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Contato Gustavo Duarte Ferrari gustavoduartefyahoocombr Artigo de Revisão Efeito de treinamentos de flexibilidade sobre a força e o torque muscular uma revisão crítica Effect of flexibility trainings on strength and muscle torque a critical review Gustavo D Ferrari1 Claudia TeixeiraArroyo12 1Centro Universitário UNIFAFIBE Bebedouro SP 2Universidade Estadual Paulista UNESP Rio Claro SP Enviado em 01112012 Aceito em 11022013 RESUMO A flexibilidade é uma capacidade física de vital importância tanto para atletas como para os demais indivíduos O presente artigo analisou estudos que observaram as possíveis influências do treino de flexibilidade nos níveis de força e torque muscular Para isso foi realizada uma busca na base de dados Google Scholar com as palavras chave Flexibility training range of motion strength and torque no período entre 2004 e 2010 Dos 23 estudos incluídos na análise 15 observaram o efeito agudo de uma sessão de alongamento sendo que destes 8 não mostraram efeito do treinamento de flexibilidade nos níveis de força e torque e 7 verificaram efeito negativo no ganho de força Ainda 8 dos estudos analisados eram longitudinais apresentando rotinas de treinamento de no mínimo 4 semanas de alongamento Entre os estudos longitudinais 7 observaram uma melhora nos níveis de força e torque e apenas um relatou influência negativa Os estudos analisados apresentavam diferentes metodologias e protocolos de treinamento o que dificultou a obtenção de resultados conclusivos Entretanto parece que o músculo avaliado tem grande importância para o resultado isso devido às diferenças estruturais e da capacidade elástica específica dos componentes musculares Ainda a frequência de treinamento se mostrou mais importante que o volume de cada sessão para causar mudanças nas variáveis analisadas Aparentemente o treinamento de flexibilidade tem efeito agudo deletério ou neutro nos níveis de força e torque devendo ser evitado antes de uma sessão de treinamento de força Por outro lado seu efeito crônico parece ser benéfico devendo ser mantida a recomendação para a inclusão de rotinas de exercícios de flexibilidade paralelamente ao treinamento de força como forma de se obter melhores ganhos na força e no torque muscular Palavraschave Treino de flexibilidade Força Torque Muscular FERRARI GD TEIXEIRAARROYO C Efeito de treinamentos de flexibilidade sobre a força e o torque muscular uma revisão crítica R bras Ci e Mov 20132 151 162 ABSTRACT Flexibility is a paramount physical capacity for athletes and others as well This paper has analyzed studies which had observed possible influences in flexibility training of muscle strength and muscle torque levels In order to accomplish that we searched the Google Scholar database the following keywords flexibility training range of motion strength and torque looking up 2004 through 2010 Of the twentythree studies we included in this analysis fifteen observe acute effect from a stretching session of those eight did not sport any strength and torque flexibility training effect and seven show a negative strength gain Moreover a total of eight studies we have reviewed were longitudinal exhibiting training routines of at least four weeks of stretching Amongst those longitudinal studies seven depict improvement of strength and torque levels and just one mentions negative results All surveyed results use distinct methodologies and training protocols which made our gathering of conclusive data rather difficult Nevertheless it appears that the evaluated muscle is of great importance for the result due to structural discrepancies and elastic capacity specific to each muscle component Moreover training frequency has been revealed to be more important than the volume of each session in causing changes in the investigated variables Apparently flexibility training has harmful to neutral acute effect of strength and torque levels and should be avoided before strength training sessions On the other hand its chronic impact seems to be beneficial henceforth we recommend it should be maintained in exercise routines parallel to strength training as a means of obtaining better muscle strength and torque gain Keywords Flexibility training Strength Torque muscle FERRARI e TEIXEIRAARROYO 152 R bras Ci e Mov 20132 151 162 Introdução A flexibilidade é definida como a maior amplitude articular de movimento para execução de um ato motor1 A própria definição de flexibilidade demonstra a importância dessa capacidade para as atividades diárias Mesmo sem haver consenso científico esta capacidade é comumente treinada por atletas com intuito de prevenir lesões aumentar a amplitude articular o alongamento muscular e melhorar o desempenho2 A manutenção e melhora desta capacidade não é importante apenas para atletas mas para qualquer indivíduo Uma vez que a amplitude de determinada articulação esteja prejudicada poderá afetar os hábitos da vida diária que utilizam essa articulação3 levando a lesões musculoesqueléticas4 A flexibilidade e suas aplicações na saúde humana é algo amplamente estudado A importância da flexibilidade pré e póstreinamento as diferentes formas de treinamento de flexibilidade e os níveis básicos de amplitude de várias articulações são temas que têm sido exaustivamente discutidos56 Atualmente um tema de pesquisa que tem se intensificado é a relação da flexibilidade com a força e o