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Estratégia Concursos AULA 00 - O espaço brasileiro: climas, relevo, solos e hidrografia\nCaro aluno,\nÉ com imenso prazer que nos encontramos no ESTRATÉGIA CONCURSOS para esta jornada em busca de um excelente resultado na disciplina de GEOGRAFIA no CONCURSO DE ADMISSÃO AOS CURSOS DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS DO EXÉRCITO - ESCOLA DE SARGENTOS DAS ARMAS.\nEste curso será ministrado a quatro mãos, pela minha pessoa, professor Leandro Signori, e pelo professor Sérgio Henrique.\nSou Licenciado em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e – Bacharel em Geografia pelo UNICEUB, em Brasília. A oportunidade de exercer a docência e poder alcançar o conhecimento necessário para a aprovação aos meus alunos me inspira diariamente e me traz grande satisfação. Como professor em cursos preparatórios online e presencial, ministro as disciplinas de Atualidades, de Conhecimentos Gerais, de Realidade Brasileira e de Geografia.\nIngressei no serviço público muito cedo, com 21 anos, na Prefeitura de Porto Alegre. Posteriormente, segui a minha carreira de servidor público na Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN) e na Prefeitura de São Leopoldo. Por fim, fui servidor público federal, no Ministério da Integração Nacional, onde trabalhei com planejamento e desenvolvimento territorial e regional.\nQuem quiser também pode me seguir no Facebook curtindo a minha fan page. Nela divulgo gabaritos extrafolias de provas, publicações, compartilho notícias e informações importantes do mundo atual. Segue o link: https://www.facebook.com/leandrosignoriorialidades.\n- Sérgio Henrique, agora fale um pouco mais de você!\n- Olá, pessoal, sou Historiador, graduado na Universidade Estadual Paulista (UNESP) e Licenciado em Geografia também pela UNESP. Fui professor por oito anos na SEEMG e no Colégio Tiradentes da Polícia Militar de Minas Gerais. Atualmente, leciono na rede privada em cursos preparatórios de alto nível e na área de Ciências Humanas ainda, no Estratégia Concursos.\n- Pessoal, falei a nossa apresentações, agora vamos falar do curso.\nO curso será de teoria e exercícios comentados, em que vamos contemplar todos os conteúdos relacionados no Manual do Candidato. Ao todo, apresento nesta aula demonstrativa, com a seguinte estrutura: Geografia para a EsSA\nProf. Leandro Signori e Sérgio Henrique\nAula\tConteúdo Programático\n00\tO espaço brasileiro: climas, relevo, solos e hidrografia.\n01\tO espaço brasileiro: vegetação.\n02\tO território nacional: a construção do Estado e da Nação, a obra de fronteiras, fusos-horários e a federação brasileira.\n03\tModelo econômico brasileiro: o processo de industrialização e o espaço industrial.\n04\tModelo econômico brasileiro: a energia e o meio ambiente.\n05\tModelo econômico brasileiro: os complexos agroindustriais e os eixos de circulação e os custos de deslocamento. A população brasileira: a questão agrária.\n06\tA população brasileira: o espaço das cidades.\n07\tA população brasileira: a sociedade nacional e a nova dinâmica demográfica, os trabalhadores e o mercado de trabalho, pobreza e exclusão social.\n08\tPolíticas territoriais e regionais: a Amazônia, o Nordeste, o Mercosul e a América do Sul. Políticas territoriais: meio ambiente. Estamos aqui, neste curso, muito motivados, caminhando junto com vocês, procurando passar o melhor conhecimento para a sua aprendizagem e sempre à disposição no Fórum de Dúvidas.\nÓtimos estudos e fiquem com Deus!\nForte Abraço.\nProfessores Leandro Signori e Sérgio Henrique\n\n\"Tudo posso naquela que me fortalece.