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Fisiologia Humana

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749\nORGANIZAÇÃO DO\nSISTEMA URINÁRIO\n\nGerhard Giebisch e Erich Windhager\n\nOs rins desempenham três funções essenciais. Primeiro, eles removem produtos do metabolismo e toxinas do sangue e os eliminam na urina e, por essa razão, funcionam como filtros. Segundo, eles regulam o estado dos fluidos corporais, o balanço de eletrólitos e o equilíbrio ácido-base. Terceiro, os rins produzem ou ativam hormônios que estão envolvidos na esteroide, no metabolismo do Ca²⁺ e na regulação da pressão e do fluxo sanguíneo.\n\nANATOMIA FUNCIONAL DO RIM\n\nOs rins são órgãos retroperitoneais pareados, formados por uma complexa associação de elementos vasculares e epiteliais.\n\nOs rins humanos são estruturas pares, em forma de feijão, realizados atrás do perítono e localizados entre a XII vértebra torácica e a I vértebra lombar. Os dois rins juntos performam em média 0,5% do peso corporal total; nos homens, cada rim pesa entre 125 e 170 g, ao passo que as mulheres cada rim pesam entre 115 e 155 g.\n\nA unidade é subdividida em 18 pirâmides renais côncavas, cujas bases estão voltadas para a fronteira corticomédular e as extremidades terminam na pelve renal. No ápice da cápsula, existem perfurações, praticamente invisíveis o olho nu, pelas quais a urina flui para os células nefron e os extremos. 750\nSeção VI - O Sistema Urinário\n\nA. SISTEMA URINÁRIO\nGândula suprarrenal\nRim\nUreter\nBexiga\n\nB. RIM\nCápsula fibrosa\nCórtex\nSeio renal\nVeia renal\nArtéria renal\nPelve renal\nRaízes medulares\nUreter\n\nFigura 33-1 Estrutura do sistema urinário. B, Visão posterior do rim direito.\n\nC. PRINCIPAIS VASOS SANGUÍNEOS NO RIM\nVeias estriadas\nCápsula\n\nCórtex renal\nGlomérulo superficial\nVeia interlobular\nLeitos capilares peritubulares\nVeia arqueada\nArtéria arqueada\n\nVasos retos ascendentes\nVasos retos descendentes\nAlça de Henle\nVeia interlobular\nVeia interlobular\n\nMedula renal (piramidé)\nDucto de Bellini\n\nque se situam entre das. Os túbulos das arteriolas estão sob controle de uma rica inervação simpática e uma ampla variedade de mediadores químicos.\n\nRamos muito pequenos da artéria arqueada (do porção proximal da artéria interlobular) suprem uma subpopulação de glomérulos justamedulares que estão localizados na junção corticomédular ou próximos delas. As arteriolas diferentes desses néfrons recebem direção a papila renal, dando origem a vasos em formato de trabecula. Chama-se de vasos retos, que formam uma rede de capilares que irrigam os túbulos na medula. Aproximadamente 20% do sangue que entra no rim perfunde os glomérulos superficiais e córtex, ao passo que apenas 10% perfunde os glomérulos justamedulares e medula.\n\nPUCRS/BIBLIOTECA CENTRAL - CÓPIA NOS TERMOS DA LEI 9.610/1998 E LEI 10.695/2003.\n\nOs vasos linfáticos drenam o fluido intersticial do córtex e deixaram o rim segundo as artérias em direção ao hilo. A linfa presente no interior desses vasos pode conter altas concentrações de hormônios renais, como a eritropoetina (EPO). A ausência de vasos linfáticos na medula renal evita a drenagem da alta osmolaridade do fluido intersticial medular, cuja existência é necessária para a produção de urina concentrada (Capítulo 38).