torque muscular Os estudos têm avaliado principalmente a influência da rotina de treinamento de flexibilidade nos índices de força e torque o tipo de treinamento de flexibilidade e o tempo de execução de cada alongamento7 89 Embora existam muitos estudos sobre este tema os resultados encontrados são divergentes Os profissionais que buscam informações sobre o efeito do treinamento de flexibilidade na força e no torque muscular podem encontrar resultados que evidenciaram efeitos positivos negativos ou mesmo estudos que não encontraram efeito algum Desta forma o presente estudo teve como objetivo verificar o efeito de diferentes protocolos de treinamento de flexibilidade na força e torque muscular a partir de uma revisão crítica da literatura científica Para isso foi realizada uma busca na base de dados Google Scholar httpscholargooglecom com as palavras chave Flexibility training range of motion strength and torque no período entre 2004 e 2010 Os primeiros 50 estudos que apresentavam pelo menos duas das palavras chaves no título foram selecionados A seguir foi realizada a análise dos resumos dos artigos selecionados para descartar os artigos de revisão e os estudos experimentais com animais e selecionar aqueles que atendiam as exigências do presente estudo teste em humanos e análise da força frente ao treinamento de flexibilidade Assim dos 50 estudos iniciais 23 foram selecionados para o presente estudo de revisão Esta pesquisa se apresenta como uma ferramenta a fim de facilitar a busca sobre informações a cerca das influências de diferentes protocolos de treinamento de flexibilidade nos níveis de força e torque muscular Métodos de alongamento O treinamento específico da flexibilidade trabalha com exercícios de alongamento muscular realizados cuidadosa e progressivamente acima da capacidade máxima de amplitude articular ativa de determinada articulação1 Cada modalidade esportiva requer capacidades e habilidades específicas sendo necessário que o treinamento seja bastante específico Desta forma foram criados diferentes métodos de alongamento a fim de desenvolver a flexibilidade articular requerida em determinada modalidade10 Existem basicamente três métodos de alongamento o alongamento estático o balístico e a facilitação neuromuscular proprioceptiva FNP Método de alongamento estático O alongamento estático é o método de alongamento mais utilizado por pessoas ativas recreativamente e atletas de baixo nível Esse método consiste na movimentação lenta até o limite do movimento causando desconforto e sendo mantido por determinado tempo11 Em estudos esse método é utilizado com o auxilio de uma pessoa alongamento estático passivo a fim de manter a amplitude máxima do movimento até o desconforto ou limiar doloroso sem que haja avaliação subjetiva do avaliado ou reposicionamento de outra articulação a fim de obter maior amplitude e menor desconforto1213 153 Flexibilidade no ganho de força e torque R bras Ci e Mov 20132 151 162 O método de alongamento estático aparentemente causa aumentos significativos nos níveis de flexibilidade quando realizado em sessões de aproximadamente 10 minutos e com tempo de execução superior a 30 segundos27121415 Siatras et al7 avaliaram o efeito de sessões de alongamento estático mantido por tempos diferentes 10 20 30 e 60 segundos e não observaram aumento na ADM nas sessões de 10 e 20 segundos Entretanto aumento da ADM foi constatado nos tempos de 30 e 60 segundos Protocolo diferenciado onde a sessão de alongamento apresentou tempo de duração extenso e rotina volumosa de exercícios 15 exercícios para membros inferiores com 3 séries de 15 segundos e intervalo de 15 segundos entre as séries totalizando cerca de 40 minutos de alongamento 3 vezes por semana durante 10 semanas também observou aumento da ADM14 Milazzoto et al4 avaliaram o efeito de dois protocolos de alongamento ambos com duração de 10 minutos na ADM de 25 mulheres sedentárias Um protocolo foi constituído de 10 séries de 30 segundos cada para isquiotibiais enquanto o outro apresentou 3 séries de 3 minutos de alongamento para os mesmos músculos e os resultados não apontaram diferença significativa entre os dois grupos Método de Alongamento Balístico Outro método bastante utilizado principalmente por desportistas recreativos é o método balístico de alongamento definido como um balanço ritmado que utiliza a inércia do movimento do segmento corporal para alongar o músculo16 Esse método tem uma similaridade com movimentos de chutar balançar e outros que através da movimentação de um ou mais membros tendem a alongar os músculos em níveis maiores que os de repouso O treinamento de flexibilidade de forma balística ou dinâmica é realizado através de movimentos controlados que levam o músculo de determinada articulação a alongarse além do repouso e retornar à posição inicial repetidamente Este método de alongamento auxilia o desenvolvimento da flexibilidade dinâmica10 Alguns estudos não têm encontrado diferença relevante entre os protocolos de treinamento de alongamento estático e balístico216 Interessante constatar que no estudo de Dain e Declan2 não houve diferença no aumento dos níveis de ADM entre o grupo que realizou o protocolo estático e o grupo que realizou o protocolo balístico enquanto no estudo de Mahieu et al16 houve pequena vantagem para o grupo que utilizou o protocolo balístico Neste caso a diferença no resultado e no protocolo entre os dois estudos