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AVALIAÇÃO FÍSICOFUNCIONAL DA FACE Para a realização segura do s peelings é importante que o profissional realize uma avaliação completa da face d o paciente e de suas condições clínicas gerais Os itens que compõem a avaliação facial são anamnese e exame físico 131 ANAMNESE Coleta do histórico relatado pelo paciente Uma anamnese detalhada é importante pela influência que o s hábitos diários e ante cedentes patológicos psicológicos e hereditários exercem sobre a instalação e evolução de diversas disfunções estéticas Pode ser estruturada em tópicos Identificação coleta de dados pessoais nome endereço telefone além de idade sexo raça e profissão Assinalar o diagnóstico clínico caso haja e a queixa principal do cliente História clínica coleta do histórico geral do cliente Questionar sobre Presença de patologias endócrino metabólicas ou cardíacas diabetes hipertensão arterial neoplasias hipertireoidismo asma brônquica alterações renais hemofilia marcapasso Presença de ecmoses ou outras afecções cutâneas Alergia a algum componente de uso sistêmico ou tópico Uso de medicamentos Presença d e queloides ou distúrbios de cicatrização Hábito s de consumo bebidas cigarro Sintomas de stress e ansiedade Qualidade do sono ruim regular ou boa Prática regular de atividade física Quantidade de líquidos ingerida diariamente Realização de dieta alimentar restritiva Uso de hormônios ou contraceptivos orais Questionar se a paciente está gestante Histórico de cuidados gerais com a face questionar o paciente a respeito dos hábitos de cuidados gerais com a pele Tipo de produtos que utiliza para limpeza higienização tonificação e hidratação da pele Número de vezes que higieniza a pele por dia Uso de filtro solar Uso regular de maquiagem Realização de limpeza de pele profissional Tratamentos estéticos anteriores na face tipo duração objetivos resultados é importante questionar o paciente em relação às suas experiências anteriores e expectativas para que todas as dúvidas sejam sanadas Questionar a respeito da realização anterior de peelings faciais implantes de gordura aplicação de toxina botulínica e cirurgias plásticas anteriores Tratamentos clareadores anteriores Questionar a respeito do uso de cosmecêuticos clareadores ou despigmentantes com acompanhamento médico e qual o período de uso tratamentos anteriores com laser luz intensa pulsada peelings químicos ou físicos Questionar se o paciente utiliza produtos para manutenção domiciliar do clareamento vitamina C clareador de uso diurno ou noturno entre outros 132 EXAME FÍSICO DA FACE O exame físico da pele da face é dividido em inspeção palpação e classificação da pele tipologiafototipofotoenvelhecimento Para o exame físico a iluminação deve ser boa dandose preferência para a luz do d ia Existem instrumentos que facilitam o exame físico Os principais instrumentos para o exame físico são Lupa instrumento indispensável que proporciona aumento do campo de trabalho de 5 x em média Possibilita a inspeção de detalhes Pode ser acoplada em pedestais ou em óculos especiais Lâmpada de Wood Recurso utilizado na dermatologia e na estética como método não invasivo para diagnóstico das discromias da pele Não representa um método 100 confiável no entanto ajuda na definição da lesão Pode se por meio do diagnóstico com a lâmpada determinar se uma alteração de hiperpigmentação encontrase em nível epidérmico ou dérmico A lesão epidérmica ao exame da luz de Wood apresenta se mais escura enegrecida as manchas de nível dérmico são mais azulada s permanecendo sem alteração ao exame com a luz de Wood A utilização da lâmpada ajuda a definir a extensão o grau e a localização da lesão pigmentar de modo rápido e prático Para um bom diagnóstico o exame deve ser realizado em local escuro pois a fluorescência só pode ser verificada desse modo A sua utilização não deve ultrapassar 3 a 4 minutos e os olhos do cliente devem estar protegidos Dermatoscópio microscópio de superfície visualização precisa de pigmentação e diferenciação de lesões benignas prémalignas e malignas Fotografia registram o momento d a pele e possibilitam análise posterior Liposcopia inspeção com papel de seda mataborrão o papel fica impresso pelo excesso de gordura A liposcopia é uma forma de avaliar a p ele oleosa ou regiões de oleosidade 1321 Inspeção Observar o aspecto geral da pele Verificar se há a presença de acne ou rosácea e em que grau Verificar a presença de rugas estáticas ou dinâmicas Verificar a presença de ptose tissular Verificar a presença de poiquilodermia atrofiavasoshiperpigmentação Verificar a presença de manchas pigmentares relacionadas à melanina Verificar a presença de manchas causadas por alterações vasculares Verificar a presença de formações sólidas nódulos pápulas comedões miliuns ou verrugas Verificar a presença de formações líquidas b olhas pústulas vesículas Verificar a presença de lesões de pele crostas descamações fissuras 1322 Palpação Tônus e Temperatura da pele Espessura da pele espessa fina e muito fina 1323 Classificação quanto à tipologia da pele Pele normal endérmicaeudérmica Considerada a pele ideal pele de pêssego Pele com superfície lisa e flexível equilíbrio hídrico e lipídico teor de hidratação e nutrição equilibradas cor rosada e luminosa não brilhosa Geralmente é uma condição genética À lupa apresenta textura e granulação finas sem b rilho nem pontos negros poros e folículos normais Orifícios