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Código Turma PRD811222 Nome Gestão e Análise Financeira da Empresa Professor Paulo César de Souza Msc Período ano semestre 20231 Carga Horária 66 horas Curso Engenharia de Produção Estudo Dirigido Tema Introdução a Gestão e Análise Financeira da Empresa 1 Aspectos Introdutórios da Gestão e Análise Financeira da Empresa A análise de balanços objetiva extrair informações das demonstrações financeiras para a tomada de decisões e avaliações contínua do negócio PROCESSO CONTABIL PROCESSO DE ANALISE Gestor da empresa Dados são números ou descrição de objetos ou eventos que isoladamente não provocam nenhuma reação no leitor Informações representam para quem as recebe uma comunicação que pode produzir reação ou decisão frequentemente acompanhada de um efeitosurpresa Por exemplo quando se diz que o Brasil tem 160 milhões de habitantes temse um dado Quando se divide porém o produto Nacional por esse dado encontrase a renda per capita quando se compara essa renda com a de outros países e quando se constrói uma série FATOS OU EVENTOS ECONOMICOS FINANCEIROS DEMONSTRAÇÃO FINANCEIRAS TOMADA DE DECISÃO histórica dessa renda podese chegar à conclusão de que o Brasil é um país pobre e que vem perdendo posição em relação a outros países Aí se tem informação As demonstrações financeiras mostram por exemplo que a empresa tem y milhares de dívida Isto é um dado A conclusão de que a dívida é excessiva ou é normal de que a empresa pode ou não pagála é informação O objetivo da Análise de Balanços é produzir informação As demonstrações financeiras publicadas de uma empresa podem apresentar centenas de números isto é de dados Vejamos em média são 40 cifras no Balanço 20 na Demonstração de Resultado e Recursos e 40 na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido perfazendo 120 importâncias Nas companhias fechadas passase para 240 algarismos publicados em vista da comparação com o exercício anterior e das demonstrações com correção integral chegase a 480 números Convenhamos que é excesso de valores para quem muitas vezes deseja apenas saber se a empresa pode ou não receber créditos Daí a importância de transformarse por exemplo 400 dados em uma informação 2 A Análise de Balanços Começa Onde Termina a Contabilidade Para o contador a preocupação básica são os registros das operações Na aquisição de uma máquina por exemplo quais os custos que comporão o custo de aquisição a taxa de depreciação qual será sua classificação no balanço e sua atualização monetária O contador procura captar organizar e compilar dados Sua matériaprima são fatos de significado econômicofinanceiro expressos em moeda Seu produto final são as demonstrações financeiras O analista de balanços preocupase com as demonstrações financeiras que por sua vez precisam ser transformadas em informações que permitam concluir se a empresa merece ou não crédito se vem sendo bem ou mal administrada se tem ou não condições de pagar suas dívidas se é ou não lucrativa se vem evoluindo ou regredindo se é eficiente ou ineficiente se irá falir ou se continuará operando O grau de excelência da Análise de Balanços é dado exatamente pela qualidade e extensão das informações que conseguir gerar Assim procederemos o estudo da metodologia a ser seguida na análise e interpretação dos dados obtidos sob os aspectos patrimonial econômico e financeiro Embora possa variar quanto a nomenclatura análise de balanço análise financeira analise econômicofinanceira a análise das demonstrações financeiras tem como objetivos observar e confrontar os elementos patrimoniais e os resultados das operações visando ao conhecimento minucioso de sua composição qualitativa e de sua expressão quantitativa de modo a revelar os fatores antecedentes e determinantes da situação atual e também a servir de ponto de partida para delinear o comportamento futuro da empresa A analise se torna mais eficiente quando o analista conhece as normas os procedimentos ou seja tem conhecimento sobre as operações da empresa analisada conhecimentos este que se estende a política administrativa em todos os seus aspectos internos e externos Segundo a posição do analista a análise das demonstrações contábeis pode ser orientada em dois sentidos básicos a Análise interna neste caso o analista está vinculado diretamente a empresa analisada como empregado ou sob o contrato de prestação de serviços Sues conhecimentos a respeito dessa empresa poderão ser aprofundadas em virtude da maior facilidade de acessos as informações necessárias ao seu exame Esta análise pode ter diversos objetivos específicos tais como controle operacional avaliação de desempenho projetos de expansão etc b Analise externa quando o analista está vinculado a outra pessoa ou entidade interessada nos negócios da empresa a ser analisada investidores fornecedores instituições financeiras etc Esta posição exige maior cuidado do profissional encarregado do trabalho de análise uma vez que feita geralmente a distancia convém ao analista adota o máximo de cautela ao emitir a sua opinião baseandose sempre em maior numero de dados informativos a fim de minimizar os riscos dos interessados Este tipo de análise pode ser feito com as seguintes finalidades especificar concessão de crédito ou financiamento incorporações fusões compra ou venda de ações em bolsa de valores etc 3 Preparação das Demonstrações para Efeito de Análise A fim de permitir uma correta interpretação dos dados contidos nas demonstrações contábeis é necessário procederse a certas retificações de alguns valores registrados nos dados sob exame Para isso é preciso preliminarmente conhecer a posição do analista e os objetivos da análise Para quem e porque analisar Assim por exemplo um analista externo apresenta duvida quanto a rubrica demonstrada no balanço patrimonial e não consegue esclarecela de forma conveniente devendo interpretála contra a empresa analisada Assim nessas condições uma conta classificada como exigibilidade a longo prazo sobre a qual não haja esclarecimentos satisfatórios quanto a época exata do pagamento será reclassificada como exigibilidade a curto prazo da mesma forma que as prestações a vencer dentro do período como curto prazo relativas a financiamento de longo prazo Por outro lado determinado valores classificados no ativo não circulante tais como imobilizados e intangíveis serão analisados quanto a seu grau de recuperação para efeitos de certos tipos de análises Assim também deverá ocorrer como algumas contas que representam dividas incobráveis Outras Contas do ativo circulante e não circulante cuja conversibilidade seja demorada ou duvidosa sevem ser eliminadas ou ter seus valores avaliados quanto a seu grau de realização O estoque de matérias primas deverão ser objeto de estudo preliminar pois na realidade só serão conversíveis após a fabricação Entretanto estes estoques deverão ser incluídos em certos tipos de análise da gestão como por exemplo as análises da circulação