sugere que as variações no volume do treinamento são o ponto crucial na prescrição de uma rotina de alongamentos Woolstenhulme et al17 avaliaram os níveis de flexibilidade e de altura do salto vertical em indivíduos engajados na prática de basquetebol Foram avaliados 43 voluntários que realizaram um aquecimento de 5 minutos de corrida seguidos de 8 minutos de um dos 4 protocolos estipulados alongamento balístico alongamento estático corrida ou arremesso Os resultados desse estudo com relação os níveis de ADM mostraram um aumento significativo para todos os grupos corrida alongamento estático e alongamento balístico quando comparados com o grupo controle No entanto nesse estudo o aumento nos níveis de ADM do grupo que realizou o alongamento balístico foi maior que o grupo de alongamento estático Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva FNP Os métodos mais utilizados com relação à FNP são o método ContraçãoRelaxamento CR que também é chamado de scientific streching for sport 3S e o método ContraçãoRelaxamentoAntagonista Contração CRAC9 No método CR ou 3S ocorre 1 mobilização do membro até seu limite articular 2 uma contração máxima contra uma resistência por cerca de 8 segundos e 3 o relaxamento do músculo seguido de um forçamento passivo além dos níveis de ADM anteriores8 O método CRAC consiste nas mesmas etapas do método CR porém a força realizada ao fim FERRARI e TEIXEIRAARROYO 154 R bras Ci e Mov 20132 151 162 do relaxamento deve ser realizada ativamente pelo próprio avaliado Alguns estudos têm evidenciado que os benefícios adquiridos na amplitude de movimento articular por meio do método de FNP são maiores que os adquiridos com os métodos estático e balístico1819 Além disso por meio do método de FNP foi observado aumento da ADM de bailarinas Esses resultados demonstram que mesmo para indivíduos com níveis de ADM excelentes pode se conseguir aumento dessa amplitude através da FNP20 Efeito de treinamentos de flexibilidade nos níveis de força e torque muscular O presente estudo analisou 23 estudos que verificaram o efeito de uma rotina de treinamento de flexibilidade nos níveis de força e torque muscular Tabela 1 Os resultados foram separados de acordo com sua abordagem transversal ou longitudinal e sua influência positiva negativa ou neutra Todos os estudos analisados utilizaram o alongamento estático em seu método 6 estudos utilizaram além deste outros métodos 2 estudos com o método balístico e 4 estudos com FNP Dos estudos analisados 15 foram realizados de forma transversal verificando o efeito agudo do alongamento O efeito crônico do treinamento foi investigado por 8 estudos de forma longitudinal Os resultados encontrados apontam para efeitos distintos entre os protocolos agudos e crônicos de treinamento de flexibilidade Figuras 1 A e B Figura 1 Porcentagem de estudos transversais e longitudinais que encontraram efeito positivo negativo ou nenhum efeito no ganho de força e torque muscular A Resultados do efeito agudo de treinos de flexibilidade nos níveis de força e torque muscular B Resultados do efeito crônico de treinos de flexibilidade nos níveis de força e torque muscular Discussão O objetivo deste estudo foi verificar o efeito de diferentes protocolos de treinamento de flexibilidade na força e torque muscular a partir de uma revisão crítica da literatura Os estudos analisados utilizaram diferentes protocolos de alongamento variando com relação ao tempo de execução o método utilizado os músculos avaliados e a ação muscular Tantas variações podem dificultar a procura por um referencial válido para elaboração de treinamentos ou estipulação de uma concordância de ideias sobre as influências reais do alongamento nos níveis de força e torque muscular na abordagem prática diária Embora haja estudos que difiram em relação ao resultado positivo ou negativo sobre os níveis de força e torque muscular no geral a maioria dos estudos parece concordar em relação aos efeitos do treinamento agudo e crônico nos níveis dos mesmos Efeitos negativos ou neutros foram observados em protocolos de treinamento agudo e efeitos positivos foram observados quando o treinamento crônico foi aplicado 0 53 47 A Estudos Transversais Efeito positivo 0 Efeito negativo Nenhum efeito 87 13 0 B Estudos Longitudinais Efeito positivo Efeito negativo Nenhum efeito 0 155 Flexibilidade no ganho de força e torque R bras Ci e Mov 20132 151 162 Tabela 1 Resultados gerais dos 23 estudos que verificaram o efeito de diferentes métodos de alongamento nos níveis de força e torque muscular Em segundos S Número de séries TS Duração de cada série TT Duração total da sessão VS Vezes por semana Contr Contração Rlx Relaxamento E Estático BBalístico FNP Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva Autor Amostra Método Alongamento Músculos Volume S TSTTVS Resultado Behm et al 200413 16 Homens 241 74 anos Transversal Estático Membros Inferiores 3 séries 45s 135s Sem Influência Níveis de força inalterados Power et al 200421 20 Homens 32 12 anos Transversal Estático Membros Inferiores 18 séries 45s 810s Influência Negativa Queda na força e torque Reid Mcnair 200422 43 Homens 158 10 anos Longitudinal 6 semanas Estático Isquiotibiais 3 séries 30s 90s 5x semana Influência Positiva Aumento nos níveis de força passiva Marek et al 200523 19 Voluntários Ativos 22 4 anos Transversal Estático e FNP Quadríceps E 16 séries 30s 480s FNP 16 séries 5s contr 30s rlx Influencia