\n\nA unidade funcional do rim é o néfron\nCada rim contém 800.000 a 1.200.000 néfrons. Cada néfron é uma entidade independente e ao ponto em que seu ducto coletor se funde com o ducto coletor do um dos meus néfrons. 751\nCapítulo 33 - Organização do sistema urinário\n\nUm néfron é formado por um glomérulo e um túbulo. O glomérulo é um aglomerado de vasos sanguíneos a partir do qual se origina o filtrado de plasma. O túbulo é uma estrutura epitelial formada por muitas subdivisões, que converte o filtrado glomerular em urina. Essas duas entidades - vascular e epitelial - se encontram no fundo do épitelio tubular, que é chamado de cápsula de Bowman ou de cápsula glomerular. Essa cápsula circunda o glomérulo e contém o espaço de Bowman, o qual é contíguo com o lume tubular. Esse espaço que é filtrado passa do sistema vascular para o sistema renal.\n\nO restante do néfron consiste em subdivisões do túbulo (Fig. 33-2). Os elementos epiteliais do néfron incluem a cápsula de Bowman, o túbulo proximal, os ramos espessos descendente e ascendente da alça de Henle, o túbulo convoluto distal e o túbulo coletor. O túbulo coletor é o que leva tubulo coletor inicial, tubulo coletor e ductos coletores medulares.\n\nNo interior do córtex renal, como citado anteriormente, é possível distinguir duas populações de néfrons (Fig. 33-2). Os néfrons superficiais, que possuem as estruturas que se sedimentam até o limite renal externo a interna, os néfrons jusctamedulares, que desempenham um papel especial na produção de urina concentrada e possuem alças longas que se estendem na extremidade da medula. 752\nSeção VI - O Sistema Urinário\nA MESSÊNQUIMA FROUXO\nB CONDENSAÇÃO\nC FORMA EM S\nD ELONGAÇÃO TUBULAR\nE DOBRAMENTO DOS PODÓCITOS\nF GLÔMERULO E CÁPSULA DE BOWMAN MADUROS\nCamada parietal da cápsula de Bowman\nEspaço de Bowman\nTúbulo convoluto proximal\nPolo urinário\nCápsula de Bowman\nArteríola aferente\nArteríola eferente\nMembrana basal\nPolo vascular\nG PODÓCITOS\nPedicelos\nPedículo\nCitoplasma da célula endotelial\nMembrana basal\n\nH COMPONENTES DA BARRERA DE FILTRAÇÃO\nFenestrinas\nFenda diafragmática\nEndotélio capilar\nMembrana basal glomerular\nPodócitos\n\nFigura 33-5 A-G. Desenvolvimento do glomérulo e da cápsula de Bowman. H, Lumen capilar. As quatro principais camadas da barreira de filtração glomerular e do espaço de Bowman, A. O modelo de pedicelos (prolongamentos dos podócitos) e da membrana fenestrada. O diagrama mostra uma estrutura tubular na forma de S desenvolvida. (A. A. Tredici de Elbini P. em Seldin DW, Gerlach G. The Kidney, 2nd ed., pp 475-501. New York: Raven Press, 2000.) Capítulo 33 - Organização do sistema urinário\n753\nProlongamento primários\n\nPedicelos do podócito\nCorpo celular do podócito\nProlongamentos secundários\n\nFigura 33-4. Capilares glomerulares cobertos pelos pedicelos dos podócitos. Essa eletromicrografia de varredura mostra o nível dos capilares glomerulares cobertos pelo espaço de Bowman. A superfície desses capilares é coberta por uma camada de pedicelos interdigitados. O corpo celular do podócito se liga aos pedicelos por conexões em forma de pena. (Cortesía de Dm. K. Hawnett.)\n\nFigura 33-5. Aspecto interno dos capilares glomerulares, mostrando as fenestrações e células endoteliais (setas). Essa eletromicrografia de varredura mostra um nível da parede do capilar glomerular para perspectiva de lumen capilar. Múltiplas fenestrações, cada uma com 70 nm de diâmetro, perfuram a eus células endoteliais. (De Brenner BM-Brenner and Rector's The Kidney, 7th ed., p. 1. Philadelphia: Saunders, 2004.) 