ou rotatividade de valores de modo a permitir um perfeito julgamento sobre a política administrativa da empresa em relação aqueles elementos patrimoniais Outros ajustes poderão ser feitos no balanço patrimonial dependendo do exame das informações e dos objetivos a serem alcançados O lucro potencial quando for o caso será apenas parcela remanescente ou seja após as deduções relativas ao imposto de renda e outros tributos a pagar se for o caso Na analise para concessão de crédito algumas vezes os títulos descontados pela empresa junto a instituições financeiras por exemplo não são deduzidos das contas a receber para que não evidencie maior capacidade financeira reduzindo se por conseguinte os riscos do futuro credor dos financiamentos a serem concedidos já que esses títulos representam para os estabelecimentos de créditos obrigações do endossante sacador que será intimado a pagalos caso o sacado devedor principal não efetue pagamentos nos respectivos vencimentos Nas demonstrações do resultado do exercício também são feitos alguns ajustes dependendo dos objetivos das análises com a finalidade de eliminar certas distorções apresentadas na estrutura desta demonstração somente no que diz respeito a informação do resultado operacional Alguns analistas não consideram as receitas e despesas financeiras como itens operacionais e onde outros entendem como despesas não operacionais Em resumo as regras de ajustamento das demonstrações contábeis bem como a necessidade de maior ou menor número de informações complementares estarão sempre vinculadas aos objetivos da análise a ser efetuada O papel do analista será pois identificados os objetivos traçar a metodologia mais adequada aos seu trabalho 4 Usuários da Análise Usuários Usos Fornecedores Liquidez rentabilidade endividamento Clientes Segurança no fornecimento Bancos Comerciais Liquidez endividamento Bancos de Investimentos Situação futura tendências Concorrentes Eficiência pontos fortes e fracos Governo Evolução setorial tributação Dirigentes Instrumento para tomada de decisões Proprietários Crescimento do lucro dividendos e valor do negócio 5 Limitações da Análise de Balanços Existem limitações na análise das demonstrações financeiras decorrentes da própria fonte de que se utiliza Para extrair informações confiáveis dos balanços é imprescindível conhecer os procedimentos contábeis a estrutura das demonstrações financeiras além de vivência prática Certificarse de que as demonstrações financeiras foram elaboradas segundo critérios contábeis homogêneos Trabalhar com um grupo de índices compatível com a finalidade da análise Inteirarse das peculiaridades da empresa e do seu ramo de negócios Realizar comparações do tipo temporal 4 anos por exemplo e interempresarial avaliação setorial de negócios Complementar e análise quantitativa com aspectos qualitativos seja referente aos administradores seja quanto ao empreendimento 6 Precauções que Devem ser tomadas Visando Obter Melhores Conclusões da Análise Certificarse de que as demonstrações financeiras foram elaboradas segundo critérios contábeis homogêneos Trabalhar com um grupo de índices compatível com a finalidade da análise Inteirarse das peculiaridades da empresa e do seu ramo de negócios Realizar comparações do tipo temporal 4 anos por exemplo e interempresarial avaliação setorial de negócios Complementar e análise quantitativa com aspectos qualitativos seja referente aos administradores seja quanto ao empreendimento 7 Métodos de Análises Conforme ressaltamos a análise das demonstrações contábeis será sempre orientada em função dos objetivos do analista Assim a maior ou menor profundidade dos exames a serem realizados dependerá da finalidade que se tenha em vista Em qualquer análise entretanto terá de ser seguido um método de trabalho Na literatura sobre analise são citados quatro métodos principais para o exame analítico das demonstrações contábeis a saber a Diferenças absolutas ou análises de usos e fontes b Percentagens horizontais ou análise por númerosindices c Percentagens verticais ou análise da estrutura 7 1 Método das Diferenças Absolutas Este método consiste na comparação entre duas situações cada de vez mediante a apuração das diferenças absolutas entre os valores monetários de uma mesma conta ou de um mesmo grupo de data para outra Contas 20x1 20x2 Variações 2001x2 Aplicações D Fontes C Caixa 100 80 20 Contas a Receber 300 450 150 Estoques 400 500 100 Imobilizado 500 600 100 ATIVO TOTAL 1300 1630 Fornecedores 300 500 200 Contas a pagar 200 180 20 Dividendos a pagar 50 150 100 Capital 600 600 Reservas 150 200 50 PASSIVO TOTAL 1300 1630 370 370 7 2 Método das Percentagens Horizontais Por este método determinase a tendência dos valores absolutos ou relativos Contas 20x1 20x2 2001x3 R R R CIRCULANTE 1232000 1107000 1015000 Disponibilidade 93000 100 63000 3226 55000 Direitos 323000 100 194000 3994 214000 Investimentos Tempor 700000 100 800000 690000 Estoques 115000 100 49000 55000 Despesa Antecipada 1000 100 1000 1000 NÃO CIRCULANTE 786000 100 442000 442000 Realizável a Longo Prazo 38000 100 43000 39000 Investimentos 173000 100 129000 135000 Imobilizado 553000 100 257000 254000 Intangivel 22000 100 13000 14000 ATIVO TOTAL 2018000 1549000 1457000 CIRCULANTE 917000 100 809000 725000 Fornecedores 590000 100 468000 352000 Contas pagar 153000 100 85000 123000 Empréstimos 174000 100 256000 250000 NÃO CIRCULANTE 169000 100 213000 199000 Exigível a longo prazo 169000 100 213000 199000 PATRIMONIO LIQUIDO 932000 100 527000 Capital 450000 100 250000 250000 20000 Reservas 261000 100 92000 72000 5000 Lucros reservas 221000 100 185000 211000 1558 PASSIVO TOTAL 2018000 1549000 1457000 A análise horizontal é uma técnica que parte da comparação do valor de cada item do demonstrativo em cada período com o valor correspondente em um determinado período anterior considerado como base Esta análise tem como objetivo mostrar a evolução década conta ou grupo de contas quando considerada de forma isolada Complementa a análise vertical que nos informa o aumento ou diminuição da proporção de uma determinada despesa em relação a um determinado total É importante frisar que a análise horizontal deve ser elaborada sempre em conjunto com a vertical para verificar o grau de influencia que uma exerce sobre a outra e consequentemente sobre a conclusão da evolução dos valores da empresa Os resultados obtidos por meio da análise horizontal devem ser interpretados com certa reserva porque nem sempre os maiores valores percentuais de aumento são mais significativos Cada um dos percentuais da coluna de variação AH foi calculada da seguinte forma Valor Atual do Item X100 Valor do Item Anterior Sendo assim teremos o passivo circulante 809000 X100 917000 Dessa forma verificamos que houve uma redução de 1178 das suas obrigações do curto prazo 7 3 Método das Percentagens Verticais A análise vertical considerado um dos principais instrumentos de análise da estrutura patrimonial consiste na