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MADEIRA uso sustentável na construção civil 2009 IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S A Av Prof Almeida Prado 532 Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira CEP 05508901 São Paulo SP ou Caixa Postal 0141 CEP 01064970 São Paulo SP Telefone 11 37674000 httpwwwiptbr email iptiptbr 2009 Secretaria do Verde e do Meio Ambiente do Município de São Paulo Rua do Paraíso 387 Paraíso CEP 04103000 São Paulo SP Telefone 11 33963000 httpwwwprefeituraspgovbrsvma email svmaprefeituraspgovbr 2009 SindusCon SP Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo Rua Dona Veridiana 55 Santa Cecília CEP 01238010 São Paulo SP Telefone 11 33345600 httpwwwsindusconspcombr email sindusconspsiindusconspcombr Equipe Técnica CTFloresta Centro de Tecnologia de Recursos Florestais IPT Geraldo José Zenid Ligia Ferrari Torella di Romagnano Marcio Augusto Rabelo Nahuz Maria José de Andrade Casimiro Miranda Oswaldo Poffo Ferreira Sérgio Brazolin Dados Internacionais de Catalogação na Publicação CIP Câmara Brasileira do Livro SP Brasil Madeira uso sustentável na construção civil Geraldo José Zenid coordenador 2 ed São Paulo Instituto de Pesquisas Tecnológicas SVMA 2009 Publicação IPT 3010 Vários autores Bibliografia 1 Construção 2 Madeira 3 Materiais de construção 4 Meio ambiente 5 Produtos florestais I Zenid Geraldo José II Série 0900538 CDD6911 Índices para catálogo sistemático 1 Madeira Uso sustentável Construção civil 6911 Projeto gráfico diagramação e arte da capa Setor de Editoração da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente do Município de São Paulo Tiragem 15000 exemplares Secretaria do Verde e do Meio Ambiente do Município de São Paulo Eduardo Coelho e Mello Aulicino Ricardo Walder Elias Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo André Aranha Campos Francisco A Vasconcellos Neto Lilian Sarrouf Publicação disponível nos sítios wwwiptbr wwwprefeituraspgovbrsvma wwwsindusconspcombr GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO José Serra Governador Secretaria de Desenvolvimento Geraldo Alckmin Secretário Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo João Fernando Gomes de Oliveira Diretor Presidente Álvaro José Abackerli Diretor de Operações e Negócios Altamiro Francisco da Silva Diretor Financeiro e Administrativo Walter Furlan Diretor de Processos e Tecnologia da Informação Denise Andrade Rodrigues Diretora de Gestão Estratégica GOVERNO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Gilberto Kassab Prefeito Secretaria do Verde e do Meio Ambiente do Município de São Paulo Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho Secretário Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo SindusConSP Sergio Tiaki Watanabe Presidente Cristiano Goldstein Delfino Paiva Teixeira de Freitas Francisco Antunes de Vasconcellos Neto Haruo Ishikawa José Antonio Marsiglio Schuvarz José Carlos Molina José Roberto Pereira Alvim Luiz Antônio Messias Marcos Roberto Campilongo Camargo Maristela Alves Lima Honda Mauricio Linn Bianchi Odair Garcia Senra Paulo Brasil Batistella Vicepresidentes José Batista Ferreira José Roberto Alves Luís Gustavo Ribeiro Luiz Cláudio Minniti Amoroso Paulo Piagentini Renato Tadeu Parreira Pinto Ricardo Beschizza Ronaldo de Oliveira Leme Silvio Benito Martini Filho Diretores regionais Manter em pé a floresta amazônica é es sencial não só para que a atividade empre sarial do setor madeireiro seja sustentável em longo e médio prazos mas também para assegurar padrões mínimos de qualidade de vida para os brasileiros Se eliminarmos a floresta substituindoa por pasto plantações ou área urbana enfrentaremos cada vez mais os problemas causados pelas mudanças climáticas como inundações falta de água e poluição do ar entre outros A atividade madeireira ilegal e predatória as sim como as queimadas e o desmatamento ile gal tem provocado a destruição da Amazô nia Em menos de 50 anos quase 20 da cobertura florestal da região já desapareceu Para os empresários do setor madeireiro e das indústrias compradoras de madeira como a construção civil a floresta é importante fonte de matériaprima Portanto conservar a Amazônia é condição fundamental para a continuidade do negócio em longo prazo Por isso proteger a floresta é proteger o seu negócio A aquisição de madeira certificada FSC e de fontes controladas é fundamental reduz o risco de quem compra e contribui para a conservação das florestas O setor da construção civil o maior consumidor de madeira tropical do país precisa se consci entizar de que não somente a qualidade e os custos da madeira são importantes mas também a origem É preciso adotar políticas de compras responsáveis restringindo a aquisição de madeira de desmatamento e de fontes ilegais ou desconhecidas Para que essa mudança de comportamento das empresas e dos consumidores seja incentivada é necessário adicionar um ingrediente fundamental informação Por esta razão consideramos estratégico o trabalho pioneiro do Instituto de Pesquisas Tecnológicas IPT Em parceria com o SindusConSP e com a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente de São Paulo o IPT compilou uma série de dados úteis para os compradores de madeira no setor da construção civil Construindo cidades e protegendo florestas Em tempos de drásticas alterações no clima do planeta é dever do setor produtivo procurar matériasprimas certificadas que valorizem as florestas e consequentemente contribuam para a redução de gases do efeito estufa Este manual é uma importante ferramenta no apoio ao uso sustentável das florestas brasileiras Boa Leitura Denise Hamú Secretáriageral WWFBrasil O WWFBrasil é uma organização nãogoverna mental brasileira dedicada à conservação da natureza com os objetivos de harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade e promover o uso racional dos recursos naturais em benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações O WWF Brasil criado em 1996 e sediado em Brasília desenvolve projetos em todo o país e integra a Rede WWF a maior rede independente de conservação da natureza com atuação em mais de 100 países e o apoio de cerca de 5 milhões de pessoas incluindo associados e voluntários A Rede WWF vem trabalhando com empresas do mundo inteiro para que produzam e consumam madeira de forma sustentável Por intermédio do Programa SIM o WWFBrasil tem trabalhado em parceria com empresas florestais para melhorar a forma como manejam as florestas Entre os associados do Programa estão algumas empresas no estado do Acre e o Grupo de Produtores Florestais Certifica dos na Amazônia PFCA Maior floresta tropical do mundo a Amazô nia é um patrimônio ambiental que está presente diariamente na economia e na vida dos brasileiros Cerca de 20 de toda água doce dis ponível no planeta encontrase na bacia amazônica As chuvas provenientes desta região têm grande responsabilidade no abas tecimento de água das grandes metrópoles e na geração de energia e sua regularidade e abundância propiciam ao Brasil posição de destaque como um dos maiores produtores de alimentos do mundo Porém até 2008 mais de 720000 km² da Amazônia já tinham sido desmatados uma área equivalente a quase três vezes o tamanho do Estado de São Paulo O desmatamento da Amazônia além de colocar em risco sua sobrevivência contribui para fazer do país o quarto maior emissor de gases de efeito estufa do planeta já que 75 de nossas emissões são proveni entes do uso do solo e do desmatamento de nossas florestas A exploração madeireira na Amazônia é um dos vetores que mais contribuem para o avanço desse desmatamento abrindo fronteiras em áreas de floresta intocadas criando infraestrutura de acesso a essas regiões e facilitando a conversão do seu solo para uso agropecuário Além disso calculase que 80 do total de madeira produzida na região todos os anos seja ilegal A maior parte desta produção é consumida pelo mercado interno brasileiro tendo como principal destino a construção civil Para a indústria madeireira a madeira proveniente do desmatamento ilegal ou não é estrategi camente um mau negócio para o setor pois significará a extinção deste valioso recurso em curto espaço de tempo Os danos causados por este modelo de exploração são muitas vezes irreversíveis Mudar nossos padrões de consumo e produção banindo o uso de madeira ilegal e de desmatamento e substituindoas por produtos provenientes de planos de Manejo Florestal com certificação FSC é funda mental não apenas para a conservação da Dever de todos Amazônia mas também para a sobrevivência econômica das populações que dependem dos recursos da floresta Adquirir madeira certificada além de garantia de procedência significa também respeito às leis trabalhistas fiscais e aos direitos e costumes das popula ções tradicionais O trabalho apresentado a seguir realizado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas IPT juntamente com o SindusConSP Sin dicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo e com a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente do Municipío de São Paulo é uma importantíssima ferramenta para essa mudança É fundamental apresentar soluções e alternativas a todos que querem ajudar a salvar a Amazônia O futuro do Brasil depende do futuro de nos sas florestas Combater o desmatamento ex plorando os recursos naturais de forma consciente e responsável é econômica e estrategicamente fundamental para o desenvolvimento de nosso país e um dever de todos nós Marcelo Furtado Diretor Executivo Greenpeace Brasil O Greenpeace é uma organização global e inde pendente que atua para defender o meio ambiente e promover a paz inspirando as pessoas a mudarem atitudes e comportamentos Defendemos soluções eco nomicamente viáveis e socialmente justas que ofereçam esperança para esta e para as futuras gerações Por não aceitar doações de governos empresas ou partidos políticos o Greenpeace existe graças à contribuição de milhões de colaboradores em todo o mundo que garantem nossa independência e o nosso compromisso exclusivo com os indivíduos e com a sociedade civil Hoje o Greenpeace está presente em mais de 40 países e conta com a colaboração de aproximadamente 3 milhões de pessoas Sim é possível usar a floresta sem destruir a natureza Produzir de forma sustentável gerando emprego renda e cuidando do meio ambiente O Grupo de Produtores Florestais Certificados na Amazônia PFCA acredita firmemente nisso E foi assim que em janeiro de 2003 foi criado o primeiro grupo do gênero no Brasil composto por empresas que possuem florestas certificadas que fabricam produtos certificados Cadeia de Custódia e por comunidades tradicionais que realizam o manejo florestal de acordo com os padrões do FSC Forest Stewardship Council Pioneiro o PFCA surgiu em resposta à crescente demanda por madeira certificada tanto no mercado interno quanto no externo E nasceu com o firme propósito de difundir práticas sustentáveis na Amazônia a exemplo do manejo florestal uma alternativa viável para uso dos recursos da floresta Outra prática incentivada pelo PFCA é a Certificação O conhecido Selo Verde facilita bons negócios em todo o mundo e representa a certeza de que a produção é ambiental mente adequada socialmente justa e economica mente viável O PFCA se orgulha de comunicar que o Brasil tem a maior área certificada da América Latina Fazer parte dessa história de transformação é uma vitória Hoje somos um seleto grupo de empresas com áreas de florestas cadeias de produção e as sociações que defendem e trabalham dentro do conceito da certificação Nos anima saber que somos incansáveis na busca de novos associados que compartilhem conosco a missão de cons truir um novo cenário na Amazônia De forma incessante buscamos práticas mais sustentáveis através da permanente troca de experiências e do avanço em questões relevantes de pesquisa florestal Os nossos resultados são uma clara demonstra ção de que um trabalho sustentável é viável na Amazônia É prova de que é possível sim a integração do homem com o meio ambiente em um respeito mútuo duradouro e numa relação de harmonia com o meio ambiente e seus recursos Sim é possível Conscientes de que manter a floresta viva é fundamental não apenas para as empresas madeireiras mas para sobrevivência de todo o planeta apoiamos integralmente o trabalho desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas IPT em parceria com o SindusCon Sindicato da Indústria da Cons trução Civil e com a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente de São Paulo Oferecer informação e alternativas para o uso sustentável da floresta é sem dúvida uma fundamental ferramenta para construir mos um admirável mundo novo Fazem parte do PFCA APRUMA Associação dos Produtores Rurais em Manejo Florestal e Agricultura Associação de Moradores e Produtores do Projeto Agroextrativista Chico Mendes AMPPAEM Associação Comunitária Agrícola de Extra tores de Produtos da Floresta ACAF Associação dos Seringueiros de PORTO DIAS Comunidade Kayapó na Terra Indígena do Baú TIBaú Cikel Brasil Verde SA Eldorado Exportação e Serviços Ltda IBL Izabel Madeiras do Brasil Juruá Florestal Ltda Mil Madeireira Itacoatiara Ltda Precious Wood Amazon Orsa Florestral Ltda Tramontina Belém SA Vitória Régia Exportadora Ltda O CBCS Conselho Brasileiro de Construção Sustentável tem como objetivo induzir o setor da construção a utilizar práticas mais susten táveis que venham melhorar a qualidade de vida dos usuários dos trabalhadores e do ambiente que cerca as edificações Neste sentido defende a necessidade do uso racional e sustentável da madeira na cons trução civil minimizando os impactos na ex tração beneficiamento utilização e destinação de resíduos O uso racional deve considerar aspectos como qualidade durabilidade evitar desperdícios quer seja na sua fabricação quer na sua utilização e o uso de produtos para preservação da madeira que não causem danos ao meio ambiente e à saúde humana Questões socioambientais também são essenci ais como o combate à informalidade o manejo sustentável de nossas florestas as florestas plantadas o transporte e a comercialização da madeira devem ser feitos por empresas responsáveis que cuidam da segurança e qualidade de vida dos funcionários zelam pela preservação da biodiversidade fauna e flora combatem o desmatamento ilegal e prezam por sua integridade empresarial O CBCS entende que o Manual elaborado pela SVMA é um instrumento que vem colaborar para a conscientização e levar infor mação à sociedade para o uso racional e sus tentável da madeira especialmente ao ressaltar os cuidados que devem ser tomados no seu uso E ainda ao alertar que os fornecedores e beneficiadores devem ter comprovação da origem da madeira e de preferência serem certificados por um sistema que efetivamente garanta o manejo florestal origem e a rastre abilidade do produto e os aspectos legais da cadeia de custódia A iniciatva da SVMA IPT e SindusCon SP de editar a segunda edição do Manual demonstra a importância cada vez mais pre sente deste tema E cabe ao CBCS apoiar e divulgar este trabalho CBCS é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos OSCIP que tem por obejtivo contribuir para a promoção do desenvolvimento sustentável por meio da geração e disseminação de conhecimento e da mobilização da cadeia produtiva da construção civil de seus clientes e consumidores Sumário 1 Introdução 2 Você sabe de onde vem a madeira que você consome 3 Usos da madeira na construção civil 4 Produtos de madeira 5 Indicação da madeira para construção civil 6 Fichas tecnológicas de madeira 7 Qualidade da madeira 8 Gestão ambiental para o controle de cupins subterrâneos na construção civil 9 Referências bibliográficas 10 Glossário 14 16 20 23 40 50 78 87 90 95 14 O desmatamento na região amazônica e suas conseqüências em relação às mudanças climáticas no planeta hoje são repercuti dos internacionalmente como o principal problema ambiental do Brasil Outras regiões do país muitas vezes percebem este desmatamento como algo distante de seu diaadia embora contribuam indireta mente para esta situação A maior parte da produção madeireira da Amazônia segundo o IMAZON Fatos Florestais 2005 é consumida no Brasil cerca de 64 de toda a madeira produzida na Amazônia é consumida por brasileiros O Estado de São Paulo é o maior consumidor respondendo por 15 do consumo nacional sendo que dentre os principais setores consumidores destacase a indústria moveleira e a cons trução civil Ao adquirirmos um produto cuja matéria prima tem origem na exploração predatória e ilegal dos recursos florestais também dividi mos a responsabilidade pela degradação do meio ambiente e através de nossas escolhas podemos interferir para que nossas florestas não sejam destruídas de forma predatória Saber a procedência da madeira mostrase assim fundamental no momento da compra do produto Um consumidor consciente precisa ter idéia de todo o processo para saber se com sua compra está ajudando a manter a Floresta Amazônica de pé ou contribuindo para a continuidade do desmate Existem inúmeros empreendimentos florestais que adotam padrões internacionais de procedi mentos que têm como objetivo principal con ciliar o uso da floresta e a conservação de seus recursos naturais Nestes empreendimentos a exploração da madeira de forma ambiental mente correta socialmente benéfica e eco nomicamente viável se consolida em importante ferramenta para a manutenção da floresta A madeira acompanhada de provas docu mentais que garantam sua origem legal e não predatória se constitui em produto susten tável natural e oriundo de uma fonte plena mente renovável a floresta Reconhecida há muito como amiga da humanidade a madeira deve ser reapresentada à sociedade atual como alternativa ecológica a materiais como metais plásticos compostos de cimento e 1 Introdução 15 outros que em sua produção utilizam como fonte de energia a própria madeira e em seus ciclos de vida acarretam incomparáveis impactos ambientais Quando utilizada na fabricação de bens duráveis como móveis objetos de decoração e nas nossas habita ções se constitui em ferramenta para fixação do carbono contribuindo para a redução do aquecimento global A incorporação de espécies alternativas ao processo de escolha e especificação da madeira empregada nas atividades da construção civil em contraposição aos impactos ambientais causados pelo uso inten sivo e constante de determinadas espécies se traduz em importante passo do setor produtivo que mais consome este insumo no país para a preservação e a sustentabilidade das florestas brasileiras Este guia que você tem em mãos amplia o conhecimento de profissionais da construção e de consumidores que buscam informações sobre este importante produto oferecendo espécies alternativas com propriedades semelhantes às das espécies tradicionais e apresentando os novos mecanismos dis poníveis no mercado que garantem ao consumidor consciente a aquisição de uma matériaprima de origem legal extraída de maneira responsável e não predatória É o resultado da ação conjunta da Gerência de Ecoeconomia da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de São Paulo do Centro de Tecnologia de Recursos Florestais do Instituto de Pesquisas Tecnológicas e do Comitê de Meio Ambiente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo Contribuíram tam bém para a elaboração da presente publicação profissionais de importantes e expressivas enti dades e empresas como o Grupo de Produ tores Florestais Certificados na Amazônia da Coordenação do Programa Cidade Amiga da Amazônia da Associação Civil Greenpeace e da Coordenação do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável WWFBra sil Agradecemos também aos profissionais entidades e empresas que colaboraram para a 1ª edição deste manual Ressalvamos que a elas não cabe nenhuma responsabilidade pelo texto final 16 2 Você sabe de onde vem a madeira que você consome Estimativas indicam que entre 43 e 80 da produção madeireira da região amazônica seja ilegal advinda de áreas desmatadas ou exploradas de forma predatória e insustentável Em média 75 dessa produção é destinada ao mercado in terno Assim há uma grande chance de que todas ou grande parte das empresas que usam madeira da região amazônica estejam involuntariamente utilizando madeira de origem ilegal ou predatória Diante da exploração extrativista sem planos de manejo adequado das matas nativas que retira grandes volumes de apenas algumas espécies definidas pelo mercado a floresta não consegue se recompor naturalmente na mesma velocidade De acordo com a legislação brasileira podese ex trair madeira da floresta de duas maneiras a partir de manejo florestal ou da conversão de áreas de florestas em outros usos do solo como agricultura e pecuária por meio do desmatamento O desmatamento deve ser autorizado autorização de desmate por um órgão ambiental estadual ou pelo IBAMA A conversão de florestas em áreas abertas somente pode ocorrer se for destinada ao uso sustentável Não pode haver desmatamento apenas para acessar madeira de forma mais fácil O interessado deve protocolar uma solicitação jun tamente com documentação sobre a propriedade mapas e estimativa do volume das espécies florestais que serão comercializadas com base em inventário florestal amostral Mesmo assim o desmatamento não pode ocorrer em toda a propriedade Na Amazônia Legal 80 da área total da propriedade deve permanecer com cobertura vegetal original é a chamada Reserva Legal RL onde são permitidos usos sustentáveis como manejo para produção de madeira e para produtos florestais nãomadeireiros Para transportar a madeira da floresta é necessário portar o Documento de Origem Florestal DOF emitido pelo IBAMA ou documento correlato emitido pelo Órgão Estadual de Meio Ambiente OEMA Quando emitido pelo OEMA não obrigatoriamente será chamado de DOF mas deverá seguir os princípios gerais do DOF documento que atesta a origem do carrega mento neste caso um desmatamento autorizado O DOF é obtido pela internet Cada estado pode 17 optar por desenvolver um sistema semelhante ao DOF que deverá ser aprovado pelo Governo Federal ou utilizar a plataforma disponibilizada pelo IBAMA A partir desta plataforma podese realizar o controle eletrônico dos saldos de madeira de cada plano de manejo florestal semelhante a uma conta corrente bancária por meio do cruza mento automático de dados com controle fiscal 21 Fontes de matéria prima florestas nativas e plantadas As fontes das madeiras tão desejadas são 211 Florestas plantadas que se destinam a produzir matériaprima para as indústrias de madeira serrada painéis à base de madeira e móveis cuja implantação manutenção e exploração seguem projetos previamente aprovados pelo IBAMA 212 Florestas nativas que são exploradas para atender o mercado de madeiras de duas formas Por meio de manejo florestal através da explora ção planejada e controlada da mata nativa Por meio de exploração extrativista explorando comercialmente apenas as espécies com valor de mercado sem projetos de manejo 22 Manejo florestal O aproveitamento das florestas naturais ou plantadas através de Projeto de Manejo Florestal aprovado pelo IBAMA é a forma correta de utilizar estes recursos naturais por partir do princípio de sustentabilidade ou seja prevendo uma utilização que permita a recomposição da floresta de uma determinada área viabilizandoa econômica socialmente e ambientalmente 23 Recomendações para sua obra Oitenta por cento da produção de madeira da Amazônia é destinada ao mercado interno brasileiro A oferta de matériaprima centralizase principalmente em poucas espécies exercendo uma pressão muito grande sobre as florestas nativas Diante deste quadro são recomendáveis as seguintes práticas 2 Você sabe de onde vem a madeira que você consome 18 231 Projetos e Especificação da Madeira a ao projetar e especificar o tipo da madeira a ser utilizada é importante que sejam consideradas as características das peças a serem detalhadas evitan do excesso de cortes e emendas Procure adequar o projeto às peças com medidas de mercado b Para a especificação do tipo da madeira consulte no capítulo 6 deste manual as espécies que mais se adequam a seu projeto 232 Aquisição a Adquirir madeira somente de empresas que possam comprovar a origem da mesma através de um plano de manejo aprovado pelo IBAMA com a apresentação de nota fiscal e Documento de Origem Florestal DOF b Outra opção é adquirir madeira de origem comprovada através de Certificação Florestal Certificação Florestal A certificação florestal é uma ferramenta de mer cado que atesta que uma determinada empresa ou comunidade maneja suas florestas de acordo com padrões regras prédefinidos e acordados entre os diversos setores da sociedade Os sistemas de certificação são a melhor garantia de legalidade e utilização racional das florestas porque requerem um