Negativa Queda na força e torque Arruda et al 200624 22 Homens Ativos 25 5 anos Transversal Estático Peitoral Deltóide e Tríceps 8 Séries 20s 160s Influência Negativa Queda no número de repetições Cardozo et al 200625 9 Homens Ativos 242 231 anos Transversal Estático Antebraço 3 séries 10 30s Sem Influência Níveis de força inalterados Cramer et al 200626 13 Mulheres Ativas 208 08 anos Transversal Estático Quadríceps 16 séries 30s 480s Sem Influência Níveis de torque inalterados Dain Declan 20062 29 Homens Ativos 316 152 anos Longitudinal 4 semanas Estático e Balístico Isquiotibiais E 10 séries 30s 300s 3x semana B 10 séries 30 mov3x Semana Influência Positiva Aumento no torque Passivo Egan et al 200627 9 Mulheres Atletas 20 11 anos Transversal Estático Quadríceps 4 séries 30s 120s Sem Influência Níveis de força e torque inalterados Kokkomen et al 200714 40 Voluntários 22 4 anos Longitudinal 10 semanas Estático Membros Inferiores 45 Séries 15s 675s 3x semana Influência Positiva Aumento nos níveis de força Mahieu et al 200716 81 Voluntários Ativos 22 2 anos Longitudinal 6 semanas Estático e Balístico Flexores Plantares E 5 séries 20s 100s 5x semana B 5 séries 20 mov 5x semana Influência Negativa Queda no torque passivo Al Estático FERRARI e TEIXEIRAARROYO 156 R bras Ci e Mov 20132 151 162 Em segundos S Número de séries TS Duração de cada série TT Duração total da sessão VS Vezes por semana Contr Contração Rlx Relaxamento E Estático BBalístico FNP Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva Autor Amostra Método Alongamento Músculos Volume S TSTTVS Resultado Neto Manffra 200728 36 Homens Ativos 19 2 anos Transversal Estático Isquiotibiais E1 4 séries 15s 180s E2 4 séries 15s 360s Influência Negativa Queda no torque E2 Batista et al 200815 34 Voluntários Sedentários 3442 93 anos Longitudinal 4 semanas Estático Isquiotibiais 7 séries 60s 420s 2x semana Influência positiva Aumento no torque Ryan et al 200829 19 Voluntários Ativos 24 4 anos Transversal Estático Flexores Plantares E14 séries 20s 80s E28 séries 20s 160s E316 séries 20s 320s Sem Influência Níveis de força inalterados Torres et al 200830 30 Homens Ativos 19 1 anos Transversal Estático Antebraço 3 séries 10s 30s Influência Negativa Queda nos níveis de força Batista et al 200912 12 Mulheres Ativas 67664 anos Longitudinal 4 semanas Estático Isquiotibiais 7 séries 60s 420s 2x semana Influência Positiva Aumento no torque Carvalho et al 20098 9 Voluntários Ativos 67664 anos Transversal Estático e FNP Membros Inferiores E 15 séries 15s 225s FNP 15s 8s contr15s rlx Sem Influência Altura de salto inalterada Chen et al 20099 31 Homens Sedentários 22 21anos Longitudinal 8 semanas Estático e FNP Isquiotibiais E10 séries 30s 300s 3x semana FNPTT 108min rlx 48min contr Influência Positiva Aumento no torque Costa et al 200931 20 Homens Ativos 241 18 anos Transversal Estático Peitoral Tríceps e Ombro 6 séries 20s 180s Influência Negativa Queda nos níveis de força Endlich et al 2009 14 Homens Ativos 233 anos Transversal Estático Peitoral Deltóide e Tríceps Coxa E8 9 séries 30s 270s E16 16 séries 30s 480s Influência Negativa Queda no número de repetições Gallo et al 200932 15 Mulheres 67 79 anos Longitudinal 16 semanas Estático Diversos Grupos Musculares 21 séries 30s 630s 2x semana Influência Positiva Aumento nos níveis de força Gurjão et al 200933 10 Mulheres Ativas 685 7 anos Transversal Estático Quadríceps 3 séries 30s 90s Sem Influência Níveis de força inalterados Nogueira et al 200934 12 Homens Ativos 228 4 anos Transversal Estático e FNP Membros Inferiores E 9 séries 6s 27s FNP 16 séries 5s contr 30s rlx Influência Negativa Queda na altura do salto FNP 157 Flexibilidade no ganho de força e torque R bras Ci e Mov 20132 151 162 É consenso na literatura que o alongamento causa adaptações neurais e estruturais no músculo alongado que podem ser observadas imediatamente após o alongamento123335 Essas adaptações neurais são relativas ao recrutamento de unidades motoras sincronia e frequência de disparo dos motoneurônios e controle neural da tensão muscular15 Ainda alongamentos que exijam uma flexão articular intensa exercem grande pressão na cavidade articular que consequentemente causa inibição na ativação muscular21 O alongamento estático com o membro flexionado induz ao aumento da pressão intraarticular fazendo com que os Órgãos Tendinosos de Golgi OTG liberem o ácido gamaaminobutírico neurotransmissor inibidor do sistema nervoso central na medula provocando assim diminuição na força quando o efeito agudo do treinamento de flexibilidade é avaliado26 Além disso adaptações estruturais também ocorrem imediatamente após a sessão aguda de treino causando diminuição nos níveis de força e torque27 Essas evidências podem explicar os resultados observados nos estudos transversais analisados Por outro lado em longo prazo a rotina de exercícios de alongamento gera aumento no número de sarcômeros em séries ocasionando além de aumento na amplitude de movimento maior capacidade de contração e geração de força36 Em relação às adaptações morfológicas agudas o alongamento causa maior complacência da unidade musculotendínea permitindo que os sarcômeros se encurtem mais rapidamente do que normalmente27 Com isso ocorre redução nos níveis de força porque os sarcômeros não se encontram em posição ideal para a contração Desta forma num primeiro momento acontece queda nos níveis de força e torque muscular