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PRÁTICAS EDUCATIVAS MEMÓRIAS E ORALIDADES Rev Pemo Revista do PEMO Rev Pemo Fortaleza v 1 n 3 p 112 2019 DOI httpsdoiorg1047149pemov1i33580 httpsrevistasuecebrindexphprevpemo ISSN 2675519X 1 Memórias e reflexões sobre a desvalorização da educação física na escola brasileira Francisco Eraldo da Silva Maiai Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia do Ceará Limoeiro do Norte CE Brasil Joselita da Silva Santiagoii Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia do Ceará Limoeiro do Norte CE Brasil João Marcos Saturnino Pereira iii Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia do Ceará Limoeiro do Norte CE Brasil Virgílio da Silva Estácioiv Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia do Ceará Limoeiro do Norte CE Brasil Ramon Wescley Girão Limav Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia do Ceará Limoeiro do Norte CE Brasil Resumo Este artigo tem o objetivo refletir sobre a possível desvalorização da Educação Física na escola brasileira identificando os fatores eou sujeitos que contribuem para esta situação Para isso realizouse uma revisão de literatura enfocando prioritariamente em livros artigos científicos que apresentassem definições e considerações importantes referentes à temática A educação física é um componente curricular entendido muitas vezes de forma equivocada por alguns professores alunos e gestores como uma disciplina extracurricular que não influi para um dos principais objetivos da escola atualmente que é a preparação dos alunos para a realização das avaliações externas de larga escala e a aprovação em vestibulares para a futura inserção dos alunos no mercado de trabalho Com base nos dados e resultados da pesquisa concluise que o sujeito que mais contribui para a desvalorização apresentase de forma bastante variável pois verificase que ora é apenas o professor ora gestores ou até mesmo os alunos Palavraschave Educação Física Desvalorização Escola A reflection on the devaluation of the discipline of physical education in the brazilian school Abstract This production aims to reflect on the possible devaluation of Physical Education in the Brazilian school identifying the factors and or subjects that contribute to PRÁTICAS EDUCATIVAS MEMÓRIAS E ORALIDADES Rev Pemo Revista do PEMO Rev Pemo Fortaleza v 1 n 3 p 112 2019 DOI httpsdoiorg1047149pemov1i33580 httpsrevistasuecebrindexphprevpemo ISSN 2675519X 2 this situation For this a literature review was carried out focusing primarily on books scientific articles which presented important definitions and considerations regarding the theme Physical education is a curricular component that is often misunderstood by some teachers students and managers as an extracurricular subject which does not influence one of the main objectives of the school today which is the preparation of students for the realization of largescale external evaluations and approval in entrance exams for the future insertion of students in the labor market Keywords Physical education Devaluation School 1 Introdução Nos dias atuais ainda encontramos no interior da escola professores gestores e alunos que reconhecem a Educação Física apenas como uma disciplina extracurricular responsável por ofertar momentos de entretenimento por meio de atividades lúdicas e recreativas desconsiderando as suas finalidades educacionais Diante disso percebese que os professores de Educação Física sofrem um notável desprestigio no espaço escolar tendo em vista que esta disciplina é posta no currículo com uma conotação inferior quando comparada com outros componentes curriculares o que reforça a sua desvalorização Nesse sentido questionamos quais são os fatores e os sujeitos que contribuem com a desvalorização da Educação Física na escola brasileira A partir desta