cumprimento de normas que vão além da legalidade Na prática empresas de comunidade certificadas são monitoradas no mínimo a cada ano e sempre precisam apresentar desempenho superior ao do ano anterior Estão disponíveis no Brasil o Sistema de Certifica ção Florestal Brasileiro do INMETRO CER FLOR para mais informações sobre o Sistema CERFLOR visite wwwsbsorgbr e o Sistema do FSC Forest Stewardship Council Conselho de Manejo Florestal que certificam a produção adequada ambientalmente Também existem hoje organizações nãogovernamentais que buscam ori entar as empresas interessadas em ter um controle sobre a origem da madeira que consomem Um desses programas é oferecido pelo WWFBrasil denominado Sistema de Implementação e Veri ficação Modular SIM baseado em avaliações da cadeia de suprimento de uma empresa por auditores independentes e tem como objetivo determinar a origem da madeira consumida pelas empresas associadas O Programa SIM do WWFBrasil faz parte da Rede Global de Floresta e Comércio GFTN Global Forest Trade Network em inglês A GFTN é resultado de uma parceria que reúne um consórcio de organizações nãogovernamentais lideradas pela rede WWF empresas e comu nidades O objetivo é demonstrar liderança implementar melhores práticas e promover atuação 19 responsável nas áreas de manejo e comércio flo restal A GFTN se insere na estratégia global do WWF de combate à atividade madeireira ilegal e de melhoria do manejo das florestas ameaçadas Para mais informações sobre o Programa SIM e a Rede GFTN visite wwwwwforgbrsim Para o WWFBrasil o sistema de certificação com maior credibilidade é o do Conselho de Manejo Florestal FSC maior e mais antigo sistema de certificação florestal em todo o mundo presente em todos os continentes em mais de 80 países Para mais informações sobre a certificação florestal FSC visite wwwfscorgbr c Não recorrer somente a espécies tradicio nais buscando neste Manual alternativas com as mesmas características técnicas entre as madeiras de reflorestamento e mesmo de outras espécies de mata nativa porém que não estejam no momento sob pressão de exploração desta forma agregando valor econômico a espécies pouco conhecidas 233 Uso na obra a Procure utilizar as peças de acordo com o projeto e na falta deste de forma a evitar perda com cortes desnecessários b verificar a possibilidade do reúso das peças ou seja utilizar uma mesma peça mais de uma vez dandolhe uma sobrevida o que significa economia de dinheiro e matériaprima 234 Destinação de resíduos de madeira A resolução do Conselho Nacional do Meio Am biente n 307 considera os geradores de resíduos da construção civil responsáveis pelo seu destino e deverão ter como objetivo primordial a não geração de resíduos e secundariamente a redução a reutilização a reciclagem e a destinação final Os estados e municípios estão elaborando suas políticas de gestão de resíduos onde estão previs tas a implantação de ATTs Áreas de Transbordo e Triagem para onde deverão ser encaminhados os resíduos da construção civil para que possam ser segregados reutilizados reciclados ou tenham a correta destinação 20 Tabela1 Consumo de madeira serrada amazônica pela construção civil no estado de São Paulo em 2001 Usos na Construção Civil Consumo Estrutura de Cobertura Andaimes e formas para concreto Forros pisos e esquadrias Casas préfabricadas Total 8917 5944 2335 637 17833 1000 m³ 50 33 13 4 100 Fonte Sobral et al 2002 Na construção civil a madeira é utilizada de diversas formas em usos temporários como fôrmas para concreto andaimes e escoramentos De forma definitiva é utilizada nas estruturas de cober tura nas esquadrias portas e janelas nos forros e nos pisos Para se avaliar comparativamente esses usos é apresentado na tabela 1 o consumo de madeira serrada amazônica pela construção civil no estado de São Paulo em 2001 3 Usos da madeira na construção civil 21 Nessa tabela observase que o uso em estruturas de cobertura representa metade da madeira consumida no estado de São Paulo Neste uso são empregadas peças simples mente serradas como vigas caibros pranchas e tábuas Tais produtos são comercializados em lojas especializadas conhecidas como depósitos de madeira e destinamse principal mente à construção horizontal ou seja casas e pequenas edificações Sobral et al 2002 Na mesma tabela pode ser visto que a madeira usada em andaimes e fôrmas para concreto representa 33 da madeira con sumida no estado de São Paulo Neste tipo de uso a construção verticalizada é a principal demandante com aproximadamente 485 mil metros cúbicos anuais Este valor representa 80 da madeira consumida nesse segmento da construção civil Sobral et al 2002 O quadro completase com a madeira utilizada em forros pisos e esquadrias partes da obra em que a madeira sofre forte concorrência de outros materiais e em casas préfabricadas Para atender a esses usos na construção civil os principais centros demandantes de madeira serrada localizados nas Regiões Sul e Sudeste se abasteceram durante décadas com o pinhodoparaná Araucaria angustifolia e a perobarosa Aspidosperma polyneuron explorados nas florestas nativas dessas regiões Com a exaustão dessas florestas o suprimento de madeiras nativas passou a ser realizado em parte a partir de países limítrofes como o Paraguai porém de forma mais significativa a partir da Região Amazônica As madeiras de pinus Pinus spp e eucalipto Eucalyptus spp geradas nos reflorestamentos implan tados nas Regiões Sul e Sudeste também passaram a suprir a construção habitacional Tais mudanças têm provocado a substituição do pinhodoparaná e da perobarosa por outras madeiras desconhecidas dos usuários às vezes inadequadas ao uso pretendido A implantação de medidas visando o uso racional e sustentado do material madeira deve considerar desde a minoração dos impactos ambientais da exploração florestal centrada 22 em poucos tipos de madeira passando pelas medidas para diminuição de geração de resíduos e reciclagem dos mesmos até a ampliação do ciclo de vida do material pela escolha correta do tipo de madeira e pelos procedimentos do seu condicionamento secagem e preservação Para atingir os objetivos deste trabalho os usos da madeira foram agrupados como segue Construção civil pesada externa Engloba as peças de madeira serrada usadas para estacas marítimas trapiches pontes obras imersas postes cruzetas estacas escoras e dor mentes ferroviários estruturas pesadas torres de observação vigamentos tendo como referência a madeira de angicopreto Anadenanthera macrocarpa Construção civil pesada interna Engloba as peças de madeira serrada na forma de vigas caibros pranchas e tábuas utilizadas em estruturas de cobertura onde tradicional mente era empregada a madeira de perobarosa Aspidosperma polyneuron Construção civil leve externa e leve interna estrutural Reúne as peças de madeira serrada na forma de tábuas e pontaletes empregados em usos temporários andaimes escoramento e fôrmas para concreto e as ripas e cáibros utiliza das em partes secundárias de estruturas de cobertura A madeira de pinhodoparaná Araucaria angustifolia foi a mais utilizada durante décadas neste grupo Construção civil leve interna decorativa Abrange as peças de madeira serrada e beneficiada como forros painéis lambris e guarnições onde a madeira apresenta cor e desenhos considerados decorativos Construção civil leve interna de utilidade geral São os mesmos usos descritos acima porém para madeiras não decorativas Construção civil leve em esquadrias Abrange as peças de madeira serrada e be neficiada como portas venezianas caixilhos A referência é a madeira de pinhodoparaná Araucaria angustifolia Construção civil assoalhos domésticos Compreende os diversos tipos de peças de madeira serrada e beneficiada tábuas cor ridas tacos tacões e parquetes 23 Os produtos de madeiras utilizados na construção variam desde peças com pouco ou nenhum processamento madeira roliça até peças com vários graus de beneficia mento como madeira serrada e beneficiada lâminas painéis de madeira e madeira tratada com produtos preservativos 41 Madeira roliça A madeira roliça é o produto com menor grau de processamento da madeira Consiste de um segmento do fuste da árvore obtido por cortes transversais traçamento ou mesmo sem esses cortes varas peças longas de pequeno diâmetro Na maior parte dos casos sequer a casca é retirada Tais produtos são em pregados de forma temporária em escora mentos de lajes pontaletes e construção de andaimes Em construções rurais é freqüente o seu uso em estruturas de telhado Neste tipo de produto também se enquadra a madeira roliça derivada dos postes de distribuição de energia elétrica em geral tratados com produtos preservativos de madeira que é empregada em estruturas de edificações assim como a madeira roliça empregada na préfabricação das chamadas log homes A madeira roliça na região centrosul do país é proveniente de reflorestamentos principal mente daqueles realizados com as diversas espécies de eucalipto Eucalyptus spp Madeiras nativas na forma roliça são emprega das somente nas regiões produtoras como na Amazônia onde se destaca a acariquara Minquartia guianensis pela sua resistência mecânica e alta durabilidade natural 42 Madeira serrada A madeira serrada é produzida em unidades industriais serrarias onde as toras são processadas mecanicamente transformando a peça originalmente cilíndrica em peças quadrangulares ou retangulares de menor dimensão A sua produção está diretamente relacionada com o número e as características dos equipamentos utilizados e o rendimento baseado no aproveitamento da tora volume serrado em relação ao volume da tora sendo 4 Produtos de madeira 24 este função do diâmetro da tora maiores diâmetros resultam em maiores rendimentos As diversas operações pelas quais a tora passa são determinadas pelos produtos que serão fabricados Na maioria das serrarias as principais operações realizadas incluem o desdobro o esquadrejamento o destopo das peças e o prétratamento O prétratamento possui caráter profilático e tem por objetivo proteger a madeira recém serrada contra fungos e insetos xilófagos apenas durante o período de secagem natu ral É realizado normalmente por meio da imersão das pranchas em um tanque com uma solução contendo um produto preservativo de ação fungicida e outro de ação inseticida Devido ao método de tratamento e à natureza dos produtos preservativos utilizados o pré tratamento confere uma proteção superficial à madeira pois atinge somente suas camadas mais externas O prétratamento pode ser dispensado pela indústria quando a secagem da madeira é feita em estufas imediatamente após desdobro das toras e não deve ser considerado pelo consumidor como um tratamento definitivo da madeira que vai garantir sua proteção quando seca e em uso As serrarias produzem a maior diversidade de produtos pranchas pranchões blocos tábuas caibros vigas vigotas sarrafos pon taletes ripas e outros A tabela 2 apresenta os principais produtos obtidos nas serrarias bem como as dimensões dos mesmos 25 Pranchas e pranchões No desdobro a tora sofre cortes longitu dinais resultando em peça com duas faces paralelas entre si mas com os cantos irregula res mortos e com casca A prancha deve apresentar espessura de 40 mm a 70 mm e largura superior a 200 mm O comprimento é variável O pranchão caracterizase por espessura superior a 70 mm e largura superior a 200 mm O com primento também é variável Vigas e vigotas As vigas são peças de madeira serrada utilizadas na construção civil Apresentamse na forma retangular com espessura maior do que 40 mm largura entre 110 e 200 mm e comprimento variável de acordo com o pedido do solicitante Tábuas Caibros As tábuas dão origem a quase todas as outras peças de madeira serrada por redução de tamanho Apresentamse na forma re tangular com espessura entre 10 e 40 mm largura superior a 100 mm e comprimento variável de acordo com o pedido do solici tante Estes produtos são gerados a partir de toras pranchas e pranchões Os caibros ripas e sarrafos têm múltiplas aplicações tanto na construção civil como na fabricação de móveis Os quadradinhos são variações do sarrafo com menores dimen sões utilizadas normalmente para confecção de cabos de vassoura e pincéis As vigotas ou vigotes são uma variação de vigas de menores dimensões apresentando espessura de 40 mm a 80 mm e largura entre 80 e 110 mm 26 Produtos Pranchão Prancha Viga Vigota Caibro Tábua Sarrafo Ripa Dormente Pontalete Bloco Espessura mm Maior que 70 40 70 Maior que 40 40 80 40 80 10 40 20 40 Maior que 20 160 170 75 Variável Largura mm Maior que 200 Maior que 200 110 200 80 110 50 80 Maior que 100 20 100 Maior que 100 220 240 75 Variável Comprimento m Variável Variável Variável Variável Variável Variável Variável Variável 200 560 280 560 Variável Variável Tabela2 Dimensões dos Principais Produtos de Madeira Serrada Fonte NBR 7203 1982 27 Tabela3 Dimensões das Principais Peças de Madeira Beneficiada Peça Assoalho Forro Batente Rodapé Taco Dimensões de Secção Transversal mm 20x100 10x100 45x145 15x150 ou 15x100 20x21 Fonte NBR 7203 1982 No aplainamento as sobremedidas e as irregularidades são retiradas deixando a superfície mais lisa O molduramento faz os cortes de encaixes tipo machofêmea por exemplo no comprimento para peças destinadas a forros lambris peças para assoalhos batentes de portas entre outros No torneamento as peças tomam a forma arredondada como balaustres de escadas As dimensões dos principais produtos usina dos representados por madeira aplainada em duas ou quatro faces assoalhos e forros ma chofêmea rodapés molduras de diferentes desenhos madeira torneada furada com respigas são apresentadas na tabela 3 43 Madeira beneficiada A madeira beneficiada é obtida pela usinagem das peças serradas agregando valor às mesmas As operações são realizadas por equipamentos com cabeças rotatórias providas de facas fresas ou serras que usi nam a madeira dando a espessura largura e comprimento definitivos forma e acabamento superficial da madeira Podem incluir as seguintes operações aplainamento moldura mento e torneamento e ainda desengrosso desempeno destopamento recorte furação respigado ranhurado entre outras Para cada uma destas operações existem máqui nas específicas manuais ou não simples ou complexas que executam vários trabalhos na mesma peça 28 44 Madeira em lâminas As lâminas de madeira são obtidas por um processo de fabricação que se inicia com o cozimento das toras de madeira e seu posterior corte em lâminas Existem dois métodos para a produção de lâminas o torneamento e o faqueamento No primeiro a tora já descascada e cozida é colocada em torno rotativo As lâminas assim obtidas são destinadas à produção de compensados Por outro lado a lâmina faqueada é obtida a partir de uma tora inteira da metade ou de um quarto da tora presa pelas laterais para que uma faca do mesmo comprimento seja aplicada sob pressão produzindo fatias únicas Normalmente essas lâminas são originadas de madeiras decorativas de boa qualidade com maior valor comercial prestandose para revestimento de divisórias com fins decorativos 45 Painéis Os painéis de madeira surgiram da neces sidade de amenizar as variações dimensionais da madeira maciça diminuir seu peso e custo e manter as propriedades isolantes térmicas e acústicas Adicionalmente suprem uma necessidade reconhecida no uso da madeira serrada e ampliam a sua superfície útil através da expansão de uma de suas dimensões a largura para assim otimizar a sua aplicação O desenvolvimento tecnológico verificado no setor dos painéis à base de madeira tem ocasionado o aparecimento de novos produ tos no mercado internacional e nacional que vêm preencher os requisitos de uma demanda cada vez mais especializada e exigente 451 Compensado Os compensados surgiram no início do sécu lo XX como um grande avanço ao transfor mar toras em painéis de grandes dimensões possibilitando um melhor aproveitamento e consequente redução de custos O painel compensado é composto de várias lâminas desenroladas unidas cada uma perpendicularmente à outra através de adesivo ou cola sempre em número ímpar de forma que uma compense a outra for 29 necendo maior estabilidade e possibilitando que algumas propriedades físicas e mecânicas sejam superiores às da madeira original A espessura do compensado pode variar de 3 a 35 mm com dimensões planas de 210 m x 160 m 275 m x 122 m e 220 m x 110 m sendo esta a mais comum Extensamente utilizado na indústria de móveis e construção civil seu preço varia conforme as espécies e a cola utilizadas com a qualidade das faces e com o número de lâminas que o compõe Há compensados tanto para uso interno quanto externo Chapas finas de compen sado apresentam vantagens sobre as demais madeiras industrializadas pois são maleáveis e podem ser encurvadas São encontrados no mercado três tipos laminados sarrafeados e multissarrafeados Os primeiros são produzidos com finas lâmi nas de madeira prensada No compensado sarrafeado o miolo é formado por vários sarrafos de madeira colados lado a lado O multissarrafeado é considerado o mais estável seu miolo compõese de lâminas prensadas e coladas na vertical fazendo um sanduíche Os compensados podem ou não ser comercializados com aplicação de lâminas de madeira de uso mais nobre ou mesmo laminado plástico Nesses casos há sempre a necessidade de revestimento das bordas 452 Chapas de fibra chapa dura As chapas duras ou hardboards cujas marcas mais conhecidas são Duratex e Eucatex são chapas obtidas pelo processamento da madeira de eucalipto de cor natural marrom apresentando a face superior lisa e a inferior corrugada As fibras de eucalipto aglutinadas com a própria lignina da madeira são pren sadas a quente por um processo úmido que reativa esse aglutinante não necessitando a adição de resinas formando chapas rígidas de alta densidade de massa com espessuras que variam de 25 mm a 30 mm 30 453 Chapa de fibra MDF Chapa de densidade média As chapas MDF medium density fiberboard com densidade de massa entre 500 e 800 kgm³ são produzidas com fibras de madeira aglutinadas com resina sintética termofixa que se consolidam sob ação conjunta de tempera tura e pressão resultando numa chapa maciça de composição homogênea de alta qualidade Estas chapas apresentam superfície plana e lisa adequada a diferentes acabamentos como pintura envernizamento impressão revestimento e outros Estes painéis possuem bordas densas e de textura fina apropriados para trabalhos de usinagem e acabamento As chapas MDF vêm preencher grande parte dos requisitos técnicos que eram deman dados mas não supridos pelas chapas de fibras em diversos usos densidade média e maiores espessuras e pelo aglomerado boas características de usinabilidade e de acabamento tanto com equipamentos indus triais quanto com ferramentas convencionais Este tipo de painel pode ser serrado tornea do lixado furado trabalhado em encaixes malhetes e espigas e recebe bem pregos parafusos e colas desde que seguidas as recomendações do fabricante quanto ao uso dos elementos corretos de fixação Pode ser usado em móveis e na construção civil com destaque para portas de armário frentes de gavetas tampos de mesa molduras pisos e outras aplicações No mercado essas chapas são encontradas em três versões natural revestida com laminado melamínico de baixa pressão BP de acabamento liso ou texturizado em distintos padrões e revestida com película celulósica do tipo Finish Foil FF apre sentando superfícies lisas ou texturizadas em vários padrões madeirados Devido ao uso relativamente especializado e nobre que se prevê para as chapas MDF a matériaprima preferida para sua fabricação é madeira de florestas plantadas com carac terísticas uniformes e preferencialmente de baixa densidade de massa e cor clara sendo favorecido o pinus 31 Ainda dentro deste tipo de painel já são produzidas e utilizadas as HDF high density fiberboards que são chapas produ zidas pelo mesmo processo a seco como as MDF exceto que em um valor mais alto de densidade de massa acima de 800 kgm³ Este tipo de painel revestido com materiais apropriados destinase à fabricação de pisos por exemplo 454 Chapas de partículas aglomerado O aglomerado é uma chapa de partículas de madeiras selecionadas de pinus ou eucalipto provenientes de reflorestamento Essas partículas aglutinadas com resina sintética termofixa se consolidam sob a ação de alta temperatura e pressão As chapas aglomeradas são encontradas no mercado na sua aparência natural revestidas com película celulósica do tipo Finish Foil FF em padrões madeirados unicolores ou fantasias ou ainda revestidas com laminado melamínico de baixa pressão BP que por efeito de prensagem a quente funde o laminado à madeira aglomerada formando um corpo único e inseparável São chapas estáveis podendo ser cortadas em qualquer direção o que permite o seu maior aproveitamento O aglomerado deve ser reves tido sendo indicado na aplicação de lâminas de madeira natural e laminados plásticos É amplamente utilizado pela indústria de móveis construção civil embalagens entre outros Algumas operações como fresagem fixações encabeçamentos molduras post forming entre outras requerem cuidados especiais com ferramentas e equipamentos Normas e recomendações dever ser observadas para se obter maior uniformidade e acabamento na instalação do produto final Os dispositivos de fixação utilizados devem ser aqueles indicados para este tipo de material sob pena de serem obtidos resultados finais negativos caso estas recomendações não sejam seguidas Por não apresentar resistência à umidade ou à água o aglomerado deve ser utilizado em ambientes internos e secos para que suas propriedades originais não se alterem 32 455 Chapas de partículas MDP Chapa de partículas de média densidade São painéis compostos de partículas de madeira ligadas entre si por resinas de última geração Estas resinas sob ação de pressão e temperatura polimerizam garantindo a coesão do conjunto As partículas são classificadas e separadas por camadas as mais finas sendo depositadas na superfície enquanto que aquelas de maiores dimensões são depositadas nas camadas internas Os MDPs têm a densidade elevada das camadas superiores 950 a 1000 kgm³ em comparação a 800 kgm³ do MDF o que assegura um melhor acabamento para pinturas impressão e revestimentos Os MDPs possuem partículas menores na super fície aumentando de diâmetro da superfície da chapa para o miolo o que proporciona uma homogeneidade das camadas externas e também internas O MDP apresenta maior resistência à flexão comparandose com aglomerados e MDF ao empenamento e ao arrancamento de parafu sos maior estabilidade dimensional e menor absorção de umidade Tratase de nova gera ção de painéis de madeira industrializada com características diferenciadas do aglomerado O MDP é indicado para partes de móveis residenciais e de escritório que não neces sitem de usinagens em baixo relevo entalhes ou cantos arredondados tais como laterais divisórias prateleiras portas retas frentes e laterais de gavetas tampos retos e pósfor matos bases superior e inferior 456 Chapas de partículas OSB Pai néis de partículas orientadas Os painéis de partículas orientadas ou ori ented strand boards mais conhecidos como OSB foram dimensionados para suprir uma característica demandada e não encontrada tanto na madeira aglomerada tradicional quanto nas chapas MDF a resistência mecânica exigida para fins estruturais Os painéis são formados por camadas de partículas ou de feixes de fibras com resinas fenólicas que são orientados em uma mesma direção e então prensados para sua consoli 33 dação Cada painel consiste de três a cinco camadas orientadas em ângulo de 90 graus umas com as outras A resistência destes painéis à flexão estática é alta não tanto quanto a da madeira sólida original mas tão alta quanto a dos com pensados estruturais aos quais substituem perfeitamente O seu custo é mais baixo devido ao emprego de matériaprima menos nobre mas não admitem incorporar resíduos ou finos como no caso dos aglomerados Os OSB têm a elasticidade da madeira aglomerada convencional mas são mais resistentes mecanicamente Os painéis OSB têm tido utilização no exterior principalmente na construção habitacional Nos EUA a construção de casas apresenta características de uso intenso de madeira serrada e de painéis especial mente em paredes internas e externas pisos e forros e nestes usos os painéis OSB têm tido bom desempenho Mais recentemente estes produtos estão encontrando nichos de uso também em aplicações industriais onde a resistência mecânica trabalhabilidade versatilidade e valor fazem deles alternati vas atrativas em relação à madeira sólida Entre estes usos estão mobiliário industrial incluindo estruturas de móveis embalagens containers e vagões No Brasil a produção de OSB é recente e está restrita a apenas um fabricante Na construção civil já é possível ver