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5\n\nAspectos climato botânicos\n\nConexão de conhecimentos\n\nA mercantilização da natureza\n\nMuitas pessoas poderiam se surpreender com a hipótese de vivermos em uma realidade em que os atributos da natureza pudessem ser comercializados. Contudo, isso é uma prática que ocorre cotidianamente, sobretudo nos centros urbanos de todo o planeta.\n\nO ar, os árvores e os bosques, os rios e os lagos, a posição de terreno elevado e até mesmo a proximidade de espaços são avaliados e contabilizados como fatores do processo de valorização imobiliária. Em termos práticos, a natureza é mercantilizada.\n\nAté a década de 1980, a região do Mossunguê era uma área pouco habitada, localizada entre a Cidade Industrial de Curitiba (CIC) e o centro da capital do Paraná.\n\nNa época, o zoneamento da cidade previa que locais seriam vendidos lotes pequenos e excessivos para as famílias de trabalhadores da CIC, bem como para o surgimento de uma pequena área comercial.\n\nO bairro seria interligado por meio de avenidas tanto às regiões centrais como às oportunidades de trabalho industrial.\n\nNão obstante, a existencia de bens atributos paisagísticos no local chamou muito a atenção de empresas imobiliárias. Desde então, as ideias de planejamento urbano foram alteradas para que nele fossem desenvolvidas grandes lotes para a construção de empreendimentos verticais de elevado padrão. Para o comércio foram destinados espaços mais reduzidos, localizados nas extremidades do bairro.\n\nFoi assim que surgiu o que é hoje o bairro Ecoville, que tem um dos preços por metros quadrados mais elevados da região metropolitana de Curitiba e também do Brasil.\n\nEmbora os moradores do bairro disponham de uma paisagem agradável, diversos arquitetos e urbanistas questionam outros aspectos, como a baixa frequência de pedestres nas ruas.\n\nEsses moradores pouco frequentam as calçadas, já que seus carros são o meio principal de locomoção entre casa e trabalho. Para isso também contribui a pequena oferta de atividades comerciais no local. De certo modo, a população local vivencia mais as suas residências individuais e seus próprios condimentos do que o próprio ambiente em si. Ecoville se localiza nas proximidades do Parque Biriguí, uma extensa área verde de 1.400.000 km². O entorno do parque é rodeado por moradias de alto padrão.\n\nVista aérea do Parque Barigui, a partir do bairro Santo Inácio, em Curitiba (PR). Na parte inferior da imagem pode-se observar casas de alto padrão, enquanto ao fundo, vê-se o Bigorilho, um bairro sobre verticalizado.\n\nÁrea de lazer e de descanso no Parque Barigui, em Curitiba (PR), 2014.\n\nA disneificação da natureza\n\nSegundo o geógrafo David Harvey, a \"disneyficação\" da natureza ocorre quando ela é vista de forma romantizada, idealizada e, concomitantemente, como objeto de consumo. Em grupos de três componentes:\n\na) Apresente os traços da \"disneificação\" da natureza no caso do bairro Ecoville.\n\nb) Em seu bairro há locais com vegetação preservada? Descreva a situação.\n\nc) Destaque aspectos positivos na criação ou na manutenção de espaços naturais nos bairros.\n\nDavid Harvey é um geógrafo britânico de orientação marxista. Ganhador do prêmio Vautrin Lud, considerado o Nobel da Geografia, tem importantes trabalhos ligados a Geografia humana contemporânea, passando também pelos estudos de Geografia urbana. TEMPO E CLIMA\n\nAlguma vez, ao sair de casa, você já se preocupou com o estado do tempo? Dependendo das condições que a atmosfera apresenta, você poderá chegar molhado à escola, ou eventualmente poderá até sentir frio quando estiver em uma praia, por exemplo.