determinação dos percentuais de cada conta ou cada grupo de contas do balanço patrimonial Consiste na determinação dos percentuais de cada conta ou cada grupo de contas do balanço patrimonial em relação ao valor total do Ativo ou Passivo Do mesmo modo a análise vertical determina a proporcionalidade das contas do demonstrativo de resultado em relação a receita Liquida de Vendas considerado como sua base Em relação ao balanço patrimonial ela procura sempre mostrar de um lado a proporção de cada uma das fontes de recursos e de outro a expressão percentual de cada umas das várias aplicações de recursos efetuados pela empresa Comparando os exercícios subseqüentes podemos constatar a mudança da política da empresa quanto à obtenção e a aplicação de recursos Para se efetuar o cálculo da análise vertical no balanço patrimonial podemos apurar o percentual relativo a cada item do demonstrativo da seguinte forma CONTA ou grupo de Contas ATIVO TOTAL ou Passivo Total Como podemos constatar no demonstrativo a seguir o percentual do grupo Circulante foi calculado da seguinte forma 1232 x 100 611 2018 O cálculo da porcentagem pode ser feito também relacionado cada conta com o total do seu grupo No nosso balanço abriríamos mais de uma coluna ao lado da análise vertical AV denominada sobre o grupo e nessa última cada grupo de contas passaria a representar os 100 Assim cada conta teria duas percentagens uma expressando o seu valor em relação ao total do balanço e outra expressando o seu valor em relação ao total CONTA grupo das contas X100 ATIVO TOTAL passivo total Veja como pode ser representado a Análise Vertical Contas 20x1 20x2 2001x3 R R R CIRCULANTE 1232000 6105 1107000 1015000 Disponibilidade 93000 63000 55000 Direitos 323000 194000 214000 Investimentos Temporário 700000 800000 690000 Estoques 115000 49000 55000 Despesa Antecipada 1000 1000 1000 NÃO CIRCULANTE 786000 442000 442000 Realizável a Longo Prazo 38000 43000 39000 Investimentos 173000 129000 135000 Imobilizado 553000 257000 254000 Intangivel 22000 13000 14000 ATIVO TOTAL 2018000 1549000 1457000 CIRCULANTE 917000 809000 725000 Fornecedores 590000 468000 352000 Contas pagar 153000 85000 123000 Empréstimos 174000 256000 250000 NÃO CIRCULANTE 169000 213000 199000 Exigível a longo prazo 169000 213000 199000 PATRIMONIO LIQUIDO 932000 527000 Capital 450000 250000 250000 Reservas 261000 92000 72000 Lucros reservas 221000 185000 211000 PASSIVO TOTAL 2018000 1549000 1457000 8 Estrutura das Demonstrações Contábeis 81 Estrutura do Balanço Patrimonial BP I Conceito O balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar quantitativa e qualitativamente a posição patrimonial e financeira da entidade em determinada data II Oportunidade A oportunidade em que se efetua o Balanço patrimonial deve obedecer aos aspectos legais e técnicos a Dentre outras determina a atinente a espécie a legislação comercial e tributária obrigam sua elaboração pelo menos uma vê por ano de atividade por ano b Tecnicamente não convém que a data do levantamento coincida com a época de maior movimento comercial ou de produção Apresenta os elementos que compõem o patrimônio de uma pessoa em determinado momento permitindo a análise da situação patrimonial e financeira O balanço patrimonial é constituído pelas contas de ativo passivo e patrimônio liquido Ativo o ativo é constituído pelas aplicações de recursos representadas por valores direitos e bens Os componentes do ativo são classificados de acordo com a destinação especifica que varia segundo os fins da entidade No ativo as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nela registrados DIVISÃO DO ATIVO I Ativo Circulante II Ativo não circulante ATIVO CIRCULANTE estão registrados no ativo circulante as contas que representam disponibilidades direitos realizáveis no curso do exercício social seguinte e as aplicações de recursos em despesas do exercício social seguinte Na empresa em que o ciclo operacional tiver duração maior que o exercício social a classificação no circulante terá por base o prazo desse ciclo e está assim classificado Disponível os recursos financeiros que se encontram a disposição imediata da empresa compreendendo os meios de pagamento em moeda e em outras espécies os depósitos bancários a vista e os títulos de liquidez imediata Entre as contas classificáveis nesse grupo encontramos caixa banco conta depósito a vista e aplicações financeiras Direitos e créditos compreendem os títulos de créditos quaisquer valores mobiliários e outros direitos realizáveis no decorrer do exercício social subseqüente clientes devedores títulos a receber duplicatas a receber Investimentos Temporários representam as aplicações em títulos de valores mobiliários resgatáveis no exercício seguinte e na aquisição de bens com intenção de venda inclusive ações na bolsa Exemplo Exemplo imóveis para venda Estoques abrangem os valores referentes as existências de produtos acabados produtos em elaboração matériasprimas mercadorias materiais de consumo e outros bens similares relacionados as atividadesfins da empresa Exemplo matéria prima mercadorias Despesa do Exercício Seguinte Indicam as aplicações em gastos que tenham realização no curso do período subsequente a data do balanço patrimonial Entre as contas classificáveis nesse grupo encontramos premio de seguros a vencer encargos financeiros antecipados ATIVO NÃO CIRCULANTE são incluídos nesse grupo todos os bens de permanência duradoura destinada ao funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento assim como os direitos exercidos com essa finalidade O ativo realizável a Longo Prazo são classificados as contas que representam os direitos realizáveis após o término do exercício social seguinte Assim como os derivados de vendas adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas diretores ou acionistas que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da empresa Direitos e Créditos são os ativos compostos por direitos cujos prazos esperados para realização se situem após o término do exercício social seguinte e aqueles que independentemente do prazo de vencimento a lei o determine Classificam nesse grupo as contas que em principio pertenceriam ao ativo circulante mas que pelo prazo de realização do direito ou por força de lei são aqui incluídas POR FORÇA DE LEI empréstimos a diretores acionistas e coligadas ANTES DO PRAZO PARA REALIZAÇAO devedores e títulos a receber Investimento Temporário são classificados nesse grupo as contas representativas das aplicações financeiras em títulos e valores mobiliários com vencimento para após o termino do exercício social seguinte títulos mobiliários Despesas Antecipadas esse grupo apresenta as contas que registram despesas pagas antecipadamente que competem ao período posterior ao termino do exercício seguinte Investimentos são as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza não classificáveis no ativo circulante Ex participações em outras empresas terrenos para utilização