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Anatomia Veterinária

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65. RINS, URETERES E GLANDULA ADRENAL 65.1 Rins. Os rins são órgãos pares, situados sob as vértebras lombares. Nos pequenos ruminantes, eles têm forma de grão de feijão, apresen­tando superfície lisa. Nos bovinos, os rins são alongados e sua superfície é marcada por sulcos, que delimitam os lobos renais. O rim direito situa-se em posição mais cranial que o esquerdo, es­tando ao nível da ùltima costela e dos processos transversos das duas primeiras vértebras lombares. O rim esquerdo situa-se ao ní­vel da 3.a ou 4a. vértebras lombares e apresenta-se deslocado pa­ra o plano mediano, podendo ultrapassá-lo à direita, devido à pressão exercida pelo rúmen. Os rins encontram-se envolvidos por uma cápsula fibrosa e, externamente a esta, desenvolve-se uma ca­mada de tecido adiposo, a cápsula adiposa, que auxilia na manu­tenção de sua posição mais ou menos fixa. Cada rim apresenta extremidades cranial e caudal, faces dorsal e ventral e borda lateral e medial. Na borda medial si­tua-se uma reentrância, o hilo renal. Pelo hilo penetram os ra­mos da artéria renal e os nervos do plexo renal, e saem a veia renal, linfáticos e o ureter. Nos bovinos, o hilo do rim esquer­do está voltado um pouco dorsalmente. O rim direito é um órgão retroperitoneal, estando re­vestido de peritônio apenas em sua face ventral. Ele está parc ialmente encaixado na impressão renal do fígado; sua face dorsal relaciona-se com os músculos sublombares, a face ventral com alças intestinais, a borda medial com a veia cava caudal e sua ex­tremidade cranial está em contacto com a glândula adrenal direi­ta. O rim esquerdo relaciona-se lateralmente com o rúmen; dorsalmente com a artéria aorta e a veia cava caudal e medialmente com alças intestinais; a glândula adrenal esquerda encontra-se um po­co adiante da extremidade cranial deste rim. Estrutura macroscópica interna do rim: O estudo macroscópico de um corte do rim de pequeno ru Na parte central que ele é formado por uma parte periférica, o córtex renal, coberta por uma delgada e resistente cápsula fi­brosa e uma parte central, a medula renal. No córtex encon­tra-se os glomérulos renais e parte dos túbulos renais; a medu­la contém principalmente túbulos coletores. Estas estruturas de­vem ser observadas no microscópio, na histologia. As pirâmí­deas renais encontradas bem individualizadas em outros ruminan­tes domésticos, apresentam-se fundidas em pequenos ruminantes; a medula constitui praticamente uma grande pirâmide, cujo ápice forma na superfície do rim, o que se denomina crista renal. Os ori­fícios da crista renal apresentam-se perfurados pelos orifícios são ôstios de numerosos túbulos coletores que aí terminam esteroos são difíceis de serem identificados macroscópicamente. O exame macroscópico de um corte longitudinal do rim de bovino mostra cada lobo renal bastante individualizado e constituído de córtex e medula. A medula forma, em cada lobo, uma pirâmide, cujo ápice arredondado constitui a papila re­nal, na qual desembocam os túbulos coletores. Cada papila es­tá em relação com um cálice renal menor. Nos pequenos ruminantes, a pelve renal é a extremidade proximal, dilatada, do ureter, e que abraça a crista renal. A pelve está contida em uma cavidade, o seio renal, que é a con­tinuação do hilo renal no interior do rim. O seio renal está normalmente preenchido por tecido adiposo, o qual envolve a pelve renal. O termo grego "pielos" significa bacia e refere­-se à pelve renal, daí a origem de certos termos, como pieli­te, que é inflamação da pelve. Nos bovinos, a extremidade do ureter contida no seio renal apresenta acentuadas diferenças morfológicas em relação aos pequenos ruminantes. Assim, esta extremidade não é dilata­da e, portanto, não há formação da pelve renal. Em seu lugar aparecem duas estruturas tubulares membranáceas, que percorri­dem o rim no sentido das extremidades para o hilo, onde se re­unem para formar o ureter. Estes tubos membranáceos consti­tuem os cálices renais maiores. Nos cálices renais maioíes de sembocam, em conjunto ou separadamente, os cálices renais me­nores, estruturas membranáceas afuniladas, nas quais as papi­las renais se apoiam. Tanto os cálices maiores como os cáli­ces menores estão imersos no tecido adiposo que preenche o seio renal. 65.2 Ureteres Os ureteros são tubos musculomembranáceos, de comprimento va­riável nos ruminantes domésticos, que unem cada rim à bexiga urinária. Cada ureter apresenta uma parte abdominal e uma par­te pélvica. Eles dirigem-se caudalmente, ao longo da região sublombar. Mantêm-se fixos por uma prega de peritônio, que é comum à artéria testicular no macho e à artéria ovárica na fêmea. A parte pélvica do ureter será vista quando se estuda­rem os órgãos da cavidade pélvica. 65.3 Glândulas Adrenais São glândulas endócrinas pares, situadas na cavidade abdomi­nal, próximas aos rins. A glândula adrenal direita tem forma aproximadamente triangular, com a base apoiada na veia cava caudal, situando­-se entre esta e o polo cranial do rim direito. A glândula a­drenal esquerda situa-se ao longo da face ventral da aórta abdominal, entre o rim esquerdo e o tronco celíaco mesentérico. A glândula adrenal direita e sua forma é alongada e é maior que a direita. As glândulas adrenal s são constituídas por córtex e medula. O córtex é mais claro e envolve a medula, que tem coloração mais escura. As glândulas adrenais são irrigadas por ramos das arté­rias frênica caudal, celíaca e renal. A medula adrenal recebe fibras pré-ganglionares do tronco simpático.