inquietação buscamos com este trabalho refletir sobre a possível desvalorização da Educação Física na escola brasileira identificando os fatores e os sujeitos que contribuem para esta situação O presente trabalho mostrase relevante por defender a importância da Educação Física no currículo escolar e na formação dos alunos além de abordar um tema pouco discutido na área apesar do aumento de pesquisas na Educação GARCIA YASUDA BENE 2020 possibilitando que os achados possam subsidiar os professores no enfrentamento da desvalorização e da marginalização da Educação Física na escola A pesquisa é de natureza qualitativa e configurase como uma revisão de literatura Para a PRÁTICAS EDUCATIVAS MEMÓRIAS E ORALIDADES Rev Pemo Revista do PEMO Rev Pemo Fortaleza v 1 n 3 p 112 2019 DOI httpsdoiorg1047149pemov1i33580 httpsrevistasuecebrindexphprevpemo ISSN 2675519X 3 sua realização foram utilizados livros e artigos impressos e eletrônicos que apresentassem definições e considerações importantes referentes a esta temática 2 REVISÃO DE LITERATURA A desvalorização da educação física é uma ocorrência histórica brasileira e pode ser explicada devido a alguns fatores sociais que ocorreram nos séculos antecedentes ao atual Os Parâmetros Curriculares Nacionais PCN esclarecem isso ao constatar que no século XX Qualquer ocupação que implicasse esforço físico era vista com maus olhos considerada menor Essa visão dificultou a obrigatoriedade da prática de atividade física nas escolas isso devido à analogia entre exercício físico e o trabalho escravo BRASIL 2000 p 19 Ao consultar a mesma fonte percebese que mesmo com a conquista da obrigatoriedade nas escolas em 1851 ocorreu uma oposição de vários pais em ver seus filhos realizando uma atividade não intelectual como apresentado no trecho a seguir No ano de 1851 foi feita a Reforma Couto Ferraz a qual tornou obrigatória a Educação Física nas escolas do município da Corte De modo geral houve grande contrariedade por parte dos pais em ver seus filhos envolvidos em atividades que não tinham caráter intelectual Em relação aos meninos a tolerância era um pouco maior já que a idéia de ginástica associavase às instituições militares mas em relação às meninas houve pais que proibiram a participação de suas filhas Em 1882 Rui Barbosa deu seu parecer sobre o Projeto 224 Reforma Leôncio de Carvalho Decreto n 7247 de 19 de abril de 1879 da Instrução Pública no qual defendeu a inclusão da ginástica nas escolas e a equiparação dos professores de ginástica aos das outras disciplinas Nesse parecer ele destacou e explicitou sua idéia sobre a importância de se ter um corpo saudável para sustentar a atividade intelectual Apesar em 1937 na elaboração da Constituição é que se fez a primeira referência explícita à Educação Física em textos constitucionais federais incluindoa no currículo como prática educativa obrigatória e não como disciplina curricular junto com o ensino cívico e os trabalhos manuais em todas as escolas brasileiras BRASIL 1997 p19 Apesar de todos esses aspectos legais verificouse que ainda assim naquele período havia um certo preconceito acerca dessa disciplina Ou seja essa questão da desvalorização apresentase como um problema histórico Todavia este conceito pré formado no século passado acerca dessa disciplina ainda incide na contemporaneidade PRÁTICAS EDUCATIVAS MEMÓRIAS E ORALIDADES Rev Pemo Revista do PEMO Rev Pemo Fortaleza v 1 n 3 p 112 2019 DOI httpsdoiorg1047149pemov1i33580 httpsrevistasuecebrindexphprevpemo ISSN 2675519X 4 prejudicando o cumprimento da finalidade educacional da Educação Física na Educação Básica que é possibilitar aos alunos de forma contextualizada o acesso aos elementos da cultura corporal que são os jogos os esportes as ginásticas as danças e as lutas COLETIVO DE AUTORES 1992 necessárias para a formação escolar assim como