devido ao alongamento No entanto em longo prazo o alongamento causa mudanças benéficas nesses níveis27 Em relação aos estudos que apresentaram resultados controversos algumas hipóteses podem ser levantadas Alguns autores crêem que o músculo avaliado seja de extrema importância para o resultado Os músculos proximais são maiores e tem uma porcentagem de fibras ativadas menor quando comparados com músculos distais que sendo menores e mais utilizados para tarefas que requerem maior coordenação motora fina teriam uma porcentagem muito grande de fibras ativadas Esse processo causa efeito protetor às adaptações estruturais proporcionadas pelo alongamento29 Neste caso seria necessário volume maior na rotina de alongamento para poder causar alguma mudança significativa nos níveis de força eou torque muscular Além disso a articulação do tornozelo seria menos influenciada pela pressão intra articular gerada pelo alongamento porque sua formação óssea teria a capacidade de dissipar essa pressão21 A variação de tempo na execução de uma sessão do alongamento estático também pode interferir no resultado final No presente estudo foram observados protocolos que variaram de 27 a 810 segundos por sessão Dentro desse grande hiato que separa os dois protocolos de tempo pode se observar uma relação inversamente proporcional entre o tempo e os níveis de força e torque de forma que quanto maior o tempo de execução do alongamento estático ou o tempo de flexionamento estático na rotina de FNP maior seriam as quedas nos níveis das variáveis observadas Comparando as rotinas de alongamento em estudos de abordagem transversal no que diz respeito ao tempo de execução percebeuse que nos estudos onde não foi constatada nenhuma influência externa ou possível falha metodológica que pudesse interferir nos resultados os níveis de força e torque apresentaram uma queda significativa a partir de 160 segundos em exercícios de alongamento que utilizaram mais de um músculo para a execução ou que avaliaram um músculo proximal de membros inferiores quadríceps ou isquiotibiais em uma contração concêntrica Entretanto alguns estudos com sessões maiores de alongamento não encontraram quedas significativas nos níveis de força e torque muscular Cramer et al26 realizaram um protocolo de 480 segundos de alongamento para isquiotibiais e avaliaram o pico de torque passivo e não constataram mudanças significativas nessa variável Ainda Arruda et al24 não verificaram efeito de rotinas de alongamento duas séries de 20s cada no número FERRARI e TEIXEIRAARROYO 158 R bras Ci e Mov 20132 151 162 de repetições máximas no exercício de supino reto músculos peitoral deltóide e tríceps Para músculos menores em exercício que trabalhou apenas um músculo Torres et al30 observaram queda de aproximadamente 7 na força do antebraço após 3 séries de alongamento com sustentação de 10s e intervalo de 30s entre as séries sendo que o pósteste foi realizado após 20min da última série Outro estudo que utilizou um protocolo similar não observou diferença significativa no nível de força apenas tendência para a redução de preensão manual após as 3 séries de 10s de alongamento estático25 A diferença do resultado entre os dois estudos pode ser explicada também pela variação na metodologia especialmente das sessões de alongamento O estudo de Torres et al30 utilizou intervalo de 30s entre as séries de alongamento enquanto Cardozo et al25 utilizaram intervalo de apenas 6s entre as séries de alongamento Nesse caso a diversidade dos protocolos metodológicos não permitiu que se pudesse chegar a uma conclusão definitiva sobre o efeito do protocolo de alongamento nos níveis de força A queda significativa encontrada por Torres et al30 cria uma discussão em relação à hipótese formulada por Ryan et al29 que sugere que músculos distais precisam de uma rotina maior de alongamento para acusarem os efeitos deletérios nos níveis de força dos mesmos Nessa linha podese dizer que o estudo de Torres et al30 contradiz a hipótese de Ryan et al29 uma vez que apresenta resultados negativos nos níveis de força apesar do baixo volume do protocolo de alongamento 3 séries com 10 segundos de duração cada Observando os resultados fica claro que o músculo que sofrerá a intervenção é extremamente importante A resposta ao treinamento de alongamento parece diferir de acordo com o músculo trabalhado sendo necessário constatar qual músculo é responsivo a qual tipo de protocolo Pôdese perceber que com relação ao volume do alongamento há uma diferença muito grande nas respostas de cada músculo Para ilustrar essa diferença os estudos de Behm et al13 Egan et al27 e Gurjão et al33 que utilizaram respectivamente 135 120 e 90 segundos em suas sessões de alongamento de membros inferiores não reportaram nenhuma influência nos níveis de força e torque muscular em contrações concêntricas Nesse caso devido às diferentes metodologias empregadas nos estudos não é possível chegar a um consenso em relação ao melhor ou pior protocolo de alongamento agudo nos níveis de força e torque muscular O único ponto em que os artigos concordam é que o alongamento agudo antes de um treino de força não promove melhora nos níveis de força Com relação aos estudos de abordagem longitudinal que avaliaram o efeito de uma rotina de no mínimo 4 semanas de alongamento nos níveis de força e torque muscular o tempo de execução das sessões variou de 90 a 630 segundos e a frequência variou de 2 a 5 