sua aplicação em obras temporárias tapumes e alojamentos divisórias e coberturas 46 Desenvolvimento em madeira estru tural composta A madeira engenheirada inclui produtos já comuns em outros países especialmente do Hemisfério Norte mas ainda relativamente desconhecidos entre nós ou no máximo familiares apenas a uns poucos especialistas A madeira serrada classificada eletromecani camente vem a ser madeira serrada geral mente de coníferas ensaiada nãodestruti vamente em máquinas de alta velocidade quanto à flexão estática e identificada 34 quanto à sua classe de resistência mecânica Este produto é conhecido como machine evaluated lumber MEL ou machine stress rated MSR Este produto não é encon trado neste país por várias razões entre as quais se inclui a falta de normatização das seções transversais das peças usadas em estruturas o alto custo do equipamento e da operação além da falta de tradição no uso de madeira de coníferas para fins estruturais Pode compor também este grupo a madeira laminada e colada na qual as tábuas são dispostas e coladas com as suas fibras na mesma direção ampliando o comprimento ou a espessura glulam Vigas laminadas e coladas fabricadas com madeiras de reflorestamento pinus e eucalipto preser vadas contra ataque de insetos e fungos além de protegidas contra fogo e umidade são um produto já encontrado no setor da construção civil neste país Entretanto outros produtos manufaturados em maior ou menor grau de sofisticação estão incluídos no grupo das madeiras estru turais compostas como LVL laminated veneer lumber PSL parallel strand lumber e OSL oriented strand lumber 47 Outros produtos A tecnologia tem ampliado a gama de novos produtos derivados da madeira seja em diferentes formas seja em combinação com outros materiais visando sempre o melhor desempenho do produto no fim a que se destina a otimização do uso da matériaprima e a redução dos custos de processamento Muitos dos processos desenvolvidos baseiamse no emprego de matériaprima produzida em florestas de rápido crescimen to especialmente para um determinado fim Isto é reflexo de uma demanda especializada exigente não só em relação ao desempenho do produto mas também em relação à sua aparência Exemplos podem ser facilmente apontados como é o caso dos painéis MDF produzidos com misturas de espécies resul tando em painéis de cor mais escura logo recusados pelo mercado mais sofisticado 35 Contudo uma vertente de interesse crescente tem sido a utilização de resíduos de processamento mecânico ou químico de madeiras na produção de painéis dentro do princípio de reúso ou mesmo de reciclagem de materiais Exemplo recente é o desenvolvimento de painéis produzidos com madeira sólida e com partículas de madeira tratada com CCA um preservante de madeira à base de cobre cromo e arsênio Este material proveniente de descarte passaria a constituirse em potencial contaminante ambiental Com o reaproveita mento destes produtos na forma de painéis um potencial agente contaminante passou a constituirse em matériaprima gerando outros produtos de alta durabilidade O mercado requer produtos de bom desempenho menor custo esteticamente agradáveis e crescentemente sadios do ponto de vista ambiental 48 Madeira tratada com produtos preservativos Preservação de madeiras é todo e qualquer procedimento ou conjunto de medidas que possam conferir à madeira em uso maior resistência aos agentes de deterioração proporcionando maior durabilidade Estes agentes podem ser de natureza física química e biológica fungos e insetos xilófagos que afetam suas propriedades Essas medidas devem ser discutidas e adotadas na etapa de elabo ração dos projetos sendo que o uso racional da madeira como um material de engenharia no ambiente construído pressupõe minimamente Conhecimento do nível de desempenho necessário para o componente ou estrutura de madeira tais como vida útil responsabili dade estrutural garantias comerciais e legais entre outras Escolha da espécie da madeira com base nas propriedades intrínsecas de durabilidade natural e tratabilidade 36 Definição das condições de exposição uso da madeira e dos possíveis agentes biodeterio radores presentes fungos e insetos xilófagos ou seja definição do risco biológico a que a madeira será submetida Adoção do método de tratamento e produto preservativo de madeira inseticida e ou fungicida em função do risco biológico para aumentar a durabilidade da madeira O tratamento preservativo fazse necessário se a espécie escolhida não é naturalmente durável para o uso considerado eou se a madeira contém porções de alburno Implementação de controle de qualidade de toda a madeira tratada com produtos preserva tivos para garantir os principais parâmetros de tratamento penetração e a retenção do preser vativo absorvido no processo de tratamento A penetração é definida como sendo a profun didade alcançada pelo preservativo ou pelos seus ingredientes ativos na madeira Já a retenção é a quantidade do preservativo ou do seus ingredientes ativos contida de maneira uniforme num determinado volume da madeira por exemplo expressa em quilogramas de ingrediente ativo por metro cúbico de madeira tratável kg m³ Considerando a Lei nº 4797 de 20 de outubro de 1965 e a Instrução Normativa Conjunta IBAMA e ANVISA em fase final de implementação para substituição da Portaria Interministerial nº 292 de 20 de outubro de 1989 e Instrução Normativa nº5 de 201092 que disciplinam o setor Preservação de Madeiras no Brasil o trata mento preservativo de madeiras é obrigatório para peças ou estruturas de madeira tais como dormentes estacas vigas vigotas pontes pontilhões postes cruzetas torres moirões de cerca escoras de minas e de taludes ou quaisquer estruturas de madeira que sejam usadas em contato direto com o solo ou sob condições que contribuam para a diminuição de sua vida útil Esta obrigatoriedade deve ser observada ex clusivamente com relação às essências florestais passíveis de tratamento São passíveis de tratamento preservativo as peças de madeira 37 portadoras de alburno ou as que sendo de puro cerne apresentem alguma pemeabilidade à penetração dos produtos preservativos em seus tecidos lenhosos No caso do uso de madeira de puro cerne esta deve ser de alta durabilidade natural aos fungos apodrecedores e insetos xilófagos brocasdemadeira e cupins para as condições de uso biologica mente ativa eou agressiva Com relação ao tratamento preservativo da madeira devese considerar a busca de produtos preservativos e processos de trata mento de menor impacto ao meio ambiente e à higiene e segurança a disponibilidade de produtos no mercado brasileiro os aspectos estéticos alteração de cor da madeira por exemplo aceitação de acabamento e a necessidade de monitoramento contínuo Só devem ser utilizados os produtos preser vativos devidamente registrados e autorizados pelo Ministério do Meio Ambiente através do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis IBAMA e na Agência Nacional de Vigilância Sanitária AN VISA que avalia os resultados dos testes para classificação da Periculosidade Ambiental Assim como para o tratamento industrial da madeira devese exigir registro no IBAMA das usinas de preservação de madeira e outras indústrias que utilizam esses produtos A especificação de um tratamento pre servativo baseado nas condições de uso da madeira deve requerer penetração e retenção adequadas que dependem do método de tratamento escolhido As normas técnicas e a experiência do fabricante podem relacionar estes parâmetros de qualidade do tratamento considerando minimamente a diferente durabilidade natural e tratabi lidade do alburno e cerne devem ser sempre consideradas quanto maior a responsabilidade estrutural do componente de madeira maior deverá ser a retenção e penetração do produto preservativo uma maior vida útil está normalmente associada a uma maior retenção e penetração do produto para um mesmo processo de tratamento 38 diferenças de micro e macroclima entre regiões podem exigir maiores retenções e penetrações a economia em manutenção e a acessibi lidade para reparos ou substituições de um componente podem exigir maiores retenções e penetrações o controle de qualidade de toda a madeira preservada deverá ser realizado para garantir os principais parâmetros de quali dade penetração e retenção do preservativo absorvido no processo de tratamento se o risco de lixiviação do produto preserva tivo existe considerar a proteção dos compo nentes durante construção eou transporte fatores como manuseio das peças tratadas práticas durante a construção integridade de acabamentos ou compatibilidade do produto preservativo com o acabamento podem afetar o desempenho da madeira preservada Na norma brasileira NBR 7190 Estruturas de Madeira atualmente em revisão pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT está sendo introduzido o conceito de classe de risco que auxiliará o engenheiro arquiteto e usuário de madeira em geral na tomada de decisão sobre o uso racional da madeira tratada Esta ferramenta relacionará as possíveis condições de exposição da ma deira e os agentes biodeterioradores fungos e insetos com os produtos preservativos e processos de tratamento pertinentes além de apresentar orientações mínimas de projeto para minimizar os danos causados por estes organismos xilófagos 49 Cuidados na aplicação de tintas e vernizes Ao se aplicar tintas e vernizes como acabamento de superfície de peças de madeira devem ser tomadas precauções que visam em geral a utilização eficiente destes produtos e a segurança quanto aos aspec tos ambientais e de saúde relacionados às emissões oriundas de solventes e substâncias tóxicasperigosas para o meio ambiente e que podem ser acumulados nos seres vivos aquáticos e terrestres à disposição dos resíduos e principalmente em relação ao con tato direto com o homem na aplicação e no uso As tintas e vernizes contêm solventes orgânicos que emitem vapores à temperatura 39 ambiente por contato direto com a pele ou por inalação podem provocar alergias queimaduras ou após inalações repetidas doenças respiratórias e lesões pulmonares Na seleção e aplicação de um produto de acabamento recomendase preferir produtosprincípios ativos ambien talmente amigáveis verificar as instruções escritas nas embala gens quanto às condições de armazenagem e boas práticas de manuseio durante aplicação tais como uso de EPIs e separação dos resíduos sólidos e líquidos verificar com o fabricante as orientações para disposição do resíduo gerado na apli cação e pós uso caso estas instruções não estejam disponíveis na embalagem 40 As propriedades básicas da madeira variam muito entre as espécies Tomandose a densidade de massa aparente a 15 de teor de umidade como um indicador dessas propriedades temse a madeira de balsa com 200 kgm3 e a de aroeira com 1100 kgm3 ou seja materiais com propriedades físicas e mecânicas totalmente distintas Portanto na escolha da madeira correta para um determinado uso devese considerar quais as propriedades e os respectivos níveis requeridos para que a madeira possa ter um desempenho satisfatório Esse procedimento é primordial principalmente em países tropicais onde a variedade e o número de espécies de madeiras existentes na floresta são expressões da sua biodiversidade Somase a essa questão a mudança das fontes de suprimento dos principais centros deman dantes de madeira serrada localizados nas Regiões Sul e Sudeste Com a exaustão das florestas nativas dessas regiões o suprimento de madeiras nativas passou a ser realizado em parte a partir de países limítrofes como o Paraguai porém de forma mais significativa a partir da região amazônica As madeiras disponíveis nos reflorestamentos implanta dos nas Regiões Sul e Sudeste com pinus e eucalipto já estão suprindo a construção civil Essas mudanças têm provocado a substituição do pinhodoparaná e da perobarosa espé cies tradicionalmente utilizadas pelo setor por outras madeiras desconhecidas dos usuários e às vezes inadequadas ao uso pretendido A variedade de espécies de madeira e a amplitude de suas propriedades existente na floresta amazônica dificulta as atividades de exploração florestal sustentada e mesmo uma comercialização mais intensa do potencial madeireiro da floresta sobretudo naqueles mercados abastecidos tradicionalmente por poucas espécies de madeira Tais circunstâncias sugerem uma abordagem para redução da heterogeneidade das madeiras através do grupamento ou reunião das mesmas em categorias de propriedades comuns 5 Indicação da madeira para construção civil 41 No mercado brasileiro o grupamento já é praticado porém de forma não técnica e com desconhecimento por parte do usuário final Na cidade de São Paulo sob o nome de cedrinho estão sendo comercializadas cerca de 15 diferentes espécies de madeira amazônicas e de reflorestamento que são empregadas indistintamente em uso tem porário nas obras O lado positivo desse fato é a constata ção da aplicação prática do conceito de grupamento de espécies por uso final várias espécies sendo aplicadas num determinado uso e a aceitação portanto de outras espécies de madeira não tradicionais Porém a forma como este processo está se desen volvendo baseado na escolha das espécies pela tentativaeerro e sem pelo menos aparentemente o conhecimento do con sumidor é inapropriada e poderá aumentar o preconceito em relação a madeira como material de construção Neste trabalho a alocação das madeiras nos grupos de uso final ver capítulo 3 foi realizada através de um critério em que foram utilizadas as propriedades eou características consideradas como o mínimo necessário para um bom desempenho da madeira no uso especificado Para cada uma das proprie dades escolhidas foram fixados valores mínimos e às vezes máximos tendo como base os valores de madeiras tradicionalmente empregadas nos usos considerados Esta estratégia foi adotada considerando que os especificadores de madeira engenheiros arquitetos compradores de empreiteiras carpinteiros etc têm o hábito de indicar so mente as madeiras tradicionais como peroba rosa e pinhodoparaná Com isto buscase facilitar a aceitação de novas madeiras Entretanto há processos de seleção de madeiras tecnicamente mais elaborados como o utilizado na norma NBR 7190 Projeto de es truturas de madeiras da Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT e que substituiu a NBR 6230 com profundas alterações na metodologia e procedimentos de ensaios 42 Nessa norma foram estabelecidas três classes de resistência C 20 C25 e C 30 para as madeiras de coníferas pinus e pinhodo paraná p ex e quatro classes C 20 C 30 C 40 e C 60 para as madeiras de dicotiledôneas perobarosa ipê jatobá p ex No estabelecimento dessas classes foram consideradas propriedades físicas densidade de massa básica e aparente de resistência compressão paralela às fibras e cisalhamento e de rigidez módulo de elasticidade A utilização de classes de resistência elimina a necessidade da especificação da espécie da madeira pois em um projeto estrutural desenvolvido de acordo com essa norma bastará a verificação das propriedades de resistência de um lote de peças de madeira à classe de resistência especificada no projeto É importante salientar que a necessidade de especificar a espécie de madeira foi suprimida no que diz respeito à resistência mecânica Entretanto isto ainda é necessário quando se precisa empregar madeiras naturalmente resistentes ou permeáveis às soluções preser vantes em função da classe de risco de deterioração biológica a que a madeira estará exposta item 107 da Norma Outra situação que requer tal especificação é quando se precisa conhecer as carac terísticas de trabalhabilidade e de decoratividade da madeira As listas de madeiras reunidas em grupos de uso final tendo como referências as madeiras de perobarosa pinhodoparaná imbuia e angico preto são apresentadas a seguir Ao se elaborar essas listas buscouse excluir espécies de madeira que embora sejam comercializadas enfrentam res trições legais ou têm uso alternativo mais rentável como p ex a castanheira Bertholletia excelsa e a copaíba Copaifera spp Informações técnicas para algumas madeiras recomendadas são fornecidas no Capítulo 6 deste Manual Para obter informações técnicas sobre outras madeiras consulte o site httpwwwiptbrareasctflorestalmpdmadeiras 43 Nome Popular Nome Científico Acapu Angelimpedra Angelimvermelho Angicopreto Angicovermelho Bacuri Bacurideanta Cupiúba EucaliptoR Favadeorelhadenegro Faveiraamargosa Garapa Guajarábranco Itaúba Jarana Jatobá Maçaranduba Muiracatiara Piquiarana Rosadinho Roxinho Sapucaia Sucupira Tanibuca Tatajuba Timborana Uxi Vouacapoua americana Hymenolobium spp Dinizia excelsa Anadenanthera colubrina sinonímia Anadenanthera macrocarpa Parapiptadenia rigida Platonia insignis Moronobea coccinea Goupia glabra Eucalyptus tereticornis Corymbia citriodora sinonímia Eucalyptus citriodora E saligna Enterolobium schomburgkii Vatairea app Apuleia leiocarpa Chrysophyllum sericeum Mezilaurus itauba Lecythis jarana Hymenaea spp Manilkara ssp Astronium lecointei Caryocar glabrum Micropholis guianensis Peltogyne spp Lecythis pisonis Diplotropis spp Bowdichia spp Terminalia spp Bagassa guianensis Piptadenia suaveolens Endopleura uchi Lista de madeiras indicadas para os diversos grupos de uso na construção civil em substituição a Perobarosa e PinhodoParaná R madeira gerada em refloresta mento Obs nomes em negrito ver ficha cap 6 com informações técnicas sobre a madeira 44 Construção civil pesada interna Engloba as peças de madeira serrada na forma de vigas caibros pranchas e tábuas utilizadas em estruturas de cobertura onde tradicionalmente era empregada a madeira de perobarosa Aspidosperma polyneuron Nome Popular Nome Científico Araracanga Angelimpedra Angelimvermelho Angicopreto Angicovermelho Bacuri Bacurideanta Cupiúba Eucalipto R Faveiraamargosa Garapa Goiabão Itaúba Jarana Maçaranduba Muiracatiara Pauamarelo Paumulato Rosadinho Pauroxo Sapucaia Tanibuca Tatajuba Timborana Uxi Aspidosperma desmanthum Hymenolobium spp Dinizia excelsa Anadenanthera macrocarpa Parapiptadenia rigida Platonia insignis Moronobea coccinea Goupia glabra Eucalyptus tereticornis E citriodora Esaligna Enterolobium schomburgkii Apuleia leiocarpa Pouteria pachycarpa Mezilaurus itauba Lecythis jarana Manilkara spp Astronium lecointei Euxylophora paraensis Calycophyllum Sprumceanum Micropholis guianensis Peltogyne spp Lecythis pisonis Terminalia spp Bagassa guianensis Piptadenia suaveolens Anadenanthera macrocarpa R madeira gerada em reflorestamento Obs nomes em negrito ver ficha cap 6 com informações técnicas sobre a madeira 45 Construção civil leve externa e Leve interna estrutural Reúne as peças de madeira serrada na forma de tábuas e pontaletes empregados em usos temporários andaimes escoramento e fôrmas para concreto e as ripas e caibros utilizadas em partes secundárias de estruturas de cobertura A madeira de pinhodoparaná Araucaria angus tifolia foi a mais utilizada durante décadas neste grupo R madeira gerada em reflorestamento Obs nomes em negrito ver ficha cap 6 com informações técnicas sobre a madeira Nome Popular Nome Científico Angelimpedra Bacuri Bacurideanta Cambará Canafíscula Cedrinho Eucalipto R Garapa Jacareúba Lourocanela Lourovermelho Marinheiro Paujacaré Quaruba Rosadinho Tatajuba Tauari Taxi Hymenolobium spp Platonia insignis Moronobea coccinea Qualea ssp Peltrophorum vogelianum Erisma uncinatum Eucalyptus tereticornis E citriodora Esaligna Apuleia leiocarpa Calophyllum brasiliense Ocotea spp ou Nectandra spp Nectandra rubra Guarea spp Laetia procera Vochysia spp Micropholis guianensis Bagassa guianensis Couratari spp Tachigali spp ou Sclerolobium spp 46 Construção civil leve interna decorativa Abrange as peças de madeira serrada e beneficiada como forros painéis lambris e guarnições onde a madeira apresenta cor e desenhos considerados decorativos A referência é a madeira de imbuia Ocotea porosa R madeira gerada em reflorestamento Obs nomes em negrito ver ficha cap 6 com informações técnicas sobre a madeira Nome Popular Nome Científico Angelimpedra Bacuri Cerejeira Curupixá Freijó Grevílea R Lourocanela Lourovermelho Macacaúba Marinheiro Muiracatiara Pauamarelo Pauroxo Rosadinho Tatajuba Vinhático Hymenolobium spp Platonia insignis Amburana cearensis Micropholis venulosa Cordia goeldiana Grevillea robusta Ocotea spp ou Nectandra spp Nectandra rubra Platymiscium ulei Guarea spp Astronium lecointei Euxylopho paraensis Peltogyne spp Micropholis guianensis Bagassa guianensis Plathymenia spp 47 Construção civil leve interna de utilidade geral Abrange as peças de madeira serrada e beneficiada como forros painéis lambris e guarnições onde o aspecto decorativo da madeira não é fator Iimitante A referência é a madeira de pinhodoparaná Araucaria angustifolia R madeira gerada em reflorestamento Obs nomes em negrito ver ficha cap 6 com informações técnicas sobre a madeira Nome Popular Nome Científico Angelim Pedra Cambará Cedrinho Cedrorana Cuningâmia R Cupressus R Eucalipto R Faveira Amargosa Jacareúba Marupá Pinus R Quaruba Tauari Taxi Hymenolobium spp Quatea spp Erisma uncinatum Cedrelinga cateninformis Cunninghamia lanceolata Cupressus lusitanica Eucalyptus tereticornis E citriodora Esaligna Enterolobium schomburgkii Calophyllum brasiliense Simarouba amara Pinus spp Vochysia spp Couratari spp Tachigali spp 48 Construção civil leve em esquadrias Abrange as peças de madeira serrada e beneficiada como portas venezianas caixilhos A referência é a madeira de pinhodoparaná Araucaria angustifolia R madeira gerada em reflorestamento Obs nomes em negrito ver ficha cap 6 com informações técnicas sobre a madeira Nome Popular Nome Científico Angelimpedra Bacuri Cedrinho Cedro Freijó Garapa Lourocanela Lourovermelho Marinheiro Marupá Pauamarelo Tauari Taxi Hymenolobium spp Platonia insignis Erisma uncinatum Cedrela sp Cordia goeldiana Apuleia leiocarpa Ocotea spp ou Nectandra spp Nectandra rubra Guarea spp Simarouba amara Euxylophora paraensis Couratari spp Tachigali spp 49 Construção civil assoalhos domésticos Compreende os diversos tipos de peças de madeira serrada e beneficiada usados em pisos tábuas corridas tacostacões e parquetes A madeira de referência é a perobarosa Aspidosperma polyneuron R madeira gerada em reflorestamento Obs nomes em negrito ver ficha cap 6 com informações técnicas sobre a madeira Nome Popular Nome Científico Angicopreto Angicovermelho Bacuri Garapa Goiabão Itaúba Macacaúba Maçaranduba Muiracatiara Pauamarelo Paumulato Pauroxo Tanibuca Tatajuba Timborana Uxi Anadenanthera macrocarpa Parapiptadenia rigida Platonia insignis Apuleia leiocarpa Pouteria pachycarpa Mezilaurus itauba Platymiscium ulei Manilkara spp Astronium lecointei Euxylophora paraensis Calycophyllum Sprumceanum Peltogyne spp Terminalia spp Bagassa guianensis Piptadenia suaveolens Anadenanthera macrocarpa 50 Das madeiras apresentadas no capítulo anterior foram selecionadas algumas que são mais abundantes no mercado e para elas são apre sentadas informações tecnológicas Adicional mente para comparação apresentamse essas informações para as madeiras de perobarosa e pinhodoparaná que eram tradicionalmente utilizadas na construção civil Para cada madeira são fornecidas as seguintes informações nome popular principal e outros nomes populares nome científico características gerais características sensoriais e descrição anatômica macroscópica durabilidade natural e tratabilidade química características de processamento trabalhabili dade e secagem propriedades físicas densidade de massa e contrações propriedades mecânicas flexão estática compressão axial choque cisalhamento dureza Janka tração normal às fibras fendilhamento usos na construção civil e outros usos observações referentes à madeira quando relevantes Todas as informações foram pesquisadas no banco de dados do Centro de Tecnologia de Recursos Florestais CTFloresta do IPT e em bibliografia especializada As madeiras selecionadas são as seguintes 6 Fichas tecnológicas de madeira 51 Nome Popular Nome Científico Perobarosa Pinhodoparaná Amesclão Angelimpedra 1 Angelimvermelho Bacuri Cambará 2 Cedrinho Cedrorana Cupiúba Curupixá Eucaliptocitriodora Eucaliptograndis Favaorelhadenegro Garapa Goiabão Itaúba Jacareúba Jatobá Lourovermelho Pauroxo Pinuseliote Piquiarana Quaruba 3 Sucupira Tauari 4 Aspidosperma polyneuron Apocynaceae Araucaria angustifolia Araucariaceae Trattinnickia burserifolia Burseraceae Hymenolobium spp Leguminosae Dinizia excelsa Leguminosae Platonia insignis Guttiferae Qualea spp Vochysiaceae Erisma uncinatum Vochysiaceae Cedrelinga cateniformis Leguminosae Goupia glabra Goupiaceae Micropholis venulosa Sapotaceae Eucalyptus citriodora Myrtaceae Eucalyptus grandis Myrtaceae Enterolobium schomburgkii Leguminosae Apuleia leiocarpa Leguminosae Pouteria pachycarpa Sapotaceae Mezilaurus itauba Lauraceae