futura etc Imobilizado são os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados a manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade Intangível são os direitos que tenha por objetos destinados a manutenção da companhia ou exercido para essa finalidade Ex marcas e patentes PASSIVO o passivo compreende as origens e aplicações de recursos as origens de recursos representados por obrigações As contas que compõem o passivo são dispostas em ordem crescente dos prazos de exigibilidade estabelecidos ou esperados observandose iguais procedimentos para os grupos e subgrupos Estão representados no passivo as obrigações da empresa inclusive financiamento para aquisição de direitos do ativo permanente Passivo Circulante será classificado no passivo circulante as contas representativas das obrigações da companhia inclusive financiamento para aquisição de diretos da companhia Nesse grupo incluemse as seguintes contas fornecedorescredores títulos a pagar e impostos a pagar Passivo não circulante são classificados no passivo não circulante as contas representativa das obrigações de longo prazo ou seja de prazo superior ao final do exercício social seguinte Classificam no passivo não circulante as contas de obrigações conhecidas e dos encargos estimados cujos prazos estabelecidos ou esperados situemse após o término do exercício social seguinte São classificáveis nesse grupo os empréstimos bancários títulos a pagar impostos a pagar Incluem também no passivo não circulante as contas representativas de receita de exercícios futuros diminuídas dos custos e despesas São contas desse grupo Receita Recebida Antecipadamente e encargos a vencer sobre receitas antecipadas PATRIMONIO LIQUIDO O patrimônio liquido compreende os recursos próprio da entidade ou seja a diferença a maior do ativo sobre o passivo O patrimônio liquido está dividido em Capital Social são os valores aportados pelos proprietários e os decorrentes de incorporações de reservas e lucros Ex capital integralizado Reserva de Capital serão classificados como reservas de capital as contas de capital que registrarem contribuição ações que ultrapassarem o limite legal Ajustes de Avaliação Patrimonial serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao principio da competência em contrapartida aos elementos do ativo e passivo São classificados como ajustes de avaliação patrimonial avaliação de imóveis avaliação de obrigações avaliação de obras de arte Reserva de Lucros serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela companhia Estão constituídas nesse rol reserva legal reserva estatutária reserva para contingências Lucros acumulados e prejuízos acumulados Por ocasião do encerramento do exercício uma dessas contas receberá por transferência o valor correspondente ao saldo da conta de apuração do resultado do exercício lucro ou prejuízo Nessa oportunidade é que se faz a interligação entre o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício A Lei 116382007 não permite a inclusão da conta lucros acumulados na apresentação do balanço patrimonial a empresa deverá a transferência para a conta de reserva A obrigatoriedade da transferência caberá para as empresas S As e não para as demais MODELO DE BALANÇO PATRIMONIAL BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE Disponibilidades Direitos Créditos Investimentos Temporários PASSIVO NÃO CIRCULANTE Estoques Despesa do Exercício Seguinte PATRIMONIO LÍQUIDO ATIVO NÃO CIRCULANTE Capital Social Realizado Realizável a Longo Prazo Reserva de Capital Direitos Créditos Ajuste de Avaliação Patrimonial Investimentos Temporários Reserva de Lucro Despesa Antecipada Ações em Tesouraria Investimento Prejuizos Acumulados Imobilizado Intangivel TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO 82 Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício DRE 821 Conceito e Finalidade da Demonstração de Resultado A demonstração do Resultado do Exercício deve apresentar o resumo das variações positivas receitas e ganhos e negativas custos e despesas e perdas ocorridas em determinado período de tempo normalmente no exercício social em função da exploração das atividades operacionais da empresa A finalidade básica da demonstração do resultado do exercício é descrever a formação do resultado gerado no exercício mediante especificação das receitas custos e desp3sas por natureza dos elementos componentes até o resultado liquido final lucro ou prejuízo Esse resultado liquido final se lucro representa o ganho efetivo obtido pela empresa que tem por finalidade que tem por finalidade remunerar os sócios e ou manter o patrimônio da empresa Se prejuízo liquido do exercício representa a parcela de desgaste sofrido pelo patrimônio no período significando que as receitas geradas foram insuficientes para cobrir os custos e despesas incorridas para obtenção de tais receitas 322 Receitas Operacionais São provenientes da exploração das atividades operacionais principais e acessórias desenvolvidas pela empresa São receitas de vendas de mercadorias produtos e serviços obtidas pela participação em sociedades controladas e coligadas equivalentes patrimoniais etc Essas receitas devem ser demonstradas por seu montante bruto de modo que fique consistente com o valor faturado pelo cliente 3221 Dedução de Receitas São valores correspondentes as devoluções das vendas dado importante para a análise de controles de qualidade visto a elevação desse item significa a deficiência das áreas operacionais produção defeituosa falto de controles de qualidade condições inadequada de armazenamento entre outros fatores aos abatimentos concedidos incondicionalmente importante para análise dos resultados das campanhas promocionais de descontos concedidos com objetivo de incrementar as vendas e consequentemente os lucros da empresa e aos impostos incidentes sobre as receitas IPIICMSISS etc 3222 Receita Operacional Liquida É a receita bruta menos as deduções das receitas 323 Custos Operacionais das Receitas São representados pelos custos incorridos na produção dos bens ou serviços vendidos ou ainda os custos das mercadorias vendidas 3231 Custos das Mercadorias Vendidas Compreende os custos relativos aos estoques das mercadorias que foram baixados para efeito de venda 324 Custo dos Produtos Vendidos Compreende os custos incorridos na produção matériaprima mão de obra despesas indiretas de fabricação das unidades vendidas 3241 Custo dos Serviços Prestados Compreende os custos incorridos para a prestação do serviço pessoal material etc 325 Lucro ou Prejuízo Bruto É o resultado bruto das operações depois de deduzidos os custos pertinentes ou seja é a diferença entre a receita operacional liquida e os custos operacionais da receita Será o lucro bruto quando a receita for maior que o custo caso contrário será considerado o prejuízo bruto 329 Despesas Operacionais São as despesas que contribuíram para a realização das operações durante o período Representam os gastos incorridos com as