754\nSeção VI - O Sistema Urinário\nOs podócitos possuem prolongamentos (pedicelos) que se interdigitem cobrindo a membrana basal (Fig. 33-4). Entre as interdigitações estão localizadas as fendas de filtração (Fig. 33-3B). Essas fendas são conectadas por uma estrutura diafragmática delgada, chamada de fenda diafragmática, que possui um diâmetro entre 6 e 14 nm. Glomerócitos carregam características como os podócitos, as fendas de filtração são diafragmáticas, o que restringe a filtração de grandes ânions (Fig. 33-4). As fendas diafragmáticas são formadas por proteínas lipídicas nos podócitos (Fig. 33-5). Regiões consideradas tecnicamente auxiliaridades presentes nos domínios intracelulares ou algumas proteínas podem recrutar outros moléculas desempenhando a discussão que controla a permeabilidade do domínio extracelular de nefina, pelo FAT1 e podócitos. Os componentes tubulares do néfron incluem o túbulo proximal, a alça de Henle, o túbulo distal e o ducto coletor.\nA Figura 33-6A ilustra a ultraestrutura das células dos diferentes segmentos tubulares. A Tabela 33-1 lista esses segmentos e suas abreviações. Com base em seu aspecto em menos aumento, o túbulo proximal pode ser dividido em tubo proximal, ou segmentos (Fig. 33-6B). Entretanto, com base em sua ultraestrutura, o túbulo proximal pode ser alternativamente subdividido em seus segmentos, como S1, S2 ou S3, dependendo de sua localização e da primeira parte do túbulo proximal convoluto. O segmento S2 tem início na primeira região do túbulo proximal convoluto e este segmento S3 está... Capítulo 33 - Organização do sistema urinário 755\n\nF TÚBULO CONVOLUTO DISTAL\nG TÚBULO CONECTOR\nCélula do túbulo conector\nCélula intercalada\nH TÚBULO COLETOR INICIAL\nI TÚBULO COLETOR CORTICAL\nCélula intercalada\nCélula principal\nJ DUCTO COLETOR MEDULAR EXTERNO\nK DUCTO COLETOR MEDULAR INTERNO\n\nCÓRTEZ\n\nTÚBULO CONVOLUTO PROXIMAL\nA Célula do segm. 1\nB TÚBULO RETO PROXIMAL\nC RAMO DELGADO DESCENDENTE\nD RAMO DELGADO ASCENDENTE\nE RAMO ESPESSO ASCENDENTE\n\nMEDULA INTERNA\n\nDuto de Bellini\n\nFigura 33-6 Estrutura das células tubulares ao longo do néfron. As seções transversais do tubo não estão em escala devido à variabilidade entre os segmentos tubulares.\nPUCRS/BIBLIOTECA CENTRAL - CÓPIA NOS TERMOS DA LEI 9.610/1998 E LEI 10.695/2003. 756 Seção VI - Sistema Urinário\n\nTabela 33-1 Segmentos Tubulares do Néfron\n\nSegmento Tubular\nAbreviagem\nTúbulo convoluto proximal\nTCP\nTúbulo reto proximal\nTRP\nRamo delgado descendente da alça de Henle\nRDDAH\nRamo delgado ascendente da alça de Henle\nREAAH\nRamo espesso ascendente da alça de Henle\nREAHA\nTúbulo convoluto distal\nTCD\nTúbulo conector\nTC\nTúbulo coletor inicial\nTCI\nTúbulo coletor cortical\nTCC\nDucto coletor medular externo\nDCME\nDucto coletor medular interno\nDCMI\n\n(...)\nPUCRS/BIBLIOTECA CENTRAL - CÓPIA NOS TERMOS DA LEI 9.610/1998 E LEI 10.695/2003. 757 Capítulo 33 - Organização do sistema urinário\n\nAs células dos REAAH secretam a glicoproteína Tamm-Horsfall (THP). Indivíduos normais excretam de 30 a 50 mg/dia de THP na urina, o que faz com que a albumina (\n(...)