Calophyllum brasiliense Guttiferae Hymenaea spp Leguminosae Nectandra rubra Lauraceae Peltogyne spp Leguminosae Pinus elliottii Pinaceae Caryocar glabrum Caryocaraceae Vochysia spp Vochysiaceae Diplotropis sp Leguminosae Couratari spp Lecythidaceae Informações sobre outras madeiras podem ser obtidas em wwwiptbr CDROM Madeiras para móveis e construção civil ZENID 2002 e nas publicações do IBAMA INPA e IPT relacionadas no capítulo 8 Em negrito as espécies de madeira que podem ser encontradas no mercado paulista com selo de produto florestal certificado dados de 2008 Para tal considerar as espécies 1 H petreum 2 Q paraensis ou Q albiflora 3 V maxima 4 C guianensis 52 Perobarosa Aspidosperma polyneuron Müll Arg Apocynaceae Outros nomes populares peroba perobaaçu perobaamarela perobadosul perobamirim perobarajada Ocorrência Brasil Bahia Espírito Santo Goiás Mato Grosso Mato Grosso do Sul Minas GeraisParaná Rondônia Santa Catarina São Paulo Outros países Argentina Paraguai Características Gerais Sensoriais alburno indistinto cerne róseo quando recém cortado passando a amarelorosado com o tempo uniforme ou com veios mais escuros sem brilho cheiro imperceptível e gosto ligeiramente amargo densidade média moderadamente dura ao corte grã direita ou revessa textura fina Descrição Anatômica Macroscópica Parênguima Axial invisível mesmo sob lente Raios visíveis apenas sob lente no topo e na face tangencial finos poucos Vasos visíveis apenas sob lente pequenos muito numerosos porosidade difusa solitários predominantesvazios às vezes obstruídos por óleoresina Camadas de Crescimento individualizadas por zonas fibrosas tangenciais mais escuras Durabilidade Natural e Tratabilidade Química As informações disponíveis na literatura são controversas em relação à durabilidade natural do cerne de perobarosa Observações feitas pelo IPT em exame de estruturas de coberturacomplementadas por ensaios de laboratório permitem consi derar esta madeira como de moderada resistência aos cupins e com baixa a moderada resistência aos fungos apodrecedores Dormentes dessa madeira sem tratamento preservante apresentam uma vida útil média de seis anos Em ensaio de campo com a madeira em contato com o solo a perobarosa foi considerada moderada mente resistente com vida média inferior a nove anos A perobarosa é susceptível ao ataque de perfuradores marinhos Apresenta baixa permeabilidade às soluções preservantes Características de Processamento Trabalhabilidade a madeira de perobarosa é moderadamente fácil de ser trabalha da porém pode apresentar certa dificuldade quando ocorre grã revessa Permite bom acabamento e é fácil de colar Secagem na secagem em estufa a ocorrência de rachas é baixa entretanto podem ocorrer empenamentos PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade de massa p aparente a 15 de umidade pap 15 790 kgm3 básica pbásica 660 kgm3 Contração radial 4 tangencial78 volumétrica 131 PROPRIEDADES MECÂNICAS Flexão Resistência fM Madeira verde MPa 882 Madeira a 15 de umidade MPa 1038 Limite de Proporcionalidade Madeira Verde MPa 356 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 9 248 Compressão Paralela às Fibras Resistência fc0 Madeira Verde MPa 233 Madeira a 15 de umidade MPa 119 Limite de Proporcionalidade madeira verde MPa 279 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 11 739 Coeficiente de influência de umidade 38 OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS Resistência ao Impacto na Flexão madeira a 15 choque Trabalho Absorvido J 233 Cisalhamento madeira verde MPa 119 Dureza Janka paralela madeira verde N 6 776 Tração Normal às Fibras madeira verde MPa 81 Fendilhamento madeira verde MPa 09 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Pesada externa dormentes e cruzetas Pesada interna tesouras vigas e caibros Assoalhos tábuas tacos e parquetes Leve em esquadrias marcos de portas e janelas venezianas portas OUTROS USOS Mobiliário de utilidade geralmóveis pesados e carteiras escolares folhas faqueadas vagões carrocerias peças torneadas fôrmas para calçados paletes e embalagens OBSERVAÇÕES Madeira tradicionalmente empregada em estruturas de telhado e por esta razão ainda é especificada embora escassa e em processo rápido de substituição Os dados apresentados nesta ficha servem como referência para a busca de espécies alternativas à perobarosa cujo uso deve ser evitado Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB2653 NBR 623085 Fonte IPT1989a 53 Pinhodoparaná Araucaria angustifolia Bertol Kuntze Araucariaceae Outros nomes populares pinho pinhobrasileiro pinheirodoparaná Ocorrência Brasil Minas Gerais São Paulo Rio Grande do Sul Santa Catarina Características Gerais Sensoriais alburno e cerne pouco distintos pela cor este brancoamarelado freqüentemente com manchas largas róseoavermelhadas em árvores mais velhas o cerne pode apresentar coloração amarronzada brilho moderado cheiro e gosto pouco acentuados característicos de resina densidade baixa macia ao corte grã direita textura fina Descrição Anatômica Macroscópica Parênguima Axial invisível mesmo sob lente Raios visíveis apenas sob lente no topo na face tangencial é invisível mesmo sob lente Camadas de Crescimento distintas transição suave entre o lenho inicial e tardio Canais de Resina ausentes Durabilidade Natural e Tratabilidade Química A madeira de pinhodoparaná em ensaio de laboratório demonstrou ter baixa re sistência ao apodrecimento e ao ataque de cupinsdemadeiraseca A madeira é muito susceptível aos fungos causadores da mancha azul cupins e perfuradores marinhos O alburno não é susceptível às brocas de madeiras do gênero LyctusA madeira de pinhodoparaná em ensaios de laboratório quando submetida à impregnação sob pressão demonstrou ter alta permeabilidade às soluções preservantes Características de Processamento Trabalhabilidade a madeira de pinhodoparaná é fácil de ser trabalhada com ferramentas manuais ou máquinas Se ocorrer madeira de compressão pode haver distorção durante o aplainamento Fácil de colar e aceita bem acabamentos superficiais É fácil de desdobrar aplainar e colar permitindo bom acabamento Secagem a secagem ao ar é difícil por apresentar tendência à torção e rachaduras O processo de secagem em estufa deve ser controlado cuidadosamente para que se possa obter madeira de qualidade Programa de secagem pode ser obtido em Jankowsky 1990 PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade de massa p aparente a 15 de umidade pap 15 550 kgm3 básica pbásica 458 kgm3 Contração radial 4 tangencial78 volumétrica 132 PROPRIEDADES MECÂNICAS Flexão Resistência fM Madeira verde MPa 597 Madeira a 15 de umidade MPa 856 Limite de Proporcionalidade madeira verde Mpa 251 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 10 719 Compressão Paralela às Fibras Resistência fc0 Madeira Verde MPa 263 Madeira a 15 de umidade MPa 414 Limite de Proporcionalidade madeira verde Mpa 206 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 13 514 Coeficiente de Influência de Umidade 47 OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS Resistência ao Impacto na Flexão madeira a 15 choque Trabalho Absorvido J 147 Cisalhamento madeira verde MPa 67 Dureza Janka paralela madeira verde N 2 687 Tração Normas às Fibras madeira verde Mpa 34 Fendilhamento madeira verde MPa 04 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Leve interna estrutural ripas e partes secundárias de estruturas Leve interna utilidade geral cordões guarnições rodapés forros e lambris Uso temporário pontaletes andaimes e fôrmas para concreto OUTROS USOS Móveis estândar e partes internas de móveis molduras moldes instrumentos musicais cabos para vassouras lápis pás e palitos de sorvete palitos de dente palitos de fósforo compensados Iaminados brinquedos embalagens leves utensílios de cozinha laterais de escadas extensíveis OBSERVAÇÕES Madeira tradicionalmente empregada em estruturas de telhado e por esta razão ainda é especificada embora escassa e em processo rápido de substituição Existem reflorestamentos feitos com esta espécie Os dados apresentados nesta ficha servem como referência para a busca de espécies alternativas ao pinhodoparaná cujo uso deve ser evitado Resultados obtidos de acordo com a Norma COPANTFonte IBAMA 1997a 54 Amesclão Trattinnickia burserifolia Mart Burseraceae Outros nomes populares amescla almesclão breu breupreto breusucuruba breusucuuba mangue mescla morcegueira sucuruba sucurubeira Ocorrência Brasil Amapá Pará Rondônia e Mato Grosso Características Gerais Sensoriais cerne e alburno pouco distintos pela cor cerne begerosado ou begeamarelado cheiro e gosto imperceptíveis densidade baixa moderadamente dura grã direita ou irregular textura média superfície irregularmente lustrosa camadas de crescimento pouco distintas delimitadas por zonas fibrosas ligeiramente mais escuras Descrição Anatômica Macroscópica Parênguima Axial invisível mesmo sob lente Raios visíveis apenas sob lente no topo e na face tangencial finos e numerosos Vasos visíveis a olho nu pequenos a médios poucos solitários e múltiplos vazios ou obstruídos por tilos Camadas de Crescimento pouco distintas demarcadas por zonas fibrosas mais escuras Máculas Medulares presentes em alguns espécimes Durabilidade Natural e Tratabilidade Química Não durável aos fungos apodrecedores Cerne de difícil preservação com penetração parcial e periférica em processo sob pressão retenção de preservativo oleossolúvel abaixo de 100 kgm3 Alburno moderadamente fácil de preservar com penetração total e uniforme de preservativos em processo sob pressão reten ção de preservativo oleossolúvel entre 200 kgm3 e 300 kgm3 Características de Processamento Trabalhabilidade a madeira de amesclão é fácil de serrar moderadamente fácil de aplainar apresentando superfícies radiais ásperas Recebe acabamento de regular a excelente Secagem a secagem em estufa é rápida apresentando tendência a rachaduras moderadas a fortes encanoamento e torcimento moderados Programa de secagem é sugerido por IBAMA 1997a PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade de massa p aparente a 12 de umidade pap 15 520 kgm3 básica pbásica 955 kgm3 Contração radial 51 tangencial72 volumétrica 118 PROPRIEDADES MECÂNICAS Flexão Resistência fM Madeira verde MPa 497 Madeira a 12 de umidade MPa 763 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 7 649 Módulo de Elasticidade à 12 MPa 9 611 Compressão Paralela às Fibras Resistência fc0 Madeira Verde MPa 248 Madeira a 12 de umidade MPa 441 OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS Cisalhamento madeira verde MPa 66 Cisalhamento madeira 12 MPa 82 Dureza Janka paralela madeira verde N 3 501 Dureza Janka paralela madeira 12 N 4 609 Dureza Janka transversal madeira verde N 2 520 Dureza Janka transversal madeira 12 N 3 099 Tração Normal às Fibras madeira verde MPa 31 Tração Normal às Fibras madeira 12 MPa 35 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Leve interna de utilidade geral cordões guarnições roda pés forros e lambris OUTROS USOS Móveis estândar e partes internas de móveis compensados e laminados artigos de esporte e brinquedos embalagens e caixas OBSERVAÇÕES Madeira usada principalmente em compensados A introdução como madeira serrada é recente Resultados obtidos de acordo com a Norma COPANTFonte IBAMA 1997a 55 Angelimpedra Hymenolobium spp Leguminosae Outros nomes populares angelim angelimamarelo angelimdamata angelim dopará angelimmacho mirarema Ocorrência Brasil Amazonas Acre Mato Grosso Rondônia Outros países Guiana Guiana Francesa Suriname Venezuela Características Gerais Sensoriais cerne e alburno distintos pela cor cerne castanhoavermelhado claro ou escuro com manchas castanhas mais escuras devido à exudação de óleoresina alburno castanhopálido brilho ausente cheiro e gosto imperceptíveis densidade média dura ao corte grã direita a revessa textura grossa aspecto fibroso Descrição Anatômica Macroscópica Parênquima Axial visível a olho nu para traqueal aliforme confluente em trechos longos tendendo a formar faixas largas Raios visíveis a olho nu no topo e na face tangencial na qual sua estratificação 2 a 3 por mm é regular finos Vasos visíveis a olho nu médios a grandes poucos porosidade difusa solitários múltiplos às vezes em cadeias radiais vazios ou com substância esbranquiçada Camadas de crescimento distintas individualizadas por zonas fibrosas tangenciais mais escuras Durabilidade Natural e Tratabilidade Química Madeira durável a muito durável em relação a fungos apodrecedores modera damente resistente a brocas marinhas e resistente a cupinsdemadeiraseca O cerne é difícil de preservar e o alburno é muito fácil de preservar em processo sob pressão tanto com creosoto oleossolúvel como CCA hidrossolúvel Características de Processamento Trabalhabilidade A madeira de angelimpedra é fácil de ser trabalhada Acabamen to de regular a bom na plaina torno e broca É moderadamente fácil de serrar e aplainar é fácil de pregar parafusar e permite acabamento satisfatório Secagem A secagem é muito rápida em estufa apresentando pequena tendência a torcimento e arqueamento A secagem ao ar livre é moderadamente difícil Programas de secagem podem ser obtidos em IBAMA 1997a Jankowsky 1990 PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade de massa p aparente a 12 de umidade pap12 710 kgm3 madeira verde pverde 1 190 kgm3 básica pbásica 590 kgm3 Contração radial 41 tangencial 63 volumétrica 101 PROPRIEDADES MECÂNICAS Flexão Resistência fM Madeira verde MPa 706 Madeira a 12 de umidade MPa 1093 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa9 414 Módulo de Elasticidade madeira à 12 MPa 11 572 Compressão Paralela às Fibras Resistência fc0 Resistência fc0 Madeira verde MPa 380 Madeira à 12 de umidade MPa 523 Compressão perpendicular às fibras Resistência fc0 Madeira verde MPa 64 Madeira à 12 de umidade MPa 113 OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS Resistência ao impacto na Flexão madeira a 15 choque Trabalho Absorvido J 226 Fendilhamento madeira verde MPa 11 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Pesada interna vigas e caibros Leve em esquadrias portas venezianas caixilhos Leve interna estrutural partes secundárias de estruturas internas como ripas e caibros Leve interna decorativa forros e lambris Uso temporário pontaletes andaimes e fôrmas para concreto OUTROS USOS Móveis estândar cutelaria lâminas decorativas OBSERVAÇÕES Nesta ficha são apresentadas informações para a espécie H petraeum no entanto existem outras espécies de Hymenolobium como H complicatum Ducke H elatum Ducke H excelsum Ducke H heterocarpum Ducke H modestum Ducke que são comercializadas no Brasil como angelimpedra Esta madeira tem sido utilizada em esquadrias batentes portas e janelas Resultados obtidos de acordo com a Norma COPANT Fonte IBAMA 1997a 56 Angelimvermelho Araucaria angustifolia Bertol Kuntze Araucariaceae Outros nomes populares angelim angelimfalso angelimferro angelimpedra angelimpedraverdadeiro faveiracarvão faveiradura faveiragrande faveiraferro Ocorrência Brasil Amazônia Acre Rondônia Amazonas Pará e Roraima Outros países Guiana Características Gerais Sensoriais cerne e alburno pouco distintos pela cor cerne castanhoavermelhado brilho moderado cheiro desagradável e gosto imperceptível densidade alta dura ao corte grã direita a irregular textura média a grossa superfície pouco lustrosa Descrição Anatômica Macroscópica Parênguima Axial visível a olho nu paratraqueal aliforme de extensão losangular ocasionalmente confluente Raios visíveis apenas sob lente no topo e na face tangencial poucos Vasos visíveis a olho nu pequenos a médiospoucos porosidade difusa solitários múltiplos e às vezes em cadeias radiais obstruídos por óleoresina ou substância esbranquiçada Camadas de Crescimento distintas ligeiramente individualizadas por zonas fibrosas tangenciais mais escuras e por linhas de parênquima marginal Durabilidade Natural e Tratabilidade Química Durabilidade Natural o cerne apresenta alta resistência ao ataque de organismos xilófagos fungos e insetos Em ensaios de campo com estacas esta madeira foi considerada altamente durável com vida média maior que oito anos Tratabilidade impermeável às soluções preservativas o cerne não é tratável com creosoto oleossolúvel e nem com CCA hidrossolúvel mesmo em processo sob pressão Características de Processamento Trabalhabilidade a madeira de angelimvermelho é difícil de ser trabalhada mas recebe bom acabamento Segundo IBAMA 1997a a madeira é fácil de tornear com bom acabamento e na furação apresenta desempenho regular Secagem rápida em programas mais severos apresenta tendência moderada ao torcimento e leve ao colapso seca rela tivamente bem ao ar Programas de secagem podem ser obtidos em IBAMA 1997a Jankowsky 1990 PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade de massa p aparente a 15 de umidade pap15 1 090 kgm3 madeira verde pverde 1 260kgm3 básica pbásica 830 kgm³ Contração radial 42 tangencial 66 volumétrica 146 PROPRIEDADES MECÂNICAS Flexão Resistência fM Madeira verde MPa 997 Madeira a 15 de umidade MPa 1381 Limite de Proporcionalidade madeira verde MPa 591 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 14 073 Compressão Paralela às Fibras Resistência fc0 Madeira Verde MPa 652 Madeira a 15 de umidade MPa 809 Coeficiente de Influência da Umidade 4 OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS Resistência ao Impacto na Flexão madeira a 15 choque Trabalho Absorvido J 487 Tração Normas às Fibras madeira verde Mpa 85 Fendilhamento madeira verde Mpa 11 Cisalhamento madeira verde Mpa 131 Cisalhamento madeira à 12 Mpa 177 Dureza Janka paralela madeira verde N 9 993 Dureza Janka paralela madeira à 12 N 14 318 Dureza Janka transversal madeira verde N 10 866 Dureza Janka transversal madeira à 12 N 13 543 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Pesada externa pontes postes estacas esteios cruzetas dormentes construção naval e obras portuárias Pesada interna vigas caibros ripas OUTROS USOS Cabos de ferramentas carrocerias e vagões de trem OBSERVAÇÕES Madeira com forte cheiro desagradável que tende a desaparecer com o tempo Dadas suas altas propriedades de resistência mecânica e de durabilidade natural a madeira tem sido exportada para a Holanda para uso em obras de contenção de diques Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB2653 NBR 6230BS Fonte IPT 1989a Resultados obtidos de acordo com a Norma COPANT Fonte IBAMA 1997a 57 Bacuri Platonia insignis Mart guttiferae Outros nomes populares bacori bacuriaço bacuriamarelo bacurigrande bacuriba bacuriúba landirana bulandim ibacopari ibacori pacori pacoru pacuri pacuriuva pacuru Ocorrência Brasil Amazônia Amazonas e Pará Outros países Suriname Guiana Guiana Francesa Paraguai Equador Colômbia Características Gerais Sensoriais cerne e alburno distintos pela cor cerne amareloescuro alburno brancoamarelado brilho moderado cheiro e gosto imperceptíveis densidade alta dura ao corte grã direita textura grossa aspecto fibroso superfície moderadamente áspera ao tato Descrição Anatômica Macroscópica Parênguima Axial visível a olho nu paratraqueal em faixas largas Raios visíveis apenas sob lente topo e na face tan gencial Vasos visíveis a olho nu médios a grandes poucos porosidade difusa solitários e múltiplos obstruídos por tilos e substância amarelada Camadas de Crescimento distintas individualizadas por zonas fibrosas tangenciais mais escuras Máculas Medulares freqüentes Durabilidade Natural e Tratabilidade Química Durabilidade Natural madeira de alta resistência à ação de fungos apodrecedores e moderada resistência ao ataque de cupins Resistente à ação de cupins Tratabilidade madeira pouco permeável à soluções preservativas em tratamento sob pressão Características de Processamento Trabalhabilidade a madeira de bacuri é fácil de ser trabalhada tanto com ferramentas manuais como mecânicas com bom polimento Apresenta dificuldades para pregar Secagem a secagem ao ar livre é moderadamente difícil A secagem deve ser lenta Deve ser feita com prudência afim de evitar rachas e empenamentos PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade de massa p aparente a 15 de umidade pap15 830kgm³ aparente 12 de umidadepap12 820kgm³ básica pbásica 670kgm³ Contração radial 46 tangencial 81 volumétrica 134 PROPRIEDADES MECÂNICAS Flexão Resistência fM Madeira verde MPa 968 Madeira a 15 de umidade MPa 1093 Limite de Proporcionalidade madeira verde MPa 1005 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 12 739 Compressão Paralela às Fibras Resistência fc0 Madeira Verde MPa 968 Madeira a 15 de umidade MPa 1093 Limite de Proporcionalidade madeira verde Mpa 16 495 Coeficiente de Influência da Umidade 36 OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS Resistência ao Impacto na Flexão madeira a 15 choque Trabalho Absorvido J 387 Cisalhamento madeira verde Mpa 101 Dureza Janka madeira verde N 6 953 Tração Normal às Fibras madeira verde Mpa 62 Fendilhamento madeira verde Mpa 08 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Pesada externa dormentes estacas esteios e cruzetas Pesada interna vigas caibros em estrutura de telhado Assoalhos tacos tábuas e parquetes Leve em esquadrias batentes portas e janelas Leve interna decorativa lambris forros e painéis Uso temporário andaimes pontaletes fôrmas para concreto OUTROS USOS Móveis decorativos de alta qualidade folhas faqueadas decorativas peças torneadas tanoaria utensílios domésticos embalagens caixas embarcações quilhas convés costados e cavernas Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB2653 NBR 623085 Fonte IPT 1989a Resultados obtidos de acordo com a Norma COPANT Fonte IBAMA 1997a 58 Cambará Qualea spp Vochysiaceae Outros nomes populares canelamandioca mandioqueira mandioqueiraáspera mandioqueiraescamosa mandioqueiravermelha mandioqueiralisa madioqueiro Ocorrência Brasil Amazonas Pará Rondônia Mato Grosso Outros países Guiana Guiana Francesa Suriname Características Gerais Sensoriais cerne e alburno pouco distintos pela cor cerne begeclaro levemente rosado a avermelhado brilho moderado cheiro e gosto imperceptíveis densidade média moderadamente dura ao corte grã revessa textura média aspecto fibroso Descrição Anatômica Macroscópica Parênguima Axial visível apenas sob lente paratraqueal aliforme com aletas curtas eventualmente confluente podendo forma arranjos oblíquos Raios visíveis apenas sob lente no topo e na face tangencial poucos Vasos visíveis a olho nu grandes muito poucos a poucos porosidade difusa solitários e múltiplos eventualmente obstruídos por substância branca Camadas de Crescimento distintas individualizadas por zonas fibrosas tangenciais mais escuras Durabilidade Natural e Tratabilidade Química A madeira de mandioqueira apresenta baixa resistência ao ataque de organismos xilófagos Apresenta resistência moderada ao ataque de cupinsdemadeiraseca Esta madeira é considerada moderadamente susceptível ao ataque de térmitas e susceptível aos perfuradores marinhos A madeira de mandioqueira deve ser moderadamente permeável às soluções preservantes quando submetida a tratamento sob pressão Características de Processamento Trabalhabilidade a madeira de mandioqueira é moderadamente dura ao corte com ferramentas manuais ou mecânicas devido à presença de sílica nas células do raio Apresenta um bom acabamento boa colagem e é fácil de tornear porém com tendên cia para apresentar superfície felpuda Secagem a madeira de mandioqueira seca bem ao ar livre sem apresentar defeitos A secagem artificial deve ser cuidadosa Programa de secagem pode ser obtido em Jankowsky 1990 PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade de massa p aparente a 15 de umidade pap15 650kgm³ básica pbásica 540kgm³ Contração radial 45 tangencial 89 volumétrica 151 PROPRIEDADES MECÂNICAS Flexão Resistência fM Madeira verde MPa 611 Madeira a 15 de umidade MPa 873 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 11 023 Limite de Proporcionalidade madeira verde MPa 343 Compressão Paralela às Fibras Resistência fc0 Madeira Verde MPa 318 Madeira a 15 de umidade MPa 565 Limite de Proporcionalidade madeira verde MPa228 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 13 700 Coeficiente de Influência da Umidade 37 OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS Resistência ao Impacto na Flexão madeira a 15 choque Trabalho Absorvido J 201 Cisalhamento madeira verde Mpa 78 Dureza Janka paralela madeira verde N 3 864 Tração Normal às Fibras madeira verde Mpa 42 Fendilhamento madeira verde Mpa 06 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Leve interna estrutural ripas e partes secundárias de estruturas Leve interna utilidade geral forros guarnições cordões e roda pés Uso temporário pontaletes andaimes e fôrmas para concreto OUTROS USOS Móveis estândar e partes internas de móveis compensados embalagens e paletes