área comercial administrativa e financeira para obtenção de receitas operacionais no período 329 Despesas com Vendas ou Comercialização Compreende os gastos com publicidade as comissões a vendedores os encargos ou riscos na concessão de créditos a clientes e outras despesas relacionadas com vendas 329 Despesas Administrativas Compreendem as despesas com as áreas administrativas da empresa salários de empregados dos órgãos de pessoal contabilidade e finanças e respectivos encargos honorários dos administradores depreciação dos bens utilizados na áreas administrativas etc 329 Despesas Financeiras Registram os encargos financeiros decorrentes da obtenção de recursos de financiamento para as operações juros de empréstimos de instituições financeiras principalmente A classificação das despesas como operacionais tem sido motivo de controvérsia entre os estudiosos da matéria Em resumo os que discordam da classificação alegam que os custos financeiros não são inerentes as atividades de produção e comercialização e por isso que não se poderia comparar o desempenho operacional de duas empresas do mesmo ramo caso uma delas utilizasse recursos de financiamento oneroso Todavia se segregarmos os encargos do financiamento como não operacional poderemos comparar os custos de produção e administrativo Não obstante o grau de dependência de recursos de empréstimos das empresas brasileiras é inconteste seja por deficiência gerencial seja por distorções cultural rejeição a figura dos sócios de fora do núcleo familiar ou de pessoas relacionadas por grande parte do empresariado nacional Daí a inclusão dos encargos financeiros no grupo de despesas operacionais posto que a instituições financeiras é um parceiro constante da empresa gerando portanto um ônus habitual para sua s operações Entretanto qualquer que seja a posição do analista não haverá nenhum problema para a avaliação do desempenho operacional das empresas se as despesas financeiras estiverem devidamente discriminadas nas demonstrações do resultado do exercício 329 Outras Despesas Operacionais Compreende outras despesas necessárias a consecução das operações do período Nesse caso se o montante for significativo em relação ao conjunto das despesas operacionais estas devem ser especificadas para que se tenham um perfeito conhecimento de sua natureza 329 Lucro ou Prejuízo Operacional Representado pela diferença entre o lucro ou prejuízo bruto e as despesas operacionais Se o lucro bruto for superior ao montante das despesas operacionais haverá lucro operacional caso contrário haverá prejuízo operacional 329 Resultado Não Operacional É a diferença as receitas e as despesas não operacionais Se as receitas forem superiores as despesas ocorrerá um lucro não operacional caso contrário resultará em um prejuízo não operacional 329 Receitas Não Operacional São receitas obtidas pela empresa não vinculadas a exploração de seu objetivo social São receitas auferidas em operações eventuais como venda de bens do ativo imobilizado alienação de participação societária de caráter permanente excesso de receitas financeiras sobre despesas financeiras etc 329 Despesas Não Operacional Referese as despesas incorridas para obtenção das receitas não operacionais despesas ou custos das baixas dos bens ou direitos vendidos ou as despesas eventuais que não tenham contribuído para a obtenção das receitas operacionais das empresas 329 Resultado Liquido Antes do Imposto de Renda É o resultado obtido pela soma algébrica dos resultados operacional e não operacional referido anteriormente Esse resultado caso seja positivo será antes de qualquer participação utilizado para compensar prejuízos acumulados se houver Caso haja prejuízos anteriormente estes serão considerados na dedução do lucro afim de posteriormente determinar a base de cálculo da provisão para imposto de renda e em seguida das participações estatutárias Tal dedução de prejuízos anteriores todavia do será discriminada na demonstração de lucros ou prejuízos acumulados Assim na demonstração de resultado do exercício não aparecem os prejuízos acumulados inclusive porque se referem a exercícios anteriores não podendo portanto afetar o resultado do exercício 329 Resultado Liquido Depois do Imposto de Renda É o resultado apresentado após deduzida a provisão para imposto de renda Na hipótese de considerados os prejuízos acumulados e outros valores a serem deduzidos ou incluídos não restar lucro tributável para constituição da provisão para imposto de renda esta não será constituída e o lucro em questão será o lucro liquido do exercício que será levado para a conta que registra os prejuízos acumulados para fins de compensação parcial ou total 329 Participações São as parcelas do lucro destinadas de acordo com a legislação e os estatutos a debenturistas empregados administradores Em caso de prejuízos não serão computadas as participações dos empregados e terceiros 329 Lucro ou Prejuízos do Exercício É o resultado final do exercício Se positivo lucro do exercício após deduzidas as participações Em caso negativo serão deduzidas das reservas de lucros devidamente registradas no patrimônio liquido DEMONST RESULTADO DO EXERCICIO Periodo 1 Receita Operacional Bruta 11 Venda de Mercadoria 12 Prestação de Serviços 13 Outras Receitas Operacionais 2 Deduções da Receita Bruta 21 Devolução de Produtos ou Mercadorias 22 Abatimentos Concedidos Incondicionalmente 23 Impostos sobre venda ICMSPISCOFINSISSETC 3 Receita Operacional Líquida 12 4 Custos Operacionais da Receita 41 Custo dos Produtos ou das Mercadoria Vendida 42 Custo dos Serviços Prestados 43 Outros Custos Operacionais 5 Resultado Operacional Bruto 6 Despesas Operacional 61 Despesas com vendas 62 Despesas Administrativas 63 Despesas Financeira Liquida Despesas Financeiras Receitas Financeiras 64 Outras a Especificar 7 Lucro prejuizo Operacional Liquido 56 8 Resultado Não Operacional 81 Receitas Não Operacionais 82 Despesas Não Operacionais 9 Resultado Liquido Antes IR 78 10 Provisão Para Imposto de Renda 11 Participação nos Lucros 910 111 Empregrados 112 Administradores 12 Resultado Operacional Líquido 1112 LucroPrejuízo Líquido do Exercício 83 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DMPL A elaboração da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido DMPL é facultativa e de acordo com o artigo 186 parágrafo 2º da Lei das SA a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados DLPA poderá ser incluída nesta demonstração A DMPL uma demonstração mais completa e abrangente já que evidencia a movimentação de todas as contas do patrimônio líquido durante o exercício social inclusive a formação e utilização das reservas não derivadas do lucro MUTAÇÕES NAS CONTAS PATRIMONIAIS As contas que formam o Patrimônio Líquido podem sofrer variações por inúmeros motivos tais como 1 Itens que afetam o patrimônio total a acréscimo pelo lucro ou redução pelo prejuízo líquido do exercício b redução por dividendos c acréscimo por reavaliação