as outras disciplinas que compõem o currículo escolar Neste sentido constatase que a desvalorização da Educação Física manifesta se de diversas formas dentre elas através de decisões dos gestores que muitas vezes mudam o horário da disciplina de modo que esta fique no contraturno Diante disso cabe destacar que Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LBDEN nº 939496 esclarece no Art 26 que A educação física integrada à proposta pedagógica da escola é componente curricular obrigatório da educação básica BRASIL 2018 p 19 devendo ser tratada na escola da mesma forma que as outras disciplinas são tendo o seu espaço respeitado no currículo escolar e na formação dos estudantes Situação semelhante a esta é abordado em uma pesquisa desenvolvida por Darido et al 1999 com professores da rede pública de algumas cidades do Estado de São Paulo no qual questionouse aos participantes do estudo qual a percepção deles sobre o fato das aulas de Educação Física serem ministradas no mesmo horário das demais disciplinas Dos 30 questionados 22 responderam que preferiam que as aulas fossem realizadas no mesmo turno das demais relatando que isso reduziria o número de faltas e pedidos de dispensas além de verificar uma maior valorização e integração da Educação Física na escola Vale destacar que os pedidos de dispensas são assegurados muitas vezes pelo 3º do art 26 da Lei 93941996 Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB onde afirmase que a Educação Física é um componente curricular obrigatório sendo prática facultativa ao aluno que I que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas II maior de trinta anos de idade III que estiver prestando serviço militar inicial ou que em situação similar estiver obrigado à prática da educação física VI que tenha prole PRÁTICAS EDUCATIVAS MEMÓRIAS E ORALIDADES Rev Pemo Revista do PEMO Rev Pemo Fortaleza v 1 n 3 p 112 2019 DOI httpsdoiorg1047149pemov1i33580 httpsrevistasuecebrindexphprevpemo ISSN 2675519X 5 Darido et al 1999 p 143 explica que sobretudo a dispensa de alunos que trabalham igual ou mais de seis horas por dia tratase de pressupostos questionáveis porque vinculam a área a um suposto gasto energético que os alunos já exaustos pelo trabalho não teriam condições de suportar Tal conclusão reflete uma concepção ultrapassada de Educação Física baseada em parâmetros energéticos e fisiológicos e desconhece a possibilidade da adequação de conteúdos e estratégias às características e necessidades dos alunos dos cursos noturnos que trabalham bem como a inclusão de conteúdos específicos por exemplo aspectos ergonômicos dos movimentos e posturas de trabalho exercícios de relaxamento e compensação muscular etc As declarações de Darido 1999 convergem com aquilo colocado na Base Nacional Comum Curricular BNCC do ensino fundamental A Educação Física é o componente curricular que tematiza as práticas corporais em suas diversas formas de codificação e significação social entendidas como manifestações das possibilidades expressivas dos sujeitos produzidas por diversos grupos sociais no decorrer da história Nessa concepção o movimento humano está sempre inserido no âmbito da cultura e não se limita a um deslocamento espaçotemporal de um segmento corporal ou de um corpo todo BRASIL 2018 p 213 Como pode ser visto nos parágrafos acima a atual concepção hegemônica de Educação Física publicada na BNCC não coaduna mais com o texto expresso na LDB de 1996 Diante disso ficamos entre as determinações legais que permitem a dispensa dos alunos a partir de uma perspectiva energética e fisiológica da Educação Física e o seu atual perfil sociocultural e educacional Outro ponto a ser analisado é a questão sociocultural presente em nosso cotidiano no qual a escola que era para preparar os estudantes para a vida prepara para o vestibular e as avaliações