OBSERVAÇÕES No Brasil as madeiras de cambará ou mandioqueira pertencem aos gêneros Qualea e Ruilterania Embora apresentem propriedades variadas essas madeiras são comercializadas indistintamente como mandioqueira ou cambará Nesta ficha são apresentadas informa ções para a espécie Ruilterania albiflora Qualea albiflora Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB2653 NBR 623085 Fonte IPT 1989a 59 Cedrinho Erisma uncinatum Warm Vochysiaceae Outros nomes populares bruteiro cambará cambarárosa cachimbodejabuti cedrilho jaboti jabotidaterrafirmequarubavermelha quarubatinga quarubarana vergadejabuti Ocorrência Brasil Amazônia Outros países Guiana Características Gerais Sensoriais cerne e alburno distintos pela cor cerne castanho avermelhado sem brilho cheiro e gosto imperceptíveis densidade baixa grã direita a revessa textura média a grossa Descrição Anatômica Macroscópica Parênguima Axial visível a olho nu em faixas largas e longas tangenciando os vasos e também em trechos curtos Raios visíveis apenas sob lente no topo e na face tangencial finos poucos Vasos visíveis a olho nu médios a grandes muito poucos a poucos poros idade difusa solitários e múltiplos de dois a três obstruídos por tilos Camadas de Crescimento indistintas Floema Incluso presente nas faixas do parênquima Durabilidade Natural e Tratabilidade Química Durabilidade Natural a madeira de cedrinho apresenta baixa durabilidade ao ataque de organismos xilófagos fungos e insetos Tratabilidade o cerne e o alburno são moderadamente fáceis de preservar em processos sob pressão Características de Processamento Trabalhabilidade a madeira de cedrinho é fácil de aplainar serrar e lixar mas apresenta superfície de acabamento ruim felpuda Secagem a secagem ao ar é fácil e sem a ocorrência significativa de defeitos A secagem em estufa também é rápida mas em condições muito drásticas podem ocorrer empenamentos rachaduras e endurecimento superficial Programa de secagem é sugerido por Jankowsky 1990 PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade de massa p aparente a 15 de umidade pap15 590kgm³ madeira verde pverde 1 110kgm³ básica pbásica 480kgm³ Contração radial 33 tangencial 77 volumétrica 125 PROPRIEDADES MECÂNICAS Flexão Resistência fM Madeira verde MPa 725 Madeira a 15 de umidade MPa 802 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 9 365 Módulo de Elasticidade madeira à 12 MPa 10 395 Compressão Paralela às Fibras Resistência fc0 Madeira Verde MPa 337 Madeira a 15 de umidade MPa 422 Limite de Proporcionalidade madeira verde MPa24 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 12 101 Coeficiente de Influência da Umidade 29 OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS Resistência ao Impacto na Flexão madeira a 15 choque Trabalho Absorvido J 215 Cisalhamento madeira verde Mpa 74 Dureza Janka paralela madeira verde N 3 844 Tração Normal às Fibras madeira verde Mpa 42 Fendilhamento madeira verde Mpa 05 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Leve em esquadrias portas venezianas caixilhos etc Leve interna estrutural ripas caibros etc Leve interna utilidade geral lambris painéis molduras guarnições forros Uso temporário andaimes fôrmas para concreto pontaletes OUTROS USOS Móveis estândar partes internas de móveis laminados compensados embalagens e caixas OBSERVAÇÕES O cedrinho ou cambará nome pelo qual foi introduzida em São Paulo é a madeira que substituiu o pinhodoparaná É empregadaem acabamentos forrosguarniçõesta beiras Nos usos temporários é freqüentemente especificada porém outras madeiras são fomecidas em seu lugar Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB2653 NBR 623085 Fonte IPT 1989a Resultados obtidos de acordo com a Norma COPANT Fonte IBAMA 1997a 60 Cedrorana Cedrelíngua caleniformis Ducke Ducke Leguminosae Outros nomes populares cedrarana cedroarana cedrobranco cedromara cedrorama taperibáaçu Ocorrência Brasil Amazonas Mato Grosso Pará Rondônia Outros países Colômbia Peru Características Gerais Sensoriais cerne e alburno indistintos pela cor begerosado cheiro perceptível desa gradável quando a madeira está úmida e imperceptível depois da madeira seca gosto indistinto densidade baixa grã ondulada textura grossa Descrição Anatômica Macroscópica Parênguima Axial visível apenas sob lente paratraqueal vasicêntrico e aliforme losangular de expansões curtas Raios visíveis ap enas sob lente no topo e na face tangencial onde se observa a olho nu um ondulado lembrando estratificação finos Vasos visíveis a olho nu grandes poucos disposição difusa solitários e múltiplos vazios Camadas de Crescimento indistintas Durabilidade Natural e Tratabilidade Química Durabilidade Natural a madeira de cedrorana apresenta durabilidade moderada ao ataque de fungos apodrecedores e cupins Estudo realizado pela SUDAMIPT1981 verificou que a durabilidade desta madeira é inferior a 12 anos de serviço em contato com o solo Tratabilidade cerne e alburno difíceis de tratar com produtos preservativos hidrossolúveis mesmo em tratamento sob pressão Características de Processamento Trabalhabilidade a madeira de cedrorana é fácil de aplainar serrar pregar e parafusar Recebe bom acabamento Secagem com empilhamento bem feito e realizado em local coberto a secagem é boa e ocasiona poucos defeitos de rachaduras ou empenamentos A secagem artificial precisa de atenção e deve ser bem controlada Programa de secagem é sugerido por Jankowsky 1990 PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade de massa p aparente a 12 de umidade pap12 520kgm³ madeira verde pverde 900kgm³ básica pbásica 440kgm³ Contração radial 48 tangencial 79 volumétrica 118 PROPRIEDADES MECÂNICAS Flexão Resistência fM Madeira verde MPa 708 Madeira a 12 de umidade MPa 778 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 12 258 Módulo de Elasticidade madeira à 12 MPa 12 847 Compressão Paralela às Fibras Resistência fc0 Madeira Verde MPa 406 Madeira a 12 de umidade MPa 466 Compressão Perpendicular às Fibras Resistência fc0 Madeira Verde MPa 32 Madeira a 12 de umidade MPa 36 OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS Cisalhamento madeira verde Mpa 67 Cisalhamento madeira a 12 MPa 72 Dureza Janka paralela madeira verde N 3 932 Dureza Janka paralela madeira a 12 N 3 962 Tração Normal às Fibras madeira verde Mpa 44 Tração Normal às Fibras madeira a 12 Mpa 45 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Leve em esquadrias portas venezianas Leve interna utilidade geral cordões guarnições rodapés Uso temporário fôrmas para concreto OUTROS USOS Móveis estândar e partes internas de móveis Iaminados compensados embalagens e paletes OBSERVAÇÕES Esta madeira às vezes é comercializada como se fosse cedro ou mogno Isto se deve à semelhança que há entre as árvores dessas espécies Resultados obtidos de acordo com a Norma COPANT Fonte IBAMA 1997a 61 Cupiúba Goupia glabra Aubl Goupiaceae Outros Nomes Populares cachaceiro copiúba copiúva cupiúbarosa peniqueiro perobadonorte perobafedida vinagreiro Ocorrência Brasil Amazônia Outros países Colômbia Guiana Guiana Francesa Suriname Venezuela Características Gerais Sensoriais cerne e alburno indistintos pela cor castanhoavermelhado superfície sem brilho cheiro perceptível desagradável gosto imperceptível densidade alta grã irregular textura média Descrição Anatômica Macroscópica Parênquima Axial visível apenas sob lente apotraqueal difuso em agregados Raios visíveis apenas sob lente no topo e na face tangencial finos poucos a numerosos Vasos visíveis a olho nu médios poucos porosidade difusa solitários obstruídos por óleoresina Camadas de Crescimento indistintas Durabilidade Natural e Tratabilidade Química Durabilidade Natural a madeira de cedrorana apresenta durabilidade moderada ao ataque de fungos apodrecedores e cupins Estudo realizado pela SUDAMIPT1981 verificou que a durabilidade desta madeira é inferior a 12 anos de serviço em contato com o solo Tratabilidade o cerne e o alburno apresentam moderada permeabilidade às soluções preservativas tanto oleossolúvel creosoto como hidrossolúvel CCA A retenção de preservativo oleossolúvel é de 200 kgm3 a 300 kgm3 Já Brito Neto et aI 1984 reconheceram o cerne de cupiúba como de baixa permeabilidade ao tratamento com óleo creosoto Características de Processamento Trabalhabilidade a madeira de cupiúba é fácil de trabalhar com ferramentas manuais ou com máquinas É fácil de serrar aplainar tornear colar e parafusar O uso de pregos sem furação pode provocar rachaduras Recebe bom acabamento Aceita bem a colagem mas não é adequada para a fabricação de compensados por apresentar rachaduras na tora Boa aceitação de tinta verniz emassamento e polimento Secagem a secagem ao ar é lenta sem a ocorrência de sérios defeitos como rachaduras ou empenamentos Na secagem em estufa apresenta ligeira incidência de defeitos Programas de secagem são sugeridos por IBAMA 1997a e Jankowsky 1990 PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade de massa p aparente a 15 de umidade pap15 870kgm³ madeira verde pverde 1 130kgm³ básica pbásica 710kgm³ Contração radial 48 tangencial 91 volumétrica 161 PROPRIEDADES MECÂNICAS Flexão Resistência fM Madeira verde MPa 967 Madeira a 12 de umidade MPa 1221 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 13 690 Limite de Proporcionalidade madeira verde MPa 465 Compressão Paralela às Fibras Resistência fc0 Madeira Verde MPa 508 Madeira a 12 de umidade MPa 672 Limite de Proporcionalidade madeira verde MPa 324 Módulo de Elasticidade madeira verde Mpa 17 142 Coeficiente de Influência de Umidade 38 OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS Resistência ao Impacto na Flexão madeira a 15 choque Trabalho Absorvido J 295 Dureza Janka madeira verde N 6 266 Tração Normal às Fibras madeira verde MPa 68 Fendilhamento madeira verde MPa 09 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Pesada externa postes estruturas de pontes postes mourões cruzetas esteios pranchas de contenção de valas Pesada interna vigas e caibros OUTROS USOS Cabos de ferramentas carrocerias e vagões de trem construção naval embalagens pesadas OBSERVAÇÕES Madeira com forte cheiro desagradável que tende a desaparecer com o tempo voltando quando umedecida Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB2653 NBR 623085 Fonte IPT 1989a Resultados obtidos de acordo com a Norma COPANT Fonte IBAMA 1997a 62 Curupixá Micropholis venulosa Mart Eichler Pierre Sapotaceae Outros nomes populares abioranamangabinha abiuguajará bacumixá crubixá cubixá curubixá gogódeguariba guajará grubixá grumixá grumixava pauderemo rosadinho salgueiro Ocorrência Brasil Amazonas Rondônia Maranhão Outros países Guiana Guiana Francesa Suriname Características Gerais Sensoriais cerne e alburno indistintos pela cor begerosado brilho moderado cheiro e gosto imperceptíveis densidade média dura ao corte grã ondulada a direita textura fina Descrição Anatômica Macroscópica Parênquima Axial pouco contrastado visível só sob lente em finíssimas linhas sinuosas aproximadas Raios visíveis apenas sob lente no topo e na face tangencial finos Vasos visíveis apenas sob lente pequenos a médios poucos po rosidade difusa solitários e múltiplos de 2 a 5 vazios Camadas de crescimento distintas individualizadas por zonas fibrosas tangenciais mais escuras Durabilidade Natural e Tratabilidade Química Durabilidade Natural madeira moderadamente resistente à podridãobranca e muito resistente à podridãoparda É susceptível ao ataque de cupinsdemadeiraseca Cerne susceptível a ação de fungos manchadores Tratabilidade alburno moderadamente fácil de tratar Características de Processamento Trabalhabilidade A madeira de curupixá é fácil de ser trabalhada no torno e na broca resultando em excelente acabamento Secagem A secagem é rápida ao ar com tendência a arqueamento moderado e a rachadu ras leves a moderadas PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade de massa p aparente a 12 de umidade pap 12 790 kgm3 madeira verde pverde 1 210 kgm3 básica pbásica 670 kgm3 Contração radial 47 tangencial 97 volumétrica 140 PROPRIEDADES MECÂNICAS Flexão Resistência fM Madeira verde MPa 788 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 12 749 Módulo de Elasticidade madeira à 12 MPa 13 925 Compressão Paralela às Fibras Resistência fc0 Madeira verde MPa 405 Madeira a 15 de umidade MPa 649 Compressão Perpendicular às Fibras Resistência fc0 Madeira verde MPa 65 Madeira à 12 de umidade MPa 100 OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS Cisalhamento madeira verde MPa 106 Cisalhamento madeira a 12 MPa 144 Dureza Janka paralela madeira verde N 6 325 Dureza Janka paralela madeira a 12 N 9 983 Dureza Janka transversal madeira verde N 5 707 Dureza Janka transversal madeira a 12 N 7 649 Tração Normal às Fibras madeira verde MPa 39 Tração Normal às Fibras madeira a 12 MPa 39 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Leve em esquadrias portas venezianas caixilhos Leve interna decorativa lambris painéis e forros Uso temporário pontaletes andaimes e fôrmas para concreto OUTROS USOS Móveis decorativos de alta qualidade artigos domésticos decorativos brinquedos lâminas decorativas peças torneadas molduras e guarnições internas OBSERVAÇÕES Madeira com cor e aspecto geral semelhante ao mogno por isto às vezes recebe o nome de mognodosul ou mognodesantacatarina Resultados obtidos de acordo com a Norma COPANT Fonte IBAMA 1997a 63 Eucalipto Citriodora Eucalyptus citriodora Hook Myrtaceae Outros nomes populares eucalipto Ocorrência Brasil Minas Gerais São Paulo Bahia Maranhão Pernambuco Paraíba Outros países Austrália Portugal África do Sul Zimbábue Ruanda Tanzânia Malawi Quênia Tailândia lndonésia China Características Gerais Sensoriais cerne e alburno distintos pela cor cerne pardo alburno brancoamarelado sem brilho cheiro e gosto imperceptíveis densidade alta dura ao corte grã variável direita ondulada e revessa textura fina a média Descrição Anatômica Macroscópica Parênguima Axial visível apenas sob lente paratraqueal vasicêntrico e aliforme de aletas curtas Raios visíveis apenas sob lente no topo e na face tangencial finos de poucos a numerosos Vasos visíveis a olho nu pequenos a médios poucos porosidade difusa arranjo radial e diagonal solitários e múltiplos obstruídos por tilos Camadas de Crescimento pouco distintas quando presente individualizadas por zonas fibrosas tangenciais mais escuras Canais Axiais Traumáticos presentes em alguns espécimes Durabilidade Natural e Tratabilidade Química Madeira suscetível à ação de xilófagos marinhos Resistente ao apodrecimento As informações sobre resistência ao ataque de cupins são contraditórias O cerne é difícil de ser tratado entretanto o alburno é permeável Características de Processamento Trabalhabilidade madeira excelente para serraria no entanto requer o uso de técnicas apropriadas de desdobro para minimizar os efeitos das tensões de crescimento Apresenta boas características de aplainamento lixamento furação e acabamento Secagem em geral as madeiras de espécies de eucalipto são consideradas como difíceis de secar podendo ocorrer defeitos como colapso empenamentos e rachas A secagem em estufa deve ser feita de acordo com programas suaves combinando por exemplo baixas temperaturas com altas umidades relativas É recomendável a secagem ao ar ou o uso de présecador antes da secagem em estufa PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade de massa p aparente a 15 de umidade pap15 1 040kgm³ básica pbásica 867kgm³ Contração radial 66 tangencial 95 volumétrica 194 PROPRIEDADES MECÂNICAS Flexão Resistência fM Madeira verde MPa 1118 Madeira a 15 de umidade MPa 1214 Limite de Proporcionalidade madeira verde MPa 472 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 13 337 Compressão Paralela às Fibras Resistência fc0 Madeira Verde MPa 511 Madeira a 15 de umidade MPa 628 Limite de Proporcionalidade madeira verde MPa 337 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 15 867 Coeficiente de Influência de Umidade 47 OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS Resistência ao Impacto na Flexão madeira a 15 choque Trabalho Absorvido J 453 Cisalhamento madeira verde MPa 163 Dureza Janka madeira verde N 8 757 Tração Normal às Fibras madeira verde MPa 101 Fendilhamento madeira verde MPa 12 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Pesada externa postes cruzetas dormentes mourões Pesada interna vigas e caibros OUTROS USOS Móveis estândar cabos de ferramentas embarcações OBSERVAÇÕES Madeira de reflorestamento Os eucaliptos representam um grupo muito variado de madeiras com densidades desde 500 kgm³ até 1000 kgm³ A espécie de Eucalyptus citriodora é adequada ao uso em peças estruturais pelas suas características de resistência mecânica durabilidade natural e menor tendência ao rachamento Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB2653 NBR 623085Fonte IPT 1989a 64 Eucalipto Grandis Eucalyptus grandis W Hill ex Maiden Myrtaceae Outros Nomes Populares eucalipto Ocorrência Brasil Espirito Santo Minas Gerais São Paulo Goiás Mato Grosso Paraná Rio Grande do Sul Bahia Outros países Zimbábue Nigéria Malawi África do Sul Quênia Congo Zaire Nova Zelândia Características Gerais Sensoriais cerne e alburno distintos pela cor cerne castanhorosadoclaro alburno begerosado pouco brilho cheiro e gosto imperceptíveis densidade baixa macia ao corte grã direita textura fina a média Descrição Anatômica Macroscópica Parênguima Axial indistinto mesmo sob lente paratraqueal vasicêntrico escasso Raios visíveis apenas sob lente no topo finos Vasos visíveis a olho nu pequenos a médios poucos porosidade difusa arranjo diagonal solitários obstruídos por tilos Camadas de Crescimento distintas individualizadas por zonas fibrosas tangenciais mais escuras Durabilidade Natural e Tratabilidade Química Madeira considerada com moderada durabilidade aos fungos apodrecedores e cupins e com baixa durabilidade aos fungos de podridão mole e cupinsdesolo Nasutitermes sp O cerne é difícil de ser tratado entretanto o alburno é permeável Características de Processamento Trabalhabilidade madeira excelente para serraria no entanto requer o uso de téc nicas apropriadas de desdobro para minimizar os efeitos das tensões de crescimento Apresenta boas características de aplainamento lixamento torneamento furação e acabamento Secagem em geral as madeiras de espécies de eucalipto são conside radas como difíceis de secar podendo ocorrer defeitos como colapso empenamentos e rachas A secagem em estufa deve ser feita de acordo com pro gramas suaves combinando por exemplo baixas temperaturas com altas umidades relativas É recomendável a secagem ao ar ou o uso de présecador antes da secagem em estufa Programa de secagem pode ser obtido em Silva 2001 PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade de massa p aparente a 15 de umidade pap15 500kgm³ básica pbásica 420kgm³ Contração radial 53 tangencial 87 volumétrica 157 PROPRIEDADES MECÂNICAS Flexão Resistência fM Madeira verde MPa 538 Madeira a 15 de umidade MPa 756 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 9 689 Compressão Paralela às Fibras Resistência fc0 Madeira Verde MPa 263 Madeira a 15 de umidade MPa 421 Limite de Proporcionalidade madeira verde MPa 197 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 11 572 OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS Dureza Janka madeira verde N 2 687 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Leve interna estrutural ripas e partes secundárias de estruturas Leve interna utilidade geral cordões guarnições rodapés forros e lambris Uso temporário pontaletes e andaimes OUTROS USOS Móveis estândar e partes internas de móveis Iaminados compensados embalagens paletes OBSERVAÇÕES Madeira de reflorestamento Os eucaliptos representam um grupo muito variado de madeiras com densidades desde 500 kgm³ até 1000 kgm³ A espécie de Eucalyptus grandis gerada em plantios destinados à produção de polpas celulósicas tem se mostrado adequada aos diversos usos na construção civil e na produção de móveis Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB2653 NBR 623085 Fonte IPT 1989a 65 Favaorelhadenegro Enferolobium schomburgkií Benth Benth Leguminosae Outros nomes populares cambuísucupira favabolota favaderosca favaorelhade macaco favauingue favawingfaveiraderosca faveiradura faveiragrande faveca favela orelhadegato orelhademacaco paricarana timbaúba timbódamata timborana Ocorrência Brasil Amazonas Pará Acre Amapá Maranhão Mato Grosso Goiás Espirito Santo e Bahia Outros países Guiana Guiana Francesa Peru Bolívia e países da América Central Características Gerais Sensoriais cerne e alburno distintos pela cor cerne castanhoclaroamarelado com veios mais escuros e alburno amarelo pálido brilho moderado cheiro e gosto imperceptíveis densidade média dura ao corte grã irregular a revessa textura média de aspecto fibroso atenuado Descrição Anatômica Macroscópica Parênquima Axial visível a olho nu paratraqueal vasicêntrico e aliforme de extensão losangular curta confluente oblíquo envolvendo até 3 vasos Raios visíveis a olho nu no topo de poucos a numerosos Vasos visíveis a olho nu pequenos a médios muito poucos porosidade difusa solitários predominantes e múltiplos de até 4 obstruídos por substância esbranquiçada Camadas de crescimento distintas demarcadas por zonas fibrosas tangenciais mais escuras Durabilidade Natural e Tratabilidade Química A madeira de favaorelhadenegro é resistente ao ataque de fungos apodrecedores e altamente resistente a cupins Em ensaios de campo na região amazônica a madeira de favaorelhadenegro demonstrou ser moderadamente resistente ao ataque de organismos xilófagos Em ensaios de laboratório a madeira demonstrou ser impermeável às soluções preservantes mesmo em processos sob pressão O alburno é fácil de preservar com CCAA Características de Processamento Trabalhabilidade a madeira de favaorelhademacaco é fácil de serrar aplainar lixar tornear furar pregar e parafusar Apresenta acabamento médio A madeira é fácil de faquear gerando lâminas lisas compactas fáceis de secar e com superfície brilhante Secagem a secagem ao ar é lenta e sem defeitos apreciáveis em estufa deve ser conduzida com prudência preferencialmente em baixas temperaturas Em estufa a secagem é muito rápida apresentando tendência moderada a rachaduras e a torcimento fortes em programas de secagem muito agressivos Programa de secagem pode se obtido em IBAMA 1997a PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade de massa p aparente a 15 de umidade pap15 790kgm³ básica pbásica 658kgm³ Contração radial 28 tangencial 91 volumétrica 141 PROPRIEDADES MECÂNICAS Flexão Resistência fM Madeira verde MPa 894 Madeira a 15 de umidade MPa 1131 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 12 386 Limite de Proporcionalidade madeira verde MPa 363 Compressão Paralela às Fibras Resistência fc0 Madeira Verde MPa 447 Madeira a 15 de umidade MPa 513 Limite de Proporcionalidade madeira verde MPa 281 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 14 671 Coeficiente de Influência de Umidade 65 OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS Resistência ao Impacto na Flexão madeira a 15 choque Trabalho Absorvido J 395 Cisalhamento madeira verde MPa 143 Dureza Janka madeira verde N 6 894 Tração Normal às Fibras madeira verde MPa 102 Fendilhamento madeira verde MPa 13 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Pesada externa dormentes e cruzetas Pesada interna vigas caibros e tesouras Leve em esquadrias marcos de portas e janelas OUTROS USOS Mobiliário de alta qualidade lâminas decorativas implementos e veículos agrícolas paletes Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB2653 NBR 623085Fonte IPT 1989a 66 Garapa Apuleia leiocarpa J Vogel JF Macbr Leguminosae Outros Nomes Populares muirajuba barajuba muiratuá amarelinho garapeira gemadeovo grápia grapiapúnha jataíamarelo Ocorrência Brasil desde a Amazônia até o Rio Grande do Sul Outros países Uruguai Argentina e Paraguai Características Gerais Sensoriais cerne e alburno distintos pela cor cerne varia do begeamarelado ao castanhoamarelado superfície lustrosa e lisa ao tato cheiro e gosto imperceptíveis densidade média dura ao corte grã revessa textura média Descrição Anatômica Macroscópica Parênguima Axial visível a olho nu paratraqueal aliforme de extensão losangular e confluente em trecho curtos oblíquos e também formando faixas tangenciais onduladas e irregulares Raios visíveis apenas sob lente no topo e na face tangencial finos estratificados Vasos visíveis a olho nu pequenos a médios porosidade difusa solitários e múltiplos de 2 a 4 obstruídos por óleoresina Camadas de Crescimento distintas ligeiramente individualizadas por zonas fibrosas tangenciais mais escuras Durabilidade Natural e Tratabilidade Química O cerne apresenta resistência moderada ao ataque de fungos apodrecedores