de ativos quando o resultado for credor d acréscimo por doações e subvenções para investimentos recebidos e acréscimo por subscrição e integralização de capital f acréscimo pelo recebimento de valor que exceda o valor nominal das ações integralizadas ou o preço de emissão das ações sem valor nominal g acréscimo pelo valor da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição h acréscimo por prêmio recebido na emissão de debêntures i redução por ações próprias adquiridas ou acréscimo por sua venda j acréscimo ou redução por ajuste de exercícios anteriores 2 Itens que não afetam o total do patrimônio a aumento de capital com utilização de lucros e reservas b apropriações do lucro líquido do exercício reduzindo a conta Lucros Acumulados para formação de reservas como Reserva Legal Reserva de Lucros a Realizar Reserva para Contingência e outras c reversões de reservas patrimoniais para a conta de Lucros ou Prejuízos acumulados d compensação de Prejuízos com Reservas PROCEDIMENTOS A SEREM SEGUIDOS A elaboração da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é relativamente simples pois basta representar de forma sumária e coordenada a movimentação ocorrida durante o exercício nas diversas contas do Patrimônio Líquido isto é Capital Reservas de Capital Reservas de Lucros Reservas de Reavaliação Ações em Tesouraria e Lucros ou Prejuízos Acumulados Utilizase uma coluna para cada uma das contas do patrimônio da empresa incluindo uma conta total que representa a soma dos saldos ou transações de todas as contas individuais Essa movimentação deve ser extraída das fichas de razão dessas contas As transações e seus valores são transcritos nas colunas respectivas mas de forma coordenada Por exemplo se temos um aumento de capital com lucros e reservas na linha correspondente a essa transação transcrevese o acréscimo na coluna de capital pelo valor do aumento e na mesma linha as reduções nas contas de reservas e lucros utilizadas no aumento de capital pelos valores correspondentes MODELO Tecnicamente a elaboração da DMPL é bastante simples e seus componentes em linha vertical são os mesmos da DLPA Na linha horizontal do quadro serão consignados os elementos componentes do patrimônio líquido DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO FINDO EM 3112X2 EM MILHARES DE R Histórico Capital Realizado RESERVAS DE CAPITAL RESERVAS DE LUCROS Lucros Acumulados Total Ágio na Emissão de Ações Sub venções para Inves timentos Reserva Para Contingência Reserva Estatutária Reserva Legal Saldo em 3112x1 Ajustes de Exercícios Anteriores retificação de erros de exercícios anteriores Aumento de Capital com lucros e reservas por subscrição realizada Reversões de Reservas de contingências de lucros a realizar Lucro Líquido do Exercício Proposta da Administração de Destinação do Lucro Transferências para reservas Reserva legal Reserva estatutária Reserva de lucros para expansão Reserva de lucros a realizar Dividendos a distribuir R por ação Saldo em 3112X2 9 Análise Através de Índices 9 1 O Papel dos Índices de Balanço O índice é a relação entre duas contas ou grupo de contas das Demonstrações Financeiras que visa evidenciar determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa Os índices constituem a técnica de análise mais empregada Muitas vezes na prática confundese a análise de balanços com extração de índices A característica fundamental dos índices é fornecer visão ampla da situação econômica ou financeira da empresa Os índices servem de medidas dos diversos aspectos dos diversos aspectos econômicos e financeiros das empresas Outros fatores como prestígio da empresa junto ao governo relacionamento com o mercado financeiro e outros podem operar indefinidamente mesmo que mantenha sempre elevado o endividamento O índice financeiro porém é um alerta O importante não é o cálculo de grande numero de índices mas o conjunto de grau de índices mas de um conjunto de índices que permita demonstrar a situação da empresa segundo o grau de profundidade desejada da análise Como já vimos anteriormente o grau de profundidade da análise varia de cada usuário O fornecedor pode querer apenas informações sobre a empresa a respeito da liquidez e de sua rentabilidade e caso deseje uma fusão por exemplo deverá realizar uma avaliação muito profunda da empresa a ser fundida Portanto a quantidade de índices deve ser utilizada na análise dependendo da profundidade da análise 10 3 Aspectos da Empresa Revelado pelo Índice Podemos dividir a análise das demonstrações financeiras em análise da situação financeira e análise da situação econômica Inicialmente analisase a situação financeira separadamente da situação econ9omica no momento seguinte juntamse as conclusões dessas duas análises Assim os índices são divididos em índices que evidenciam aspectos da situação financeira e índices que evidenciam aspectos da situação financeira por sua vez são divididos em índices de estrutura de capital e índices de liquidez conforme o esquema seguinte ESTRUTURA Situação financeira LIQUIDEZ Situação Econômica RENTABILIDADE 10 4 Principais Índices Embora na aplicação prática dos índices de que se valem existem alguns pontos em comum quanto aos principais índices de que se valem existem algumas diferenças em suas analises Certos índices como participação de capital de terceiros liquidez corrente e rentabilidade do patrimônio liquido são usados praticamente todos os analistas Outros porém como composição do endividamento liquidez seca rentabilidade do ativo margem liquida de lucro nem sempre fazem partes dos modelos de análise Cada analista apresenta um conjunto de índices que de alguma forma difere dos demais Mesmo com relação aos índices que constam de praticamente todas as analises sempre há algumas diferenças de fórmulas onde há analistas que consideram o patrimônio liquido inicial e outros sobre o patrimônio liquido final Quanto ao cálculo da participação de capitais de terceiros ou endividamento também existem formulas diferentes Há aqueles que calculam esse índice com relação ao total do passivo da empresa e outros que calculam em relação ao patrimônio liquido DESCRIÇÃO DETALHADA DOS INDICES ESTRUTURA DE CAPITAIS ENDIVIDAMENTO Os índices desse grupo mostram as grandes linhas de decisões financeiras em termos de obtenção e aplicação de recursos I PARTICIPAÇÃO NO CAPITAL DE TERCEIROS Formula Capital de Terceiros Patrimonio Liquido Indica indica quanto a empresa tomou de capital de terceiros para cada 100 de capital próprio investido Interpretação Quanto Menor melhor Vejamos abaixo o exemplo 200x2 200x3 APLICAÇÃO DE RECURSOS CIRCULANTE 28420000 35153400 DISPONIBILIDADE 20208000 21219200 Caixa 2252000 3365400 Banco 17956000 17853800 DIREITOS A RECEBER 6148000 9767000 Duplicatas a Receber 3348000 4015400 Cheques a receber 2800000 5751600 Adiantamento Empreg ESTOQUE 2064000 4167200 Estoque 2064000 4167200 NÃO CIRCULANTE 11528000 14791900 Direitos Realiz LP 2000000 2400000 Titulos a Receber 