externas de larga escala que são influenciadas por organismos internacionais como afirmado por Sousa e Soares 2020 Como resultado disciplinas que não são cobradas nessas avaliações e que não não apresentam importância para a inserção do aluno em uma graduação são desvalorizadas no currículo escolar e na formação dos alunos Neste sentido Bartholo Soares e Salgado 2011 p PRÁTICAS EDUCATIVAS MEMÓRIAS E ORALIDADES Rev Pemo Revista do PEMO Rev Pemo Fortaleza v 1 n 3 p 112 2019 DOI httpsdoiorg1047149pemov1i33580 httpsrevistasuecebrindexphprevpemo ISSN 2675519X 6 206 destacam que O currículo é organizado em torno das relações entre saberes e fazeres e entre os jogos de identidade e poder A seleção dos conteúdos representa em última instancia os valores adequados à participação ativa na sociedade sendo a capitalista excludentes classificatória e seletiva A partir disso inferimos que a desvalorização da Educação Física na escola brasileira é motivada por uma busca na qualificação profissional por parte dos alunos onde estes dedicam parte considerável de seu tempo a estudos voltados para os vestibulares Desta forma os alunos acabam atribuindo uma maior importância às matérias que tenham um maior peso como por exemplo português matemática redação dentre outras Darido et al 1999 p 142 corrobora com o que é exposto acima ao citar que A preocupação em investir no futuro muitas vezes representado pelo vestibular vai se tornando uma exigência cada vez maior pela sociedade Por isso as expectativas acerca da Educação Física ficam em segundo plano No entanto é preciso ressaltar que a busca por qualificação profissional não deve ser menosprezada Neste sentido alguns professores de Educação Física mesmo sabendo da importância dessa disciplina para a formação dos alunos acabam contribuindo com a desvalorização e marginalização da área no espaço escolar Percebemos isso quando avistamos no dia a dia professores ministrando as aulas sem planejar muitas vezes simplesmente lançando a bola para os alunos jogarem de forma livre sem nenhum direcionamento didáticopedagógico Outro elemento que reforça essa situação é o fato de alguns docentes atribuírem à Educação Física apenas a magnitude esportiva visando à aptidão física dos alunos o rendimento técnico o que poderão ter como resultado alunos insatisfeitos coma sua aula por estes muitas vezes estarem inaptos a pratica do esporte de alto rendimento Conforme ressalta Betti 1999 p 26 Isto não quer dizer que se queira negar totalmente o esporte mas sim levantar questões sobre sua orientação no sentido do Princípio de Rendimento e Concorrência que selecionam os melhores classificam e relegam os mais fracos PRÁTICAS EDUCATIVAS MEMÓRIAS E ORALIDADES Rev Pemo Revista do PEMO Rev Pemo Fortaleza v 1 n 3 p 112 2019 DOI httpsdoiorg1047149pemov1i33580 httpsrevistasuecebrindexphprevpemo ISSN 2675519X 7 Há necessidade de mudanças tanto da Ação prática quanto da Reflexão teórica Paralelo a isso Macedo e Antunes 1999 p 13 demostram em seu estudo relatos de professores sobre a não valorização da disciplina como alguns profissionais colegas contribuíram para isso jogam a bola e sentam na sombra não se relacionam com os alunos fazendo muito pouco para melhorar Desta forma os autores demonstram que o próprio professor de Educação Física muitas vezes acabam contribuindo para a desvalorização da disciplina no espaço escolar A desvalorização da educação física decorre da própria postura profissional do especialista pois através destes podemos constatar a presença do comodismo a falta de atualização e de consciência corporal uma vez que poucos mencionam o que nos leva a crer que não reconhecem a grandiosidade dos conteúdos sob sua responsabilidade e principalmente do valor das vidas que se colocam nas suas mãos LOVISOLO 1996 apud MACEDO ANTUNES 1999 p 1415 No entanto