vezes por semana2232 Nesses estudos parece haver uma concordância de que o treinamento de flexibilidade enquadrado em uma rotina causa um efeito benéfico aos níveis de força e torque muscular diferentemente de uma sessão agudas Somente um estudo longitudinal observou influência negativa no nível do torque muscular O estudo de Mahieu et al16 apontou efeito de 6 semanas de treinamento de flexibilidade estático e balístico nos níveis de torque de resistência passiva que é o torque que o músculo gera como resistência ao alongamento Os autores reportaram ligeira queda cerca de 7 nos níveis de torque de resistência passiva TRP do grupo estático No grupo que realizou o alongamento balístico não foi observada nenhuma mudança nos níveis de torque de resistência passiva Outros dois estudos avaliaram variável passiva Reid e Mcnair22 e Dain e Declan2 O estudo conduzido por Reid e Mcnair22 demonstrou aumento nos níveis de força de resistência passiva FRP juntamente com um aumento na rigidez muscular dos músculos isquiotibiais após rotina de treinamento estático de flexibilidade Dain e Declan2 relataram aumento no pico de torque passivo PTP dos isquiotibiais após uma rotina de treinamento estático e balístico de flexibilidade Esses três estudos de abordagem longitudinal ilustram a dificuldade de formular afirmações a cerca da 159 Flexibilidade no ganho de força e torque R bras Ci e Mov 20132 151 162 influência do treinamento de flexibilidade nos níveis de força e torque muscular Para avaliar estes estudos devese primeiramente ilustrar claramente suas diferenças metodológicas O estudo de Mahieu et al16 avaliou o TRP dos flexores plantares os voluntários desse estudo realizaram a rotina de treinamento de flexibilidade durante 6 semanas realizados em casa 5 vezes por semana e relataram através de anotações e ligações telefônicas o treinamento correto do protocolo Este dado se torna de extrema relevância para o resultado do estudo uma vez que não houve controle preciso do comprometimento dos avaliados com o treinamento O músculo avaliado também pode ser determinante Os flexores plantares como citado anteriormente devido à estrutura óssea da articulação do tornozelo podem ser menos responsivos às influências do treinamento de flexibilidade com relação às medidas de força Os resultados do estudo de Mahieu et al16 demonstraram um aumento nos níveis de flexibilidade dos voluntários do grupo com intervenção GI porém o grupo controle GC também teve aumento significativo não havendo diferença entre os dois grupos Desta forma ao observar que não houve diferença entre o aumento nos níveis de flexibilidade do GC e do GI e constatando que o GC também reportou uma queda de aproximadamente 5 nos níveis de torque passivo podese dizer que a queda de 7 nos níveis de torque passivo do GI tenha sido influenciada por fatores externos ao treinamento de flexibilidade uma vez que os voluntários do estudo mantiveram suas atividades diárias regulares e realizaram o treinamento em casa O protocolo utilizado por Reid e Mcnair22 consistiu em 6 semanas de treinamento de flexibilidade para isquiotibiais realizados 5 vezes por semana Na tabela 1 é possível observar que o volume do treinamento realizado nos dois estudos é similar Reid e Mcnair22 também observaram aumento nos níveis de flexibilidade dos músculos avaliados No entanto o ponto divergente nos resultados dos estudos se deve ao fato de que Reid e Mcnair22 observaram aumento significativo nos níveis de força muscular passiva aproximadamente 37 Os autores acreditam que esse aumento se deu devido a mudanças estruturais no músculo tais como aumento no número de sarcômeros em série Essa hipótese é levantada devido ao aumento na rigidez do tecido Essa explicação se baseia nos estudos de Williams e Goldspink36 que observaram um aumento no número de sarcômeros em série em animais os autores observaram que esse aumento se dá principalmente na parte distal dos elementos contrateis Essa constatação embasa a hipótese levantada por Reid e Mcnair22 principalmente devido à constatação de que no estudo realizado pelos mesmos o aumento nos níveis de força se deu principalmente nos últimos 10 da curva ânguloforça Os autores ainda afirmam que esse aumento pode ser devido à idade dos avaliados 158 1 anos uma vez que aparentemente tecidos ainda não maturados tendem a ser mais influenciados pelo treinamento Dain e Declan2 avaliaram o comportamento do PTP frente a uma rotina de 4 semanas de treinamento estático e balístico de flexibilidade realizado 3 vezes por semana Após a intervenção o PTP de ambos os grupos estático GE e balístico GB aumentou 301 387 e 254 253 respectivamente sendo que somente o GE teve aumento significativo quando comparado ao grupo controle Como não foi observada nenhuma mudança nos níveis de rigidez muscular os autores acreditam que esse aumento do PTP caracterize maior capacidade de aguentar maior tensão muscular devido às adaptações neurais Os autores discutem ainda que os mecanismos neurais responsáveis pelo aumento na tolerância à força ainda são obscuros mas se devem possivelmente a alterações no sistema nervoso central e periférico mais especificamente nos OTG fusosmusculares e nociceptores As diferenças metodológicas relativas ao músculo avaliado e o volume do alongamento aparentam ser de vital importância para os resultados obtidos Ao se comparar os estudos de Reid e Mcnair22 e Dain e Declan2 percebese que a