\n\nNeste ponto, já temos uma definição, a de tempo, que corresponde às condições que a atmosfera apresenta em determinados momentos: temperatura, umidade e pressão.\n\nVista de Brasília (DF), com céu nublado, 2015.\n\nVista de Brasília (DF), céu com poucas nuvens, 2015.\n\nCom certeza você já foi pego desprevenido pelo tempo. Talvez você já tenha confiado em uma previsão favorável e chegado a outro lugar com o tempo nublado ou com muita chuva, estragando os seus planos. Se, em algum dia, você foi à praia e não encontrou o sol esperado, talvez isso tenha ocorrido pelo excesso de umidade.\n\nComo você pode ver, o tempo é assim mesmo: ele pode mudar a qualquer instante.\n\nAssim, quando nos referimos ao tempo, invocamos uma situação momentânea. Ele pode estar chuvoso, ensolarado, frio, muito quente.\n\nPor exemplo, ao telefonar para alguém, é comum que se perguntem coisas como: Choveu muito na semana passada? Como está o tempo hoje, dá para ir à praia?\n\nPortanto, o tempo corresponde às condições da atmosfera de um dado lugar em determinado momento.\n\nO CONCEITO DE CLIMA\n\nQuando usamos o termo clima, passamos a descrever uma situação com padrão definido que não se altera em um curto espaço de tempo. Exemplo: o clima ATIVIDADE\n\nObservação do tempo em imagens de satélite\n\n1ª etapa\nO professor dividirá a sala em grupos e designará uma região brasileira para cada grupo.\n\n2ª etapa\nAo longo de duas semanas pré-determinadas, integrantes do grupo acompanharão a previsão do tempo na região designada pelo site do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), no endereço eletrônico www.cptec.inpe.br, e conseguir uma imagem de satélite referente à previsão escolhida.\n\n3ª etapa\nApós as semanas de pesquisa, os grupos se reunirão em sala de aula para discutir as informações coletadas, produzindo uma análise que leve em conta a previsão se confirmou ou não de acordo com as imagens de satélite.\n\n4ª etapa\nCada grupo vai expor o que ocorreu com a sua região durante as semanas e ouvir os demais. Nessa etapa, os alunos devem expor as condições observadas e o problema para as pessoas de um determinado local.\n\nFatores climáticos\n\nVocê viu que o tempo atmosférico muda constantemente, pois os elementos que o compõem (temperatura, pressão, umidade) são muito dinâmicos.\n\nVocê também viu que o comportamento desses mesmos elementos do tempo, quando estudados em um longo período, mostram o que nós conhecemos por clima. Latitude\n\nUm dos fatores responsáveis pela variação climática mundial é a latitude, e isso se deve a forma esférica da Terra. Nas proximidades da linha do equador (baixas latitudes), a radiação solar incide diretamente, ocasionando climas mais quentes.\n\nDiferentemente, quanto mais próximos dos polos (altas latitudes), os raios solares atingem a Terra de forma mais obliqua (inclinada). Desse modo, quanto maior a latitude, menores são as temperaturas.\n\nE sempre lembrando que essa radiação solar, bem como o calor derivado dela, não se distribui uniformemente, pois existem as estações do ano. E o que explico isso são a inclinação do eixo da Terra e o movimento de translação.\n\nForam estabelecidas, então, a partir desses dados, as zonas climáticas. Algumas climas são diferentes devido a como essas zonas se polar: polar, temperado, tropical, equatorial. Em atenção, a latitude anula características de latitude, como em Quito, no Equador. Mesmo uma área perto do litoral, Quito possui temperaturas amenas por ser elevada altitude em que se encontra.\n\nInfluência da altitude sobre as temperaturas\n\nAltitude\n\nA altitude corresponde à distância vertical de uma localidade em relação ao nível do mar. A altitude é diferente da altura, sendo esta um valor fixo (por exemplo, uma pessoa tem 1,90 m, tanto no nível do mar como no topo do Himalaia), já a altitude é um valor variável, ou seja, depende da distância vertical em relação a um nível de base (que, neste caso, é o nível do mar).