é preciso elucidar que ao contrário dos professores que atribuem as aulas apenas a magnitude esportiva há um outro grupo de professores engajados com a finalidade educacional da disciplina Mas que não conseguem realizar suas aulas de acordo com o projeto político da escola devido às limitações estruturais da mesma Silva e Junior 2015 p 466 afirmam isso ao falar que nessas situações onde ocorrem falta de infraestrutura falta de espaços físicos e falta de materiais didáticos pedagógicos para Educação Física escolar podem então atrapalhar o desempenho docente assim como o desempenho escolar dos alunos Pois com todas essas limitações os alunos não poderão vivenciar os diversos aspectos do conhecimento da cultura corporal ficando restritivo muitas vezes a um reduzido número de vivencias corporais durante as aulas podendo desmotivalos a participar das mesmas Darido et al 1999 também constata alguns outros motivos no qual muitos alunos buscam se distanciar das aulas de educação física escolar Dentre eles mostrase que a falta de interesse aptidão limitada pratica corporal vergonha assim como experiências não positivas vividas anteriormente são alguns dos principais motivos que contribuem PRÁTICAS EDUCATIVAS MEMÓRIAS E ORALIDADES Rev Pemo Revista do PEMO Rev Pemo Fortaleza v 1 n 3 p 112 2019 DOI httpsdoiorg1047149pemov1i33580 httpsrevistasuecebrindexphprevpemo ISSN 2675519X 8 para vários alunos principalmente do Ensino Médio se privarem das aulas de Educação Física Deste modo Macedo e Antunes 1999 afirmam que o professor de Educação Física deveria privilegiar também em suas aulas a dimensão teórica da disciplina e desta forma demonstrar aos seus alunos o quão importante é essa matéria para os alunos Vale lembrar que isto não substitui as aulas práticas mas sim possibilita uma contextualização desta com os aspectos da cultura corporal ao decorrer do processo de ensino e aprendizagem Como visto na BNCC do ensino fundamental Nas aulas as práticas corporais devem ser abordadas como fenômeno cultural dinâmico diversificado pluridimensional singular e contraditório Desse modo é possível assegurar aos alunos a re construção de um conjunto de conhecimentos que permitam ampliar sua consciência a respeito de seus movimentos e dos recursos para o cuidado de si e dos outros e desenvolver autonomia para apropriação e utilização da cultura corporal de movimento em diversas finalidades humanas favorecendo sua participação de forma confiante e autoral na sociedade BRASIL 2018 p 213 Percebese no fragmento acima que fazse necessário durante as aulas de Educação Física o desenvolvimento de momentos e oportunidades que possibilitem aos alunos o entendimento assim como a conscientização das práticas corporais 3 Considerações finais O presente trabalho teve como objetivo refletir sobre a possível desvalorização da Educação Física na escola brasileira identificando os fatores e os sujeitos que contribuem para esta situação A partir da realização do estudo identificamos cinco fatores principais que favorece a atual desvalorização da Educação Física no espalho escolar sendo eles a postura profissional de alguns professores da área as decisões tomadas pelos gestores das escolas as experiências negativas de alguns alunos nessa disciplina a infraestrutura inadequada para trabalhar as práticas corporais e a pouca representação que a Educação Física tem nas avaliações externas e nas provas de vestibulares PRÁTICAS EDUCATIVAS MEMÓRIAS E ORALIDADES Rev Pemo Revista do PEMO Rev Pemo Fortaleza v 1 n 3 p 112 2019 DOI httpsdoiorg1047149pemov1i33580 httpsrevistasuecebrindexphprevpemo ISSN 2675519X 9 Como meio para minimizar este problema concluise que uma melhor infraestrutura de vestiários quadras e equipamentos esportivos poderiam permitir melhores condições de trabalho para os professores bem como a realização