pilossebáceos pouco visíveis Sem descamação excessiva Ao toque apresentase macia suave elástica Pele seca alípica Facilmente irritável e sensível Fina adelgaçada opaca esbranquiçada seca Espessura epidérmica diminuída e manto hidrolipídico escasso Orifícios pilossebáceos e poros invisíveis Envelhecimento precoce Predisposição à irritações telangiectasias eritemas hipercromias desidratação É mais vulnerável ao frio vento e calor À lupa apresenta aspecto farinhoso Não há dilatação de poros e os comedões são raros Ao toque apresenta sensação de sequidão e fina rugosidade Falta de oleosidade Pouco elástica e muito fina Espessura diminuída com prega cutânea fina Pele oleosa lipídica Secreções sebáceas e sudoríparas a umentadas Maior espessura epidérmica e textura granulosa Orifícios polissebáceos dilatados e manto hidrolipídico abundante Superfície untuosa e úmida aspecto brilhante Apresenta comedões e transpiração abundante Presença de lesões ou cicatrizes acneicas Resiste melhor ao envelhecimento e suporta melhor às variações climáticas Bronzeia mais facilmente e não retém bem a maquiagem À lupa apresenta aspecto lustroso e brilhante orifícios dilatados comedões Aspecto casca de laranja Ao toque apresentase engordurada Pele grossa e irregular Pele mista Tipo de pele mais frequente entre indivíduos que residem em clima tropical Na zona T testa nariz e queixo apresenta se brilhosa com características da pele oleosa e nas laterais tende à normalidade Pele sensível A pele sensível não é um tipo em si mas uma condição que pode acometer pessoas de peles normais mistas oleosas o u seca s Portanto pele sensível é assim considerada porque responde de forma exagerada ao mínimo contato com produtos tópicos 1324 Classificação quanto ao fototipo cutâneo No ano de 1975 um médico americano chamado Fitzpatrick da Escola de Medicina de Harvard criou uma classificação para o s tipos de pele baseada na cor da pele e na reação a exposição solar Segundo essa tabela a pele pode ser classificada em VI tipos sendo I o de pele mais clara e VI o de pele m ais escura FIGURA 48 Fototipo I indivíduo com pele extremamente branca e olhos azuis muito sensível ao sol queimase com facilidade e nunca se bronzeia Fototipo II indivíduo com pele branca e olho s claros ou castanhos claros sensível ao sol queima se com facilidade e se bronzeia muito pouco Fototipo III indivíduo com pele morena clara sensível normal ao sol queimase e se bronzeia moderadamente Fototipo IV indivíduo com pele morena moderada com sensibilidade normal ao sol queimase pouco e se bronzeia com facilidade Fototipo V indivíduo com pele morena escura pouco sensível ao sol queimase raramente e se bronzeia bastante Fototipo VI indivíduo com pele negra insensível ao sol nunca se queima por ser totalmente pigmentada Essa classificação auxilia na determinação dos níveis de risco de discromias associadas aos peelings Como regra geral o s tipos de pele I a III quase nunca desenvolvem hiperpigmentação pós inflamatória sendo excelentes candidatos aos peelings As peles tipos IV a VI têm possibilidades maiores de desenvolver hiperpigmentação pósinflamatória a pós os peelings necessitando de maiores cuidados QUADRO 8 1325 Classificação quanto ao fotoenvelhecimento cutâneo Glogau A classificação quanto ao fotoenvelhecimento foi desenvolvida por Glogau e se constitui como um dos principais critérios para escolha da profundidade dos peelings Quanto mais avançado o índice Glogau do indivíduo m ais profundo deve ser o nível do peeling para minimizar os efeitos dos sinais do envelhecimento De acordo com a classificação de Glogau a pele pode ser agrupada em IV graus de acordo com os sinais que apresenta Grau I envelhecimento suave Discretas alterações pigmentares e poucas rugas poucas sequelas de acne Uma maquiagem leve faz com que os sinais desapareçam Grau II envelhecimento moderado Manchas senis precoce s ceratoses palpáveis linha nasolabial evidenciando se discreta s lesões de acne Necessita de maior quantidade de base para cobrir as m arcas do envelhecimento Grau III envelhecimento avançado Fotoenvelhecimento avançado discromia obvia rugas sem movimento cicatrizes acneicas Grau IV envelhecimento grave Fotoenvelhecimento grave pele cinzenta lesões malignas rugas disseminadas cicatrizes acneicas A maquiagem provoca rachaduras O quadro 9 resume as principais características dos tipos de pele de Glogau REFERENCIAS BORGES F Dermatofuncional modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas São Paulo Phorte 2006 CASSAR MP Manual de massagem terapêutica São Paulo Editora Manole 2001 GUEDES Dartagnan Pinto Controle de peso corporal 2 ed Rio de Janeiro Editora Shade 2003 GUIRRO E GUIRRO R Fisioterapia dermatofuncional fundamentos recursos e patologias 3 ed São Paulo Manole 2004 GOMES R K DAMAZIO M G Cosmetologia descomplicando os princípios ativos 4 ed São Paulo Livraria Paulista 2013 KEDE M SABATOVICH O Dermatologia estética 2 ed São Paulo Atheneu 2004 2012 PEREIRA M F Cosmetologia São Caetano do Sul Editora Difusão 2013 PEREZ E VASCONCELOS M OLIVEIRA P Técnico em massoterapia São Paulo Saraiva 2015 SOUZA V M Ativos dermatológicos dermocosméticos e nutracêuticos v 18 São Paulo Pharmabooks Editora 2013 ZUARDI Antonio Waldo Fisiologia do estresse e sua influência na saúde Disponível em httprnpfmrpuspbrpsicmeddocFisiologia20do20estressepdf Acesso em 31 maio 2012 WOLFF K K et al Tratado de dermatologia 7 ed Rio de Janeiro Revinter 2011