\n\nA influência da altitude sobre os climas está associada a menor pressão atmosférica nos pontos mais elevados. Quanto maior for a altitude, maior a pressão da atmosfera. Uma atmosfera com mais pressão é mais densa. E, por ser mais densa, a atmosfera em baixa altitude é capaz de reter mais calor.\n\nMaritimidade/continentalidade\n\nA água é um equilibrador de temperatura. Como menor mais baixa é a temperatura do ar, aquecer e também permanecer por calor, não. Planisfério: clima e correntes marítimas\n\nC. do Pacífico\n\nC. Norte-Equatorial\n\nC. Equatorial\n\nOCEANO PACÍFICO\n\nOCEANO ATLÂNTICO\n\nC. do Brasil\n\nC. Sul-Equatorial\n\nC. do Atlântico\n\nC. Antártica\n\nC. do Norte\n\nC. Antártica\n\nOCÉANO GIAN ANTÁRTICO\n\nClassificação de Köppen (dielopida)\n\nCorrentes quentes\tCorrentes frias\n\nEquatorial\tSemiárido\tTemperado\tDesértico\tMediterrâneo\tSubtropical\tPolar\n\nFonte: World maps of Köppen-Geiger climate classification. Disponível em: <http://koeppen-geiger.vu-wien.ac.at>. Acesso em: 25 fev. 2016.\n\nSAIBA MAIS\n\nCorrente do Golfo ou Gulf Stream\n\nEla se origina no golfo do México e se desloca pelo oceano Atlântico em direção à Europa. Por ser quente, influencia no clima por onde passa:\n\n• mantém as temperaturas mais elevadas;\n\n• não permite o congelamento dos portos da Noruega, fato que favorece a pesca no país;\n\n• cria a famosa neblina sobre a cidade de Londres (fog).\n\nMassas de ar\n\nA circulação geral da atmosfera corresponde aos movimentos em grande escala das massas de ar, através dos quais o calor (temperatura e umidade) é distribuído pela superfície do planeta.\n\nMassas de ar correspondem ao ar em movimento.\n\nSão porções da atmosfera que carregam consigo as características da sua área de origem. Elas podem ser quentes ou frias, úmidas ou secas.\n\nSeu deslocamento está vinculado às diferenças de pressão atmosférica no espaço terrestre. De modo geral, em regiões de alta latitude e alta pressão, originam-se as massas frias que se deslocam para a faixa equatorial, conhecida como Zona de Convergência Intertropical ou Doldrum. Circulação atmosférica\nCorrente do jato (jet stream)\nO movimento natural das frentes polares, ou jet stream, pode ser alterado pelas mudanças climáticas, afetando os padrões de temperatura e precipitação.\nNo equador, a radiação solar aquece o solo e os oceanos, fazendo a água evaporar. O ar quente sobe, levando vapor de água e criando típicas tempestades tropicais. À medida que a água se condensa na forma de chuva, libera energia na alta atmosfera, onde parte dessa energia escapa para o espaço. O ar mais seco a mais frio permanece e empurrado do equador para os trópicos de Câncer e Capricórnio, formando descargas. Os ventos alísios (trade winds) levam esse ar de volta para o equador. Existem células de circulação similares nas latitudes médias e nas regiões polares.\nUm exemplo de um sistema local de ventos de grande importância são as monções na Ásia. Monções significa “estações” e define as diferenças marcantes entre o verão e o inverno na região. Suas características estão associadas à circulação geral da atmosfera e também às diferenças de pressão entre o continente asiático e o oceano Índico. Durante o verão setentrional (maio a outubro), os ventos se deslocam do oceano Índico para o continente asiático, levando consigo muita umidade, que se precipita sob a forma de chuvas intensas sobre o Sudeste Asiático, especialmente na Índia, Bangladexe, Laos e Vietnã. As precipitações acumuladas no verão variam de 5.000 m a 1.000 mm, e como as respectivas ficam de zero metros de água acumulada em seis meses, esse não ele evaporasou se infiltra no solo. Entre novembro e março, os ventos mudam de direção e sopram do continente para o oceano Índico, sendo, portanto, secos. É o período de seca na região.