\"\n(Filipenses 4:13) Sumário\n\n1. Grandes domínios climáticos 05\n1.1 Fatores que influenciam o clima brasileiro 05\n1.2 Massas de ar dinamizam o clima brasileiro 10\n1.3 Principais tipos climáticos no Brasil 12\n2. Relevo 17\n2.1 Agentes internos e externos 17\n2.2 A classificação do relevo brasileiro 19\n2.3 Outras formas de relevo 23\n2.4 O relevo submarino 25\n2.5 Morfologia Litorânea 26\n3. Os solos 28\n3.1 Fatores de formação dos solos 31\n3.2 Conservação dos solos 32\n4. Voçorocas 37\n5. Movimentos de massa 37\n6. Hidrografia 38\n7. Águas subterrâneas 43\n8. Distribuição da água doce no Brasil 45\n9. Questões Comentadas 46\n7. Lista de Questões 64\n8. Gabarito 73 1. Grandes domínios climáticos\nAs paisagens naturais derivam da interação de inúmeros elementos, especialmente do relevo, da hidrografia, do clima e da vegetação, que, por sua vez, são determinados por fatores específicos e exclusivos de determinados lugares.\nAssim, para compreendermos os tipos climáticos brasileiros é necessário analisarmos os fatores que os influenciam.\nÉ o que vamos fazer agora. Vamos lá!\n\n1.1 Fatores que influenciam o clima brasileiro\nDiversos fatores – como a latitude, a continentalidade e a altitude – interferem nas dinâmicas climáticas, permitindo variações no clima tropical e a existência de diversos subtipos climáticos no território brasileiro.\nEm regiões de maior latitude, como no sul do país, têm-se o clima subtropical, enquanto nas menores latitudes predominam os climas quentes, como o equatorial e o semiárido.\nNo centro do país, onde não recebe efeitos da maritimidade, predomina o clima tropical continental. No entanto, em grande parte das regiões central e norte, a circulação de massas de ar equatorial continental durante o verão, associada à umidade da floresta amazônica e aquela proveniente do Oceano Atlântico norte, provoca chuvas e sugere a escassez de massas de ar úmido provenientes do Atlântico Sul.\nVamos aprofundar os conhecimentos sobre cada um destes fatores:\n\nLatitude\nDe forma geral, quanto maior a latitude - ou seja, quanto mais nos afastamos da linha do Equador em direção aos polos, menores são as temperaturas médias anuais. Por ser esférica, a superfície terrestre é iluminada de diferentes formas pelos raios solares, porque eles a atingem com inclinações distintas. Nos locais próximos ao Equador, a inclinação é menos acentuada e os raios incidem sobre uma área menor, portanto, com maior intensidade. Em contrapartida, conforme aumentamos a latitude, mais acentuada se torna a inclinação com que os raios incidem, abrangendo uma área maior, com menos intensidade. Essa diferença na intensidade de luz incidente sobre a superfície faz com que a temperatura média tenha a tendência de ser maior quanto mais próximo ao Equador e menor quanto mais próximo aos polos. Geografia para a EsSA\nProfs. Leandro Signori e Sérgio Henrique\n\nIncidência dos raios solares\n\nIncidência oblíqua (inclinada)\nÁrea maior\n\nIncidência perpendicular\nÁrea menor\n\nRaios solares\n\nEquador\n\nFonte: E. Sene e J.C Moreira - Geografia Geral e do Brasil\n\nA grande extensão latitudinal do território brasileiro é um importante fator de diferenciação climática. Observe, no mapa e no gráfico da página seguinte, a variação das temperaturas médias em cidades situadas ao nível do mar, mas em diferentes latitudes.\n\nNote que, à medida que aumenta a latitude, diminuem as temperaturas médias e aumenta a amplitude térmica anual, que é a diferença entre a maior temperatura média mensal ao longo do ano e a menor.\n\nProf. Leandro Signori\nwww.estrategiaconcursos.com.br 6 de 74 Geografia para a EsSA\nProfs. Leandro Signori e Sérgio Henrique\n\nBrasil: influência da latitude na temperatura (média anual)\n\nOceano ATLÂNTICO\n\nBelém (26,3 °C)\n\nSalvador (25,6 °C)\n\nVitória (24,7 °C)\n\nPorto Alegre (18,9 °C)\n\nOutros fatores contribuem para a diferenciação climática do território brasileiro, entretanto, o fato de essas cidades estarem ao nível do mar permite uma comparação sem a influência da altitude.