2000000 2270000 IMOBILIZADO 9528000 12391900 Veículos 3000000 5150000 Imóveis 4224000 4350700 Moveis e Utensílios 864000 1107200 Computador 240000 472000 Maquinas e Equipam 1200000 1312000 TOTAL DO ATIVO 39948000 49945300 ORIGEM DE RECURSOS CAPITAL DE TERCEIROS PASSIVO CIRCULANTE 18503280 26893100 Fornecedores 5688000 7972400 Salarios a pagar 2060000 3163000 Alugueis a pagar 772000 310600 COFINS a recolher 380000 2399000 PIS a recolher 256000 368800 ICMS a recolher 2616000 4746800 Emprestimos a pagar 4051280 4618500 Duplicatas a pagar 2680000 3314000 CAPITAL PROPRIO PATRIMONIO LIQUIDO 21444720 23052200 Capital Integralizado 16000000 16800000 Reserva de Capital 8240000 9228800 prejuizo Acumulado 2795280 2976600 TOTAL DO PASSIVO 39948000 49945300 Se realizarmos o cálculo da participação do capital de terceiros encontraremos o seguinte coeficiente 20x1 Indica que a empresa possui R 8600 para cada R 10000 de dividas 20x2 Indica que a empresa possui R 11600 para cada R 10000 de dívidas Assim podemos ver qual a proporção do capital de terceiros e patrimônio liquido utilizado pela empresa O índice de participação de capitais de terceiros relaciona portanto as duas grandes fontes de recursos da empresa ou seja capitais próprios e capitais de terceiros É um indicador de risco ou de dependência a capitais de terceiros por parte da empresa Também pode ser chamado de índice de grau de endividamento Do ponto de vista financeiro quanto maior a relação de capitais de terceirospatrimônio liquido menor a liberdade de decisões financeiras da empresa ou maior a dependência a esses terceiros É desse ângulo que se interpreta o índice de participação de capitais de terceiros Do ponto de vista de obtenção de lucro pode ser vantajosa para a empresa trabalhar com capitais de terceiros se a remuneração paga a esses capitais de terceiros for menor do que o lucro conseguido com a sua aplicação nos negócios Portanto sempre que se aborda o índice de participação do capital de terceiros está se fazendo a análise exclusivamente do ponto de vista financeiro e não do ponto de vista do lucro ou prejuízo A comparação com padrões permite saber se o nível de endividamento da empresa esta dentro ou fora de certos padrões de normalidade obtido através da tabulação dos balanços de outras empresas do mesmo ramo Se a empresa estiver fora da normalidade deverá ser observada com maior atenção a real causa do desequilíbrio Por outro lado entendemos que as empresas não podem se espelhar em outras na resolução dos seus problemas haja vista que cada uma possui uma particularidade que tornaa impar em relação as outras ou seja é como se fosse um remédio que curasse algo pode servir em um individuo mas em outro pode não ter a mesma eficácia Assim as empresas tem a sua forma de organização e seu crescimento dependerá da sua adaptação a sua sobrevivência Nos cálculos realizados identificamos que a empresa conseguiu melhorar de um período para o outro No entanto depararemos com a situação da empresa em situação de prejuízo podendo estar em via de falência A falência nada mais é do que a incapacidade de pagar suas dividas onde empresas que possuem baixo nível de endividamento venham a sofrer processo de falência Por outro lado a falência nunca se deve ao endividamento Algumas variáveis importantes na definição da capacidade de endividamento são Geração de Recursos uma empresa capaz de gerar recursos para amortizar as dividas tem mais capacidade de endividarse Este é o primeiro fator Mostrase que uma empresa mais endividada pode representar risco menor que outra menos endividada se tiver maior capacidade de amortizar dívidas Liquidez Se uma empresa toma recursos investeo em seu giro comercial e dispões de um bom capital próprio investido no Ativo Circulante então o efeito negativo sobre a liquidez será muito menor que no caso da empresa que imobiliza todos os recursos próprios e mais parte dos capitais de terceiros Neste caso a liquidez tende a ser afetada e consequentemente aumenta o risco de insolvência Renovação Se uma empresa consegue renovar as dividas vencidas não terá problema de insolvências Assim a empresa recorre a capital de terceiros e faz isso por insuficiência de fundos de capital próprio e assim o capital de terceiros passa a financiar o seu ativo e para regularizar deverá reduzir seu ativo II COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO PCCT 100 Fórmula Passivo Circulante X 100 Capital de Terceiros Indica qual o percentual de obrigações de curto prazo em relação as obrigações totais Interpretação quanto menor melhor Para dar seguimento para conhecimento do grau de participação do capital de terceiros é saber qual a composição dessas dividas Uma coisa é ter dividas de curto prazo que precisam ser pagas com os recursos possuídos hoje mais aqueles gerados a curto prazo outra coisa é ter dividas a longo prazo pois a empresa dispõe de tempo para gerar recursos para pagar as dividas III IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMONIO LIQUIDO APPL 100 Fórmula AP x 100 PL Indica quanto a empresa aplicou no Ativo Permanente para cada R 100 de PL Interpretação quanto menor melhor Vejamos outro exemplo X1 X2 Imobilizado 765698 1714879 PL 1070861 1407125 71 121 Este índice mostram que em X1 a empresa investiu no imobilizado a importância de 71 do PL em X2 esse percentual subiu para 121 Vejamos o gráfico abaixo 19x1 Passivo Circulante Ativo Circulante PELP Capital Circulante Proprio 100 Permanente PL 71 O indice de imobilização do patrimônio liquido mostra que 71 do PL foram investidos no Ativo permanente Os restantes 29 estão aplicados no ativo circulante Essa parcela corresponde ao chamado Capital Circulante Próprio Assim podemos deduzir CCP PL AP Lembrese que com as mudanças ocorridas no cenário contábil anteriormente o AP era composto do investimento imobilizado diferido atualmente possui o grupo não circulante que compõe ARLP investimento imobilizado e intangível Portanto concluímos que a nova fórmula passa a ser CCP PL Ñ CIRCULANTE ARLP ASSIM o CCP é a parcela do PL investida no Ativo Circulante Quanto menos a empresa investir no CCP menos sobrarão recursos para aplicação no ativo circulante que consequentemente acarretará em dependência de capital de terceiros 19x2 Passivo Circulante Ativo Circulante PELP Fontes de Financiamento Insuficiência de PL ou CCP negativo 100 Permanente PL 121 O índice de imobilização em 19x2 é de 121 Isto significa que para cada R 100 existentes de patrimônio liquido a empresa aplicou R 121 no Permanente ou seja imobilizou o patrimônio liquido mais recursos de terceiros equivalentes a 21 do PL Nesse exemplo o ativo circulante é totalmente financiado por capital de terceiros os quais ainda financiam parte do não circulante Assim a empresa esta nas mãos de terceiros IV IMOBILIZAÇÃO DOS RECURSOS NÃO CORRENTES AP X 100 PLPL Fórmula AP X 100 PLPL Indica que o percentual de recursos não correntes a empresa aplicou no ativo permanente Interpretação