e alta resistência ao cupimdemadeiraseca Em ensaio laboratorial esta madeira foi considerada resistente aos fungos apodrecedores Glocophyllum trabum Coriolus versicola e Poria monticola Em ensaio de campo com estacas em contato com o solo esta madeira apresentou vida média inferior a 9 anos Apresenta baixa permeabilidade às soluções preservativas quando submetida à impregnação sob pressão Características de Processamento Trabalhabilidade a madeira de garapa é fácil de ser trabalhada desde que se use ferramentas apropriadas devido à presença de sílica porém cola bem e proporciona bom acabamento Secagem é difícil de secar ao ar A secagem deve ser lenta e bem controlada para evitar alta incidência de defeitos Programa de secagem pode ser obtido em Jankowsky 1990 PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade de massa p aparente a 15 de umidade pap15 830kgm³ básica pbásica 670kgm³ Contração radial 44 tangencial 85 volumétrica 14 PROPRIEDADES MECÂNICAS Flexão Resistência fM Madeira verde MPa 938 Madeira a 15 de umidade MPa 1253 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 14 107 Limite de Proporcionalidade madeira verde MPa 431 Compressão Paralela às Fibras Resistência fc0 Madeira Verde MPa 373 Madeira a 15 de umidade MPa 543 Limite de Proporcionalidade madeira verde MPa 297 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 14 460 Coeficiente de Influência de Umidade 51 OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS Resistência ao Impacto na Flexão madeira a 15 choque Trabalho Absorvido J 40 Cisalhamento madeira verde MPa 127 Dureza Janka madeira verde N 7 257 Tração Normal às Fibras madeira verde MPa 96 Fendilhamento madeira verde MPa 1 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Pesada externa pontes estacas dormentes cruzetas mourões e postes Pesada interna vigas e caibros Leve externa Leve externa estrutural Leve interna estrutural Assoalhos tacos tábuas parquetes e degraus de escada Leve em esquadrias portas venezianas caixilhos OUTROS USOS Mobiliário de alta qualidade cabos de ferramentas carrocerias e vagões de trem OBSERVAÇÕES A garapa ocorre em diversos tipos florestais brasileiros sendo que atualmente é produzida na Amazônia Por ter propriedades mecânicas ligeiramente superiores à da perobarosa tem sido muito utilizada em estruturas e cobertura Por possuir sílica em suas células provoca desgaste em ferramentas Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB2653 NBR 623085 Fonte IPT 1989a 67 Goiabão Poutena pachycarpa Pires sinônimo Planchonella pachycarpa Pires Sapotaceae Outros nomes populares abiucascagrossa abiurana abiuranaamarela abiuranagoiaba Ocorrência Brasil Amazônia Outros países Bolívia Características Gerais Sensoriais cerne e alburno indistintos pela cor amarelopálido brilho moderado cheiro e gosto imperceptíveis densidade alta moderadamente dura ao cortegrã direita textura fina Descrição Anatômica Macroscópica Parênguima Axial visível a olho nu em linhas finasàs vezes interrompidas formando com os raios uma trama irregular Raios visíveis apenas sob lente no topo e na face tangencial finos numerosos Vasos pequenos numerososporosidade difusa em arranjo diagonal solitários e múltiplos em cadeias radiaisobstruidos por tilos Camadas de Crescimento pouco distintas demarca das por zonas fibrosas tangenciais mais escuras Durabilidade Natural e Tratabilidade Química Madeira suscetível à ação de fungos e cupins O cerne e o alburno são fáceis de preservar em processo sob pressão tanto com creosoto preservativo oleossolúvel como CCA preservativo hidrossolúvel Características de Processamento Trabalhabilidade a madeira de goiabão é fácil de ser processada podendo receber bom acabamento É fácil de tornear e furar É moderadamente fácil de aplainar e lixar Recomendase furação prévia à colocação de pregos Secagem a secagem pode ser muito rápida em estufa apresentando tendência a encanoamento rachadura de topo e torcimento em programas de secagem muito agressivos Neste caso recomendase uma secagem mais lenta para se evitar ou diminuir estes defeitos Programas de secagem podem ser obtidos em IBAMA 1997a e 1997b PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade de massa p aparente a 12 de umidade pap12 930kgm³ madeira verde pverde 1 190kgm³ básica pbásica 730kgm³ Contração radial 62 tangencial 112 volumétrica 165 PROPRIEDADES MECÂNICAS Flexão Resistência fM Madeira verde MPa 989 Madeira a 12 de umidade MPa 1555 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 12 847 Módulo de Elasticidade madeira à 12 MPa 16 377 Compressão Paralela às Fibras Resistência fc0 Madeira Verde MPa 451 Madeira a 12 de umidade MPa 74 Compressão Perpendicular às Fibras Resistência fc0 Madeira Verde MPa 71 Madeira a 12 de umidade MPa 116 OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS Cisalhamento madeira verde MPa 10 Cisalhamento madeira à 12 MPa 181 Dureza Janka paralela madeira verde N 8 120 Dureza Janka paralela madeira à 12 N 15 220 Dureza Janka transversal madeira verde N 7 296 Dureza Janka transversal madeira à 12 N 12 817 Tração Normal às Fibras madeira verde MPa 45 Tração Normal às Fibras madeira a 12 MPa 58 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Pesada interna vigas e caibros Assoalhos tacos e parquetes Leve em esquadrias revestimento de portas OUTROS USOS Móveis de alta qualidade móveis decorativos assento e encosto de bancos e cadeiras lâminas decorativas artigos domésticos torneados OBSERVAÇÕES Esta madeira apresenta resistência mecânica apropriada para uso estrutural e em pisos No entanto devido a sua baixa durabilidade natural cuidados devem ser tomados para minimizar seu contato com fontes de umidade Devido a sua cor amarelada as vezes é comercializada como se fosse garapa ou paumarfim Resultados obtidos de acordo com a Norma COPANTFonte IBAMA 1997a 68 Itaúba Mezilaurus itauba Meisn Taub ex Mez Lauraceae Outros Nomes Populares abiucascagrossa abiurana abiuranaamarela abiuranagoiaba Ocorrência Brasil Amazônia Características Gerais Sensoriais cerne amareloesverdeado quando recém serrado tornandose castanhoesverdeadoescuro cheiro agradável levemente adocicado e gosto imperceptível densidade alta grã ondulada ou revessa textura média superfície irregularmente lustrosa Descrição Anatômica Macroscópica Parênguima Axial invisível mesmo sob lente paratraqueal escasso Raios visíveis apenas sob lente topo e na face tangencial finos muito poucos a poucos Vasos visíveis apenas sob lente pequenos a médios poucos porosidade difusa solitários múltiplos e em cadeias radiais obstruídos por tilos Camadas de Crescimento indistintas ou eventualmente delimitadas por zonas fibrosas tangenciais mais escuras Durabilidade Natural e Tratabilidade Química A madeira de itaúba é considerada de alta resistência ao ataque de organismos xilófagos fungos apodrecedores cupins e xilófagos marinhos Em experimento realizado em ambiente marinho foi moderadamente atacada por organismos xilófagos Apresenta baixa permeabilidade às soluções preservantes Ensaios com soluções hidrossolúveis aplicados sob pressão demostraram que o alburno é difícil de tratar e o cerne é refratário A madeira é difícil de preservar apresentando retenção de preservativos oleossolúveis abaixo de 100 kgm³ Características de Processamento Trabalhabilidade a madeira de itaúba é moderadamente difícil de ser trabalhada tanto com ferramentas manuais como com máquina devido à presença de sílica porém permite bom acabamento Secagem a secagem ao ar é lenta e difícil porém sem causar alta incidência de defeitos A secagem artificial é reportada como lenta com ocorrência acentuada de rachaduras e moderada de empenamentos Não há indicação de programas específicos para a madeira de Itaúba PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade de massa p aparente a 15 de umidade pap15 960kgm³ básica pbásica 800kgm³ Contração radial 23 tangencial 67 volumétrica 121 PROPRIEDADES MECÂNICAS Flexão Resistência fM Madeira verde MPa 1154 Madeira a 15 de umidade MPa 1265 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 14 504 Limite de Proporcionalidade madeira verde Mpa 507 Compressão Paralela às Fibras Resistência fc0 Madeira Verde MPa 577 Madeira a 15 de umidade MPa 684 Limite de Proporcionalidade madeira verde Mpa 427 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 16 387 Coeficiente de Influência de Umidade 37 OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS Resistência ao Impacto na Flexão madeira a 15 choque Trabalho Absorvido J 171 Cisalhamento madeira verde MPa 121 Dureza Janka madeira verde N 6 433 Tração Normal às Fibras madeira verde MPa 108 Fendilhamento madeira verde MPa 13 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Pesada externa estruturas de pontes dormentes postes cruzetas defensas Pesada interna vigas caibros tesouras Assoalhos tábuas e tacos Leve em esquadrias marcos de portas e janelas OUTROS USOS Móveis estândar partes internas de móveis veículos e implementos agrícolas peças torneadas construção naval e embarcações OBSERVAÇÕES Madeira com propriedades mecânicas e de durabilidade natural superiores às da perobarosasubstituindoa com vantagens em diversos usos na construção civil É especialmente indicada para usos com altos riscos de deterioração Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB2653 NBR 623085 Fonte IPT 1989a 69 Jacareúba Calophyllum brasiliense Cambess Guttifeare Outros nomes populares cachincamo cedrodopantano cedromangue guanandi guanandi carvalho guanandicedro guanandipiolho guanandirosa landi landim mangue oladim Ocorrência Brasil Amazônia Centro Oeste Sudeste e Sul Outros países América Central Guianas até Bolívia e México Características Gerais Sensoriais cerne e alburno pouco distintos pela cor cerne begerosado tendendo para cas tanho em alguns espécimes observamse pequenas manchas longitudinais de coloração castanha mais escura cheiro e gosto imperceptíveis densidade média moderadamente dura ao corte grã irregular superfície lustrosa Descrição Anatômica Macroscópica Parênguima Axial invisível mesmo sob lente em faixas contínuas ou interrompidas afastadas Raios visíveis apenas sob lente topo e na face tangen cial finos poucos Vasos visíveis a olho nu médios muito poucos a poucos porosidade difusa arranjo diagonal solitários obstruídos por tilos Camadas de Crescimento indistintas Máculas Medulares presentes em alguns espécimes Durabilidade Natural e Tratabilidade Química Madeira susceptível ao ataque de perfuradores marinhos mas moderadamente resistente aos térmitas Moderadamente resistente aos organismos silófagos Boa resistência aos fungos de podridão parda e branca não susceptível ao ataque de Lyctus e baixa e média resistência ao cupim subterrâneo Reticutermes santonensis Alburno permeável à impregnação e cerne impermeável Características de Processamento Trabalhabilidade a madeira de jacareúba é relativamente fácil de ser trabalhada Retém pregos e parafusos com firmeza e não apresenta grandes dificuldades na colagem Fácil de serrar ocasionalmente a presença de resina pode causar problemas É boa para faquear e desenrolar Pintura e envernizamento podem ser aplicados sem problemas Secagem a secagem ao ar livre deve ser cuidadosa pois a madeira apresenta alta tendência ao surgimento de rachaduras e empenamentos A secagem em estufa deve ser feita com precaução e somente para peças com pouca grã entrecruzada Programa de secagem podem ser obtidos em CTFTINPA sd e Jankowsky 1990 PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade de massa p aparente a 15 de umidade pap15 620kgm³ básica pbásica 517kgm³ Contração radial 56 tangencial 87 volumétrica 169 PROPRIEDADES MECÂNICAS Flexão Resistência fM Madeira verde MPa 624 Madeira a 15 de umidade MPa 804 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 9 277 Limite de Proporcionalidade madeira verde Mpa 336 Compressão Paralela às Fibras Resistência fc0 Madeira Verde MPa 32 Madeira a 15 de umidade MPa 485 Limite de Proporcionalidade madeira verde Mpa 238 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 12 562 Coeficiente de Influência de Umidade 3 OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS Resistência ao Impacto na Flexão madeira a 15 choque Trabalho Absorvido J 176 Cisalhamento madeira verde MPa 91 Dureza Janka madeira verde N 4 060 Tração Normal às Fibras madeira verde MPa 12 562 Fendilhamento madeira verde MPa 06 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Leve interna estrutural ripas e partes secundárias de estruturas OUTROS USOS Móveis de alta qualidade revestimento lâmina de móveis decorativos folhas faqueadas decorativas barris de vinho montagem de escadas singelas e extensíveis embalagens OBSERVAÇÕES A secagem desta madeira deve ser feita com cuidado devido aos riscos de surgimento de rachas e empenamentos Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB2653 NBR 623085Fonte IPT 1989a 70 Jatobá Hymenaea spp Leguminosae Outros Nomes Populares copal courbaril jataí jatobácuruba jatobazinho jutaí jutaíaçu jutaídoiguapó jutaígrande jutaímirim jutaívermelho quebra machado Ocorrência Brasil Amazônia e Mata Atlântica Acre Amapá Amazonas Bahia Espírito Santo Mato Grosso Mato Grosso do Sul Minas Gerais Pará Paraná Rio Grande do Sul Rondônia São Paulo Outros países América Central Argentina Bolívia Colômbia Guiana Guiana Francesa Paraguai Peru Suriname Características Gerais Sensoriais cerne e alburno distintos pela cor cerne variando do castanhoamarelado ao castanhoaver melhado alburno brancoamarelado cheiro e gosto imperceptíveis densidade alta dura ao corte grã regular a irregular textura média superfície pouco lustrosa Descrição Anatômica Macroscópica Parênquima Axial visível a olho nu em faixas marginais associadas ao paratraqueal vasicêntrico ou aliforme Raios visíveis a olho nu no topo e visíveis sob lente na face tangencial poucos Vasos visíveis a olho nu médios muito poucos porosidade difusa solitários e múltiplos obstruídos por óleoresina Camadas de Crescimento distintas individualizadas por parênquima marginal Durabilidade Natural e Tratabilidade Química A espécie Hymenaea courbaril L é considerada altamente resistente aos térmitas e fungos de podridão branca e parda mas susceptível aos perfuradores marinhos Em contato com o solo Hymenaea stilbocarpa Hayne apresentou vida média inferior a 9 anos sendo considerada moderadamente durável já em ensaios de laboratório apresentou resistência média a alta ao ataque de organismos xilófagos Em ambiente marinho a madeira de Hymenaea sp ensaiada foi intensamente atacada por organismos perfuradores O cerne de jatobá quando submetido à impregnação sob pressão demonstrou ser impermeável às soluções preservativas Características de Processamento Trabalhabilidade a madeira de jatobá é moderadamente fácil de trabalhar pode ser aplainada colada parafusada e pregada sem problemas Apresenta resistência para tornear e faquear O acabamento é bom Aceita pintura verniz e lustre Secagem a madeira seca ao ar com poucas deformações Observase a presença de rachaduras e empenamentos quando a secagem é muito rápida A secagem ao ar deve ser realizada em local protegido da luz solar direta com boa ventilação para evitar rachaduras radiais Programas de secagem podem ser obtidos CTFTINPAsd IBAMA1997a Jankowsky1990 PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade de massa p aparente a 15 de umidade pap15 960kgm³ Contração radial 31 tangencial 72 volumétrica 107 PROPRIEDADES MECÂNICAS Flexão Resistência fM Madeira verde MPa 1316 Madeira a 15 de umidade MPa 1518 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 14 837 Limite de Proporcionalidade madeira verde Mpa 558 Compressão Paralela às Fibras Resistência fc0 Madeira Verde MPa 670 Madeira a 15 de umidade MPa 822 Limite de Proporcionalidade madeira verde Mpa 463 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 17 691 Coeficiente de Influência de Umidade 32 OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS Resistência ao Impacto na Flexão madeira a 15 choque Trabalho Absorvido J 337 Cisalhamento madeira verde MPa 175 Dureza Janka paralela madeira verde N 11 180 Tração Normal às Fibras madeira verde Mpa 131 Fendilhamento madeira verde MPa 15 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Pesada externa dormentes ferroviários e cruzetas Pesada interna vigas caibros e tesouras Leve em esquadrias portas janelas e batentes Leve interna decorativa guarnições rodapés painéis forros e lambris Assoalhos tábuas tacos parquetes e degraus de escada OUTROS USOS Mobiliário de alta qualidade móveis finos Artigos de esporte e brinquedos cabos de ferramentas implementos agrícolas peças torneadas e transporte OBSERVAÇÕES O gênero Hymenaea com várias espécies Hymenaea courbaril L Hymenaea intermedia Ducke Hymenaea oblongifolia Huber Hymenaea parvifolia Huber Hymenaea stilbocarpa Hayne é encontrado em quase todas as matas nativas do País A espécie Hymenaea stilbo carpa Hayne ocorre desde o estado do Piauí até o Paraná e a espécie Hymenaea courbaril L é mais comum na Amazônia Como essas madeiras são semelhantes quanto à densidade de massa e caracteres anatômicos no comércio têm praticamente o mesmo valor Assim nesta ficha essas madeiras são tratadas em conjunto sendo mencionada a espécie quando pertinente Informações para a espécie Hymenaea stilbocarpa Hayne Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB2653 NBR 623085 Fonte IPT 1989a 71 Lourovermelho Nectandra rubra Mez CK Allen Lauraceae Outros Nomes Populares canelavermelha gamela louro lourogamela louromogno lourorosa Ocorrência Brasil Amazônia Pará Amapá Rondônia Outros países Guiana Guiana Francesa Características Gerais Sensoriais cerne e alburno indistintos pela cor castanhorosado escurecendo com o tempo cheiro e gosto imperceptíveis densidade média grã direita textura grossa superfície irregularmente lustrosa Descrição Anatômica Macroscópica Parênguima Axial invisível mesmo sob lente Raios visíveis apenas sob lente topo e na face tangencial Vasos visíveis a olho nu médios e grandes porosidade difusa arranjo diagonal solitários múltiplos obstruídos por tilos Camadas de Crescimento indistintas Durabilidade Natural e Tratabilidade Química A madeira louro vermelho é considerada moderadamente resistente ao ataque de organismo xilófagos fungos e cupins segundo observações práticas à respeito de sua utilização Em ensaio de campo foi considerada não durável A madeira por apresentar vasos obstruídos por tilos deve apresentar baixa permeabilidade às soluções preservantes mesmo em tratamento sob pressão Características de Processamento Trabalhabilidade a maderia louro vermelho é fácil de ser trabalhada tanto com ferramentas manuais como com máquinas Aceita bem pregos e parafusos Não apresenta problemas de colagem e o acabamento é considerado bom é fácil de serrar aplainar lamnar faquear tornear colar parafusar e pregar Secagem a secagem ao ar livre é lenta e com tendência a empenamentos e rachaduras A secagem artificial também é lenta podendo ocorrer encruamento e rachaduras intrnas se as condições do processo forem severas Esta dificuldade na secagem é decorrente da presença de óleos essenciais na madeira Programa de secagem podem ser obtidos em IBAMA1997a e Jankowsky 1990 PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade de massa p aparente a 15 de umidade pap15 770kgm³ básica pbásica 642kgm³ Contração radial 4 tangencial 10 volumétrica 159 PROPRIEDADES MECÂNICAS Flexão Resistência fM Madeira verde MPa 715 Madeira a 15 de umidade MPa 939 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 10 032 Limite de Proporcionalidade madeira verde Mpa 28 Compressão Paralela às Fibras Resistência fc0 Madeira Verde MPa 356 Madeira a 15 de umidade MPa 495 Limite de Proporcionalidade madeira verde Mpa 238 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 16 161 Coeficiente de Influência de Umidade 41 OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS Resistência ao Impacto na Flexão madeira a 15 choque Trabalho Absorvido J 157 Cisalhamento madeira verde MPa 85 Dureza Janka madeira verde N 3 079 Tração Normal às Fibras madeira verde Mpa 69 Fendilhamento madeira verde MPa 08 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Leve em esquadrias batentes portas e janelas Leve interna estrutural ripas e partes secundárias de estruturas Leve interna decorativa painéis lambris e forros OUTROS USOS Móveis decorativos de alta qualidade folhas faqueadas compensados objetos de adorno OBSERVAÇÕES Madeira usada principalmente em batentes de portas no entanto devese proceder a secagem correta da madeira para minimizar o surgimento de empenamentos Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB2653 NBR 623085 Fonte IPT 1989a 72 Pau Roxo Peltogyne spp Leguminosae Outros nomes populares amarante coataquiçaua pauroxo pauroxodaterrafirme pauroxodavárzea roxinhopororoca violeta Ocorrência Brasil Acre Amazonas Bahia Maranhão Mato Grosso Minas Gerais Pará Piauí Rondônia São Paulo Características Gerais Sensoriais cerne e alburno distintos pela cor cerne roxo podendo escurecer com o tempo alburno bege claro brilho moderado a acentuado cheiro e gosto imperceptíveis densidade alta dura ao corte grã direita a irregular textura fina a média Descrição Anatômica Macroscópica Parênquima Axial visível a olho nu eventualmente visível apenas sob lente paratraqueal aliforme de extensão linear confluente unindo alguns vasos e podendo formar faixas tangenciais curtas parênquima marginal associado Raios visíveis apenas sob lente no topo e na face tangencial finos muito poucos a poucos Vasos visíveis a olho nu e eventualmente visíveis apenas sob lente pequenos a médios poucos a numerosos poros idade difusa solitários geminados e raros múltiplos de três vazios ou obstruídos por óleoresina e em algumas espécies com substância branca Camadas de crescimento distintas individualizadas por zonas fibrosas tangenciais mais escuras e por parênquima marginal Durabilidade Natural e Tratabilidade Química A madeira de pauroxo é considerada de alta resistência ao ataque de organismos xilófagos fun gos apodrecedores e cupinsdemadeiraseca Apresenta baixa resistência a organismos xilófagos marinhos Apresenta baixa permeabilidade a soluções preservantes O cerne é impermeável ao tratamento com creosoto e CCAA mesmo em processo sob pressão Características de Processamento Trabalhabilidade a madeira de pauroxo é moderadamente difícil de ser trabalhada manualmente ou com máquinas devido à dureza e exsudação de resina quando aquecida pelas ferramentas É fácil de colar e apresenta bom acabamento A trabalhabilidade é regular na plaina e excelente na lixa torno e broca apresenta um polimento lustroso Recomenda se a perfuração prévia à colocação de pregos Secagem a secagem ao ar livre é fácil a moderada com pequena incidência de rachaduras e empenamentos A secagem em estufa é rápida e com poucos defeitos Para a espécie Ppaniculata a secagem em estufa é rápida com pequenatendência à rachaduras de topo torcimento e arqueamento fortes Programasde secagem podem ser obtidos em IBAMA 1997a e Jankowsky 1990 PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade de massa p aparente a 15 de umidade pap15 890kgm³ básica pbásica 740kgm³ Contração radial 35 tangencial 65 volumétrica 107 PROPRIEDADES MECÂNICAS Flexão Resistência fM Madeira verde MPa 1448 Madeira a 15 de umidade MPa 1845 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 17 721 Limite de Proporcionalidade madeira verde Mpa 635 Compressão Paralela às Fibras Resistência fc0 Madeira Verde MPa 64 Madeira a 15 de umidade MPa 841 Limite de Proporcionalidade madeira verde MPa 49 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 20 565 Coeficiente de Influência de Umidade 4 OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS Resistência ao Impacto na Flexão madeira a 15 choque Trabalho Absorvido J 682 Cisalhamento madeira verde MPa 149 Dureza Janka paralela madeira verde N 9 728 Tração Normal às Fibras madeira verde Mpa 83 Fendilhamento madeira verde MPa 11 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Pesada externa dormentes cruzetas esteios estacas Pesada interna tesouras vigas e caibros Assoalhos tábuas tacos e parquetes Leve em esquadrias portas janelas batentes Leve interna decorativa painéis forros e lambris OUTROS USOS Móveis de alta qualidade decorativos construção naval lâminas decorativas cabos de ferramentas cutelaria carrocerias objetos de adorno peças torneadas tacos de bilhar esculturas OBSERVAÇÕES O gênero Peltogyne com várias espécies dentre outras Peltogyne paniculata Benth P maranhensis Huber Ducke P subsessilis W RodrP paradoxa DuckeP catmgae DuckeP confertiflora Hayne Benth P lecointei Ducke P recifensis Ducke é encontrado em quase todas as matas nativas do País A espécie Peltogyne confertiflora Hayne Benth ocorre desde a região Norte Centro