principal diferença é relativa ao volume do treinamento mais especificamente na frequência e no tempo total de cada sessão No estudo de Reid e Mcnair22 o FERRARI e TEIXEIRAARROYO 160 R bras Ci e Mov 20132 151 162 treinamento foi constituído por 3 séries de 30 segundos cada realizadas 5 vezes por semana totalizando 90 segundos por sessão e 450 segundos semanais durante 6 semanas somando um tempo total de 2700 segundos Este protocolo gerou aumento nos níveis de força passiva e também na rigidez muscular Já no estudo realizado por Dain e Declan2 os voluntários realizam 10 séries de 30 segundos com uma frequência de 3 vezes por semana perfazendo um total de 300 segundos por sessão e 900 segundos semanais durante 4 semanas somando um tempo total de 3600 segundos Este protocolo gerou aumento nos níveis de força passiva porém não foi constatada nenhuma mudança na rigidez muscular As variações na rigidez muscular ou tendínea servem como parâmetro para avaliação de mudanças estruturais no músculo Essa comparação demonstra que a frequência do treinamento 3 ou 5 vezes semanais pode ser mais importante para fins de adaptações morfológicas do que o tempo total da rotina de treinamento contrariando a hipótese de Dain e Declan2 de que um treinamento com duração de 4 a 8 semanas pode não ser longo o bastante para gerar mudanças histológicas É importante destacar que não foram observadas falhas metodológicas nesses dois últimos estudos que apontassem inconsistências em seus resultados O fato dos avaliados dos estudos de Reid e Mcnair22 e Dain e Declan2 terem sido acompanhados durante o protocolo de alongamento pode ser um ponto crucial para as diferenças dos resultados entre estes estudos e o de Mahieu et al16 que não descreve em sua metodologia esse acompanhamento Com relação à influência do tempo de execução nos estudos longitudinais que avaliaram a força ou torque de ação ativa concêntrica isométrica eou excêntrica foi encontrada uma variação de 300 a 630 segundos por sessão com uma frequência de 2 a 3 vezes por semana e período total de 4 a 16 semanas Todos os estudos observaram resultados positivos nos níveis de força e torque muscular porém como nenhum dos estudos observou a rigidez muscular ou qualquer outra variável que possa estipular a natureza da mudança não se pode afirmar com certeza se o aumento foi devido a mudanças neurais ou morfológicas Cramer et al26 discutem que a ação muscular pode desempenhar um fator decisivo para os resultados Em seu estudo eles avaliaram o efeito de uma sessão de alongamento para extensores do joelho no nível de toque excêntrico máximo Os resultados não demonstraram nenhuma diferença significativa nos níveis de torque ou ângulo de torque máximo pré e póstreino de flexibilidade Frente a esses resultados os autores crêem que a ação muscular excêntrica não é influenciada pelos efeitos deletérios agudos do alongamento devido às suas características de recrutamento motor Para poder constatar essa hipótese são necessários mais estudos transversais que avaliem a ação excêntrica uma vez que em estudo longitudinal com duração de 4 semanas Batista et al15 observaram influência positiva nos níveis de torque isocinético excêntrico contradizendo o argumento de Cramer et al26 em relação à ação muscular excêntrica Egan et al27 acreditam que o nível de condicionamento dos atletas é relevante sendo que quanto maior o nível de aptidão física menor seriam os efeitos do alongamento Essa hipótese é relevante porém na presente revisão não foi possível constatar sua veracidade O estudo de Egan et al27 utilizou um protocolo que realizou um tempo total de 120 segundos de alongamento em mulheres atletas de basquetebol e não encontrou nenhuma diferença significativa nos níveis de força e torque Porém é possível que o fator determinante para seus resultados seja o volume do alongamento pois como já citado estudos com volumes similares 135 e 90 segundos realizados com sedentários também não reportaram mudanças Considerações Finais As diferenças metodológicas entre os estudos avaliados não permitiram uma conclusão definitiva sobre os efeitos específicos dos protocolos de alongamento nos níveis de força e torque muscular Entretanto parece que as sessões agudas de alongamento tendem a produzir efeitos deletérios enquanto o treinamento crônico revelou melhoras nos níveis dessas variáveis 161 Flexibilidade no ganho de força e torque R bras Ci e Mov 20132 151 162 Assim uma sessão de alongamento não é aconselhável antes de atividades que demandem grandes níveis de força Por outro lado o treinamento de flexibilidade de no mínimo quatro semanas aliado ao treinamento de força pode acarretar melhoras significativas nos níveis de força e torque muscular Ainda é importante observar o músculo que será treinado pois cada músculo parece responder de forma diferente aos estímulos do treinamento de acordo com suas características estruturais Referências 1 Farinatti PTV Flexibilidade e esporte uma revisão de literatura Rev Paul Educ Fís 2000 14 8596 2 Dain PL Declan AJC Effects of stretching on passive muscle tendion and response to eccentric exercise Am J Sports Med 2006 346 10001007 3 Almeida TT Jabur MN Mitos e verdades sobre flexibilidade reflexos sobre o treinamento de flexibilidade na saúde dos seres humanos Motricidade 2007 3 337 344 4 Milazzoto MV Corazzina LG Liebano RE Influência do número de séries e tempo de alongamento estático sobre a flexibilidade