quanto menor melhor 20x1 20x2 Imobilização 765698 1714879 Exigível a LP 314360 1170788 Patrimônio Liquido 1070861 1407185 RECURSOS Ñ CORRENTES 1385221 2577973 Índice de Imobilização 55 66 Estes índices mostram que a empresa destinou ao ativo permanente O elemento do ativo permanente tem vida útil de 2510 ou 50 anos Assim não é necessário financiar todo o seu ativo imobilizado É perfeitamente possível utilizar os recursos de longo prazo desde que o seja suficiente para a empresa gerar recursos capazes de resgatar às dividas de longo prazo Daí a lógica de comparar as aplicações fixas com os recursos não correntes A parcela de recursos não correntes destinada ao ativo circulante é denominada CCL capital Circulante Liquido A empresa destinou 55 dos recursos não corrente para o Ativo Permanente Logo 45 dos recursos não correntes foram para o Ativo Circulante parcela está denominada de Capital Circulante Liquido CCL O CCL representa a folga financeira a curto prazo ou seja financiamentos de que a empresa dispões para o seu giro e que não serão cobrados a curto prazo O CCL é formado por duas parcelas Capital Circulante Próprio e o Exigível a Longo Prazo CCL PL ELP AP CCL PL AP ELP CCP CCL CCP ELP CCL Capital Circulante Liquido CCP Capital Circulante Próprio PL Patrimônio Liquido ELP Exigível a Longo Prazo AP Ativo Permanente Lembrese que o AP que anteriormente era composto de investimento imobilizado e diferido Atualmente com a mudança para apenas dois grupos circulante e não circulante o antigo AP passou a ser não circulante menos ARLP Assim a nossa formula passou a ser CCLPLñ circulanteARLP ELP LIQUIDEZ Os índices desse grupo mostram a base da situação financeira da empresa Muitas pessoas confundem índices de liquidez com índices de capacidade de pagamento Os índices de liquidez não correspondem a fluxo de caixa que comparam as entradas e saídas de recursos São os índices que apartir do controle dos ativos circulantes com as dividas procuraram medir a solidez e a base financeira da empresa 1 LIQUIDEZ GERAL ACARLP PCELP Indica quanto a empresa possui no ativo circulante e realizável a longo prazo para cada 100 de divida total Interpretação Total quanto maior melhor O índice de imobilização do PL em análise no item anterior demonstrava qual o percentual do PL que estava imobilizado e completarmente qual o percentual fora investido no giro dos negócios Foi visto que em 19x1 apresentava 71 do PL foram imobilizados e 29 foram investidos no AC Queremos saber agora se se esses 29 são ou não suficientes para proporcionar boa base financeira para a empresa 200x1 200x2 Ativo Circulante 1960480 2269171 Passivo circulante 1340957 1406077 Exigivel a Longo Prazo 314360 1170788 Liquidez Geral 118 088 O índice de liquidez geral de 19x1 era 118 que indicava que para cada 100 de divida indicava a existência de 18 centavos de folga Essa margem de 18 é graças ao capital circulante liquido capital de terceiros ativo passivo ou circulante circulante exigivel total CCL PL O gráfico fica assim I Os recursos do passivo circulante foram investidos no ativo circulante II O ativo circulante é maior que a soma do passivo mais exigível a longo prazo III O excesso do circulante hachurado provém do PL e é o capital circulante liquido que representa os 18 restante O índice de 118 significa que a empresa poderia pagar suas dividas totais mesmo aquelas de longo prazo com recursos que possui hoje no ativo circulante e ainda haveria uma sobra de 18 Esta sobra representa uma reserva ou margem de segurança Concluise que a empresa possui uma situação financeira satisfatória 2 LIQUIDEZ CORRENTE AC PC Indica quanto a empresa possui no ativo circulante e realizável a longo prazo para cada 100 de divida total Interpretação Total quanto maior melhor VEJAMOS O EXEMPLO 19x1 19x2 Ativo circulante 1960480 2269171 Passivo circulante 1340957 1406077 Liquidez corrente 146 161 3 LIQUIDEZ IMEDIATA DisponibilidadeAplicações FinanceirasClientes Passivo Circulante Indica quanto a empresa possui no ativo liquido para cada R 100 de passivo circulante a curto prazo Interpretação Total quanto maior melhor Este índice é um teste de força aplicado a empresa visa medir o grau de excelência da sua situação financeira De um lado abaixo de certos limites poderá indicar alguma dificuldade de liquidez mas tal conclusão não poderá ser mantida quando o índice de liquidez corrente for satisfatório Liquidez Liquidez Corrente Liquidez Seca Nivel Alta Baixa ALTA Situação financeira boa situação financeira em principio instatisfatoria mas atenuada pela boa liquidez seca Em certos casos pode até ser considerada razoável BAIXA Situação financeira em principio satisfatoria A baixa liqudiez seca não indica necessariamente compromentimento da situação financeira Em certos casos pode ser sintoma de excessivos estoques encalhados situação financeira insatisfatória RENTABILIDADE Quanto aos índices de rentabilidade veremos em um capitulo a parte e complementar a essa apostila haja vista a grande importância do envolvimento das contas de resultado DEMONST RESULTADO DO EXERCICIO Periodo 1 Receita Operacional Bruta 11 Venda de Mercadoria 12 Prestação de Serviços 13 Outras Receitas Operacionais 2 Deduções da Receita Bruta 21 Devolução de Produtos ou Mercadorias 22 Abatimentos Concedidos Incondicionalmente 23 Impostos sobre venda ICMSPISCOFINSISSETC 3 Receita Operacional Líquida 12 4 Custos Operacionais da Receita 41 Custo dos Produtos ou das Mercadoria Vendida 42 Custo dos Serviços Prestados 43 Outros Custos Operacionais 5 Resultado Operacional Bruto 6 Despesas Operacional 61 Despesas com vendas 62 Despesas Administrativas 63 Despesas Financeira Liquida Despesas Financeiras Receitas Financeiras 64 Outras a Especificar 7 Lucro prejuizo Operacional Liquido 56 8 Resultado Não Operacional 81 Receitas Não Operacionais 82 Despesas Não Operacionais 9 Resultado Liquido Antes IR 78 10 Provisão Para Imposto de Renda 11 Participação nos Lucros 910 111 Empregrados 112 Administradores 12 Resultado Operacional Líquido 1112 LucroPrejuízo Líquido do Exercício REFERÊNCIAS GITMAN Lawrence J Princípios de Administração Financeira 10 ed São Paulo Pearson 2004 MEGLIORINI Evandir Administração Financeira 1 Ed São Paulo Pearson Education 2012 Livro didático PADOVESE Clóvis Orçamento Empresarial 1 ed São Paulo Pearson Education 2012COMPLEMENTAR ATHAR Raimundo Aben Introdução à Contabilidade 1 ed São Paulo Prentice Hall 2005 MEGLIORINI Evandir Custos 1ª Ed São Paulo Pearson Education 2012 OLIVEIRA Pâmela REIS RonaraFRAGA Marinette YOSHYTAKE Mariano Um estudo sobre a necessidade de capital de giro nas micro e pequenas empresas Revista de Micro e Pequena Empresa v3 n2 Campo Limpo Paulista RMPE 2009 PANUCCI FILHO Laurindo CHEROBIN Ana Paula Perspectivas financeiras de uma empresa de pequeno porte no curto prazo um estudo de caso Revista de Micro e Pequena Empresa v1 n2 Campo Limpo Paulista RMPE 2011 SELEME Laila Finanças sem complicação 1 ed Curitiba IBPEX 2012