Oeste Nor deste até Sudeste já espécie P recifensis Duckeé mais comum na região de Pernambuco e a espécie P lecomtei Ducke ocorre no Paráe Maranhão Como essas madeiras são semelhantes nas suas carac terísticas e no comércio têm o mesmo valor nesta ficha são tratadas em conjunto sendo mencionada a espécie quando pertinente Informações para a espécie Peltogyne confertiflora Hayne Benth Algumas espécies de roxinho podem apresentar exsudaçõesque comprometemo seu acabamento Informações para a espécie Peltogyne confertiflora Hayne Benth Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB2653 NBR 623085 Fonte IPT 1989b 73 Pinuselioti Pinus elliottii Engelm Pinaceae Outros Nomes Populares pinus pinheiro pinheiroamericano Ocorrência Brasil Espécie introduzida nos estados de Espirito Santo Mato Grosso do Sul Minas Gerais Paraná Rio de Janeiro Rio Grande do Sul Santa Catarina São Paulo Outros países Estados Unidos da América Características Gerais Sensoriais cerne e alburno indistintos pela cor brancoamarelado brilho moderado cheiro e gosto distintos e característicos resina densidade baixa macia ao corte grã direita textura fina Descrição Anatômica Macroscópica Parênquima Axial invisível mesmo sob lente Raios visíveis apenas sob lente no topo na face tangencial é invisível mesmo sob lente Camadas de Crescimento distintas transição brusca entre o lenho inicial e o tardio Canais de Resina presentes visíveis sob lente em disposição axial e radial Durabilidade Natural e Tratabilidade Química Observações feitas pelo IPT complementadas por ensaios de laboratório permitem con siderar esta madeira como susceptível ao ataque de fungos emboloradores manchadores e apodrecedores cupins brocasdemadeira e perfuradores marinhos O pinuseliote é fácil de tratar Características de Processamento Trabalhabilidade a madeira de pinuseliote é fácil de ser trabalhada É fácil de desdobrar aplainar desenrolar lixar tornear furar fixar colar e permite bom acabamento Secagem a madeira é fácil de secar PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade de massa p aparente a 15 de umidade pap15 480kgm³ básica pbásica 420kgm³ Contração radial 34 tangencial 63 volumétrica 105 PROPRIEDADES MECÂNICAS Flexão Resistência fM Madeira verde MPa 48 Madeira a 15 de umidade MPa 696 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 6 463 Limite de Proporcionalidade madeira verde Mpa 197 Compressão Paralela às Fibras Resistência fc0 Madeira Verde MPa 185 Madeira a 15 de umidade MPa 315 Limite de Proporcionalidade madeira verde Mpa 137 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 8 846 Coeficiente de Influência de Umidade 67 OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS Resistência ao Impacto na Flexão madeira a 15 choque Trabalho Absorvido J 145 Cisalhamento madeira verde MPa 58 Dureza Janka madeira verde N 1 932 Tração Normal às Fibras madeira verde Mpa 3 Fendilhamento madeira verde MPa 04 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Leve interna utilidade geral cordões guarnições rodapés forros e lambris Uso temporário fôrmas para concreto pontaletes e andaimes OUTROS USOS Móveis estândar partes internas de móveis móveis torneados para exportação cabos para vassouras palitos de fósforo compensados Iaminados torneados brinquedos embalagens paletes bobinas carretéis pincéis etc OBSERVAÇÕES Madeira de reflorestamento As propriedades mecânicas de pinus são influenciadas acentuadamente pelas práticas de manejo florestal adotadas nos plantios Portanto devese precaver quanto a esta característica em usos estruturais A madeira de pinus apresenta alta permeabilidade às soluções preservantes podendo quando devidamente tratada ser empregada em usos de alta classe de risco de biodeterioração Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB2653 NBR 623085 Fonte IPT 1989a 74 Piquiarana Caryocar glabrum Aubl Pers Caryocaraceae Outros Nomes Populares pequiaranadaterra pequiaranavermelha Ocorrência Brasil Amapá Amazonas Maranhão Pará Rondônia Outros países Bolívia Colômbia Guiana Francesa Peru Suriname Características Gerais Sensoriais cerne esbranquiçadoavermelhado quando récem cortado passando a esbranquiçado levemente amarelado cheiro e gosto imperceptivéis densidade alta grã revessa textura grossa Descrição Anatômica Macroscópica Parênquima Axial visível só sob lente apotraqueal difuso e difuso em agregados formando uma trama com os raios às vezes em finas faixas marginais Raios visíveis só sob lente no topo finos e muito numerosos na face tangencial pouco visíveis mesmo sob lente Vasos visíveis a olho nu porosidade difusa médios a grandes solitários e múltiplos obstruídos por tilos Camadas de Crescimento marcadas por zonas fibrosas bem regulares e eventualmente pelo parênquima marginal Durabilidade Natural e Tratabilidade Química A madeira em ensaios de laboratório demonstrou ter alta resistência ao ataque de organismos xilófagos Apresenta baixa permeabilidade às soluções preservativas quando submetida à impregnação sob pressão Características de Processamento Trabalhabilidade a madeira de piquiarana é difícil de ser trabalhada tanto com ferramen tas manuais como mecânicas Produz superfície áspera depois do aplainado devido à grã revessa Bom acabamento em pintura verniz e polimento PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade de massa p aparente a 15 de umidade pap15 850kgm³ Contração radial 57 tangencial 130 volumétrica 211 PROPRIEDADES MECÂNICAS Flexão Resistência fM Madeira verde MPa 657 Madeira a 15 de umidade MPa 1036 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 13 258 Limite de Proporcionalidade madeira verde Mpa 345 Compressão Paralela às Fibras Resistência fc0 Madeira Verde MPa 329 Madeira a 15 de umidade MPa 493 Limite de Proporcionalidade madeira verde Mpa 248 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 12 650 Coeficiente de Influência de Umidade 47 OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS Resistência ao Impacto na Flexão madeira a 15 choque Trabalho Absorvido J 343 Cisalhamento madeira verde MPa 101 Dureza Janka madeira verde N 4 874 Tração Normal às Fibras madeira verde Mpa 51 Fendilhamento madeira verde MPa 07 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Pesada Externa dormentas ferroviários cruzetas postes defensas estacas e mourões Pesada Interna vigas e caibros OUTROS USOS Embarcações quilhas convés costados e cavernas tanoaria e embalagens Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB2653 NBR 623085 Fonte IPT 1989a 75 Quaruba Vochysia spp Vochysiaceae Outros nomes populares guaruba guarubacedro quarubacedro quarubagoiaba quarubaver dadeira quarubavermelha Ocorrência Brasil Amazônia e Mata Atlântica Características Gerais Sensoriais cerne e alburno pouco distintos pela cor cerne rosado e alburno cinzaclaro a cinzaro sado brilho moderado ou ausente cheiro e gosto imperceptíveis densidade baixa macia ao corte grã revessa textura média a grossa Descrição Anatômica Macroscópica Parênquima Axial visível a olho nu paratraqueal aliforme com extensões longas e estreitas unindo vários vasos Raios os mais largas são visíveis a olho nu no topo na face tangencial visíveis apenas sob lente Vasos visíveis a olho nu médios a grandes poucos porosidade difusa solitários em maioria alguns obstruí dos por tilos Camadas de Crescimento indistintas Canais Axiais traumáticos presentes em alguns espécimes Durabilidade Natural e Tratabilidade Química A resistência da madeira ao apodrecimento varia conforme a espécie Com relação ao ataque de cupins e fungos geralmente as madeiras dessegênero são susceptíveis e são moderadamente resistentes ao ataque de cupinsdemadeiraseca A espécie Vguianensis é considerada moderadamente resistente ao ataque de cupins entretanto pode apresentar uma baixa resistência ao ataque de perfuradoresmarinhos O alburno pode ser susceptível ao ataque de brocas da gênero Lyctus Emensaio de campo com a madeira em contato com o solo a espécie Vguianensis foi considerada moderadamente durável com vida útil entre dois e cinco anos e a espécie V maxima foi considerada não durável com vida útil inferior a dois anos O alburno é murrofácil de preservar com creosoto oleossolúvele CCAA hidrossolúvel aplicados sob pressãoO cerne de Vguianensis é resistente ao tratamento preservante Em ensaio laboratorial realizado pelo IPT em tratamento sob pressão o albumo apresentoualta permeabilidade ao pentaclorofenol Características de Processamento Trabalhabilidade a madeira de quaruba é fácil de ser trabalhada tanto com ferramentas manuais como com máquinas Alguns defeitos comuns são a superfície felpuda e fibras arrancadas colagem e a aplicação de tintas e vernizes não apresentam problemas O polimento é bom É fácil de aplainar lixar tornear e furar podendo apresentar entretanto acabamento ruim Secagem a secagem ao ar é moderada com tendência a empenamento e rachaduras A secagem em estufa é rápida mas pode agravar os defeitos se não for bem controlada Peças espessas estão sujeitas a colapso Programas de secagem podem ser obtidos em IBAMA 1997a Jankowsky 1990 PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade de massa p aparente a 12 de umidadepap15 600kgm³ madeira verdepverde1 140kgm³ básica pbásica 490kgm³ Contração radial 4 tangencial 88 volumétrica 121 PROPRIEDADES MECÂNICAS Flexão Resistência fM Madeira verde MPa 605 Madeira a 12 de umidade MPa 912 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 9 316 Módulo de Elasticidade madeira à 12 MPa 11 180 Compressão Paralela às Fibras Resistência fc0 Madeira Verde MPa 294 Madeira a 12 de umidade MPa 476 OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS Cisalhamento madeira verde MPa 84 Cisalhamento madeira à 12 MPa 10 Dureza Janka paralela madeira verde N 4 335 Dureza Janka paralela madeira à 12 N 5 492 Tração Normal às Fibras madeira verde Mpa 37 Tração Normal às Fibras madeira à 12 Mpa 34 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Leve interna estrutural ripas e partes secundárias de estruturas Leve interna utilidade geral cordões guarnições rodapés forros e lambris Uso temporário fôrmas de concreto e pontaletes OUTROS USOS Móveis estândar e partes internas de móveis molduras peças torneadas embarcações compensados laminados brinquedos embalagens leves palitos bobinas e carretéis OBSERVAÇÕES A madeira de quaruba pertence ao grupo de espécies do gênero Vochysla Dentre essas espécies podese mencionar Vochysia guianensis Aubl V maxima Ducke V obidensis Huber Ducke V eximia Ducke V floribunda Mart V melinom Benkmann V ferruginea Mart V paraensis Ducke V surinamensis Stafl V vismaefolia Spruce ex Warm Como essas madeiras são semelhantes nas suas características e no comércio têm o mesmo valor nesta ficha são tratadas em conjunto sendo mencionada a espécie quando pertinente Esta ficha contém informações para a espécie Vochysla maxima Ducke A madeira de quaruba pela sua cor e peso tem sido comercializada como cedroreal numa tentativa de substituição do cedro Informaçóes para a espécie Vochysia maxima Ducke Resultados obtidos de acordo com a Norma COPANT Fonte IBAMA 1997a 76 Sucupira Bowdichia sp Diplotropies sp Leguminosae Outros nomes populares cutiúba macanaíba macanaíbapeledesapo sapupira sapupiradamata sapupiraparda sebepira sucupiraaçu sucupiradaterrafirme sucupiradavárzea sucupiradoigapó sucupiramarreta sucupiraparda sucupirapreta sucupiraroxa Ocorrência Brasil Amazônia e Mata Atlântica Acre Amapá Amazonas Bahia Espírito Santo Maranhão Mato Grosso Minas Gerais Paraná Rondônia Outros países Colômbia Guiana Guiana Francesa Peru Suriname Venezuela Características Gerais Sensoriais cerne e alburno distintos pela cor cerne pardoescuroacastanhado aspecto fibroso brilho ausente cheiro e gosto imperceptíveis densidade alta dura ao corte grã irregular a revessa textura grossa Descrição Anatômica Macroscópica Parênquima Axial visível a olho nu paratraqueal aliforme vasicêntrico e confluente em trechos curtos oblíquos Raios visíveis apenas sob lente no topo e na face tangencial finos poucos estratificados em Bowdichia 2 por mm Vasos visíveis a olho nu grandes poucos porosidade difusa solitários predominantes e múltiplos de até quatro vasos obstruídos por óleoresina ou substância branca Camadas de crescimento indistintas Durabilidade Natural e Tratabilidade Química A madeira de sucupira em ensaio de laboratório demonstrou ser resistente ao ataque de organismos xilófagos fungos e cupins A espécie Diplotropis purpurea é considerada resistente aos cupins e susceptível ao ataque de perfuradores marinhos O alburno não é resistente ao ataque de brocasdeMadeira do gênero Lyctus Em ensaio de campo com a madeira em contato com o solo apresentou vida superior a 15 anos Em ensaios de laboratório quando submetida à impregnação sob pressão a madeira de sucupira demonstrou ser pouco permeável às soluções preservantes O alburno é fácil de ser preservado e o cerne é impermeável ao creosoto e CCAA mesmo em tratamento sob pressão Características de Processamento Trabalhabilidade a madeira de sucupira é moderadamente difícil de ser trabalhada É difícil de aplainar devido à grã revessa Fácil de tornear apresentando bom acabamento Elevada capacidade de retenção de parafusos é recomendada a perfuração prévia na aplicação de pregos Secagem a secagem ao ar é moderadamente difícil e apresenta defeitos com rachaduras e empenamentos que podem ser agravados em condições drásticas A secagem em estufa é muito rápida e com poucos defeitos dependendo do programa utilizado PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade de massa p aparente a 12 de umidadepap15 940kgm³ básica rbásica 780kgm³ Contração radial 56 tangencial 84 volumétrica 151 PROPRIEDADES MECÂNICAS Flexão Resistência fM Madeira verde MPa 1476 Limite de Proporcionalidade madeira verde Mpa 655 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 16 060 Compressão Paralela às Fibras Resistência fc0 Madeira Verde MPa 732 Madeira a 12 de umidade MPa 923 Compressão Perpendicular às Fibras Resistência fc0 Madeira Verde MPa 99 Madeira a 12 de umidade MPa 159 OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS Resistência ao Impacto na Flexão madeira a 15 choque Trabalho Absorvido J 428 Cisalhamento madeira verde MPa 136 Dureza Janka madeira verde N 9 452 Tração Normal às Fibras madeira verde Mpa 74 Fendilhamento madeira verde MPa 117 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Pesada externa dormentes ferroviários cruzetas estacas e pontes Pesada interna tesouras vigas e caibros Assoalhos tábuas tacos e parquetes Leve em esquadrias batentes e janelas Leve interna decorativa painéis lambris e forros OUTROS USOS Móveis de alta qualidade decorativos lâminas decorativas decoração e adorno peças tornea das embarcações cabos de ferramentas e cabos para cutelaria OBSERVAÇÕES No Brasil as madeiras de sucupira pertencem aos gêneros Bowdichia e Diplotropis Como essas madeiras são semelhantes nas suas características e no comércio têm o mesmo valor nesta ficha são tratadas em conjunto sendo mencionada a espécie quando pertinente Informações para a espécie Bowdichia nitida Spruce Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB2653 NBR 623085 Fonte IPT1989a 77 Tauari Couratari spp Lecythidaceae Outros nomes populares imbirema tauariamarelo tauarimorrão estopeiro Ocorrência Brasil Amazônia Outros países Guiana Guiana Francesa Características Gerais Sensoriais cerne e alburno indistintos pela cor brancoamarelado a begeamareladoclaro brilho mo derado cheiro variável de pouco perceptível a perceptível neste caso desagradável gosto levemente amargo densidade média macia ao corte grã direita textura média Descrição Anatômica Macroscópica Parênquima Axial pouco visível a olho nu em linhas finas numerosas aproximadas regularmente espaçadas formando com os raios um reticulado quase uniforme Raios pouco visíveis a olho nu no topo na face tangencial é visível apenas sob lente Vasos visíveis a olho nu médios muito poucos porosidade difusa solitários e alguns múltiplos de 3 e 4 vazios Camadas de crescimento distintas individualizadas por zonas fibrosas tangenciais mais escuras Durabilidade Natural e Tratabilidade Química Apresenta baixa resistência ao ataque de organismos xilófagos fungos e cupins Algumas espécies apresentam tendência a manchar mancha azul ocasionada por fungos manchadores devendo ser utilizadas secas e protegidas da umidade Em ensaio de campo com madeira em contato com o solo esta madeira foi considerada como não durável com vida inferior a dois anos A madeira de tauari em ensaios de laboratório quando submetida a tratamento sob pressão demonstrou ser permeável às soluções preservantes É muito fácil de ser tratada tanto com creosoto oleossolúvel como com CCAA hidrossolúvel aplicados sob pressão Características de Processamento Trabalhabilidade A madeira de tauari é moderadamente macia ao corte apresentando um bom acabamento apesar de às vezes a superfície ficar com aparência felpuda Algumas espécies possuem sílica o que contribui para desgastar as ferramentas Secagem A velocidade da secagem ao ar é moderada com leve tendência ao empenamento e rachaduras superficiais A secagem em estufa é rápida sem defeitos significativos Couratari guianensis pode apresentar problemas de secagem como rachaduras e torcimento moderados Programas de secagem podem ser obtidos em CTFTINPA sd IBAMA 1997a Jankowsky 1990 PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade de massa p aparente a 12 de umidade pap 12 610 kgm3 madeira verde pverde 1 100 kgm3 básica pbásica 500 kgm3 Contração radial 42 tangencial 66 volumétrica 109 PROPRIEDADES MECÂNICAS Flexão Resistência fM Madeira verde MPa 578 Madeira a 12 de umidade MPa 888 Módulo de Elasticidade madeira verde MPa 9 316 Módulo de Elasticidade madeira à 12 MPa 10 591 Compressão Paralela às Fibras Resistência fc0 Madeira verde MPa 272 Madeira a 15 de umidade MPa 468 Compressão perpendicular às fibras Resistência fc0 Madeira verde MPa 45 Madeira à 12 de umidade MPa 61 OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS Cisalhamento madeira verde MPa 68 Cisalhamento madeira a 12 MPa 85 Dureza Janka paralela madeira verde N 3 727 Dureza Janka paralela madeira a 12 N 5 315 Tração Normal às Fibras madeira verde MPa 32 Tração Normal às Fibras madeira a 12 MPa 36 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Leve em esquadrias portas janelas e venezianas Leve interna estrutural ripas e partes secundárias de estruturas Leve interna utilidade geral cordões guarnições rodapés forros e lambris OUTROS USOS Móveis estândar estruturas e partes internas de móveis lâminas compensados embalagens peças encurvadas cabos de vassoura brinquedos objetos de adorno instrumentos musicais lápis palitos de fósforo bobinas e carretéis OBSERVAÇÕES O gênero Couratari é encontrado na Amazônia onde ocorrem dentre outras as espécies Couratari guianensis Aubl C oblongifolia Ducke et R Knuth e C stellata A C Sm Como essas madeiras são semelhantes quanto à densidade de massa caracteres anatômicos e cor nesta ficha são tratadas em conjunto sendo mencionada a espécie quando pertinente Informações desta ficha são para a espécie Couratari oblongifolia Ducke et R Knuth Informações para a espécie Couratari oblongifolia Ducke et R Knuth Resultados obtidos de acordo com a Norma COPANT Fonte IBAMA 1997 78 71 Madeira serrada e beneficiada Definições precisas de termos e de especifica ções de dimensões e qualidade são reconheci das internacionalmente como uma das exigências básicas para o desenvolvimento racional do comércio de madeiras No Brasil a classificação de madeira serrada foi praticada em larga escala somente com o pinhodoparaná destinado aos mercados domésticos e internacionais Atualmente a despeito da existência de normas para pinus e para madeiras de folhosas angiospermasdicotiledôneas registradas na ABNT a classificação só é praticada na madeira destinada à exportação para os países desenvolvidos No mercado nacional a madeira é vendida de forma não selecionada a chamada bica corrida ou então segundo classificações genéricas como primeira extra etc que freqüentemente são motivos de discordância entre compradores e vendedores A ausência de padronização é uma das queixas freqüentes do setor de construção civil sendo portanto necessário tomar medidas efetivas para resolução desse problema Dentre estas apontamse a revisão das normas e especificações disponíveis sob a perspectiva do desempenho do materialproduto no uso pretendido divulgação das normas junto aos setores de produção comércio e utilização de madeira serrada e treinamento de classificado res e de inspetores Neste capítulo serão apresentadas reco mendações para se especificar e inspecionar madeiras serradas para obter um bom desempenho da madeira em determinado uso As características a serem observadas dizem respeito a espécies de madeira dimensões teor de umidade defeitos naturais e de processamento 711 Espécies de madeira Escolhida a madeira para um certo uso con forme já apresentado em capítulos anteriores recomendase especificála por seu nome popular ou comercial associado ao nome 7 Qualidade da madeira 79 científico Tal procedimento evitará as frequen tes confusões que existem no comércio devido a variabilidade dos nomes populares Na inspeção de recebimento a madeira deve ser identificada pela anatomia da madeira ou enviada a um laboratório especializado Tal medida é recomendada em virtude da grande variabilidade de madeiras que existem no mercado cujas características sensoriais cor e densidade principalmente são semelhantes porém com propriedades mecânicas e de durabilidade natural distintas 712 Dimensões Em pesquisa realizada na cidade de São Paulo verificouse que a maior parte dos distribuidores de madeira e construtoras afirma que trabalha com medidas padronizadas No entanto os entrevistados não mencionam que normas ou especificações são adotadas Em geral afirmam que são dimensões comerciais Também é comum associar o nome das peças com suas dimensões nominais espessura x largura Entretanto há uma confusão em rela ção aos nomes das peças como por exemplo caibros com pontaletes tábuas estreitas e sarrafos É interessante constar que embora existam textos da ABNT especificando dimensões e nomes das peças esses são ignorados pelo setores de produção e comércio de madeira serrada e beneficiada As normas disponíveis são NBR 7203 Madeira serrada e beneficiada NBR 9480 Classificação de madeira serrada de folhosas NBR 12498 Madeira serrada de coníferas provenientes de reflorestamento para usos geral dimensões e lotes Outro aspecto importante é o desperdício provocado pela especificação de peças com dimensões inadequadas Portanto os projetistas devem ser orientados a especificar dimensões principalmente comprimento e largura o mais próximo possível das dimen sões de uso 80 Considerando as normas disponíveis e para evitar conflitos na inspeção de recebimento recomendase especificar em projetospedi dos de compra o seguinte nome da peça viga caibro ripa etc e respectiva seção transversal ou bitola em mm Ao especificar dimensões para peças aparelhadas o usuário deve considerar que a prática comercial é se referir aos valores nominais da madeira serrada em bruto mencionar as tolerâncias positivas e negati vas admitidas variável em função do grau de processamento das peças e citar o teor de umidade de referência 713 Teor de umidade Várias propriedades da madeira são afetadas pelo teor de umidade das peças Considera se a madeira seca quando o seu teor de umidade está em equilíbrio com a umidade relativa do ambiente onde a madeira será utilizada Nesta situação as propriedades mecânicas são superiores e a movimentação dimensional é menor do que quando a ma deira está verde ou seja quando o teor de umidade esteja acima do ponto de saturação das fibras ao redor de 30 A despeito disso o comércio de madeira serrada para fins estruturais não leva em consideração essa característica e as peças de madeira acabam secando no depósito do comprador ou o que é mais frequente em uso Tal prática pode resultar em empe namentos e rachamentos das peças após a realização da inspeção de recebimento Devido aos custos envolvidos na secagem de peças de madeira de bitolas avantajadas vigas e pranchas e à prática comercial arraigada prevêse que no médio prazo esse tipo de material não estará disponível no mercado O mesmo não acontece com a madeira destinada aos usos em que a estabilidade dimensional é um requisito importante Já não é difícil adquirir madeira para pisos esquadrias e revestimentos com teor de umi dade adequado No comércio esse material é referido como madeira seca em estufa ou madeira estufada 81 A despeito disso no mercado não se especifica o teor de umidade médio nem os valores máximo e mínimo recomendados para o local de aplicação das peças o que pode resultar em mau