das atividades físicas nos próprios turnos deste modo possibilitando uma melhor participação e assiduidade dos alunos nas aulas Paralelo a isso tornase necessário que o professor introduza em suas aulas os elementos da cultura corporal com o propósito de tornálas mais inclusivas e possibilitar aos alunos a oportunidade de vivenciarem e compreenderem de forma crítica o desenvolvimento históricocultural das práticas corporais Em relação a pouca representatividade desta disciplina nos exames é imprescindível o esclarecimento por parte de gestores e professores que a Educação Física é uma disciplina importante para a formação dos alunos no que diz respeito aos aspectos físicos cognitivos e socioemocionais Ressaltase que mesmo sendo um trabalho realizado por meio de leitura de livros e artigos que tratam sobre o assunto o estudo demonstra limitações por abordar um tema bastante complexo dentro da Educação Física escolar Diante disso recomendase a realização de novos estudos que analisem de forma detalhada as reverberações dos aspectos econômicos sociais e sobretudo das avaliações de larga escala no âmbito escolar e em específico na Educação Física Por meio disso será possível encontrar as raízes dos problemas levantados no presente estudo possibilitando assim a ampliação dessa questão através de outras perspectivas Referências BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 939496 de 20 de dezembro de 1996 Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional Brasília 2018 Disponível em httpwww2senadolegbrbdsfbitstreamhandleid544283leidediretrizesebases2e dpdf Acesso em 1 abr 2019 PRÁTICAS EDUCATIVAS MEMÓRIAS E ORALIDADES Rev Pemo Revista do PEMO Rev Pemo Fortaleza v 1 n 3 p 112 2019 DOI httpsdoiorg1047149pemov1i33580 httpsrevistasuecebrindexphprevpemo ISSN 2675519X 10 BRASIL Base Nacional Comum Curricular BNCC Consulta Pública Brasília MECCONSEDUNDIME 2019 Disponível em httpbasenacionalcomummecgovbr Acesso em 1 mai 2019 BRASIL Parâmetros Curriculares Nacionais Linguagens Códigos e suas Tecnologias Brasília MECSEB 2000 Disponível em httpportalmecgovbrprogramasaudedaescola 195secretarias112877938seb educacaobasica200704899712598publicacoessp265002211 Acesso em 13 mai 2019 BARTHOLO Tiago Lisboa SOARES Antonio Jorge Gonçalves SALGADO Simone da Silva Educação Física dilemas da disciplina no espaço escolar Currículo sem fronteiras v 11 n2 p 204220 jul dez 2011 O material coletado na Internet deve ser baseado nos modelos anteriores e constar no final Disponível em httpwwwcurriculosemfronteirasorgvol11iss2articlesbartholosoaressalgadopdf Acesso em 08 mai 2019 BETTI Irene Conceição Rangel Esporte na escola mas é só isso professor Motriz v 1 n 1 p 2531 Jun 1999 O material coletado na Internet deve ser baseado nos modelos anteriores e constar no final Disponível em httpwwwrcunespbribefisicamotriz01n14Ireneformpdf Acesso em 08 mai 2019 COLETIVO DE AUTORES Metodologia do Ensino da Educação Física 1 ed São Paulo Cortez 1992 84 p DARIDO Suraya Cristina GALVÃO Zenaide FERREIRA Lilian Aparecida FIORIN Giovanna Educação física no ensino médio reflexões e ações Motriz v5 n2 dez 1999 O material coletado na Internet deve ser baseado nos modelos anteriores e constar no final Disponível em httpwwwrcunespbribefisicamotriz05n25n202Daridopdf Acesso em 08 mai 2016 DARIDO Suraya Cristina GALVÃO Zenaide FERREIRA Lilian Aparecida FIORIN Giovanna Educação Física No Ensino Médio Reflexões E Ações Motriz v5 n2 1999 p138145 Disponível em httpwwwperiodicosrcbibliotecaunespbrindexphpmotrizarticleview8728 Acesso em 08 mai 2019 GARCIA Fabiane Maia YASUDA Bruna Chizuka BENE Leonel Elias Observações preliminares acerca das pesquisas em educação do Amazonas Educação Formação Fortaleza v5 n 5 p3653 2020 Disponível em httpsrevistasuecebrindexphpreduforarticleview1706 Acesso em jun 2020 PRÁTICAS EDUCATIVAS