganglionares, cujos axônios convergem para uma área chamada de papila óptica, onde tornam-se o nervo óptico. Ao nível da papila não há receptores de luz, fator que faz dela um ponto cego, além disso, e por ela penetraram os vasos que nutrem a retina, o E D E M A D E P A P I L A indica hipertensão craniana.\n\n • Trajeto das fibras nas vias ópticas: retina nasal (medial) retina temporal (lateral) campo visual. • CEGUEIRA MONOCULAR: é a perda completa da visão causada pela seccão completa do nervo óptico (direita/esquerda/ambos). Ocorre sempre do mesmo lado lesado, visto que afeta o nervo antes do quiasma. Além disso, pode ser causada por traumatismos e glaucoma (aumento da pressão intraocular comprime as fibras do nervo óptico).\n\n • HEMIANOPsia HETERÔNIMA BITEMPORAL: hemianópsia é quando metade do campo de um olho desaparece e heterônima é quando são acometidos lados diferentes dos campos visuais (desaparece visão nos campos temporais ou nos campos visuais). É decorrente da lesão do quiasma óptico, como o quiasma óptico compreende o cruzamento das fibras da retina nasal, há acometimento do campo temporal de cada olho. Pode ser causada por tumores de hipófise, que crescem e comprimem o quiasma de lado para cima.\n\n • HEMIANOPsia NASAL: é uma lesão na altura do quiasma óptico, em que há lesão das fibras da retina temporal, havendo comprometimento do campo nasal do olho que suas fibras temporais recebem. Pode ser causada por aneurisma da carotida interna.\n\n • HEMIANOPsia HOMÔNIMA DIREITA OU ESQUERDA: hemianopsia é quando metade do campo de um olho desaparece e homônima é quando o mesmo lado de cada olho é acometido. Acontece em decorrência da lesão do trato óptico, pode ser causada por traumatismos ou tumores que comprimem o trato.\n\n • OBSERVAÇÃO: lesões no corpo geniculado lateral dão alterações de campo visual idênticas às observadas após lesão do trato óptico.\n\n • NEURITE ÓPTICA: é a diminuição da acuidade visual devido a lesão parcial do nervo óptico. Dentre as principais causas encontra-se distúrbios inflamatórios, degenerativos, tóxicos ou desmielinizantes. III. OCULOMOTOR. É um nervo motor que penetra na órbita pela fissura orbital superior, inervando todos os músculos (extrínsecos e intrínsecos) do olho exceto o oblíquo superior e reto lateral. Logo suas funções relacionam-se com: levantar, abaixar, convergir, rotacionar os olhos, contração da pupila e acomodação da visão para perto. Os seus núcleos (motor somático e motor visceral) localizam-se no núcleo superior.\n\n • LESÃO DO NERVO OCULOMOTOR: é causada, principalmente, pela compressão do nervo oculomotor por aneurisma da artéria cerebral posterior ou hipertensão craniana. Além disso, o diabetes pode causar isquemia profunda desse nervo. Assim, os sinais clínicos desta lesão são: diplopia (visão dupla), ptose palpebral e etc.\n\n IV. TROCLEAR. É um nervo motor que tem origem no crânio na fissura orbital superior e seu núcleo localiza-se no núcleo inferior. Ele é responsável pela inervação do músculo oblíquo superior (olhar para baixo, rotaciona internamente os olhos). Ele é um nervo com um trajeto extenso, logo possui maior facilidade em sofrer lesões.\n\n • DIPLOPIA ACENTUADA AO OLHAR PARA BAIXO: em condições normais, o músculo oblíquo superior do olho é enervado a pupila para baixo, fazendo-ne um desvio lateral, que se neutraliza com o efeito medial do músculo reto inferior. Uma lesão do nervo troclear provoca esse desvio medial da pupila, que tende a convergir os olhos. Nesses casos, uma vez que o nervo está normalmente, o afetado ficará cego, causando diplopia.\n\n V. TRIGÊMEO. O nervo trigêmeo é um nervo misto, possui duas raízes sensitiva e motora. Cada raiz passa pelo crânio em um local: V1 na fissura orbital superior, V2 no forame redondo, V3 no forame oval juntamente com a raiz motora. A raiz sensitiva é formada pelos prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos situados no gânglio trigeminal, os neurônios periféricos formam as 3 divisões do trigêmeo: nervo oftálmico (V1), nervo maxilar (V2) e nervo mandibular (V3), que são responsáveis pela sensibilidade geral de grande parte da cabeça. Essas fibras conduzem impulsos exteroceptivos (temperatura, dor, pressão e tato): da pele da face, da fronte, da conjuntiva ocular, da mucosa da cavidade bucal, do nariz, dos dentes, dos 2/3 anteriores da língua e da dura-máter craniana e proprioceptivos que originam-se em receptores dos músculos mastigados e na articulação temporomandibular. • A raiz motora é constituída de fibras que acompanham o nervo mandibular (V3), distribuindo-se aos músculos da mastigação (masseter, temporar, pterigoideo, milo-hióideo).\n\n• Os núcleos da raiz sensitiva pode ser dividido em: mesencéfalo (propriocepção da musculatura mastigatória e da expressão facial), principal (tato épicrítico-grosseiro e sensibilidade vibratória) e espinhal (dor, temperatura, tato protopático-fino).\n\n• LESÃO DA RAIZ SENSITIVA (GÂNGLIO TRIGEMINAL) gera perda de sensibilidade tátil, térmica e dolorosa na metade ipsilateral da face, cavidade oral e dentes.\n\n• LESÃO DA PONTE AO NÍVEL DO NERVO TRIGEME:o: causados por traumatismo (craniano ou dentário grave), tumores (intracranianos de cabeça), aneurismas, meningite, herpes. Gera perturbações motoras como paralisia da musculatura mastigatória do lado da lesão, há desvio da mandíbula para o lado paralisado e perturbações sensitivas como anestesia da face do mesmo lado da lesão, perda do reflexo corneano e do espirro.\n\n• NEVRALGIA DO TRIGÊMEO: há sinais de crises dolorosas muito intensas no território de um dos ramos do nervo devido à estimulação, o tratamento é cirúrgico de modo a remover a raiz afetada.\n\nVI. ABDUCENTE. O nervo abducente é motor, inerva o músculo reto lateral do olho, passa pelo crânio na fissura orbital superior e tem seu núcleo expresso no núcleo facial. É responsável pelos movimentos oculares de divergir o olho.\n\n• DIPLOPIA (VISÃO DUPLA): causada pela distensão por aumento da pressão intracraniana, tumor encefálico, aneurisma, trombose do seio venoso, pressão do seio cavernoso (estrutura venosa na base do crânio e sua função é drenar os olhos) por aneurisma ou aterosclerose da artéria carótida interna (que irriga o olho).\n\nVII. FACIAL. É um nervo misto que emerge no sulco bulbo-pontino. Sua passagem pelo crânio é feito através do meato acústico interno e posteriormente ao forame estilomastoideo, atravessa a glândula parótida e emite ramos para os músculos mimicos. Apresenta relações com o nervo vestibulococlear (VIII) e com as estruturas do ouvido médio e interno e com a parótida. Possui raízes motora, autonômicas e sensitiva.\n\n• O núcleo motor do nervo facial é responsável pela motricidade dos músculos mimicos e do orbicular do olho.\n\nGabriela Reis Viol