dos músculos isquiotibiais em mulheres sedentárias Rev Bras Med Esporte 2009 156 420423 5 Kendall FP McCreary EK Provance PG Músculos provas e funções 4 ed São Paulo Manole 1995 556 p 6 Herbert RD Gabriel M Effects of stretching before and after exercising on muscle soreness and risk of injury systematic review BMJ 2002 325 15 7 Siatras TA Mittas VP Mameletzi DN Vamvakoudis EA The duration of the inhibitory effects with static stretching on quadriceps peak torque production J Strength Cond Res 2008 22 4046 8 Carvalho FLP Prati JELR Carvalho MCGA Dantas EHM Efeitos agudos do alongamento estático e da facilitação neuromuscular proprioceptiva no desempenho do salto vertical de tenistas adolescentes Fit Perf J 2009 84 264268 9 Chen CH Chen TC Chen HL et al Effects stretching of hamstring muscles Med Sci Sports Exerc 2009 3611 19441948 10 Alter MJ Ciência da flexibilidade 2 ed Porto Alegre Artmed 1999 381 p 11 Castro LEV Simão R Flexibilidade e seu treinamento Disponível em httpwwwsannycombrdownloadsmatcientificosflexi bilidadepdf Acesso em 18 de jun 2011 12 Batista LH Vilar AC Ferreira JJA et al Active stretching improves flexibility joint torque and functional mobility in older women Am J Phys Med Rehabil 2009 8810 815822 13 Behm DG Bambury A Cahill F Power K Effect of Acute Static Stretching on Force Balance Reaction Time and Movement Time Med Sci Sports Exercise 2004 368 13971402 14 Kokkomen J Nelson AG Eldredge C Winchester JB Chronic static stretching improves exercise performance Med Sci Sports Exerc 2007 3910 18251831 15 Batista LH Camargo PR Oishi J Salvini TF Efeito do alongamento ativo excêntrico dos músculos flexores do joelho na amplitude de movimento e torque Rev Bras Fisioter 2008 123 176182 16 Mahieu NN Mcnair P De Muyinck M et al Effects of static and ballistic stretching on the muscletendon tissue properties Med Sci Sports Exerc 2007 393 494501 17 Woolstenhulme MT et al Ballistic stretching increases flexibility and acute vertical jump height when combined with basketball activity Journal of Strength and Conditioning Research 2006 204 799803 18 Burke DG Holt LE Rasmussen R et al Effects of hot or cold water immersion and modified proprioceptive muscular facilitation flexibility exercise on hamstring length J Athl Train 2001 36 1619 19 Gama ZAS Medeiros CAS Dantas AVR Souza TO Influência da frequência de alongamento utilizando facilitação neuromuscular proprioceptiva na flexibilidade dos músculos isquiotibiais Rev Bras Med Esporte 2007 13 3338 20 Silva AH Badaró AFV Influência do alongamento por facilitação neuromuscular proprioceptiva fnp na flexibilidade em bailarinas Fisio Mov 2007 204 109 116 21 Power K Behm D Cahill F Carroll M Young W An acute bout of static stretching effects on force and jump performance Med Sci Sports Exerc 2004 368 1389 1396 22 Reid DA Mcnair PJ Passive force angle and stiffness changes after of 8week static stretch and pnf training on the angletorque relationship J Med Biol Eng 2004 294 196201 23 Marek MM Cramer JT Fincher AL Massey LL et al Acute effects of static and proprioceptive neuromuscular facilitation stretching on muscle strength and power output J Athl Train 2005 402 94103 24 Arruda FLB Faria LB Silva V Senna GW et al A Influência do Alongamento no Rendimento do Treinamento de Força Rev Treinamento Desp 2006 16 0105 25 Cardozo G Torres BJ Dantas EHM Simão R Comportamento da força muscular após o alongamento estático Rev Treinamento Desp 2006 7 7376 FERRARI e TEIXEIRAARROYO 162 R bras Ci e Mov 20132 151 162 26 Cramer JT Housh TJ Johnson GO et al Acute efects of static stretching on peak torque in women J Strength Cond Res 2006 162 236241 27 Egan AD et al Acute effects of static stretching on peak torque and mean power output in National Collegiate Athletic Association Division I womens basketball players Journal of Strength and Conditioning Research 2006 204 778782 28 Neto AG Manffra EF Influência do volume de alongamento estático dos músculos isquiotibiais nas variáveis isocinéticas Rev Bras Med Esporte 2007 152 104109 29 Ryan ED Beck TW Herda TJ Hull HR Hartman MJ Stout JR Cramer JT Do practical durations of stretching alter muscle strength A doseresponse study Med Sci Sports Exerc 2008 408 15291537 30 Torres JB Conceição MCSC Sampaio AO Dantas EHM Acute effects of static stretching on muscle strength Biomedical Human Kinetics 2008 1 5255 31 Costa PB Ryan ED Herda TJ et al Effects of stretching on peak torque and the hq ratio Int J Sports Med 2009 30 6065 32 Gallo LH Gobbi S Gonçalves R et al Efeito de 16 semanas do treinamento de flexibilidade sobre os componentes da capacidade funcional de idosas In XXI Congresso de Iniciação Científica da Unesp 2009 São José do Rio Preto Anais XXI Congresso de Iniciação Científica da Unesp 33 Gurjão ALD Carneiro NH Gonçalves R et al Efeito agudo do alongamento estático na força muscular de mulheres idosas Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 2009 123 195201 34 Nogueira CJ Galdino LAS Vale RGS Dantas EHM Efeito agudo do alongamento submáximo e do método de facilitação neuromuscular proprioceptiva sobre a força explosiva HU Ver 2009 35 4348 35 Endlich PW et al Efeitos agudos do Alongamento Estático no desempenho da Força Dinâmica em homens jovens Revista Brasileira de Medicina do Esporte 2009 153 200203 36 Williams PE Goldspink G Changes in sarcomere length and physiological properties in immobilized muscle J Anat 1978 1273 459468