\n\nTemperaturas médias - 1961-1990\n\nFonte: E. Sene e J.C Moreira - Geografia Geral e do Brasil\n\nProf. Leandro Signori\nwww.estrategiaconcursos.com.br 7 de 74 Geografia para a EsSA\nProfs. Leandro Signori e Sérgio Henrique\n\nAltitude\n\nQuanto maior a altitude, menor a temperatura média do ar. No alto de uma montanha, a temperatura é menor do que a registrada no nível do mar no mesmo instante e na mesma latitude. No topo de um edifício muito alto, a temperatura também é menor que em sua base. Isso porque, quanto maior a altitude, menor a pressão atmosférica, o que torna o ar mais rarefeito, ou seja, há uma menor concentração de gases, umidade e materiais particulados. Como há menor densidade de gases e partículas de vapor d'água e poeira, diminui a retenção de calor nas camadas mais elevadas da atmosfera e, em consequência, a temperatura é menor. Além disso, nas maiores altitudes, a área de superfície que recebe e irradia calor é menor. Em média, a temperatura diminui cerca de 0,65 °C a cada 100 metros de altitude. Observe a ilustração a seguir:\n\nFonte: E. Sene e J.C Moreira - Geografia Geral e do Brasil\n\nContinentalidade e Maritimidade\n\nA maior ou menor proximidade de grandes corpos de água, como oceanos e mares, exerce forte influência não só sobre a umidade relativa do ar, mas também sobre a temperatura. Em áreas que sofrem influência da continentalidade (localização no interior do continente, distante do litoral), a amplitude térmica diária, ou seja, a diferença entre as temperaturas máxima\n\nProf. Leandro Signori\nwww.estrategiaconcursos.com.br 8 de 74 Geografia para a EsSA\nProfs. Leandro Signori e Sérgio Henrique\n\ne mínima registradas durante um dia, é maior do que em áreas que sofrem influência da maritimidade (proximidade de oceanos e mares). Isso ocorre porque a água retém calor por mais tempo, demora mais para irradiar a energia absorvida. Os continentes, por sua vez, esfriam com maior rapidez quando a incidência de luz solar diminui ou cessa. Em consequência, os oceanos demoram mais para se aquecer e para se resfriar do que os continentes.\n\nComo o território brasileiro não apresenta altas cadeias montanhosas, somente nas partes mais altas do Planalto Atlântico do Sudeste ocorre o subtipo tropical de altitude, onde as médias de temperaturas são menores. Além da altitude, da continentalidade e da latitude, as massas de ar – associadas à posição da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e aos ventos alísios que a acompanham – também atuam sobre o clima.\n\nZona de Convergência Intertropical (ZCIT) é a área que circunda a Terra, próxima ao Equador, onde os ventos originários dos hemisférios norte e sul se encontram. \"A Zona de Convergência Intertropical forma-se na área de baixas latitudes, onde o encontro de ventos alísios provenientes de sudeste com aqueles provenientes de nordeste cria uma ascensão das massas de ar, que são normalmente úmidas. Essa zona limita a circulação atmosférica entre o hemisfério Norte e o hemisfério Sul.\" MENDONÇA, Francisco; OLIVEIRA-DANI, Inês Moresco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2007.\n\nA ZCIT possui um deslocamento ao longo do ano, com enorme influência na distribuição das chuvas no Norte e no Nordeste brasileiro. Em determinadas épocas, a ZCIT atinge posições mais ao sul do Equador, causando precipitações na Região Nordeste, principalmente no norte dessa região.\n\nPosição média da Zona de Convergência Intertropical nos meses de julho (vermelho) e janeiro (azul).\n\nProf. Leandro Signori\nwww.estrategiaconcursos.com.br