desempenho das mesmas A título de exemplo na tabela 4 são apresentados valores de teor de umidade re comendados para algumas cidades brasileiras Outro cuidado a ser tomado referese à verificação do teor de umidade das peças do lote na inspeção de recebimento É freqüente a má utilização dos medidores elétricos em geral relacionada ao uso de aparelhos não calibrados posicionamento dos eletrodos em partes não representativas da peça e erro de leitura em função da escala empregada que varia com a espécie de madeira No tocante ao teor de umidade recomendase especificar o teor de umidade médio e os valores mínimo e máximo considerando o local de uso da madeira verificar o teor de umidade das peças do lote por amostragem empregando medi dores elétricos ensaio não destrutivo de acordo com as instruções do fabricante ou pelo método de perda de massa em estufa ensaio destrutivo Este último apesar de ser mais preciso requer equipamentos de laboratório e é bem mais demorado 82 Cidade Umidade Relativa do Ar Aracaju Belém Belo Horizonte Brasília Cuiabá Curitiba Florianópolis Fortaleza Goiânia João Pessoa Macapá Maceió Manaus Porto Alegre Porto Velho Recife Rio Branco Rio de Janeiro Salvador Santos São Luiz São Paulo Teresina Vitória 782 865 765 676 731 802 822 802 657 806 828 790 831 760 848 812 838 791 795 799 784 784 775 811 Temperatura ºC 260 260 211 212 256 165 203 266 232 261 266 248 267 195 251 255 249 237 252 213 261 193 265 242 Teor da umidade de equilíbrio da madeira 152 184 149 125 137 162 168 158 120 159 168 155 169 148 177 162 173 156 156 159 152 155 149 162 Tabela 4 Teor de umidade de equilíbrio da madeira na base seca em função da umidade relativa e da temperatura Fontes Instituto Nacional de Meteorologia INMET Calculado de acordo com ASTM D 493391 Standard Guide for Moisture Conditioning of Wood and WoodBase Materials 83 714 Defeitos naturais e de processamento A presença de defeitos naturais nós e bolsas de resina p ex ou de processa mento empenamentos e rachas de secagem p ex afeta a qualidade e desempenho das peças de madeira serrada Para adequar a qualidade das peças às ne cessidades dos consumidores existem normas de classificação que distribuem as peças produzidas em classes de qualidade Essa distribuição pode ser realizada de acordo com dois sistemas básicos de classificação conforme segue Classificação por defeitos este sistema que também é conhecido como classificação por aparência é empregado largamente em ma deiras de coníferas e em madeiras de folhosas angiospermasdicotiledôneas classificadas para mercados especiais A classificação por defeitos pressupõe que a peça de madeira será utilizada nas dimensões originais portanto não sujeita a ser recortada em outras dimensões correspondentes àquelas requeridas pelo uso final Nesse sistema é considerado o número a importância e a distribuição dos defeitos que apareçam em uma ou ambas as faces da peça serrada No Brasil esse sistema é empregado na norma de classificação para a madeira serrada de pinho Manual prático de normas regu ladoras de qualidade das madeiras de pinho no mercado nacional da ABPM na NBR 11700 Madeira serrada de coníferas pro venientes de reflorestamento para uso geral e na norma que está sendo elaborada pela ABNT para classificação de madeira serrada de eucalipto Classificação por uso final proposto este sistema engloba dois subgrupos de classifica ção de acordo com o uso final da madeira classificação para uso em estruturas onde as propriedades mecânicas são decisivas e classificações específicas onde as peças são fornecidas em dimensões exatas para usos bem definidos 84 A classificação para uso em estrutura pode ser feita pelo método visual ou pelo método mecânico No primeiro caso a classificação está baseada no fato que os defeitos afetam a resistência e a rigidez das peças de ma deira As regras de classificação especificam tolerâncias para os tipos de defeitos seu tamanho quantidade e posição que devem ser comparados visualmente pelo classifica dor peça por peça Este tipo de classifica ção é empregado pela NBR 7190 Projeto de Estruturas de Madeira Já na classificação mecânica realizada automaticamente em máquinas informatiza das o princípio de classificação baseiase na estreita correlação entre o módulo de ruptura na flexão e o módulo de elasticidade Este sistema apresenta maior confiabilidade que o sistema visual e também alta produtividade Embora ainda não disponível no Brasil será incluído na NBR 7190 Apesar da série de vantagens de caráter industrial e comercial da padronização de medidas e de qualidade da madeira serrada que beneficiam tanto os produtores quanto os consumidores no Brasil as peças de madeira empregadas na construção civil são especifica dascomercializadas em dois extremos madeira não selecionada bica corrida que compreende todo o produto da tora exceto as peças inaproveitáveis Esse sistema prejudica o produtor pois peças sem defeito e que às vezes são utilizadas em uso que poderia aceitar alguns defeitos são comer cializadas pelo mesmo preço de uma peça com defeitos madeira de primeira qualidade em que as peças praticamente são isentas de defeitos Neste caso pedaços significativos de ma deira são desprezados na serraria constitu indo um sério problema de descarte e um evidente desperdício do recurso florestal Por outro lado o consumidor fica desprote gido pois não há uma definição do que seja madeira de primeira o que gera dúvidas no momento da inspeção de recebimento Evidentemente que a situação descrita acima tem exceções Por exemplo há empresas produtoras de madeira serrada que ofertam 85 seus produtos classificados em diversas classes de qualidade como também há construtoras que especificam as madeiras em pelo menos duas classes de qualidade 72 Madeira compensada O compensado é um painel composto de várias camadas de lâminas de madeira de pequena espessura coladas entre si por um adesivo Cada camada ou lâmina é colocada de forma que a direção das suas fibras forme um ângulo de 90º com a da outra camada adjacente Geralmente é composto de um número ímpar de lâminas Ao controlar a espessura e a quantidade dessas lâminas é possível obter painéis de diferentes espessu ras Porém painéis de 3 5 e 7 lâminas são os mais produzidos cujas espessuras variam de 4 mm a 18 mm De acordo com o local de utilização o compensado pode ser classificado como Interior compensado colado com adesivo do tipo interior destinado à utilização em locais protegidos da ação dágua ou alta umidade relativa Intermediária compensado colado com adesivo intermediário destinado à utilização interna mas em ambiente de alta umidade relativa podendo eventualmente receber a ação dágua Exterior compensado colado com adesivo a prova dágua destinado ao uso exterior ou em ambientes fechados onde são submetidos a repetidos umedecimentos e secagem ou ação dágua O desconhecimento dessa classificação por parte dos usuários ou a sua não verificação no ato do recebimento dos compensados gera um dos principais problemas relatados pelos usuários ou seja a delaminação dos painéis Neste aspecto é importante espe cificar o tipo de compensado mais adequado ao uso pretendido e verificar pelo ensaio da resistência da colagem ao esforço de cisalha mento a qualidade da colagem Para os compensados de uso permanente ou para aqueles de uso temporário porém que se pretende estender sua vida útil e que 86 serão empregados em usos em que a classe de risco à biodeterioração é alta é necessário reali zar o tratamento preservativo do compensado visto que as madeiras utilizadas na sua produção são de baixa durabilidade natural Os compensados são normatizados pela ABNT e as normas relacionadas a seguir constituem um bom material de apoio na qualificação do produto NBR 948486 Compensado determinação do teor de umidade NBR 948486 Compensado determinação da massa específica NBR 948686 Compensado determinação da absorção de água NBR 948886 Compensado amostragem de compensado para ensaio NBR 948986 Compensado condiciona mento de corposdeprova de compensado para ensaios NBR 949086 Lâmina e compensado NBR 953186 Chapas de madeira compensada NBR 953286 Chapas de madeira compensada NBR 953386 Compensado determi nação da resistência à flexão estática NBR 953486 Compensado determi nação da resistência da colagem ao esforço de cisalhamento e NBR 953586 Compensado determi nação do inchamento O usuário de compensados conta também com Programa Nacional de Qualidade da Madeira da Associação Brasileira da Indús tria de Madeira Processada Mecanicamente ABIMCI que está certificando empresas produtoras de acordo com requisitos lastrea dos nas normas ABNT mencionadas Mais informações podem ser obtidas no site da associação wwwabimcicombr 87 No meio urbano os cupins são conhecidos principalmente pelo problema que causam ao atacar a madeira em uso e também outros materiais como papéis e tecidos Sendo a madeira e seus derivados a fonte de alimento dos cupins o conhecimento tecnológico da aplicação desse material na construção civil é um aspecto da maior im portância para delinear soluções de controle da infestação desses insetos Para atender ao mercado da construção civil as madeiras comercializadas incluem diversas espécies de baixa durabilidade natural e outras de alta durabilidade mas utilizadas com alburno sem tratamento refletindo uma situação preocupante face aos problemas crescentes da deterioração causada por insetos xilófagos cupins e brocasdemadeira que utilizam madeira e seus derivados como fonte de alimento nos grandes centros urba nos como já tratado anteriormente As estatísticas sobre o uso de madeira tratada na construção civil mostram que o mercado brasileiro ainda não está devidamente preocu pado e portanto apresentase pouco desen volvido com a questão da biodeterioração da madeira BRAZOLIN et al 2003 Estimase que a produção anual de madeira tratada no Brasil é de cerca de 665 mil metros cúbicos sendo que 65 vão para a produção de moirões 25 para postes 7 para dormentes ferroviários e apenas 3 para a construção civil Na cidade de São Paulo observamse graves problemas e grandes prejuízos econômicos com o ataque de cupins subterrâneos em edificações As principais causas desta infestação relacionamse ao uso inadequado da madeira no ambiente construído e à falta de conhecimento biológico e ecológico das espéciespraga A maioria das espécies de cupins não causa qualquer prejuízo à sociedade humana sen do importante componente na degradação de matéria orgânica e liberação de nutrientes nos ecossistemas Umas poucas espécies no 8 Gestão ambiental para o controle de cupins subterrâneos na construção civil 88 entanto provocam prejuízos da ordem de até US 10 bilhões por ano com tratamen tos químicos reparos e substituição de peças atacadas nas áreas urbanas mundiais Dentre as espécies de cupinspraga a de maior importância econômica é o Copto termes gestroi Snyder Rhinotermitidae Coptotermitinae uma espécie de cupim subterrâneo de origem asiática introduzida no Brasil provavelmente no início do século XX COSTALEONARDO 2002 No ambiente construído a grande disponibili dade de madeiras para os cupins subterrâneos está nas edificações e nas árvores urbanas No Brasil a madeira é utilizada geralmente de forma temporária em andaimes fôrmas de concreto tapumes escoras etc e de maneira definitiva em estruturas de sustentação de cobertura esquadrias pisos e acabamentos internos LELIS et al 2001 e em projetos paisagísticos A caracterização de um problema de cupins atuando como praga é um processo de múltiplas etapas que incluem a identificação da espécie de cu pim envolvida o entendimento da biologia e ecologia daquela espécie e a avaliação do tipo e da magnitude do dano causado Assim sendo medidas de gestão ambiental urbana visando o controle dos cupins subterrâ neos devem ser aplicadas de forma integrada na prevenção e no controle de infestações adotando as seguintes medidas a identificação da espécie de cupim a localização do imóvel com o georreferencia mento e o mapeamento das ocorrências para o monitoramento e registro da infestação urbana a análise detalhada do projeto construtivo con siderando as características de uma infestação por cupins o que inclui a identificação de espaços perdidos e sua acessibilidade para facilitar futuras inspeções eou tratamentos o uso correto de madeiras a partir da indica ção da espécie mais adequada ao uso pretendido e de acordo com as condições de exposição e riscos de infestação o risco de biodeterioração com a minimização 89 dos fatores que aceleram o processo de biodeteriora ção como controle da umidade e os pontos de acesso de cupins o gerenciamento de resíduos contendo material celulósico que é uma medida relativamente simples requerendo principalmente o controle da limpeza da obra as tecnologias de controle e prevenção com a aplicação de produtos químicos pré e pósconstrução em madeiras e solo e a escolha correta das espécies botânicas para arbori zação e paisagismo O uso correto de madeira selecionada e tratada com produtos preservativos adequados contra o ataque de organismos xilófagos no ambiente construído pode in centivar e ampliar o mercado de madeira consolidando a como um material ambientalmente sustentável 90 AMERICAN SOCIETY OF TESTING MATERIALS ASTM 1994 Standard guide for moisture conditioning of wood and woodbase materials D 493391 1994 Annual Book of ASTM Standards Vol 0410 Philadelphia PA ANGYALOSSYALFONSO V Caracterização anatômica do lenho e da casca das principais espécies de Eu calyptus LHerit cultivadas no Brasil São Paulo 1987 Tese Doutorado Instituto de Botânica Universidade de São Paulo ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR6230 Ensaios físicos e mecânicos de madeiras Rio de Janeiro 1997 Cancelada 01081997 Substituída por NBR7190 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR7190 Projeto de estruturas de madeira Rio de Janeiro 1997 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR7203 Madeira serrada e beneficiada Rio de Janeiro 1982 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR9480 Mourões de madeira preservada para cercas Rio de Janeiro 1986 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR9484 Compensado Determinação do teor de umidade Rio de Janeiro 1986 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR9488 Amostragem de compensado para ensaio Rio de Janeiro 1986 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR9489 Condicionamento de corposde prova de compensado para ensaio Rio de Janeiro 1986 9 Referências bibliográficas 91 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR9490 Lâmina e compensado de madeira Rio de Janeiro 1986 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR9531 Chapas de madeira compensada Rio de Janeiro 1986 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR9532 Chapas de madeira compensada Rio de Janeiro 1986 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR9533 Compensado Determinação da resistência à flexão estática Rio de Janeiro 1986 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR9534 Compensado Determinação da resistência da colagem ao esforço de cisalhamento Rio de Janeiro 1986 Cancelada 12052008 Substi tuída por NBRISO124661 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR9535 Compensado Determinação do inchamento Rio de Janeiro 1986 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR11700 Madeira serrada de coníferas provenientes de reflorestamento para uso geral Rio de Janeiro 1991 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBRISO124661 Madeira compensada Qualidade de colagem Parte 1 Métodos de ensaio Rio de Janeiro 2006 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR12498 Madeira serrada de coníferas provenientes de reflorestamento para uso geral Dimensões e lotes Rio de Janeiro 1991 92 BERNI C A BOLZA E CHRISTENSEN FJ South American timbers the characteristics properties and uses of 190 Species CSIRO 1979 BRAZOLIN S DI ROMAGNANO LFT SILVA GA da Madeira preservada no ambiente construído cenário atual e tendências In ENCONTRO NACIONAL SOBRE EDIFICAÇÕES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS 3 2003 São Carlos Anais São Carlos ANTAC 2003 CHUDNOFF M Tropical timbers of the world Madison USDA Forest Service 1979 826p CENTRE TECHNIQUE FORESTIER TROPICAL CTFT INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA INPA New marketable species in South America snt COSTALEONARDO A M Cupinspraga morfologia biologia e controle Rio Claro UNESP 2002 FOSCO MUCCI E S LOPEZ G A C MONTAGNA R G Durabilidade natural de madeiras em contato com o solo IV In CONGRESSO NACIONAL SOBRE ESSÊNCIAS NATIVAS 2 1992 Anais p 558562 INSTITUTO BRASILEIRO DE DESENVOLVIMENTO FLORESTAL IBDF Madeiras da Amazônia características e utilização Floresta Nacional do Tapajós Brasília CNPq 1981 v1 INSTITUTO BRASILEIRO DE DESENVOLVIMENTO FLORESTAL IBDF Madeiras da Amazônia características e utilização Estação experimental de CuruáUna Brasília CNPq 1988 v2 INSTITUTO BRASILEIRO DE DESENVOLVIMENTO FLORESTAL IBDF Padronização da nomenclatura comercial brasileira das madeiras tropicais Amazônicas sugestão Brasília IBDF 1987 85 p 93 INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS IBAMA Madeiras tropicais brasileiras Brasília IBAMALPF 1997a 152p INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS IBAMA Madeiras da Amazônia características e utilização Amazônia Oriental Brasília CNPq 1997b v3 INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO IPT Fichas de características das madeiras brasileiras 2ed São Paulo IPT 1989a 418p IPT Publicação 1791 INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO IPT Manual de identificação das principais madeiras comerciais brasileiras São Paulo IPT 1983 241p IPT Publica ção 1226 INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO IPT Sistema de informações de madeiras brasileiras São Paulo IPT 1989b 291p IPT Relatório 27 078 INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO IPT SECRETARIA DA CIÊNCIA TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SCTDE Madeiras material para o design São Paulo IPT 1997 73p INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA INPA Catálogo de madeiras da Amazônia características e utilização área da hidrelétrica de Balbina Manaus INPA 1991 163p INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA INPA Essências madeireiras da Amazô nia Manaus INPA 1997 v 3 94 JANKOWSKY I P Coord Madeiras brasileiras Caxias do Sul Spectrum 1990 v1 JESUS M A et al Durabilidade natural de 46 espécies de madeira amazônica em contato com o solo em ambi ente florestal Scientia Forestalis 548192 1998 LELIS AT coord Biodeterioração de madeiras em edificações São Paulo Instituto de Pesquisas Tecnológicas 2001 IPT Publicação 2686 LOPEZ G A C Resistência natural de madeiras nacionais a xilófagos marinhos In ENCONTRO BRASILEIRO DE PRESERVAÇÃO DE MADEIRAS 1 1982 Anais p 167175 ROCHA F T et al Durabilidade natural de madeiras em contato com o solo V avaliação final Revista do Instituto Florestal 125966 2000 SILVA J C Preservação durabilidade natural e preservação resistência natural de madeira ao ataque de cupins Revista da Madeira nesp8284 2001 SOBRAL L et al Acertando o alvo 2 consumo de madeira amazônica e certificação florestal no Estado de São Paulo Belém Imazon 2002 72p SUPERINTENDÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIA SUDAMINSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO IPT Madeiras da reserva florestal de CuruáUma Estado do Pará caracterização anatômica propriedades gerais e aplicações Belém SUDAMIPT 1981 118p ZENID GJ Coord Madeiras para móveis e construção civil São Paulo IPTSCTDE 2002 CDROM IPT Publicação 2779 95 ATPF Autorização de Transporte de Produtos Florestais Documento anteriormente emitido pelo IBAMA para pessoas físicas e jurídicas consumidoras de matériaprima florestal utilizado para controlar o transporte de produtos florestais em especial madeira e carvão Substituído pelo Documento de Origem Florestal DOF Certificação florestal Processo voluntário que compreende a avaliação de um empreendimento ou operação florestal por uma terceira parte organização independente e sua certificação após verificar o cumprimento dos princípios ambientais sociais e econômicos da organização certificadora Aplicase tanto às florestas nativas como às plantadas e aos produtos madeireiros ou não madeireiros Certificação de cadeia de custódia É a certificação baseada na rastreabilidade da cadeia produtiva produto e processo dada às operações que envolvem processamento manufatura compra venda ou distribuição de produtos florestais a partir de matériaprima certificada Documento de Origem Florestal DOF Licença obrigatória para o transporte e armazenamento de produtos e subprodutos florestais de origem nativa contendo as informações sobre a procedência desses produtos que substituiu a Autorização para Transporte de Produtos Florestais ATPF 10 Glossário 96 Floresta nativa Floresta que se desenvolve em um local de forma natural e espontânea que pode ter sofrido ou não intervenção humana Madeira aglomerada Painéis confeccionados através da aglomeração de fragmentos de madeira cavacos maravalha etc Podem ser de vários tipos espessuras e de características físicomecânicas diferentes dependendo da granulometria dos fragmentos e da pressão no processo de compactação das peças Madeira aparelhada ou aplainada Madeira serrada ou resserrada que passou por um processo de acabamento em plaina ou outro processo equivalente a fim de obter uma superfície lisa nas faces e bordas e uniformidade de dimensões Madeira compensada contraplacados Tipo de painel obtido pela colagem de lâminas de madeira obtidas em torno desenrolador ou faqueadeira As lâminas são cortadas em guilhotinas em tamanhos padronizados e sobrepostas de modo que as fibras fiquem orientadas em sentido perpendicular umas às outras Os painéis compensados apresentam redução das variações dimensionais causadas pela contração da madeira A resistência da madeira compensada depende da espécie utilizada do tipo de cola número de lâminas e espessura de cada uma 97 Madeira de lei Termo de interpretação variável Podese referir tanto às madeiras escuras e com alta resistência mecânica e à biodeterioração ex jatobá ipê etc como às de alto valor comercial ex mogno cedro etc Esta denominação embora tradicional deve ser evitada por ser imprecisa Madeira laminada Constituise de tábuas de espessura de até 25 mm coladas sobrepostas umas às outras A resistência à flexão e à compressão axial aumenta consideravelmente em relação à madeira natural O processo consiste em cortar a madeira em forma de tábuas secar em estufa tratar ou não aplainar colar e então prensar Madeira seca Madeira cujo teor de umidade está em equilíbrio com a umidade relativa do ambiente onde será utilizada abaixo do ponto de saturação das fibras Madeira seca ao ar Madeira exposta ao ar por um tempo determinado até atingir o teor de umidade de equilíbrio correspondente ao local da secagem Madeira de pátio madeira gradeada Madeira seca comercialmente Madeira serrada cujo teor de umidade não é superior a 20 98 Madeira seca em estufa Madeira submetida a um processo artificial de secagem em estufas até um determinado teor de umidade Madeira estufada Madeira serrada Madeira resultante do desdobro de toras por meio de cortes longitudinais e transversais com o emprego de serra ou outro equipamento equivalente Madeira verde Madeira com teor de umidade acima do ponto de saturação das fibras Manejo florestal Conjunto de técnicas destinadas à condução de florestas e à obtenção de seus produtos e serviços respeitandose as variáveis ambientais e sociais garantindo a sustentação do ecossistema florestal MDF Medium Density Fiberboard É uma chapa plana de média densidade produzida a partir de fibras de madeira As fibras são aglutinadas entre si pela adição de resina sintética consolidada pela ação conjunta de pressão e temperatura 99 MDP Medium Density Particleboard que significa Painel de Partículas de Média Densidade É produzido com a aglutinação de partículas de madeira com resinas especiais através da aplicação simultânea de temperatura e pressão resultando em um painel homogêneo e de grande estabilidade dimensional Ponto de Saturação das Fibras Corresponde a um teor de umidade no qual as paredes celulares encontramse completamente saturadas enquanto o interior das cavidades celulares está isento de água líquida Embora varie com a espécie da madeira assumese em geral um valor médio igual a 30 Reserva Legal Área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural excetuada a de preservação permanente necessária ao uso sustentável dos recursos naturais à conservação e reabilitação dos processos ecológicos à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas Código Florestal Lei Federal 477165