\nPUCRS/BIBLIOTECA CENTRAL - CÓPIA NOS TERMOS DA LEI 9.610/1998 E LEI 10.695/2003. 758\nSeção VI: O Sistema Urinário\nforma sequencial ao longo de um néfron. Segundo, a depuração somada é resultado de todos os dois milhões de néfrons em paralelo. Dessa maneira, a depuração não fornece informações dos sítios preciosos nos mecanismos de transporte. Este tipo de informação pode, entretanto, se tornar conhecido por meio do estudo individual dos néfrons, de células tubulares no mesmo de membranas celulares isoladas. O conceito de depuração também pode ser aplicado em outras questões, como a depuração de beta pela poliglobulina (Capítulo 16) ou a depuração dos hormônios do sangue.\n\nA depuração de um soluto e o volume virtual de plasma que estaria totalmente livre desse soluto em um determinado intervalo de tempo\n\nTodos os solutos extraídos na urina vêm, em última análise, do plasma sanguíneo que perfunde os rins. Assim, a taxa em que um soluto é removido da urina igual à taxa em que esse soluto é extraído da perfusão via sangue. Quando analisada uma substância soluto, por exemplo, C, no último movimento, pode-se expressá-la usando a equação: U e V correspondem à concentração de X excretada na urina por unidade de tempo.\n\nNo intuito de desenvolver o conceito de depuração renal, a Equação 33-1 transforma duas definições básicas na suposição de que os rins depuram totalmente X expede em plasma renal. Primeiro, o FPR, será substituído pelo único fluxo do volume virtual - a depuração de X (C) - que refere exatamente a quantidade de água que pode ser urinada. Segundo, a equação 33-1 transforma na equação a seguir:\n\nP*U e P*U correspondem às concentrações plasmáticas de X na artéria renal e na veia renal, respectivamente. FFR = FPR, correspondem às taxas de filtração glomerular (F) na artéria renal e na veia renal, respectivamente. U corresponde à concentração de X na urina. V corresponde ao fluxo urinário (o ponto extremo e a desviada do tempo do volume). O U, corresponde da taxa de excreção urinária, ou seja, a quantidade de X excretada na urina por unidade de tempo.\n\nPara o cálculo da depuração, temos:\n\nA fórmula clássica da depuração, que descreve a quantidade de um soluto é dada em relação a um intervalo de tempo (Tabela 33-2). As referências podem nos parâmetros para calcular a depuração de X.\n\nTaxa de depuração de X na urina (U)\nTempo (V)\nSaída da urina (U - V)\nEntrada arterial\n\nEntrada renal e eu ureter. Assim, a entrada de X seria igual a saída de X.\n\nTabela 33-2 Depuração Renal\nA. Depuração de uma Substância Qualquer X\nC* = U*V/P (μg/mol / mL · ml / min) mL\nmOsm ou ml/min\n\nC, pode variar entre zero, para uma substância que não aparece na urina (ex., glicose), e para uma substância que é totalmente removida do sangue em apenas uma passagem pelo rim (ex., PAH).\n\nB. A depuração de PAH é aproximada pelo FPR (em baixas concentrações plasmáticas de PAH).\nC. A depuração de insulina é igual a TFG.\n\nC, depuração (em inglês, clearance); FFR, fluxo plasmático renal; in urina; P, plasma; PAH, p-amino-hipurato; TFG, taxa de filtração glomerular; U, urina; V, volume; ou valor; por unidade de tempo ou tempo unitário.\n\nFigura 33-7 Balanço das massas de solutos no rim. Os detalhes estão descritos no texto.\nPUCRS/BIBLIOTECA CENTRAL - CÓPIA NOS TERMOS DA LEI 9.610/1998 E LEI 10.695/2003.