\nÉ interessante observar que as monções de verão produzem severas inundações na região, nas sais de áreas, pois milhões de pessoas vivem do cultivo de arroz, que crescem em solos encharcados.\nDIVERSIDADE BIOLÓGICA\nA interação entre os climas, o relevo e o solo resulta em diferentes tipos de fauna e flora. Em regiões quentes e úmidas, a biodiversidade é muito maior se comparada às áreas frias e secas.\nBiodiversidade ou diversidade biológica\nSignifica a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, entre outros, os ecossistemas aquáticos; os componentes ecológicos desempenhados pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, habitats e ecossistemas formados pelos organismos. Biodiversidade refere-se tanto ao número (riqueza) de diferentes categorias biológicas quanto à abundância relativa (equivalidade) desses categorias; e inclui variabilidade ao nível local (alfa diversidade), complementariadade biológica entre habitats (beta diversidade) e variabilidade entre paisagens (gama diversidade). Biodiversidade incluye, assim, a BIOMAS\nOs biomas correspondem a unidades biogeográficas amplas, uma vez que as diversas comunidades que os formam tiveram uma história evolutiva comum. As unidades ecológicas mais ou menos semelhantes onde os ecossistemas encontram sua evolução máxima. Exemplos: florestas Tropical, Equatorial, Savanas, entre outros.\nOs ecossistemas, por outro lado, podem apresentar uma extensão geográfica menor, estando contidos nos biomas. O ecossistema corresponde, assim, ao espaço de convivências, trocas, disputas e associações entre plantas, animais e micro-organismos. Exemplos: uma bromélia; uma árvore de Floresta Tropical; o sistema de matas de várzeas na Floresta Amazônica.\nPara compreendermos melhor essa grande variedade de ecossistemas e biomas no mundo, precisamos nos lembrar que estão intrinsecamente ligados ao sucesso de ambientes. Vejam a seguir...\nOs organismos, ao se adaptam aos diferentes locais, criaram a biodiversidade ao nosso planeta. Planisfério: vegetações\n\nFonte: FERREIRA, G. M. L. Moderno atlas geográfico. 5. ed. São Paulo: Moderna, 2011.\n\nCLIMAS E VEGETAÇÕES DO MUNDO\n\nO clima exerce grande influência nas paisagens vegetais e na diversidade biológica do planeta. As suas características principais, como temperatura e precipitação, podem ser observadas em um gráfico denominando o climatograma. Observe a seguir o climatograma da cidade de Mumbai, na Índia, caracterizada pelo clima de monções.\n\nClimatograma: Mumbai, Índia\n\nCOMO SE LÊ UM CLIMOGRAMA?\n\nO eixo horizontal apresenta os meses do ano, de janeiro a dezembro. A linha, apresenta a média de temperatura, em graus Celsius (°C), e nas colunas, a medida de pluviosidade (chuva/neve) em milímetros (mm).\n\nA variação da temperatura é chamada de amplitude térmica. Em Mumbai, a temperatura varia muito pouco ao longo do ano, logo a amplitude térmica é baixa. Observa-se que as menores médias de temperatura ocorrem nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, correspondendo ao inverno setentrional.\n\nA precipitação, por sua vez, oscila muito, sendo que o verão apresenta médias elevadas, enquanto o inverno é bastante seco. No gráfico, essa variação pode ser observada pelas barras. O mês de julho é o mais chuvoso, ultrapassando 800 mm. Os meses de inverno, ao contrário, são muito secos, contabilizando médias mensais entre 0 e 1 milímetro.\n\nO aparelho que mede a precipitação é chamado de pluviômetro.