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Estratégia Concursos AULA 00 - O espaço brasileiro: climas, relevo, solos e hidrografia\nCaro aluno,\nÉ com imenso prazer que nos encontramos no ESTRATÉGIA CONCURSOS para esta jornada em busca de um excelente resultado na disciplina de GEOGRAFIA no CONCURSO DE ADMISSÃO AOS CURSOS DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS DO EXÉRCITO - ESCOLA DE SARGENTOS DAS ARMAS.\nEste curso será ministrado a quatro mãos, pela minha pessoa, professor Leandro Signori, e pelo professor Sérgio Henrique.\nSou Licenciado em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e – Bacharel em Geografia pelo UNICEUB, em Brasília. A oportunidade de exercer a docência e poder alcançar o conhecimento necessário para a aprovação aos meus alunos me inspira diariamente e me traz grande satisfação. Como professor em cursos preparatórios online e presencial, ministro as disciplinas de Atualidades, de Conhecimentos Gerais, de Realidade Brasileira e de Geografia.\nIngressei no serviço público muito cedo, com 21 anos, na Prefeitura de Porto Alegre. Posteriormente, segui a minha carreira de servidor público na Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN) e na Prefeitura de São Leopoldo. Por fim, fui servidor público federal, no Ministério da Integração Nacional, onde trabalhei com planejamento e desenvolvimento territorial e regional.\nQuem quiser também pode me seguir no Facebook curtindo a minha fan page. Nela divulgo gabaritos extrafolias de provas, publicações, compartilho notícias e informações importantes do mundo atual. Segue o link: https://www.facebook.com/leandrosignoriorialidades.\n- Sérgio Henrique, agora fale um pouco mais de você!\n- Olá, pessoal, sou Historiador, graduado na Universidade Estadual Paulista (UNESP) e Licenciado em Geografia também pela UNESP. 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Políticas territoriais: meio ambiente. Estamos aqui, neste curso, muito motivados, caminhando junto com vocês, procurando passar o melhor conhecimento para a sua aprendizagem e sempre à disposição no Fórum de Dúvidas.\nÓtimos estudos e fiquem com Deus!\nForte Abraço.\nProfessores Leandro Signori e Sérgio Henrique\n\n\"Tudo posso naquela que me fortalece.\"\n(Filipenses 4:13) Sumário\n\n1. Grandes domínios climáticos 05\n1.1 Fatores que influenciam o clima brasileiro 05\n1.2 Massas de ar dinamizam o clima brasileiro 10\n1.3 Principais tipos climáticos no Brasil 12\n2. Relevo 17\n2.1 Agentes internos e externos 17\n2.2 A classificação do relevo brasileiro 19\n2.3 Outras formas de relevo 23\n2.4 O relevo submarino 25\n2.5 Morfologia Litorânea 26\n3. Os solos 28\n3.1 Fatores de formação dos solos 31\n3.2 Conservação dos solos 32\n4. Voçorocas 37\n5. Movimentos de massa 37\n6. Hidrografia 38\n7. Águas subterrâneas 43\n8. Distribuição da água doce no Brasil 45\n9. Questões Comentadas 46\n7. Lista de Questões 64\n8. Gabarito 73 1. Grandes domínios climáticos\nAs paisagens naturais derivam da interação de inúmeros elementos, especialmente do relevo, da hidrografia, do clima e da vegetação, que, por sua vez, são determinados por fatores específicos e exclusivos de determinados lugares.\nAssim, para compreendermos os tipos climáticos brasileiros é necessário analisarmos os fatores que os influenciam.\nÉ o que vamos fazer agora. Vamos lá!\n\n1.1 Fatores que influenciam o clima brasileiro\nDiversos fatores – como a latitude, a continentalidade e a altitude – interferem nas dinâmicas climáticas, permitindo variações no clima tropical e a existência de diversos subtipos climáticos no território brasileiro.\nEm regiões de maior latitude, como no sul do país, têm-se o clima subtropical, enquanto nas menores latitudes predominam os climas quentes, como o equatorial e o semiárido.\nNo centro do país, onde não recebe efeitos da maritimidade, predomina o clima tropical continental. No entanto, em grande parte das regiões central e norte, a circulação de massas de ar equatorial continental durante o verão, associada à umidade da floresta amazônica e aquela proveniente do Oceano Atlântico norte, provoca chuvas e sugere a escassez de massas de ar úmido provenientes do Atlântico Sul.