MEMÓRIAS E ORALIDADES Rev Pemo Revista do PEMO Rev Pemo Fortaleza v 1 n 3 p 112 2019 DOI httpsdoiorg1047149pemov1i33580 httpsrevistasuecebrindexphprevpemo ISSN 2675519X 11 MACEDO Roberta Lélis de ANTUNES Rita de Cássia Franco de Souza Valoração da Educação Física da produção acadêmica ao reconhecimento individual e social Pensar a Prática v2 p 6583 JunJun 19981999 O material coletado na Internet deve ser baseado nos modelos anteriores e constar no final Disponível em httpsrevistasufgemnuvenscombrfefarticleview150134 Acesso em 08 mai 2019 SILVA Jéssica Luciana JÚNIOR Roosevelt Leão Infraestrutura para educação física na rede escolar estadual de Goiatuba GO uma descrição sobre a realidade escolar Enciclopédia Biosfera Centro Científico Conhecer Goiânia v11 n20 p 457469 Jan 2015 O material coletado na Internet deve ser baseado nos modelos anteriores e constar no final Disponível em httpwwwconhecerorgbrenciclop2015ainfraestruturapdf Acesso em 08 mai 2019 SOARES Lucas de Vasconcelos COLARES Maria Lília Imbiriba Sousa Avaliação educacional ou política de resultados Educação Formação Fortaleza v5 n3 p 1 24 setdez 2020 Disponível em httpsrevistasuecebrindexphpreduforarticleview2951 Acesso em mai 2020 i Francisco Eraldo da Silva Maia ORCID httpsorcidorg0000000302955989 Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologias do Ceará Educação Curso Licenciatura em Educação Física Especialista em Didática e Práticas do Ensino UNIQ Licenciado em Educação Física IFCE Tutor dos cursos de Educação Física da Unopar Contribuição de autoria Responsável pela escrita e revisão do texto Lattes httplattescnpqbr1018685917153870 Email eraldo2maiagmailcom ii Joselita da Silva Santigo ORCID httpsorcidorg0000000270196462 Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologias do Ceará Educação Curso Licenciatura em Educação Física Licenciada em Educação Física IFCE Professora de Educação Física da Escola de Ensino Infantil e Fundamental Turma da Mônica Contribuição de autoria Responsável pela revisão e correção do texto Lattes httplattescnpqbr6048999471651458 Email josysantiago3006gmailcom iii João Marcos Saturnino Pereira ORCID httpsorcidorg0000000181106904 Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologias do Ceará Educação Curso Licenciatura em Educação Física Pósgraduando em Educação Física Escolar e Psicomotricidade FAVENI Licenciado em Educação Física Ceará IFCE Contribuição de autoria Responsável pela escrita e revisão do texto Lattes httplattescnpqbr3095248604849260 Email joaomarcosedfgmailcom PRÁTICAS EDUCATIVAS MEMÓRIAS E ORALIDADES Rev Pemo Revista do PEMO Rev Pemo Fortaleza v 1 n 3 p 112 2019 DOI httpsdoiorg1047149pemov1i33580 httpsrevistasuecebrindexphprevpemo ISSN 2675519X 12 iv Virgílio da Silva Estácio ORCID httpsorcidorg0000000271460691 Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologias do Ceará Educação Curso Licenciatura em Educação Física Pósgraduado em Fisiologia do Exercício e Biomecânica FAVILI Licenciado em Educação Física IFCE Contribuição de autoria Responsável pela escrita do texto Lattes httplattescnpqbr3684211188875077 Email virgilioestacio41gmailcom v Ramon Wescley Girão Lima ORCID httpsorcidorg0000000328264211 Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologias do Ceará Educação Curso Licenciatura em Educação Física Licenciado em Educação Física IFCE Professor na Secretaria do Esporte e Juventude de Morada Nova CE Contribuição de autoria Responsável pela escrita do texto Lattes httplattescnpqbr9062581661088871 Email professorrwglgmailcom Editora responsável Cristine Brandenburg Como citar este artigo ABNT MAIA Francisco Eraldo da Silva et al Memórias e reflexões sobre a desvalorização da educação física na escola brasileira Rev Pemo Fortaleza v 1 n 3 p 112 2019 Disponível em httpsrevistasuecebrindexphprevpemoarticleview3580