\nVamos aprofundar os conhecimentos sobre cada um destes fatores:\n\nLatitude\nDe forma geral, quanto maior a latitude - ou seja, quanto mais nos afastamos da linha do Equador em direção aos polos, menores são as temperaturas médias anuais. Por ser esférica, a superfície terrestre é iluminada de diferentes formas pelos raios solares, porque eles a atingem com inclinações distintas. Nos locais próximos ao Equador, a inclinação é menos acentuada e os raios incidem sobre uma área menor, portanto, com maior intensidade. Em contrapartida, conforme aumentamos a latitude, mais acentuada se torna a inclinação com que os raios incidem, abrangendo uma área maior, com menos intensidade. 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Observe, no mapa e no gráfico da página seguinte, a variação das temperaturas médias em cidades situadas ao nível do mar, mas em diferentes latitudes.\n\nNote que, à medida que aumenta a latitude, diminuem as temperaturas médias e aumenta a amplitude térmica anual, que é a diferença entre a maior temperatura média mensal ao longo do ano e a menor.\n\nProf. Leandro Signori\nwww.estrategiaconcursos.com.br 6 de 74 Geografia para a EsSA\nProfs. Leandro Signori e Sérgio Henrique\n\nBrasil: influência da latitude na temperatura (média anual)\n\nOceano ATLÂNTICO\n\nBelém (26,3 °C)\n\nSalvador (25,6 °C)\n\nVitória (24,7 °C)\n\nPorto Alegre (18,9 °C)\n\nOutros fatores contribuem para a diferenciação climática do território brasileiro, entretanto, o fato de essas cidades estarem ao nível do mar permite uma comparação sem a influência da altitude.\n\nTemperaturas médias - 1961-1990\n\nFonte: E. 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Observe a ilustração a seguir:\n\nFonte: E. Sene e J.C Moreira - Geografia Geral e do Brasil\n\nContinentalidade e Maritimidade\n\nA maior ou menor proximidade de grandes corpos de água, como oceanos e mares, exerce forte influência não só sobre a umidade relativa do ar, mas também sobre a temperatura. Em áreas que sofrem influência da continentalidade (localização no interior do continente, distante do litoral), a amplitude térmica diária, ou seja, a diferença entre as temperaturas máxima\n\nProf. Leandro Signori\nwww.estrategiaconcursos.com.br 8 de 74 Geografia para a EsSA\nProfs. Leandro Signori e Sérgio Henrique\n\ne mínima registradas durante um dia, é maior do que em áreas que sofrem influência da maritimidade (proximidade de oceanos e mares). Isso ocorre porque a água retém calor por mais tempo, demora mais para irradiar a energia absorvida. Os continentes, por sua vez, esfriam com maior rapidez quando a incidência de luz solar diminui ou cessa. Em consequência, os oceanos demoram mais para se aquecer e para se resfriar do que os continentes.\n\nComo o território brasileiro não apresenta altas cadeias montanhosas, somente nas partes mais altas do Planalto Atlântico do Sudeste ocorre o subtipo tropical de altitude, onde as médias de temperaturas são menores. Além da altitude, da continentalidade e da latitude, as massas de ar – associadas à posição da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e aos ventos alísios que a acompanham – também atuam sobre o clima.\n\nZona de Convergência Intertropical (ZCIT) é a área que circunda a Terra, próxima ao Equador, onde os ventos originários dos hemisférios norte e sul se encontram. \"A Zona de Convergência Intertropical forma-se na área de baixas latitudes, onde o encontro de ventos alísios provenientes de sudeste com aqueles provenientes de nordeste cria uma ascensão das massas de ar, que são normalmente úmidas. Essa zona limita a circulação atmosférica entre o hemisfério Norte e o hemisfério Sul.\" MENDONÇA, Francisco; OLIVEIRA-DANI, Inês Moresco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2007.\n\nA ZCIT possui um deslocamento ao longo do ano, com enorme influência na distribuição das chuvas no Norte e no Nordeste brasileiro. Em determinadas épocas, a ZCIT atinge posições mais ao sul do Equador, causando precipitações na Região Nordeste, principalmente no norte dessa região.\n\nPosição média da Zona de Convergência Intertropical nos meses de julho (vermelho) e janeiro (azul).\n\nProf. Leandro Signori\nwww.estrategiaconcursos.com.br